Insanidade

Hermione acordou mais leve. A felicidade tomava conta. Ela se espreguiçou e virou para abraçar o causador dessa noite maravilhosa. Terminou apertando os travesseiros.

Ela ergueu a cabeça e olhou todo o quarto. Não havia nada dele. Nenhuma roupa. O banheiro estava com a porta aberta o que indicava que estava vazio. Angustiada ela pegou seu roupão e desceu as escadas para ir à cozinha. Nada. Olhou a casa toda e não encontrou vestígio algum de que Draco estivesse ali. Uma pontada de tristeza abateu sobre ela mas, foi camuflada pelo barulho de uma aparatação nos seus jardins. Correu para a porta e abriu sorrindo, pensando ser seu Draco, tal qual não foi a decepção ao ver Gina com a mão levantada pronta para bater na porta.

 

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  Oi, Gina. - ela cumprimenta triste.

  
  


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  Oi, Mione! Pensei em dar uma volta em área trouxa para fazer compras... Posso entrar? - Gina fala levantando a sobrancelha estranhando a atitude de sua amiga.

  
  


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  Claro, claro. Desculpa... Ando tão distraída. Você dizia?

  
  


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  Você sabe que ando eufórica com as coisas dos trouxas, acho que puxei a papai, e como você entende tudo, gostaria que me acompanhasse nas compras.

  
  

 

Hermione não pensava no convite mas se deveria contar a Gina o que aconteceu na noite passada.

 

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    E então? - Gina pergunta dando um sorriso nervoso.

    
    
  
  
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    Vou sim. Espera que vou trocar de roupa. - Hermione subiu ao seu quarto. Respirou fundo e olhou atentamente ao redor, nada, nenhuma coisa de Malfoy. Pegou uma roupa e foi para o banheiro tentar por as ideias no lugar.

    
    
  
  
  
  

Gina a seguia com os olhos tentando deduzir em que estado se encontava sua amiga. Sabia que ela não estava nada bem. A aparição do tio de Malfoy a fez surtar.

Hermione descia as escadas confusa e sua incerteza de falar a Gina a fazia se sentir mal, afinal, aonde Draco havia se metido? Ele disse que ficaria a noite com ela. E batendo na testa pensou que como era manhã, ele tinha ido embora, levando bem ao pé da letra a promessa. Gina levantou a sobrancelha e ainda analisava a amiga ali parada à sua frente arrumando a roupa.

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  Como estou? - Hermione perguntou.

  
  


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  Linda, como sempre. - Gina responde sorrindo não verdadeiramente. Ela estava atenta demais a Hermione quanto a suas ações. - Vamos então.

  
  


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  Gina. - Hermione para e joga a bolsa no sofá. - Quero lhe contar uma coisa antes. - Gina cruzou os braços já antecipando o tema da conversa. - Ontem eu estive com o Draco.

  
  


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  Como? - Gina fica preocupada. Draco havia morrido, não era bom Hermione falar uma coisa dessas.

  
  


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  A gente fez amor, Gina. Ele me disse que só poderia aparecer quando alguém da família dele estivesse aqui.

  
  


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  Hermione,... - Gina parecia cautelosa com o que falar, não queria magoar Hermione. - Você precisa entender e... Aceitar que Draco se foi. Ele não pode mais fazer amor com você.

  
  


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  Ele fez de propósito, Gina, ele criou o enterro dele.

  
  


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  Não, Mione. Não faça isso consigo mesma. O médico, que lhe forneceu os calmantes no dia que você soube a notícia, disse que poderia acontecer de você se apegar ao passado sim, mas não tem motivo para tanto. Parecia tão bem com meu irmão, amiga.

  
  


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  Gina, por favor, acredite em mim. Por favor. Eu sei o que você está pensando, mas não estou inventando, Gina. Ele esteve aqui, quando cheguei ele já estava aqui.

  
  


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  Hermione! Vem comigo! Vamos em casa para eu te mostrar uma coisa. - e dizendo isso, ela pegou a mão de Hermione e seguiu para o jardim para desaparatar em sua casa.

  
  


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  Não estou entendendo. - Hermione fala suspirando. Gina correu em seu quarto e voltou com um pedaço de papel que Hermione identificou logo como o jornal.

  
  


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  Lembra? Você puxou da mão de Ron, mas não leu. Veja o artigo.

  
  

 

Hermione a contragosto abriu na seção indicada. Acima em negrito e letras graúdas havia a pergunta: ASSOMBRADA?

Hermione olhou para Gina um pouco chateada e respirando fundo começou a ler, sendo interrompida no mesmo momento com o pedido da ruiva para ler em voz alta.

“Muitos bruxos comentaram do repentino movimento na conhecida mansão Malfoy. Todos sabem que a família antiga fora embora assim que o último herdeiro falecera em defesa, acredite quem quiser, da paz. Draco Malfoy foi um jovem, que embora tenha sido obrigado a seguir as leis Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, mostrou sua verdadeira face ao recusar assassinar o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore. Como se não bastasse, resolveu lutar ali mesmo contra todos que ele um dia fora aliado e entregou vários comensais à Ordem. Sua reputação ficou mais interessante e apreciada quando anunciou seu noivado com a srta Granger, uma jovem bruxa nascida trouxa a qual ele conheceu na já referida escola. Sua morte foi penosamente ocorrida no meio de uma luta entre comensais e aurores. Nesse dia, os pais deixaram claro que não tinha sentido ficar na mansão sem o filho e que ali era unicamente dele em vida e morte. Tal qual não foi a surpresa de ver luzes e movimento de empregados no local, porém, quem está de volta a casa antiga é um tio do jovem Malfoy, distante pelo visto, já que nunca fora mencionado antes. Ele informou, através de um dos empregados, à imprensa que ficará por lá por tempo indefinido.”

Hermione lera as últimas palavras apertando o jornal quase o rasgando. Gina a olhava com um misto de temor e pena, e ao mesmo tempo lutando contra esse sentimento, não achava ninguém digno de pena. Hermione mordeu os lábios para segurar a fúria que sentia, entretanto foi em vão, pois mesmo contando mentalmente para se acalmar ela jogou o jornal longe e apontou o dedo para Gina deixando toda sua raiva ser extravasada através de lágrimas.

 

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  Você não tinha o direito, Gina. Eu sou sua amiga, mas isso é golpe baixo. Acha que estou ficando louca? Eu sei o que vi e o que senti e não vai ser uma reportagem de bosta que vai me dizer o contrário não. Se você não pode me apoiar, não me faça sentir pior.

  
  


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  Mione, não é isso. Mione, entenda...

  
  


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  Não, Gina. Seu irmão viu no restaurante.

  
  


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  Foi o tio dele, Mione, é isso que você não enxerga. Foi o tio dele lá.

  
  


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  NÃO FOI! Foi Draco. Ele disse que apareceu para mim duas vezes. E pelo que lembro foi uma lá e outra aqui na frente da sua casa.

  
  


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  Mione... Só você viu aqui na frente de casa. Rony disse que antes de descer olhou pela janela e não viu ninguém lá fora.

  
  


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  Gina,... - Hermione deixou morrer as palavras em sua boca. Não insistiria mais para que sua amiga acreditasse nela.

  
  


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  Mione, fique comigo por um tempo aqui.

  
  

 

Hermione balançou a cabeça negativamente e sem dar mais uma palavra saiu aparatando novamente em sua casa.

Ela passou o dia pensando e se perguntando se realmente ela teria imaginado tudo. Ela queria que Draco aparecesse novamente para provar que ela não estava ficando louca. O pior foi que Draco não revelou em nenhum momento aonde estava, mas se ela queria, ela o veria. Arrumou a casa no modo trouxa e não com magia. Cozinhou, comeu. O dia passava lentamente e a cada minuto ela ansiava que ele aparatasse. Deitou, dormiu, levantou. E pensou em sua sorte de ser um sábado, afinal ela não teria cabeça para trabalhar. A noite chegava como um presente e mais uma vez ela se deitava no sofá, ligou a televisão, uma das coisas trouxas que ela manteve. Assistia um programa que falava sobre vídeos que as pessoas achavam engraçados porém, Hermione não se concentrava, sua mente só pensava em Draco, só pedia Draco. Adormeceu e se aninhou no sofá confortável e marrom da sua sala muito bem organizada. Sem saber quanto tempo havia passado, ela só sentia uma brisa passando, um afago, se sentia confortável e aconchegada. Sua mão passou pelo rosto para tirar o cabelo que caíra, virou-se mais uma vez e escutou uma risada. Só poderia estar sonhando. Escutou novamente e dessa vez seguido de um beijo na sua nuca que a fez se arrepiar. Virou lentamente o rosto, o coração palpitando, mal podendo conter seu anseio e felicidade. Sorriu ao ver os olhos cinzas vidrados nela, pareciam mais bonitos e brilhantes. Subiu a mão para os cabelos loiros e afagou ternamente. Ele a olhava profundamente.

 

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  Por que você se foi? - ela pergunta timidamente.

  
  


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  Porque alguém vinha aqui. - ele respondia calmamente.

  
  


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  Como? Você sabia que Gina vinha?

  
  


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  Não ela especificamente. Mas alguém sempre vem aos sábados pela manhã aqui.

  
  


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  Hum. Não quer aparecer por quê? Aliás, aonde você esteve?

  
  


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  Nossa! Sabe-tudo, você parece desconfiada, desse jeito eu vou sumir.

  
  


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  NÃO! - ela gritou nervosamente.

  
  


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  Eu fiquei na mansão. Único lugar que posso ficar por enquanto. E caso não tenha percebido, não posso aparecer pra mais ninguém.

  
  


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  É... Gina não acredita que você estava aqui ontem. Ela não acredita em mim, Draco.

  
  


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  E não pode acreditar. Eu morri, Mione. Por favor, eu só posso aparecer pra você!

  
  

 

Hermione o beijou atrevidamente. Como que pondo um ponto final na conversa. Draco respirou fundo e acompanhou a língua dela em sua boca. Sua mão passou pelas coxas dela e subiu vagarosamente para o quadril. Ela suspirou e retesou o corpo para ser mais acariciada. Ele pôs sua boca no pescoço dela e mordeu levemente, sua mão apoiada na virilha. Ela o apertou e falou seu nome baixo, abrindo mais as pernas dando espaço para ele se por no meio delas mas, ao invés disso, ele colocou a sua mão. E assim mais uma noite extasiante se passou para Hermione.

 * * *

N.B.: “Eu só posso aparecer pra você” – que p*&%$ é essa, mainha??? Aiii se vc estiver fazendo história de assombração e eu ficar tendo pesadelo.... Pego sua neta e sumo! Adorei o capítulo,mas vc está só me deixando mais e mais curiosa... Beijocas, Ártemis

N.A.: :O Não sumaaaa! Alguém vai tirar essa história a limpo! Kkkkkkkkkkkk

Confesso que vou aumentar. Não pode ser mais em 4 capítulos.

Escrevendo mais um e quem quiser ler mais levanta a mão!

:D

 

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