Fogo nos bruxos



 - Fogo nos bruxos!


 


Era isso que os ignorantes não pertencentes de dons mágicos diziam com suas tochas e lanças na mão dispostos a queimar e enforcar ou fazer algum tipo de tortura com qualquer um que apresente sinais de magia ou de algo suspeito. Os trouxas faziam isso por medo, medo de algo que não conheciam, que nesse caso era a magia. Eles não tinham muita capacidade para reconhecê-la causando muitas mortes inocentes. Nas raras ocasiões que apanhavam um bruxo ou bruxa de verdade, a sentença de queimá-los não produzia o menor efeito.


 


O bruxo, ou bruxa, executava um Feitiço para Congelar Chamas e depois fingia gritar de dor, enquanto sentia uma cocegazinha suave. De fato, Wendelin a esquisita gostava tanto de ser queimada na fogueira que se deixou apanhar nada menos que quarenta e sete vezes, sob vários disfarces.


 


Nesse momento, Wendelin estava sendo queimada pela quarentésima vez, como ela gostava disso. Era muito fácil enganar os trouxas, não era a toa que eles tinham esse nome, era só gritar que eles acreditavam que você estava sofrendo enquanto sentia uma prazerosa e suave cocegazinha, ela sentia vontade de zombar dos trouxas mas não iria acabar com a diversão , tem pessoas que a chamavam de estranha, esquisita ou maluca por gostar de ser queimada, mas ela simplesmente gostava.


 


Rowena Ravenclaw a olhava de longe, já tivera o prazer de conhecer a excêntrica Wendelin, e desaprovava a atitude da bruxa. Ela também era uma bruxa, mas vivia nas sombras, escondida, não queria causar danos á sua família mágica, ela não gostara disso mas era o correto.  Ela aprendera sobre magia em casa, com seus pais e irmãos, além de livros que eram a sua atividade preferida. Mas agora ela era co-fundadora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, para que outros bruxos aprendam sobre seus poderes de um jeito melhor que ela aprendeu, seus irmãos mais velhos e seus pais batiam nela com um cinto para que ela não errasse, sorte dela que era dotada de uma beleza e inteligência inigualável despertando o coração de dois nobres cavalheiros, Salazar Slytherin e Godric Gryffindor, ambos co-fundadores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts junto com ela e sua melhor amiga, Helga Huflepuff, uma mulher doce e gentil.


 


Já fazia alguns anos que a escola fora criada, discussões foram feitas, mas nada de grave, porque eles eram amigos, e tomavam todas as decisões juntos. Menos a seleção das casas, que dividiram em quatro: Ravenclaw, a que ela escolhia os mais inteligentes, Slytherin, a que Salazar escolhia os mais astutos, Gryffindor, a que Godric escolhia os mais corajosos, e Huffelpuff, a que Helga escolhia os justos e leais.


 


Seus pensamentos e reflexões foram absorvidos quando ela escutou a risada histérica de Wedelin próxima a ela, esses risos eram sempre ouvidas depois de que Wedelin estava aparentemente morta na fogueira, isso indicava que ela não estava morta de verdade e que se divertia muito com aquilo, ou pelo menos era isso que ela pensava.


 


Rowena se livrou de Wedelin que planejava seu próximo disfarce  e foi em direção a dois nobres cavalheiros, um que possuía cabelos claros meio acinzentados e olhos frios e azuis quase sem vida, e outro que possuía cabelos ruivos e olhos verdes corajosos e valentes, ela cumprimentou ambos que a cortejaram a medida do possível. Helga se junto a eles que foram para a sua escola, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, nome escolhido por Rowena, escola que vivia escondida do mundo dos trouxas e das perseguições deles.
 
No mundo bruxo, estava tudo um caos, os bruxos se escondendo por todos os cantos, e queimando uns aos outros, alguns tentando abortar e outros simplesmente se escondendo no armário, fingindo que nunca fizeram um feitiço. Rowena não concordava com nada daquilo, mas ela não podia fazer mais nada por eles, além do mais que acompanhada de Salazar e Godric ela esquecia tudo.

Eles eram encantadores, cada um tinha sua própria beleza e jeito, e ambos cativavam e encantavam Rowena, mas ela não poderia ficar com os dois, de modo algum, isso estava fora de cogitação. 

 Godric era mais alegre, vivo. Ele era corajoso, valente, tinha sangue-frio e não se importava em dizer ao mundo todo que a apreciava e tinha fortes sentimentos por ela.

Salazar era meio triste, solitário, mesmo sem perder a pose de arrogante e autoritário, eles se entendiam e possuíam uma grande química, ele era astuto e ambicioso, mas nunca revelara seus verdadeiros sentimentos por ela.

 Ela não sabia quem escolher e sabia que tinha que escolher, não seria alvo da brigas deles pelo resto de sua vida.

 Mas quem? Alheio a tudo isso ela se escondia no mundo, com medo de perseguições e danos permanentes a sua família, podia até parecer que não mas ela tinha um coração que alguns mais próximos falavam que era tão grande quanto a sua beleza, o que não tinha comparações, era inegável.

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