Pasta de Menta

Hermione se encontrava sentada na Sala Comunal lendo um livro o qual nem ela mesma sabia do que se tratava, nem ao menos o nome dele.

O familiar barulho do quadro da Mulher Gorda se movendo, deixando à mostra um buraco pelo qual os alunos grifinórios passavam para entrar na sala comunal, fora ouvido por ela, que logo depois perdeu a concentração pela terceira vez em menos de cinco minutos.

Não deu muita importância, mas não era aquilo que aquele par de olhos azuis, que ela tanto gostava, queriam que ela fizesse.

Há muito tempo, Hermione se pegava presa em meio ao seus pensamentos, que por mais que tentasse pensar em alguma coisa até mesmo idiota, sempre envolviam aquele par de olhos, as vezes coberto pelos cabelos ruivos, e envolto por pequenas sardas que davam ao ar charmoso, um quê de infantilidade.

Na verdade não era tão difícil ver que não só as sardas entregavam a infantilidade tamanha que reinava dentro dele. Quer dizer, qualquer um que olhasse para Ronald Weasley certamente veria uma criança. Sim, uma criança.

Uma criança que fazia tanto efeito em Hermione, que se ele soubesse ficaria estranhamente chocado por tamanho poder que ele exercia sobre ela.

"Mas ele não sabe, não é mesmo? Digo, eu não demonstro, ou tento não demonstrar, mas isso está ficando impossível. Eu devia honrar minha Casa, devia reunir toda coragem de aluna grifinória que eu tenho, e ir falar com ele. Ou devia deixar as coisas do jeito que estão."

Hermione andava um tanto quanto confusa desde a aula de poções, que fora dada um pouco mais cedo. Ela confessou que sentira cheiro de pergaminho novo, de grama recém cortada, e de pasta de menta na poção Amortentia. Essa última ninguém entendera muito bem, mas não era preciso, pois só Merlin sabia da importância que esse cheiro tinha para ela.

Porém, além dessas coisas, Hermione sentira o cheiro do cabelo de Rony, mas se ela admitisse isso na frente da turma toda, certamente seria hora de colocá-la na ala psiquiátrica do St. Mungus.

Balançou a cabeça tentando espantar os pensamentos, que era inevitável não incluí-lo neles, e saindo do transe, reparou nos olhos. E que olhos.

-Oi - ele disse bem perto do rosto dela e sorriu.

Antes de responder, o cheiro que tanto amava invadiu suas narinas a fazendo delirar. Não era muita coisa, mas aquele cheiro bastava para deixá-la completamente sem reação.

Não, ela não sentia o cheiro de seus cabelos, muito menos de pergaminho novo ou de grama recém cortada.

Era simplesmente o cheiro do hálito quente dele. Que justamente naquela hora, estava completamente banhado pelo delicioso cheiro do creme dental de menta que ela tanto amava.

 

 

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N/A - Fic simples e bobinha, mas não me lembro de ter visto uma fic aqui dizendo sobre o cheiro da pasta de menta que Hermione sente na Poção do Amor (:

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