Lies, Letters and Lakes.
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Depois de caminharem por alguns corredores, o grupo parou em frente a uma parede.
- O que estamos fazendo parados aqui? – perguntou Rony olhando curioso para os demais.
- Você verá. – respondeu Harry e segundos depois, uma porta se formou na parede.
- Brilhante! – exclamou Rony – É aqui que iremos fazer a poção?
- Sim. – respondeu Hilary entrando na sala e foi seguida pelos outros três.
A sala tinha algumas mesas e no meio havia dois sofás com uma mesinha no centro e ao lado uma poltrona. Haviam nas mesas alguns vidrinhos de poções e alguns livros.
- Então, essa é a Sala Precisa? – perguntou Hermione curiosa olhando cada milímetro da sala.
- Sim, venham. – Hilary sentou em um dos sofás com Hermione e Harry e Rony no outro. – Agora, é só achar a página da poção.
- É a página 145. – falou Rony e todos olharam pra ele. – Que foi? Eu sabia que página era, mas não li nada ainda.
- Espera um minuto Hil! – Harry exclamou vendo Hilary abrir na página. – Eu preciso contar uma coisa...
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O loiro caminhava em direção ao salão comunal da sonserina. Mas antes de chegar ao salão, encontrou duas pessoas com os braços cheios de comidas e doces.
- Onde vocês estavam? – perguntou de sobrancelha erguida.
- Na cozinha. – respondeu Goyle com a boca cheia. – Quer um pouquinho?
- Não. – respondeu e olhou em volta. – Vocês viram o Rony?
- Não. Achamos que estava com você. – respondeu Crabbe, e Goyle concordou com a cabeça.
- Não, comigo não. – disse Draco pensativo e começou a andar em direção às masmorras com os dois ao seu alcance. – Ele deve ter ido pra a sala comunal da grifinória. Argh, odeio aquela casa! Não sei como ele consegue viver lá.
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- Então quer dizer que na verdade nós existimos, mas somos de personalidades diferentes? – perguntou Hermione confuso olhando de Harry para Rony.
- Super diferentes!
- E somos casados? – a garota perguntou erguendo a sobrancelha, e quando o moreno acenou que sim com a cabeça, ela deu um grito. – Aah! Que nojo! Não tinha ninguém melhor pra eu casar não, é?
- Eu quem digo isso! Sai fora, eu nunca me casaria com essa aí. – disse Rony olhando Hermione com desprezo.
- Essa ai? O que quis dizer com isso!?
- Tudo bem, não queremos discussões. Agora que já sabem o que aconteceu e por que estão aqui. É melhor vermos logo a poção pra saber por onde nós começamos. Hilary? – disse Harry tentando amenizar o clima.
- Ok. – disse Hilary e começou a ler por cima a primeira página da poção. – Vai ser um pouco difícil Harry. Diz aqui que alguns ingredientes são difíceis de encontrar, e outros estão escondidos em partes do castelo.
- E quanto tempo dura a poção? – Harry suspirou pesadamente.
- Um... ou dois... – respondeu Hilary dando de ombros.
- Um ou dois? – perguntou Hermione sem entender.
- Talvez três...
- Três o quê? – perguntou Rony perdendo a paciência.
- Anos... – respondeu Hilary se encolhendo esperando a reação dos outros três.
- O QUÊ? – gritaram os três juntos.
- Anos!? – repetiu Hermione atordoada – Não, não e não! Não vou agüentar ficar todos os dias durante três anos fazendo uma poção!
- E muito menos eu! Eu tenho mais o que fazer. – exclamou Rony. – Sem contar que nossa formatura é em dois anos!
- Gente, calma! – exclamou Hilary – Se formos rápidos e acharmos os ingredientes rápido, terminaremos essa poção em seis meses. E diz aqui que não trabalharemos nela todos os dias, apenas três vezes por semana e terá semanas em que precisamos deixá-la em repouso.
- Se for assim tudo bem. – Hermione deu de ombros.
- Mas e se eu não quiser? – perguntou Rony.
- Você vai querer! – garantiu Harry olhando Rony que se encolheu no sofá.
- Bom, então vamos começar. – disse Hilary enquanto se dirigiam à uma mesa cheia de vidrinhos, uns vazios e outros cheios.
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O salão principal estava cheio. Haviam estudantes de um lado pro outro, alguns estavam atrasados para algo e outros tinham acabado de chegar ao salão.
- Hey Hermione! – disse Harry atrás de Hermione enquanto essa que, até então, conversava com Parvati, Padma e Lilá.
Hermione virou enquanto as outras meninas os encaravam com curiosidade.
- Oi Harry. – disse Hermione sorrindo.
- Eu preciso falar com você... a sós – disse Harry olhando para a garota que entendeu e olhou pras amigas.
- Ok, já estávamos indo mesmo. – disse Lilá entre risos. – Vamos garotas, nos vemos depois Mi.
Hermione acenou com a cabeça e olhou para Harry curiosa.
- Nossa segunda reunião será amanhã à noite, depois no jantar na sala precisa. Sabe como entrar, não sabe?
- Sei sim.
- Então, até daqui a pouco na aula. – saiu de perto de Hermione e foi se sentar do lado de Hilary.
- Oi Hil.
- Olá Harry. Foi falar com a Hermione?
- Sim. E já mudou de opinião sobre ela? – perguntou esperançoso olhando a irmã.
- Não muito, mas sim. Ontem ela ajudou muito na poção, não é tão burra quanto dizem... – disse Hilary dando de ombros enquanto comia seu cereal.
- Ela nunca foi burra! – exclamou defendendo a amiga.
No momento em que Harry pôs uma torrada na boca, várias corujas com cartas e pacotes entraram voando no salão principal. Harry avistou uma coruja preta e supôs que fosse de Hilary e acertou, pois a coruja entregou à garota duas cartas.
- Sirius me mandou uma carta! E parece que te mandou uma também – disse entregando uma carta à Harry, que pegou e ficou observando-a.
Fazia muito tempo que não recebia uma carta de Sirius.
- Não vai abrir? – perguntou Hilary que estranhou que Harry ainda não tivesse aberto a carta.
- Não. – respondeu simplesmente. – Depois eu abro!
- Ok então. – a garota estranhou, mas preferiu deixar pra lá e no segundo seguinte avistou um moreno que vinha em direção a ela, sorrindo. – Tom!
- Hey Hil! – Tom deu um selinho na garota e sussurrou algo no ouvido dela, que deu risada.
- Harry, nós estamos indo. Até depois! – Hilary e Tom iam saindo quando Harry perguntou:
- Posso saber onde vocês estão indo? – perguntou lançando um olhar enciumado para Tom.
- À aula. – respondeu Hilary simplesmente.
- Sério? Por que faltam vinte minutos para as aulas começarem, e que eu saiba não é tão longe assim.
- Tchau Harry. – a garota revirou os olhos e puxou o namorado até desaparecerem do salão.
O garoto voltou a comer sua torrada, mas foi interrompido por Simas, Dino e um garoto loiro que parecia ter a mesma idade que ele, só que não o reconhecia de nenhum lugar.
- Harry você não vai acreditar! – exclamou Dino que estava sentado ao lado de Simas na sua frente.
- O Simas vai ficar com a Parvati! - disse o garoto loiro ao lado de Harry que o olhou sem entender.
- Quem é você? – perguntou levantando uma sobrancelha.
Os três deram risada e o loiro o olhou risonho.
- O ciúmes da pequena Hil fez efeito na sua cabeça, foi? Harry, sou eu! Justin Carter, seu melhor amigo.
- E por que você não veio antes? – tentou disfarçar e perguntou sem entender.
- Ah, eu estava doente e não deu tempo de te avisar que iria faltar nas duas primeiras semanas. Mas agora eu estou melhor. – explicou e continuou olhando os outros dois. – Mas enfim, o que você acha?
- Acho do que? – perguntou para os três.
- De mim e da Parvati? – peguntou Simas.
- Ah ta. Huum, eu acho que vocês formam um belo casal.
- Há! Eu não disse? – falou Dino olhando Simas.
No segundo seguinte, Harry lembrou que Dino estava namorando sua ‘’esposa’’ e resolveu que era a hora perfeita para um pequeno interrogatório.
- Dino, você está namorando a Gina né? Há quanto tempo estão juntos? – perguntou olhando-o com curiosidade.
- Cara, de novo você está me perguntando isso? – Dino revirou os olhos e continuou – Há uns dois meses atrás.
- E vocês já...? – perguntou Justin.
- Não! – exclamou Dino.
- Não? Como assim cara? – perguntou Simas indignado.
- Sinto que não é a hora certa..
Logo Simas e Justin começaram a zoar Dino e Harry encarava tudo de boca aberta.
Dino poderia se considerar um homem morto se tentasse encostar um dedo em Gina para fazer.. coisas indecentes. O sinal da primeira aula tocou e os quatro se dirigiram para sua primeira aula.
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- Draco? – Rony chamou o amigo que estava acabando de se arrumar para ir às aulas.
- Sim.
- O que acharia de uma pessoa que andasse com alguém que seu melhor amigo odeia? – perguntou Rony. O garoto estava sentado na cama de Draco no dormitório da sonserina, enquanto esse estava de pé em frente ao espelho terminando de colocar a gravata.
– Eu acho que seria uma traição das grandes e nunca perdoaria. – disse Draco pensando na possibilidade.
- Bem... mas é só uma sugestão, não é? – perguntou Rony com medo que o amigo estivesse desconfiando de algo.
- É claro.
Rony suspirou aliviado.
- Você nunca mentiria pra mim, mentiria Rony? – perguntou Draco se virando para encarar o ruivo.
- Claro que não! – exclamou – Você sabe que as mesmas pessoas que você odeia eu também odeio.
- Todas mesmo? – perguntou Draco o olhando com a sobrancelha levantada.
- Claro que sim. Mas chega desse assunto, vamos descer pra dar tempo de tomarmos café. – disse Rony tentando aliviar o clima que iria se formar, enquanto levantava e saia do quarto com Draco ao seu alcance.
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A hora do jantar estava chegando e Harry lia e relia a carta de Sirius várias e várias vezes em seu dormitório.
- Não vai mandar a resposta? – perguntou Hilary enquanto entrava no dormitório e sentava na cama de Rony.
- Hilary! – exclamou levando um susto e ergueu a sobrancelha. – Não tinha que estar na aula?
- Não, eu tive um tempo livre agora nas duas últimas aulas. Disseram que o professor ‘’ficou doente’’. – disse sorrindo marota.
Sim, com certeza Hilary era mesmo filha de Tiago Potter. Ela tinha aquele ar maroto do pai misturado com o jeito inteligente e doce de sua mãe, qualquer um que a olhasse perceberia isso. Harry riu.
- Doente como: um pouco das gemialidades Weasley no copo de café dele? – perguntou.
- Claro que sim. – respondeu sorrindo, mas depois que viu a carta na mão do irmão e tornou a perguntar. – Não vai responder?
Harry olhou pela janela. Não, não iria responder. Sirius havia dito muita coisa naquela carta, coisas que nunca recebia dele nas suas cartas da vida normal.
- Não acredito que vai ignorar a carta. – disse Hilary o olhando espantada.
- Eu não vou ignorar. – disse Harry e Hilary levantou a sobrancelha – Eu só não vou responder.
- E qual a diferença? – perguntou olhando enquanto se levantava.
- Todas. Ignorar seria se eu não tivesse lido a carta, mas como eu li...
- Eu ainda não acredito que você vai ignorar a carta do nosso tio mais legal. Você nunca ignorou uma carta dele! – exclamou Hilary.
Isso era verdade, no tempo em que Harry estava, nunca havia deixado de responder nenhuma carta do padrinho. Mesmo se Sirius mandasse uma que estivesse informando Harry que estava com fome, ele iria responder.
- Eu sei, eu sei, ok. – disse se rendendo e a garota o olhou curiosa. – Eu irei responder. Mas só depois do jantar.
- Você que sabe. Ah, agora que eu lembrei! Vamos pra sala comunal, Simas irá ficar com a Parvati e eu não quero perder isso! – disse animada puxando Harry pela mão e descendo as escadas do dormitório masculino até chegar ao salão comunal.
- Simas! – exclamou ao ver o garoto junto com Justin e Dino no sofá em frente à lareira.
- Oi Hil. – falou Simas animado.
A garota cumprimentou Simas, Dino e Justin e olhou em volta.
- E então? Cadê a Parvati? – perguntou.
- Ela já deve estar vindo. – respondeu Justin enquanto Harry sentava ao seu lado.
No segundo seguinte a porta da sala comunal abriu, entrando Hermione, Parvati, Padma e Lilá.
- Heeeey Parvati! – exclamaram Justin e Dino.
- Olá. – Parvati cumprimentou todos e se sentou na poltrona ao lado do sofá.
- Entãão... vamos! Quero ver o beijo. – Hilary os encarava ainda de pé sorrindo.
- Por que você quer ver o beijo deles? – perguntou Hermione rindo.
- Porque vai ser emocionante! – disse Hilary.
Hermione fez um aceno com a cabeça para Parvati que entendeu e foi com Simas em direção ao retrato, saindo do salão. Todos se olharam.
- Eu acho que enquanto isso eu vou dar uma volta antes do jantar. – disse Harry saindo da sala comunal.
- Quer que eu vá com você? – perguntou Hermione e o moreno fez que não precisava com a cabeça. A morena voltou a olhar para os estudantes que restavam e todos a olharavam. – O quê?
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Harry chegou em frente ao lago e sentou. Ficou observando a paisagem do sol se pondo a sua frente. Fazia muito tempo que não se sentia assim, livre. Estranhamente livre, mas livre. Teve sua adolescência com vários altos e baixos, perdeu pessoas muito importantes e sempre estava tentando arranjar um jeito de acabar com Voldemort. Agora, ele estava em outro tempo, com pessoas que não conheceu direito e outras que não deu tempo de conhecer. Estava estranhamente feliz.
- Olá. – disse uma voz doce ao seu lado e Harry olhou pra cima.
- Oi Gina. – disse sorrindo. Gina, ela pelo menos não mudou de personalidade para uma forte, como Rony e Hermione.
- Você está bem? Parece preocupado... – a garota perguntou olhando no fundo dos olhos verdes do moreno.
- É, eu estou... estranhamente bem. – disse não querendo dar muitos detalhes.
- Hum. O que você e Rony estavam fazendo na sala precisa? – perguntou virando o rosto para o lago.
- Ahn? Ér, como você sabe? – perguntou Harry surpreso.
Rony havia olhado para todos os lados quando eles estavam juntos para ninguém os ver, e como ele não viu a própria irmã?
- Vi vocês indo para o salão comunal ontem à noite. Viraram amigos, é? – perguntou erguendo a sobrancelha.
- Não ainda. – respondeu olhando para o lago.
- Harry? De quem você estava falando aquele dia? – perguntou Gina após alguns minutos de silêncio.
- Eu... prefiro deixar isso pra lá. – respondeu não querendo dar muitos detalhes.
Ele deveria contar ou não? Afinal, Rony e Hermione por incrível que pareça, acreditaram. Claro que, não de cara. Ele teve que provar que isso era mesmo verdade, o que lhe rendeu uma série de perguntas sobre a família deles e suas vidas pessoais, medos, paixões e etc.
- Como deixar pra lá? Agora eu quero saber! – exclamou.
- É sério Gina, um dia eu te falo ou você mesma saberá. Eu prometo. – disse Harry olhando a garota.
- Como? – perguntou confusa.
- Digamos que algum dia você saberá.
- Ok, se você diz. – falou a garota simplesmente e se levantou. – Ah, vou ter que entrar, tenho que encontrar o Dino antes do jantar.
Harry sentiu uma fera querendo sair de dentro de si no momento em que ouviu essa frase, e achou melhor agir. Se nada desse certo e tivesse que ficar nesse tempo, teria Gina com ele.
- Eu vou com você. – disse se levantando. – Eu também tenho que ir encontrar alguns amigos.
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No momento em que Gina e Harry entraram na sala comunal da grifinória, Justin e Dino começaram a empurrar Harry para perto da lareira, onde estava Hermione e Lilá. Harry viu Gina sair com Dino do salão, assim que o garoto terminou de empurrar ele pra perto das meninas.
- Agora vocês! – exclamou Justin apontando de Harry para Hermione.
Harry viu sua irmã com o namorado do outro lado da sala e os encarava de boca aberta. Rony, que acabara de entrar os encarava disfarçadamente, Simas e Parvati mais pro canto da sala e Padma havia saído para jantar.
- Agora o que? – perguntou confuso.
- Eles querem que a gente se beije. – falou Hermione e encarou Justin. – Eu não vou beijar o Harry, ele é meu amigo!
- Amigo? Sei. Vimos vocês dois no maior clima hoje de manhã. – disse Simas entre risos enquanto chegava perto com Parvati.
- Somos apenas amigos. – garantiu Harry.
- Se beijem logo! – exclamou Lilá.
- Ninguém vai beijar ninguém aqui. - disse Rony que chegava perto do grupo. Eles o olharam e o ruivo apontou para Lilá, Parvati, Justin e Simas. – A Minerva está chamando vocês.
- E porque ela mandou você nos avisar? – perguntou Justin estreitando os olhos.
- Por que eu estava passando perto da sala dela e fui a primeira pessoa que ela viu. – respondeu revirando os olhos.
Os quatro se deram por vencidos e saíram do salão comunal. Hilary chegou perto dos três, enquanto Tom saía da sala.
- O que a Minerva quer com eles? – perguntou Hilary confusa.
- Nada. – respondeu Rony sorrindo de lado.
- Obrigado. – agradeceu Harry sorrindo e Rony deu de ombros. – Vamos jantar.
Harry e Hilary saíram e ficaram apenas Hermione e Rony na sala. Hermione olhou para o garoto com a sobrancelha erguida.
- Por que fez isso?
- Isso o que? – perguntou Rony a olhando.
- Não deixou que eu e Harry nos beijássemos. – a garota respondeu cruzando os braços.
- Infelizmente Granger, meu coração pode não ser tão de pedra assim às vezes. Alguma coisa me dizia que ele não queria te beijar, mas parece que você estava louca para que isso acontecesse, não é? – perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Claro que não! – exclamou fingindo indignação. – Eu e Harry somos muito amigos, nos damos super bem, não iria deixar ele me beijar, nem se quisesse.
- Muito amigos? – perguntou Rony achando graça. – Ora, por favor! Conhecemos ele há duas semanas!
A garota ficou calada por um tempo, mas o olhou e disse:
- Ciúmes?
- De quem? – perguntou confuso.
- De mim e do Harry. - respondeu dando um sorriso de lado.
- Essa foi a coisa mais ridícula que alguém já me disse! Ciúmes? De você e do Harry? Era só o que me faltava! – exclamou virando o rosto e suas orelhas estavam começando a ficarem com um tom vermelho.
- É, parece que seu coração não é tão de pedra mesmo Weasley, você pode sentir ciúmes. Já é um começo.
- Você é tão engraçada Granger. – disse Rony com irônia.
- Eu sei. Todos dizem isso. – respondeu dando de ombros.
A garota ia saindo da sala, mas o ruivo a pegou pelo braço e a fez encostar na parede, ficando de frente com ela.
- Eu não estou com ciúmes. – disse entre dentes.
- Sério Weasley? Sério mesmo? – perguntou irônica e foi chegando seu rosto mais perto do dele enquanto falava. – Porque que eu saiba, ninguém do jeito que você é, faria uma coisa dessas a não ser que esteja com ciúmes.
- Eu sei o que você está fazendo! – disse olhando para a garota que retribuiu o olhar.
- O que eu estou fazendo? – Hermione se fez de desentendida.
- Fique sabendo de uma coisa... – disse Rony enquanto cada vez mais ia chegando perto da garota.
- O quê?
- Dois podem jogar esse jogo Granger.
- Então que vença o melhor, Weasley. – disse quase acabando com a distância entre eles, mas saiu de perto e passou pelo buraco do retrato da mulher gorda, saindo do salão comunal. O garoto ficou olhando por alguns minutos o lugar onde Hermione tinha saído.
- Que vença o melhor, Granger. – disse saindo também.
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