I Need You

 PS: Ignorem o título eu estava ouvindo essa música quando eu acabei de escrever e como eu não pensei em nada melhor... Bem, leia.

 Acordei da forma mais fofa o possível: com um beijo na testa. Ao abrir os olhos, me deparei com um par de olhos castanho-claro me encarando carinhosamente.
- Não era para você acordar. - Remo disse
- Mas eu acordei, não é? - Respondi
 Remo sorriu. Inclinei minha cabeça levemente para frente. Remo veio ao meu encontro e me beijou. 
- Pesadelos? - Remo perguntou assim que nossos lábios se separaram
- Nenhum. - Sorri - Dormiu bem?
- Como uma pedra. - Ele respondeu
 Isso foi a deixa para ele me beijar novamente. Eu sorriria se meus lábios não estivessem ocupados. Eu me sentia vinte anos mais nova. Feliz e sem preocupações. Então Remo se separou de mim, trocando o beijo por um olhar apaixonado. Vê-lo me olhar de tal forma me constrangeu um pouco, de forma que eu virei o olhar, me deparando com a nossa atual situação.
 Como você deve ter previsto, eu e Remo estávamos deitados lado a lado em sua cama. O lençol que nos cobria estava um pouco mais baixo do que deveria, de forma que eu corei e o subi um pouco. Remo tinha uma de suas mãos em minha cintura e a outra apoiando sua cabeça. Meus cabelos estavam lindos: Eu deveria estar parecendo Bellatrix. Mas ele não parecia se importar, pois continuava a me olhar da mesma forma boba e apaixonada.
- Para. – Eu disse constrangida
- Parar o que? – Ele perguntou
- De me olhar assim. – respondi
- Eu acredito que isso seja impossível. – Ele respondeu calmamente – Além do mais, é difícil não olhar tal beleza.
 Devo acrescentar a nota de que eu corei muito fortemente neste momento.
- Bem, por tais palavras poéticas, acredito que o senhor tenha deixado a teimosia de lado e vá finalmente tomar coragem para ter um relacionamento comigo novamente, não? – Eu respondi num tom mais formal do que eu esperava
 O sorriso bobo desapareceu no mesmo momento. Remo suspirou enquanto desviava o olhar de mim. Senti sua mão deslizando para longe de minha cintura.
- Não é tão simples... - Ele começou num tom baixo
- Claro que não... - Bufei enquanto revirava os olhos
- Ei. - Ele chamou - Você sabe que eu tenho um motivo para fazer isso.
- Um motivo péssimo, diga-se de passagem. - Respondi - Francamente, Remo. Qual é a parte complicada em eu amar você e querer passar todos os dias da minha vida miserável com você?
- A parte em que eu te magoei. - Ele respondeu
 Olhei no fundo de seus olhos. Francamente, essa desculpa está começando a irritar.
- Olha aqui, Remo. - Eu disse tentando controlar a raiva - Tudo bem você se preocupar, mas eu vou deixar bem claro que você não é um quebrador de corações, ok? Você me magoou, sim. Mas eu não dou a mínima. 
 Essa última parte pode ter saído um pouco mais alta do que o esperado.
 Lupin pareceu prestes a tirar o travesseiro de baixo da minha cabeça e me sufocá-lo com ele. 
- Não.grite. - Ele disse tentando controlar o tom da voz
 Olhei para ele de forma sedutora e desdenhosa ao mesmo tempo.
- Bem, eu fiz isso a noite toda e ninguém percebeu, não foi?
 Remo cerrou os olhos e abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa. Então voltou a fechá-la. Por um momento eu cheguei a acreditar que eu havia calado a boca de Remo Lupin (acredite, isso é um feito e tanto), mas então ele voltou a falar.
- Ontem a noite tinha um feitiço silenciador ao redor do quarto. - Ele disse calmamente - Eu não sei se ele continua intacto.
 Revirei os olhos e apoiei minha cabeça no travesseiro, encarando o teto.
- O fato é, eu tenho medo de te machucar novamente. - Remo disse
- Não, Remo. O fato é que você não quer ficar comigo e não tem coragem de me dizer isso. - Falei.
- Não querer ficar com você? Julieta, a única coisa que realmente me faz feliz é a sua presença. O problema é que em algumas vezes em que nós estávamos juntos, eu acabei estragando tudo e você saiu chorando.
 Isso me irritou profundamente. Muito profundamente. Ele fala como se eu fosse uma mulher fraca, vulnerável e dependente dele. O fato é que eu não sou. Eu sou totalmente capaz de decidir o que é melhor para mim. E não é segredo que ele também quer, então qual foi essa de ficar me negando? 
 Ele tem a consciência de que te magoou e não quer fazê-lo novamente. Você deveria agradecê-lo por se preocupar, e não brigar com ele. Aliais, brigar depois de uma noite como aquela estraga completamente o clima.
 ... 
 Vamos lá, da próxima vez você mata ele. Hoje não.
 *suspiro* 
 Olhei para Remo e sorri levemente.
- Dessa vez - Eu disse - você escapada. Aproveite a minha misericórdia enquanto eu ainda a tenho, Lupin. Da próxima vez você só sai daqui ou morto ou comigo nos braços.
 Ele deu um leve sorriso, que durou até ele perceber que eu não estava brincando. Inclinei-me levemente e lhe beijei levemente. Então me levantei e comecei a procurar pelas poucas roupas que eu estava usando ontem.

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 Aparatei na porta da minha casa. A abri e entrei. Então me deixei cair no sofá com um suspiro. Finalmente sozinha!
 Bem, depois que eu saí do quarto de Remo (vestindo uma camisola amassada, um robe mal amarrado, com meus cabelos parecendo um ninho de rato E algumas marcas suspeitas pelo corpo) eu me deparei com MUITA gente espalhada pela cozinha da sede, a qual eu passei bem na frente da porta. Todos olharam para mim com aquela expressão facial que dizia somente uma coisa: tsc tsc.
 Na boa, sorte minha o Black não estar lá.
 Não, é sério. Ele soltaria algum comentário desnecessário e eu iria corar até o meu rosto explodir pela enorme de quantidade de sangue lá.
 Enfim, eu simplesmente acenei brevemente com uma ''poker face" no rosto.
 *awkward*
 Ai eu saí daquele lugar o mais rápido o possível.
 *so awkward*
 E agora eu to aqui.
*let me die alone and ashamed*
*please* 
Mas infelizmente eu não pude ficar jogada no sofá morrendo de vergonha: a campainha tocou.
 Levantei-me, tentei dar o melhor jeito que pude nos meus cabelos (que eu AINDA não tive tempo de pentear) e fui abrir a porta. Parada na entrada da minha casa estava Anne. Seus cabelos loiros estavam presos num rabo de cabalo frouxo, seus olhos estavam levemente inchados, sua face pálida e com uma expressão triste. Aquela sensação ruim de pós-guerra voltou para mim instantaneamente, junta com a sensação de culpa pela morte de Colin.
- Oi. - Ela disse amigavelmente, porém com olhos tristes 
- Oi. - Respondi
- Eu... E-eu preciso te contar alguns acontecimentos recentes. - Ela disse com a voz fraca.
 Sorri fracamente.
- Entra. - eu disse.

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- AQUELE VIADO!!!!!!!
- GIUCCI!
- COMO ASSIM ELE TE TRAIU POR CAUSA DE UMA VADIA QUALQUER? COMO ASSIM ELE É FILHO DA PUTA O SUFICIENTE PARA TE TROCAR NESSA ATUAL SITUAÇÃO?
- Bem, com o "filho da puta" eu concordo. Martha é uma bela de uma megera. 
- AQUELE PIRRALHO DO CARALHO VAI SE VER COMIGO! COMO ELE OUSA?! AQUELE BASTARDO DO CACETE...
- GIUCCI! ISSO É O SUFICIENTE!
 Olhei para minha amiga que estava vermelha ao tentar bater os meus gritos na categoria "volume".
- Eu só gostaria de saber que tipo de merda esse tipo de pessoa tem na cabeça. - Eu disse tentando me controlar
- Giucci, acredite, eu também. - Ela respondeu tristemente - Mas isso foi ontem. Eu ainda não estou na fase de ouvir você chingando ele. 
 Aquela frase partiu o meu coração. Cori os dois passos que nos separava e a abracei.
- Não me abraça. - Ela disse com a voz engasgada - Assim eu tenho vontade de chorar.
- Você que disse que ainda estava naquela fase. - Eu respondi sem largá-la
- Eu não disse que ainda estava na fase de chorar. Eu só ainda não estou pronta para ouvir você chingando ele. - Ela respondeu - Ele é um belo de um filho da puta sim.
 Comecei a rir quando ela disse isso. Por quê? Pareceu-me cômico no momento. Ela se deixou levar pela minha risada contagiante até que percebemos que era uma bela de uma idiotice ficar rindo de algo que não é engraçado. Ela se sentou no sofá e eu fiz o mesmo.
- Muito bem. - Ela disse num tom mais alegre do que antes, mas sem ser feliz - Eu já contei as desgraças da minha vida amorosa. Sua vez.
- Não. - Eu neguei - Eu não vou ser o assunto. Você fica ai chingando o Creevey enquanto eu pego chocolate, ok?
- Chocolate? Quantos anos você tem, quinze? 
- Ok, vodka então. - Eu sorri e comecei a me levantar
- Não! - Ela me puxou de volta - Você vai me contar tudo que está havendo.
 Suspirei.
- Ontem nós tivemos uma reunião na Ordem. - Eu comecei - E eu dormi lá.
- Aham. Sei o que isso significa. - Ela disse revirando os olhos
 POR QUE TODO MUNDO DIZ ISSO? Porque você é um tanto previsível, minha cara. Nossa, valeu. Você é bem-vinda.
- ENFIM, eu acordei no meio da noite com pesadelos. - eu disse aumentando o tom de voz no "enfim" - e como eu não consegui dormir depois disso eu saí do meu quarto e vi uma luz saindo da sala de visitas, ai eu fui até lá e...
- O Lupin estava lá. - Ela completou
- Bem... É. - Eu disse sem graça - ai a gente começou a conversar: eu contei o meu pesadelo para ele, ele comentou alguma coisa do trabalho dele...
- Ok, e quando chega na parte em que ele deixou essas marcas no seu pescoço? - Anne interrompeu 
 Eu corei fortemente e cobri meu pescoço com meu cabelo.
- Anne, quando eu estou te contando coisas assim, eu não quero nenhum comentário desses. - Eu bronqueei - Enfim, eu comecei a provocar ele, então nós nos beijamos e - suspirei - e ai sim ele deixou as marcas em mim. 
 E eu nele...
 ARGH!
 O que foi, voz?
 MALDITAS IMAGENS!
 Argh sua infantil.
- E vocês estão juntos agora? - Ela perguntou
- Se nós estivéssemos juntos eu ainda estaria naquele quarto com ele e não conversando com você. - Eu respondi com um suspiro 
- Dessa vez foi qual? A do "eu sou um lobisomem, eu não quero te machucar" ou a do "eu já te magoei demais"? - Anne perguntou
- A do "eu já te magoei vezes demais" - Bufei 
- Como você suporta isso, Giucci? - Ela perguntou franzindo as sobrancelhas 
- Eu não suporto. - Respondi - Eu odeio quando ele fala isso. Eu odeio quando uma noite como essa acontece e depois ele me rejeita. Isso fere muito o meu orgulho. Mas... eu amo ele. E enquanto ele continuar me dando esperanças, eu vou continuar lá. Perturbando ele até ele ceder.
 Ela sorriu levemente e por pouco tempo.
- Eu acho que você deveria dar um tempo dele. - Ela disse
- O que você quer dizer? - Perguntei
- Giucci, eu sei que você ama ele, eu sei que ele te ama, mas você já tem 38 anos. - Anne disse seriamente - Eu acho que você deveria começar a procurar alguma outra pessoa, nem que seja só para fazer o Lupin se tocar que você não vai ficar solteira para sempre.
 Suspirei.
- Eu não pretendo achar ninguém. - respondi - Não agora que eu vou começar a dar aulas na Academia de Aurores. Depois talvez. Eu não sei. A ideia é muito bizarra para mim.
 Ela acenou com a cabeça algumas vezes.
- Bem, eu vou voltar agora. - Ela disse - Dennis está sozinho no Caldeirão Furado e eu estou com medo de ele roubar alguma bebida do bar.
- Ele não está encarando nada bem os acontecimentos recentes, hã? - Eu comentei tristemente 
- Não. - Ela disse no mesmo tom - Eu me pergunto se algum dia ele vai voltar a ser o garotinho alegre e falante que ele sempre foi...
- Um dia todos superam. - Eu respondi - Até mais Blanchet.



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n/a: Francamente, eu estou cansada de dar desculpas pelas demoras. O fato é que cada dia eu me canso mais dessa fic. Falta ainda, tipo, MUITO para acabar e eu estou tentando ter uma vida social, boas notas E ficar em boa forma. O meu tempo livre está cada vez menor e a minha paciência para escrever também. 
 Não, eu não vou apagar a fic. Eu nunca apagaria o meu primeiro projeto literário que alguém realmente gostou. Seus comentários (mesmo que não critiquem muito) são algo que aumenta, tipo, MUITO a minha autoestima. Principalmente um que eu recebi hoje, de uma senhorita Déborah Poynter Potter. Menina, você fez a minha pessoa chorar de emoção. Mesmo que você tenha me assustado (e aos personagens também) um pouquinho. 
 Claro que as outras leitoras também vivem no meu coração e que eu amo o comentário de cada uma de vocês, mas essa foi a primeira vez que eu chorei por algo assim.
Enfim, eu estou escrevendo uma outra fic dos marotos com uma amiga minha, só que em inglês. É só um pojeto ainda, mas se nós formos postar eu vou falar aqui.
 O FATO É QUE EU NÃO SEI EM QUANTO TEMPO VEM O PRÓXIMO CAP. EU JÁ SEI O QUE VAI ACONTECER NELE, MAS EU AINDA NÃO SEI O QUE VAI ACONTECER NOS PRÓXIMOS 4 (depois disso eu já tenho uma ideia) ENTÃO SE VOCÊS QUISEREM ME DAR UMA FORÇA, EU AGRADEÇO, MAS NADA MUITO RADICAL, POR FAVOR.

                                              Abraços calorosos, a autora.

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