A Fuga do Eleito
Ela pegou o pergaminho colocou em um envelope vermelho e posicionou no bico de sua coruja e disse:
— Vai, rápido!
Apenas quando a coruja estava longe, Neville perguntou:
— E agora, Diretora?!
— Agora esperamos!
Agora, eu estava acordando aos poucos num lugar muito escuro e sujo, mas nenhuma outra vida habitava alí, apenas a minha. Estava sem minha varinha e preso por correntes em minha mãos, não enxergava direito por que estava sem meus óculos. O lugar tinha paredes grossas com tijolos sujos e sobrepostos, no vão entre um tijolo e outro havia muito lodo, o lugar também tinha uma porta de madeira parecida com as portas das masmorras de Hogwarts. De repente, a porta se abriu e uma figura encapuzada se abriu e uma figura encapuzada entrou na sala, a luz que estava do lado de fora da sala entrou junto com a figura encapuzada e fui forçado a fechar meus olhos pois a luz me tirou o foco.
A tal figura apenas chegou perto de mim e disse:
— Crucio! — E eu na mesma hora gritei de dor — Crucio! — Eu me debatia e meu corpo sentia pura dor e agonia, pela terceira vez ele disse — Crucio! — Até que ele perdeu o foco do feitiço e a tortura parou.
— Por que... Está fazendo isso?
— Você nunca vai saber, por que nunca vai sair daqui!
— Quem é você?!
— Sou seu pior pesadelo, professor Potter! — No momento que disse isso ele se dispiu da capa e eu sabia exatamente quem era.
— O que... Ronald?
— Meu nome não é Ronald! — Ele disse me enforcando e um vento de raiva passou por mim como se fosse estuporado — É Dark!
— Mas você morreu! Como?!
— Você achou mesmo que dois professores e dois alunos de Hogwarts poderiam me matar?
Antes que pudesse responder ele me torturou uma última vez e se retirou, me deixando sozinho de novo.
Enquanto isso, em Hogwarts, Neville e a diretora McGonagall ainda estavam sentados, mas o relógio batia 3:30, ou seja, meia hora se passara desde a cena da coruja voando. De repente, Kingsley e Percy chegam a sala desaparatando, e já começaram a subir as poucas escadas do escritório em direção à mesa do escritório, quando chegou perto o suficiente para todos que estavam na sala ouvirem, disse:
— Minerva, não entendi sua carta, Minerva! Harry Potter foi sequestrado?
— Receio que sim, e não sabemos que foi. Kingsley, por favor, sente – se! — Neville deu lugar à Kingsley, pois a outra cadeira já fora ocupada por Percy.
— Então devo alertar o Ministério todo, por que a única pessoa que seria capaz de sequestrar Harry Potter é Voldemort!
— Essa é a razão de minha preocupação ministro!
Percy e Neville não participaram da conversa, parecia que não estavam alí, até que Kingsley disse:
— Então está confirmado?
— Sim!
— Avisarei à todos! — Disse Kingsley se levantando — Adeus, Minerva! Venha Percy! — Percy se levantou foi ao encontro de Kingsley e eles aparataram juntos.
Estava desacordado de novo, sendo carregado por duas pessoas num pequeno colchão nem um pouco confortável, até que elas me soltaram e eu caí com força no chão, acordei enquanto elas saíam e me vi numa outra sala, sem mobília, sem nada, as paredes eram desbotadas e sem cor e só havia e só havia uma estátua encapuzada e com uma enorme foice em uma das mãos, um poço e um caldeirão enorme, fiquei assustado, me levantei e começei a sentir muita dor e aí percebi que fora acertado por uma Maldição Cruciatus.
Me virei sentindo muita dor e vi uma mulher adulta estranhamente familiar, cabelos castanhos, olhos claros e grandes e confirmei minha hipótese de que já vi aquela bruxa.
— Quem é você?
— Você nunca vai saber, professor Potter!
— Drina... É você?
— Claro!
— Me deixe ir!
— É claro que não! Você será inestimável para o retorno de meu pai.
— O quê?
— Agora, fique quieto, senão mandarei mais alguma pessoa para calá – lo! Adeus! E tome seus óculos! — Ela balançou a varinha e meus óculos apareceram já em minha face.
Ela me deixou sozinho, assim como seu irmão, e enquanto estive alí pensei e refleti sobre o que iria acontecer, e tive a plena certeza de que não sairia dalí tão brevemente e que isso traria Voldemort de volta.
Em Hogwarts, Neville estava já dispensando os alunos de sua aula, quando um aluno amigo de Tiago perguntou:
— Professor, o que houve com Tiago? — Eles perguntavam e perguntavam, e Neville sem resposta ficava quieto, assim como Alvo Severo e Rosa que estavam na aula.
Eles ficaram quietos e os alunos perguntando até que um aluno tímido e desconhecido por muitos disse:
— Eu sei onde ele está! Vocês não viram o Profeta Diário? Ele está na primeira página, olhem! — Ele pegou o jornal de baixo de seu pergaminho e passou de mão em mão, todos olharam e ficaram perplexos com a notícia de Tiago. Quando o jornal chegou em Rosa, ela o queimou sem pensar duas vezes.
— Gente, esqueçam isso! Estão dispensados! Vão!
Eles foram rapidamente, desconfiando da atitude de Neville, que disse:
— Alvo Severo e Rosa fiquem!
— Está bem, preofessor! — Disseram desanimados.
— Tenho que lhes contar uma coisa.
— O que professor?
— Harry foi sequestrado!
— O quê? Meu pai foi sequestrado?!
— Sim, Alvo Severo!
— Então professor, o que faremos agora?! — Perguntou Rosa enquanto Alvo Severo ainda estava chocado com a ideia de seu pai ter sido sequestrado.
— Acho que devemos continuar com o plano inicial, sair à procura de Tiago, mas acho que seja onde for que Harry esteja ele vai conseguir sair, e por causa disso esperaremos mais um mês, ok?
— Sim!
— Sim!
— Então está tudo certo, podem ir!
— Tchau!
— Tchau!
Estava de novo na grande sala de paredes desbotadas, de repente pela mesma porta que me trouxeram, entram três pessoas encapuzadas, dois adultos e uma criança, provavelmente tinha uns 13 anos, quase adolescente. Eles entraram vagarosamente e atrás deles vinha Otto errante, como sempre, segurando uma poção azul – esverdeada em sua mão direita e na outra um osso longo, um fêmur pra ser mais exato. A tal criança estava com minha varinha em uma das mãos e na outra mão sua própria varinha, achei melhor esperar a criança se aproximar mais de mim para murmurar um feitiço Convocatório.
— Esperaremos até a noite! — Disse Otto e os outros bruxos concordaram já indispostos.
A noite estava chegando devagar e cada segundo que passava naquele lugra desconhecido perecia uma eternidade, de certa forma era uma tortura, sentia falta de tantas pessoas, Mione, Ron, Gina, meus filhos, meus amigos e colegas, até de Dolores eu sentia falta. Era melhor aguentar ter que olhar para aquela face horrível, que parecia mais um dementador de mais ou menos um milhão de anos, do que estar alí, contando os segundos para ser morto, e isso era pensar positivo.
Tudo indicava que o tempo estava pergando uamm peça em mim, se parecia que alguém o congelara, ele não passava de jeito nenhum. Um conflito crescia dentro de mim, eu queria que a noite chegasse para que a criança se aproximasse e eu pegasse minha varinha e fosse embora, mas ao mesmo tempo não queria que ele passasse porque quando o anoitecer chegar eu seria morto.
Era noite, Otto a pouco olhara em seu pequeno relógio de bolso, eram 9:00 horas, ele, mesmo pequeno, badalava e dele emanava um som tão alto quanto os relógios de Hogwarts.
— Vamos começar! — Otto disse e todos se colocaram em seus lugares, Otto e um dos adultos, o mais alto deles, se colocaram em volta do caldeirão e a criança e o outro adulto ficaram do lado da estátua.
E no momento que a criança chegou ao lado da estátua, Otto murmurou um breve mas complicado encantamento e senti como se uma força muito grande me puxasse para a estátua, aí soube que estava na hora de recuperar minha varinha, mesmo no ar gritei:
— Accio varinha! — Disse apontando minha mão para minha varinha para o feitiço não ter chance de falhas e a varinha saiu da mão da criança e veio a meu encontro, mas antes que ela chegasse até mim eu me aproximei da estátua, que se fechou rapidamente, deixando a lâmina de sua foice a poucos centímetros de meu rosto.
— Bombarda! — E a estátua explodiu e eu caí com força no chão, me levantei e Otto disse:
— Peguem ele!
Jorrôes de luz verdes e estupores jorraram por toda a sala, quebrando e dilaçerando em tudo que tocara, inclusive o grande caldeirão que estava no centro da sala. Eu saí da sala usando apenas feitiços protetores pois não tinha chance, afinal eram quatro contra um, a tal criança, apesar de pequena, duelava com uma destreza e habilidade que eu nunca vira antes. Saí da sala e me deparei com um grande corredor com várias portas de masmorras que davam para salas escuras iguais as que eu estava antes, o corredor era iluminado com apenas algumas estátuas de bravos guerreiros e bruxos da Sonserina, então parei para descansar.
Entre uma respiração ofegante e outra eu vi eles vindo rapidamente, correndo e disparando estupores e maldições e uma delas quase me acertou.
Corri muito até chegar a porta grande de mármore que era meu único obstáculo entre eu e minha liberdade, então gritei apressado:
— Bombarda Máxima! — E uma explosão de mármore e poeira me envolveu, saí e aparatei.
Estava face a face com o portão escuro e tenbroso de Hogwarts, que por sinal estava fechado, como sempre. Tentava passar pelo portão de muitas maneira, tentava enfeitiça – lo como Snape fizera à mais ou menos 20 anos, mas nada acontecia, eu acabava dando de cara com o portão e sentindo gosto de metal lodoento, gosto das lápides que ficavam no casebe ao lado do portão. De repente uam voz veio em minha cabeça, uam idéia que me pareceu a mais sensata em meio as que eu estava tendo. Conjurar um patrono que fala e manda – lo para Neville. E foi isso que fiz. Balançei minha varinha num movimento circular e um círculo de luz azul – prateado se materializou em minha frente que foi se expandindo até se transformar em uma corça majestosa e brilhante que iluminava tanto meu rosto que tive que vê – la com o olho meio aberto, mas isso não vem ao caso, mandei a corça até o quarto de Neville, ela com toda certez obedeceu e foi ao quarto dele. E lá estava ela, passou sem dificuldade pelo portão e saiu galopando em meio a uma grande trilha que leva à cabana do Hagrid e também a um dos pátios de Hogwarts. E galopando majestosamente ela foi até que chegou até a cabana de Hagrid e eu a perdi de vista mas esperei que ela chegasse à Neville rapidamente. Ao perde – la de vista sentei no chão e esperei.
Neville estava dormindo, babando na verdade, era estranho pois podia vê – lo pelos olhos do patrono, quando a corça irradiou no quarto e Neville acordou assustado pelo brilho azulado em seu quarto.
— Neville me ajude! Estou aqui em Hogwarts. No portão venha até aqui! Por Favor! — Disse o patrono, e Neville saiu correndo.
Após de mais ou menos vinte minutos, um borrão apareceu exatamente onde perdera a vista da corça, ele vinha cambaleante e ofegante em meio a escuridão e a luz de sua varinha. Antes de cehagr a dez metros de mim, o borrão tropeçou e caiu de cara no chão lamaçento e áspero da trilha, eu, nesse momento, tinha certeza de que o borrão era Neville sem dúvida, ele podia ter crescido ficado mais forte, mas seu jeito desengonçado ainda era o mesmo. Ele caiu e eu ri. Até que ele chegou ao portão.
— Harry, o que houve?
— Fugi! Tinham me sequestrado!
— Como se não soubessemos, o ministério e o mundo bruxo inteiro já está contacto e tem suas suspeitas. Apostam naquele seu amigo o... Otto... Otto Harpford.
— Suas suspeitas estam certas, quero dizer não foi ele, foi o Tiago, mas...
— O Tiago, o quê não pode ser seu próprio filho — Disse Neville nem deixando de terminar a explicação.
— Neville eu posso entrar?
— Claro, desculpa, é que quero saber tudo! — Disse Neville — Repéllo Aparátiôw! Colloportus! Pronto, Harry pode entrar!
— Está bem! — E tentei mais uma vez e consegui entrar — Valeu, Neville!
— Agora, Harry, me conte tudo!
— Está bem! Foi Tiago que me sequestrou, mas Otto que o mandou fazer isso, ele está tramando reviver Voldemort e pra isso precisava de mim, mas por sorte consegui sair.
— Agora conte – me como foi sequestrado!
A conversa foi adentro, e fomos subindo para o escritório da diretora, enquanto isso eu contava à Neville, o que acontecera na minha prisão e como fui sequestrado. Chegamos ao escritório da diretora McGonagall e abrimos a porta.
— Sr. LongBottom, já não lhe disse para não perambular pelo castelo a noite? — Disse a diretora enquanto estava revendo algumas matrículas ela disse sem a intenção de olhar para Neville.
— Mas eu vim com uma pessoa, tudo bem?! – Sibilou Neville errante e irônico, dando um leve sorriso que mostrou apenas o lado direito de seus dentes.
— Quem?
— Eu! — No momento que respondi a pergunta, ela deu um meio olhar por cima dos óculos velhos e embaçados e se levantou e viu duas pessoas, Neville e um outro adulto, que vinha se aproximando dela cada vez mais com oculos embaçados e empoeirados, com vestes descuidadas e com pequenos cortes e um corte profundo no braço direito que sangrava pouco.
— Sr. Potter?!
— É!
— Como? — Perguntou ela estontiante e surpresa.
— Eu o encontrei no portão de Hogwarts.
— Eu fugi! — Disse me virando para Neville que agora estava atrás de mim — Me sequestraram porque queriam reviver Voldemort.
— Quem?! — Perguntou a diretora.
— Otto... Ronald... Drina... e...
— E...Quem?
— Tiago!
A conversa foi adentrando a superfície escura e misteriosa da noite, não sei ao certo se ficamos conversando durante muitas horas ou poucos minutos, pois nada de interessante havia se falado alí.
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