Capitulo 7



Capitulo 7



- é uma mágica maravilhosa!



Tiago passou a mão pela manda de sua túnica, encantado por estar completamente seca. Lílian não quisera fazer máfia, mas levara a as roupas lavadas para o quarto que dividira com Ammy e voltara alguns minutos mais tarde com as mesmas roupas secas. Todos na taverna ficaram pasmos, e um pouco assustados, o que fez com que ele compreendesse o motivo de a jovem ter negado seus poderes e querer mantê-los em segredo.



- Não se trata de mágica – explicou ela algum tempo depois, mexendo-se na sela a frente de Tiago – Mágica não existe. Não é uma pratica considerada correta especialmente perante a igreja. E não acredita em mim, pergunte ao arcebispo. Todos os acusados de praticas esses atos malignos foram queimados vivos ou enforcados.



- Não há nada de maligno na mágica que você pratica – respondeu Tiago – A capacidade de secar roupas molhadas, e a pedra brilhante... Duvido que alguém considere essas praticas como malignas.



- Você não faz idéia do que poderia se dito a respeito dessas praticas, ou de mim e da minha família. Você não sabe o que é viver com pessoas esquisitas, ou fazer com que os outros compreendam que essas mesmas pessoas, meus parentes, não fazem mal a ninguém.



- Entendo. Foi por isso que a srta. Ammy falou daquele jeito quando se referiu a sua prima Helen? Ela é uma bruxa de verdade?



Lílian virou a cabeça, olhando-o com dedem.



- Claro que ela não é uma bruxa! Pelo amor de Deus, eu imaginei que você tivesse entendido o assunto! Não é possível que realmente acredite em tais criaturas!



- Você com certeza acredita – respondeu ele, com a mesma rapidez – é você que tem tantos parentes estranhos, e não eu. Alem disso, você possui poderes sobrenaturais, pois secou a minha roupa. Todo mundo sabe que roupas demoram para secar. Eu também vi a pedra brilhante com meus próprios olhos. O que aquela pequena coisa faz?



- A rainha – disse Lilia entre dentes cerrados – trata-se apenas de uma peça de um antigo jogo de xadrez, nada mais. Ela não faz nada.



Tiago não acreditou nem um pouco.



- Ela deve ter algum tipo de poder, caso contrario você não a teria escondido com tanto cuidado junto com a pedra da luz. Posso estar enganado, mas a noite passada, quando a vi junto da pedra brilhante, seus olhos pareciam brilhar.



Embora Lílian, estivesse se esforçando para não se apoiar muito em Tiago James Potter na sela, ele sentiu o corpo dela se retesar depois daquelas palavras, o que o levou a acreditar que acertara em cheio. A peça de xadrez também era mágica, porem não adiantaria insisti no assunto. Pelo menos não naquele momento. Era evidente que ela queria nega o que estava tão claro, mas Tiago sabia que as mulheres tornavam-se mais difíceis quando pressionadas. E seno um homem versado no sexo oposto, ele decidiu deixar a questão de lado, mudando para um tema mais amenos.



- Esta claro que você não quer falar da peça – comentou Tiago ajeitando a mão que a segurava na cintura – Então conte-me sobre sua família. Conte-me sobre sua prima Helen, que não é bruxa, apesar de a srta. Ammy achar o contrário.



Fora um momento interessante na taverna quando Lílian sentou-se para escrever a carta para sua prima, Ammy resmungou que gostaria que um parente mais confiável recebesse a missiva. Não havia mais ninguém presente, alem de Tiago e Sirius, mas a jovem não conseguiu esconder o nervosismo.



- Quieta Ammy! – ordenou ela, com a pena imóvel na mão. – Não diga mais nada!



- Eu não tenho nada contra a srta Helen –respondeu a amiga , desobedecendo-lhe – E fico muito contente por ela poder ir para Londres cuidar de seus tios e tias, porem todos acham que sua prima pe uma bruxa. Não gosto nem pensar o que acontece quando Helen se junta ao mestre Albus.



- Uma bruxa ! – a exclamação escapou dos lábios de Sirius e Tiago deu-lhe uma cotovelada para que ficasse em silêncio .



- Sim, sim – explicou Tiago, em uma tentativa de acalmar os ânimos – A srta. Helen é da família Evans, e como é de se esperar, possui alguns poderes mágicos. É claro que tais habilidades não foram corretamente compreendidas, e acabaram difamando-a como bruxa. Não pode ser outra coisa.



Lílian tinha baixado a pena e o olhava com tanta gratidão que, por um instante, Tiago ficou perplexo. Como acontecera uma vez, na taverna, quando ela sorrira pela primeira vez, depois rira com tanta alegria. O sorriso intrigante lhe transformara as feições, deixando-a linda. E ele se encantara como agora.



- Foi mais ou menos isso que aconteceu – disse ela – Você entendeu muito bem o assunto, Tiago,. Tudo não passou de um grande mal-entendido que acabou por difamar a minha prima Helen.



O fato de ele não ter acreditado em nenhuma de suas palavras não fazia amenos diferença. Lílian tinha acreditado, e era o que importava, pois ela sorria. E os sorrisos daquela jovem eram tão raros quanto ouro.



- Você disse antes que compreendia como minha prima foi acusada de ser bruxa – comentou Lílian naquele momento cruzando os braços.



- E compreendo – respondeu Tiago, pensando na feminilidade daquele peito que ficara pressionado contra o seu de manha , quando os dois caíram na lama. Fora um instante de desejo intenso, e a simples lembrança suscitava todas as reações sentidas – Entretanto, eu gostaria de saber por que ela passou a ser chamada de bruxa e também o motivo de suas família ter a reputação de praticar feitiçaria. Se é que você quer conversar sobre o assunto.



Lílian ficou quieta por um longo momento, porem foi relaxando aos poucos ate descruzar os braços. Tiago achou ate que ela se soltou um pouco mais apoiando-se contra seu corpo.



- Minha prima Helen é bem mais inteligente e espirituosa do que os homens consideram aceitável para uma mulher. E também é muito bonita –Essa ultimas palavras foram ditas com tanto anseio que Tiago chegou a sentir pena da jovem. Era evidente que Lílian não se considerava uma mulher atraente.



- Helen é filha de um primo de meu pai, e nasceu em uma pequena aldeia próxima a fronteira da escócia. Foi uma grã falta de sorte, pois, se tivesse nascido em Gales, como a maioria dos Evans, ela jamais teria sido chamada de bruxa Lílian olhou para trás – Os gauleses soa mais sensíveis com as pessoas diferente. Certamente eles não tentariam queimar uma jovens só por ela gostar de passear a noite e sem companhia.



Tiago arregalou os olhos.



- Eles tentaram queimar sua prima?



- Sim. E só porque ela gosta de sair sozinha a noite. Na verdade, eu não acho tão difícil assim de entender, apesar de não ter coragem de fazer o mesmo. Entretanto, Helen prefere a noite ao dia. É o jeito dela. Ela sempre foi assim, desde criança. As vezes, os pais acordavam no meio da noite e a encontravam passeando pelo jardim.



- E esse jeito de ser pode causar sérios problemas a sua prima. Principalmente se ela é tão bonita quanto você diz. Muito homens não hesitariam em se aproveitar de uma mulher assim, anda mais se a encontrarem perambulando pelas ruas a noite sozinha.



- Nenhum homem se atreveria a encostar um dedo em Helen –disse Lílian , voltando a olhar para frente – Na realidade, acho que nenhum homem conseguiria.



- Como assim?



Lílian suspirou.



- Não há explicação lógica. É simplesmente o jeito de muitos dos meus familiares. Não há nenhum tipo de mágica, mas alguns deles conseguem escapar do perigo.



- E mesmo assim sua prima quase foi morta.



- Sim. Helen foi pega durante o dia, e seus pais estavam em uma das propriedades da família. Ela e os criados não conseguiram se defender dos sujeitos que vieram buscá-la. A pobre tinha apenas treze anos na época.



- Ah, meu Deus – disse Tiago, imaginando a terrível experiência para uma menina – E como conseguiu escapar com vida?



Lílian hesitou antes de responder.



- Ela... Helen desapareceu. Quero dizer, ela escapou.



- Escapou?



- Sim – reafirmou Lílian, em um fio de voz – Eles esperaram até o fim do dia para executá-la. Quando preparavam o fogo, o sol começou a se pôr, e eles só conseguiram acendê-lo ao cair da noite. Foi quando Helen conseguiu escapar. E ninguém a achou.



Um arrepio percorreu a espinha de Tiago.



- Entendo. Ela não devia estar bem presa – comentou ele.



- é verdade – concordou Lílian



- Imagino que a fuga tenha sido bastante fácil – continuou Tiago – Na verdade, uma tarefa bem simples. E você disse que o resto da família é como ela?



- Você não acredita em mim! –acusou Lílian, irritada – Acha que Helen fez algum tipo de mágica para escapar?



- Creio que tenha sido muita sorte uma garota que gosta de passear sozinha a noite ter conseguido escapar de um morte tão cruel. – Tiago estava sendo sincero.



Lílian endireitou-se e cruzou outra vez os braços.



- Você acredita que Helen é uma bruxa, como Ammy. Duvido ate que você tenha enviado a carta que eu lhe escrevi. Aliás, duvido que você cumpra o que fala ou promete.



- Claro que a carta chegará ás mãos de sua prima – disse ele, rindo, tentando soltar-lhes os braços – Se é impossível acreditar que eu seja um homem de honra, pelo menos confie em Bostwick. Ele ficou perplexo ao vê-la escrevendo a carta, pois nunca tinha visto uma mulher escrever mais do que seu próprio nome,portanto, cuidara da missiva como se fosse uma jóia . Ora Lílian, não fique brava – sussurrou Tiago, com um certo humor na voz – Conte-me sobre seus tios e tias, depois sobre a peça de xadrez.



- Não há muito o que contar sobre a minha família – disse ela – é uma família como outra qualquer, porem são pessoas muito sabias e conhecedoras de antigos costumes.



- Antigos costumes?



- Os costumes do povo que vivida em Fales muito tempo atrás, de quem os Evans descendem. Meu tios conhecem muito bem os elementos da terra e da água, e minhas tias são versadas na arte da cura e medicina natural. Há explicações coerentes para tudo que eles fazem, mas poucos compreendem. A pedra da luz é a prova do que eu digo. Você acha que é mágica como todo mundo, só porque não conhece nada sobre os elementos que a fazem brilhar. Elementos da terra Tiago James Potter, criados por Deus, que não tem nenhum tipo de relação com qualquer tipo de magia.



- Você esta cansada lutar contra esse tipo de mal-entendidos. – Não era uma pergunta.



- Sim. E muito. Eu me lembro de fazer isso desde criança, mas principalmente depois da morte de meu pai.



- Ele era irmão de seus tios e tias?



- Não, era meio-irmão, mas bem mais jovem. Meu pai era filho da segunda esposa de meu avô. De todos os filhos do meu avô, ele foi o único que se casou. E foi muito bom, porque senão Daman e eu não teríamos nascido e não haveria ninguém para cuidar dos meus tios.



- E você o faz muito bem – murmurou Tiago, puxando-a mais para perto. Lílian não mostrou nenhuma resistência. – O que aconteceu com seus pais?



- Minha mãe morreu de parto, quando eu tinha oito anos, e a criança também morreu Meu pai faleceu quatro anos mais tarde, acometido por uma gripe que nem minhas tias conseguiram curar. Foi uma época muito triste para a minha família.



Tiago tentava evitar conversas tão intimas e assuntos tão dolorosos com as mulheres que conhecia. Não se sentia a vontade e , pior, sentia-se péssimo por não poder fazer nada para ajudá-las. Na verdade não costumava ter esse tipo de aspiração, porem com a srta. Lílian era diferente. A vontade de confortá-la era incontrolável, apesar de não saber como, muito menos de uma maneira que a agradasse.



- Eu imagino – murmurou ele – Foi quando você começou a cuidar dos seus tios e tias.



- Sim. E Daman não podia me ajudar, pois estava sendo criado em Gales. Mas não pense que eles foram um fardo para mim, pois não é verdade. São apenas os rumores e os absurdos que as pessoas imaginam a respeito deles que tornam a tarefa difícil. Eu jamais admitirei que alguém os capture e faça-os passar pelos mesmos apuros que minha prima passou.



- Seu irmão, sir Daman.... Ele pensa da mesma maneira? Acha que não se trata de feitiçaria e que sua família deve ser preservada dos rumores que a envolvem?



- Claro que eles precisam se poupados – falou ela- Daman sabe muito bem disso, como qualquer homem são. Em relação a feitiçaria... – Lílian abaixou a cabeça – Eu gostaria que ele não acreditasse nessa tolice. Foi o que lhe arruinou a vida.



- Quer dizer que ele tem fé ? –perguntou Tiago incrédulo. –Não é o Daman Evans que eu conheço.



Lílian virou-se imediatamente para trás, mas os olhares de ambos não se encontravam.



- Como você conhece mo meu irmão? E por que deseja provocar a ira dele? Deve haver algum tipo de inimizade entre vocês dois, mas eu não me lembro de o ter ouvido mencionar o seu nome.



- Não, ele não o faria – disse Tiago sem esconder o desdém –Não seria nobre para um cavaleiro da realeza mencionar um ladrão bastardo. Por que ele o faria?



- Por você nutrir um certo ódio por ele? – sugeriu ela, com tanta franqueza que Tiago até se espantou. Lílian Evans podia ter relaxado um pouco , a ponto de falar abertamente sobre a família, mas era uma mulher muito inteligente e esperta para se calar em um momento como aquele.



- Talvez isso se deva ao fato de ele ter me insultado de certa maneira, e mesmo uma pessoa mais simples não admitiria o ocorrido.



- Mas planejar vingança e unir-se a um homem como Sir Thomas é agir sem cuidado. Na verdade, foi uma atitude de extrema imprudência .



- Seria imprudente permitir que uma chance como essa escapasse – discordou ele – Quem poderá me dizer quando teria oportunidade de atrair sir Daman para a minha rede? Nada melhor do que ter a irmã desse homem como prisioneira. Ele virá atrás de você .



- E daí? Daman o matará, embora você se mostre tão contente com esse possível encontro. Meu irmão esta entre os mais habilidosos lutadores da Inglaterra. Ninguém nunca o venceu em uma luta de espadas.



Tiago sabia perfeitamente, porem não se aflingiu com o comentário.



- Eu não sou um cavaleiro, muito menos uma criança indefesa. Minhas habilidades com a espada são dignas de um exímio lutador, e como seu irmão, nunca perdi uma batalha.



- Daman o vencerá –prometeu Lílian –Você morrerá se chegar a enfrentá-lo. Entretanto, se esse é seu desejo, não farei nada para incentivá-lo a muda de idéia. Estou bem mais preocupada com o pacto que você fez com Sir Thomas Riddle . Lutar com Daman é uma coisa... mas como pôde se envolver com um homem que o esta usando para atingir seus objetivos?



- Eu também o estou usando para atingir os meus. Por esse ponto de vista, nossos pecados são iguais.



- Mas ele é um homem sem caráter – insistiu Lílian – Você não o conhece tão bem quanto eu. Preste atenção, sir Thomas não hesitará em matá-lo para chegar onde que. Eu juro que raspo a minha cabeça se não enfrentarmos algum tipo de perigo quando chegarmos a York. Tenho certeza de que ele está nos armando uma cilada.



Tiago riu alto.



- Seria uma pena, senhorita. Seus cabelos são lindos, e eu não gostaria de vê-los no chão.



Mesmo sentado atrás de Lílian, Tiago viu as faces dela enrubescerem de alegria, o que o deixou bastante contente.



- Ora, que asneira – disse ela, tentando mostrar-se inflexível.



- é verdade – disse Tiago, pegando uma mecha dos cabelos entre seus dedos. Depois do banho, ela os deixara soltos para secarem ao vento, A brisa agradável do dia ajudara, e agora os gloriosos fios ruivos estavam quase secos e tão macios quanto seda pura.



- Acho que nunca vi um cabelo tão bonito, em nenhuma das minhas viagens. Sei de muitas mulheres que venderiam a própria lama para ter um cabelo como o seu – Ele soltou-lhe os cabelos e voltou a se concentrar em guiar Nimrod. –Você o herdou de seu pai?



- Da minha mãe – respondeu Lílian –Ela era do norte, bem diferente do resto da minha família. Daman tem o cabelo preto como o do nosso pai.



- Que bom, pois seria um grande desperdício um homem ser abençoado com uma cabeleira dessas. Do norte, você disse. Da Escócia Sua mãe era escocesa?



- Sim

- Ah –disse Tiago –Agora entendo.



- O que você entende?



- Muitas coisas. Conte-me sobre a peça de xadrez. Ela me parece uma pequena escultura Boadicea. Trata-se de uma réplica da antiga rainha?



Antes de começar a responde, Lílian ficou calada por um longo instante, então começou a falar.



A tarde estava agradável e quente, bem diferente do frio e umidade do dia anterior. Tiago guiava Nimrod, mantendo um passo confortável e constante. Eles cavalgavam por estradas alternativas bem longe das principais, passando por bosques de carvalhos e campos cheios de lama. Com o tempo , Lílian começou a bocejar. Sem se dar conta do que fazia, ela relaxou o corpo, recostando-se no de Tiago.



Algum tempo depois, quando ele parou e fazer perguntas, percebendo o cansaço da jovem, Lílian adormeceu com o rosto contra o peito de Tiago. E só foi acordar duas horas depois, quando pararam no local onde passariam aquela noite.





N/A.... essa capitulo eu achei muito parado sabe.... foi mais para explicar a historia da família da Lily e os costumes....e bem... espero que estejam gostando da fanfic do mesmos modo que eu estou gostando de escreve-la.... heuheuheue bjoks... o próximo capitulo vem amanha...



Sou uma autora lok por Reviews... e se você esta a gostar da fanfic... entaum comente....

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.