"Isso tudo aqui, é real?"



CHAPTER 12
"ISSO TUDO AQUI, É REAL?"


Ele acordou num campo, de grama verdinha e brilhante. Florido e se prestasse atenção, veria alguns animais passando por ali.


Havia ainda uma cabana atrás de uma cerca baixa mais ao fundo, e era pra lá que ele ia. Ele via um animal deitado perto da cabana, parecia inofensivo.


Onde ele estava ele não sabia mais ele se sentia muito seguro e tranquilo só de andar por aquela grama fofa.


O sol não estava muito forte, lhe dava um ar de conforto. Aquecia por dentro e lhe deixava confortável. Como se estivesse n’A Toca. Só que era um sentimento que não sentia á muito tempo.


Enquanto ia em direção á cabana, olhou para si mesmo e viu que usava roupas brancas e leves. Uma camisa de manga curta branca, e uma calça também branca e larga. Estava descalço e, sem os óculos. O que estranhou já que enxergava perfeitamente. Mais isso era o de menos agora.


Atravessou a cerca e, percebeu que o animal era um cervo. E esse cervo se levantou imediatamente ao sentir a presença de outra pessoa ali.


Ele parou e encarou o cervo enquanto o animal ia a sua direção, calmamente. Viu os olhos castanhos esverdeados do cervo e, sorriu.


- Pai? – perguntou Harry com os olhos incrivelmente brilhantes.


Harry viu os lábios do cervo se curvando no que parecia um sorriso, era estranho já que um animal não sorria... E depois algo impressionante. O animal começou a brilhar, até formar a forma de um humano.


Harry viu o homem muito parecido com ele o encarando com um sorriso paternal, com as roupas iguais as dele.


- Olá meu filho – disse Tiago Potter abrindo os braços.


Harry foi até o pai e o abraçou fortemente, sentindo lágrimas querendo sair de seus olhos. Há quanto tempo não sonhou com esse momento?


Sentia-se amado naquele simples gesto de abraçar, sentia saudade.


- Como eu tava com saudade – disse Harry limpando as lagrimas fujonas.


- Eu também meu filho, mais infelizmente não podemos conversar muito. Temos que entrar e conversar, sua mãe nos espera.


Harry encarou o pai com um sorriso maior ainda.


- Mamãe está lá dentro?


Tiago assentiu sorrindo pela felicidade do moreno e o levou até dentro da cabana.


A cabana era totalmente de madeira e, por dentro, logo se dá de cara com uma salinha. Uma lareira e poltronas em volta, plantas. Mais, o resto, pareceu ter ficado totalmente invisível quando Harry avistou a mulher ruiva na poltrona, lendo um livro.


- Mãe...


Lilian fechou o livro na mesma hora e olhou lentamente para a direção da porta, sorrindo ao ver o filho a encarando com os olhos verdes marejados.


- Harry! – disse Lilian correndo até o filho e o abraçando fortemente – Oh, meu filho... Ti, é o nosso bebê!


- Bebê não mais Lily – disse Tiago sorrindo maroto – Já é um homem, bonitão igual ao pai.


- Pelo menos não é metido que nem você – disse Lilian dando vários beijos no rosto de Harry que ria.


- Magoou ruiva... – disse Tiago fazendo um biquinho e se sentando no sofá.


- Vem querido, precisamos conversar – disse Lilian levando o filho pelos ombros até o sofá, onde se sentou ao lado dele – Precisamos lhe explicar muitas coisas.


- Sobre os irmãos Anúbis? – perguntou Harry curioso.


Os pais assentiram, com um misto de preocupação e expectativa.


- Você anda com os sentimentos meio turvos né? – perguntou Lilian.


- Demais... – disse Harry corando.


- Isso não é culpa sua, é que a magia que anda despertando em você calmamente altera seus sentimentos – disse Tiago – Você pode ficar com muita raiva, tristeza... Desejo – nessa hora Tiago sorriu maliciosamente, ao que Harry corou e Lilian revirou os olhos – Mais enfim, você tem que aprender á lidar com isso. Com o tempo você se acostuma.


- O fato é que você terá que treinar. Treinos tanto para medir quanto para que você se acostume com sua força e magia. Aquilo na Sala de Troféus foi reflexo, não foi pouca coisa – disse Lilian.


- E ALÉM disso, você terá que ler aquele livrão chato dos Irmãos Anúbis – disse Tiago revirando os olhos – Infelizmente terá que gastar seu precioso tempo para se concentrar naquela leitura, mais é importante, te ajudará muito. Talvez se divirta lendo mais do que eu, pode ter certeza que foi muito importante pra mim e pra sua mãe.


- Aconteceu alguma coisa antes? Tipo, algo relacionado aos dois irmãos? – perguntou Harry ainda se segurando pra não rir do pai, ainda mais da mãe que revirava o olho e fazia uma careta.


- Nada como está acontecendo agora – começou Lilian – A única coisa que tivemos realmente que fazer foi expulsar o espectro de Lian da nossa casa, pois ele meio que tinha amaldiçoado também todas as casas dos Potters, e até o dia que nós morremos ele se manteve longe de você. Agora, bom... Algumas coisas que andaram acontecendo tiveram tanto culpa de Lian como de Voldemort.


- Como assim? – perguntou Harry franzindo o cenho.


- Posso falar uma coisa... – disse Lilian suspirando – Lian que atazanou Trelawney sobre o fato de que alguém ia nascer no sétimo mês e matar Voldemort. Ela primeiramente não acreditou mais, ela meio que foi possuída e criou a profecia.


- Então... Tecnicamente quem criou a profecia foi...


- Lian Anúbis – disseram os mais velhos ao mesmo tempo.


Harry fechou a mão em punho. Esse cara mesmo morto conseguiu estragar a vida INTEIRA dele. E ele teria vingança, ah se teria!


- Calma aí, relaxa – disse Tiago assustado com a energia que emanava do filho – Você ficar com raiva agora não vai fazer diferença, Lian não sentirá.


- Tiago! Não desperte pensamentos assassinos no nosso filho, por Merlin – repreendeu Lilian – O que seu pai quer dizer é que...


- É que você deve usar essa raiva, ira, ódio pra descontar nos seus treinos – interrompeu Tiago com firmeza.


- De certa forma eu concordo com seu pai – disse Lilian bufando, o que arrancou risadas do filho que se acalmou aos poucos. Lily sorriu e encarou o filho nos olhos – Olha... Você pode até sentir nossa falta, assim como nós sentimos muito a sua, mais sempre estamos do seu lado. Nos maus e nos bons momentos, ali te orientando mesmo que você não saiba.


- É... Sabe aquela vozinha que disse ‘Pode beijar a ruivinha, ela vai cair aos seus pés’ na sua festa de aniversário? É, foi o papai! – disse Tiago sorrindo marotamente.


- Por Merlin, minhas atitudes inusitadas foram culpa sua? Bom saber disso... É bom que eu te culpo por tudo – disse Harry rindo.


- E eu que te coloco juízo, coisa que não tem igual ao seu pai – disse Lilian sorrindo radiante – Sou a vozinha que dia ‘Não faz isso, vai se arrepender depois’.


- Se não fosse por você, agora não sei o que teria acontecido – disse Harry olhando sombriamente para o pai, que riu.


- Não fui tão mal assim vai... Eu até que te ajudei com a sua ruiva – disse Tiago.


Harry riu e encarou os dois novamente com a expressão confusa.


- Eu me esqueci de perguntar mais... Como eu vim parar aqui? Eu lembro que defendi a Gina de um feitiço lançado Merlin sabe de onde, obviamente por aqueles três capetinhas em forma de gente, mais depois eu apaguei. Só senti uma dor desgraçada, e vim parar aqui!


- Você meio que está em um transe – disse Lilian – Você está se recuperando das feridas do feitiço, mais você se curou no mesmo dia. Só está desacordado ainda porque está aqui com a gente.


- Desacordado ainda? Como assim? Há quanto tempo eu tô apagado?


- Três dias, só que aqui o tempo não passa normalmente – disse Tiago – E, infelizmente, você já tem que ir meu filho.


Harry suspirou, sabia que uma hora teria que voltar para a realidade.


- Mais... Isso tudo aqui, é real? – perguntou Harry segurando a mão dos pais.


- É claro que isso está acontecendo na sua mente filho, mais porque significa que não é real? – disse Lilian bondosamente.


Então, Tiago e Lilian abraçaram Harry que se sentiu aquele bebê da foto. Que mal sabia o que o esperava no futuro.


Mais Harry não se importava. Sabia que seus pais sempre estavam e sempre estariam ao seu lado, isso lhe dava uma força e uma felicidade tão grande, que ele sentia que se Voldemort aparecesse ali agora Harry o mataria só pra que não visse mais aquela cara-de-cobra ridícula, e pudesse sentir pra sempre aquele carinho.


Mais então, tudo ficou branco. E Harry abriu os olhos lentamente, vendo o teto da Ala Hospitalar.


- Meu amor!


Ele olhou pro lado e viu Gina o encarando com um lindo sorriso e sorriu pra ela de volta.


Tinha por quem lutar, e lutaria ao máximo para que vivesse pra sempre com Gina ao seu lado.


- Eu te amo – disse Harry sentindo Gina pegando sua mão.


- Eu também te amo, meu moreno de sapinhos verdes – disse Gina amavelmente, lhe dando um selinho.


********************
Oi, como vai você? Sim PC, eu roubei a sua fala >< Mais e ai, o que acharam do capitulo? As meninas quase me matando por estar demorando á postar foi hilariamente hilariante KKKK' Esse foi mais um capitulo para as explicações ao Harryzinho o que vem acontecendo com ele, pro coitado se encaixar nisso tudo e parar de se dar mal.
Agora é só ver qual vai ser o script de segunda! ATÉ LÁ :*

 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • vivi couto

    Ainda bem que vc não matou o Harry, se não... Fico feliz que vc finalmente tenha postado aqui, agora esperolá no ViDaLoUcAvIdA - acho que é assim XP Não para, suas fics estão maravilhosas e espero coments seus na minha fic, okk????? http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41194 Beijinhos e até o próximo capitulo....

    2011-10-22
  • Vivikasc

    Nossa, ainda bem que o Harry não morreu s2, capitulo lindo!!

    2011-10-22
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.