Capítulo Dezoito.
Dizer que o mundo havia fugido aos meus pés era pouco. Parecia que todo ar iria acabar ali, que nada mais daria certo. Como ele pode dizer aquelas coisas? Eu não tinha culpa se o idiota do irmão dele tinha uma compulsiva e estressante obsessão em me seguir, se do nada ele resolveda ser bonzinho. E é claro que eu jamais engoli essa história.
Marius havia seguido o irmão para fora do castelo, sabia o que o aguardava. Lestat era muito ciumento e logo tudo começaria a fazer efeito. Ouviu toda a briga de cabo a rabo e riu quando o irmão o defendeu. Mal sabia ele o que Marius era capaz de fazer, mas era para o bem de Lestat. Aquela garotinha idiota não daria futuro nenhum a ele, que tinha uma mente brilhante. Após a briga seguiu a garota até atrás de umas árvores perto do lago. Aproximou-se e ao perceber que ela encontrava-se de cabeça abaixada sentou-se ao seu lado.
- Ótimo fim de tarde não?
Não, ela não estava escutando aquela maldita voz. A raiva começou a aumentar. Encontrava-se de cabeça baixa, as mãos cobriam o rosto muito vermelho, tanto pelo frio quanto pelo choro. secou as lágrimas e ficou em pé e sem pensar, em um gesto rápido, reuniu todas as suas forças e fechando o punho o levou com velocidade até o pálido rosto do garoto.
- Isso foi por tudo que você fez até agora. Por tudo em que você já me prejudicou. E já vou avisando: mais um centímetro de aproximação eu acabo com a sua raça, se é que você tem uma.
Marius se aproximava lentamente quando sem ao menos perceber ou ter tempo para se defender, sentiu a mão de Eve tocar seu rosto com muita violência fazendo o mesmo virar e cair no chão.
- Sua louca!! Eu vim aqui com a melhor das intenções, porque o idiota do meu irmão te magoou venho querendo ser seu amigo e você me dá um soco?
*Passava a mão no queixo enquanto levantava do chão*
-Credo Eve, agora sei porque meu irmão largou você.
- ELE ME LARGOU POR SUA CAUSA!
Agora chorava e berrava descontroladamente, enquanto tentava dar tapas em Marius.
Estava cansada. Mesmo com muita vontade de matá-lo, ela deixou-se levar pelo abraço dele, afinal não havia mais ninguém ali e Lestat já havia estragado tudo. Lembrando-se disso ela voltou a chorar com intensidade, encostando a cabeça no peitoral dele, molhando sua camisa.
Marius abraçava Eve carinhosamente enquanto a mesma chorava molhando a camisa preta que vestia. Tentaria ser o mais cavalheiro possível, só assim tudo sairia certo.
-Eve...Calma...Tudo bem eu to aqui com você calma.
Eve fechou os olhos. Pensou. Afastou-se, enxugando as lágrimas.
- Não Marius, você não está. A única coisa que você fez foi arruinar meu namoro. E eu sei que foi de propósito. Eu sei quem é você.
Ela se virou e começou a caminhar em direção ao castelo.
Marius a solta respirando fundo e começa a andar para perto dela acompanhando*
-Eve, eu não fiz nada...se meu irmão tem minhocas na cabeça não é culpa minha. Poxa eu entendo você descontar em mim mas não me culpe.
Ela parou de andar e virou-se para ele:
- Para com isso! VOCÊ ACHA QUE ME ENGANA? Você não me convence com esse papo de bom samaritano. Se você quer realmente ajudar apenas fique longe de mim okey?
Saiu correndo, não dando chance para ele a seguir.
Marius tenta acompanhar a garota, mas a mesma ia rápido demais.
-Droga! Você não perde por esperar Eve, você vai se apaixonar por mim!
Dando as costas ele segue para outro lugar.
Você acha que podia ficar pior? Não? Oh céus. Minha vida estava uma verdadeira novela mexicana. E isso não chegou nem perto do abismo.
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