Capítulo Dezesseis

Capítulo Dezesseis



Capitulo dezesseis

Tirando os malditos exames que se aproximavam, nada mais me impedia de sorrir.
Sinceramente nunca me imaginei mais feliz. Mas tudo na vida é cíclico e sempre, sempre Murphy me perseguirá. É carma. No mínimo eu joguei chiclete na cruz.

Eve mantinha um sorriso nos lábios enquanto caminhava alegremente pelos jardins. Fazia um dia quente e sua intenção era se encontrar com Lestat no final da tarde, na beira do lago.Usava um de seus shorts curtos, jeans. Uma blusinha curta, preta, que deixava um pouco de sua barriga pálida a mostra. Nos pés, seu velho all star. Acomodou-se em uma pedra na sombra e voltou o seu olhar para o lago, enquanto seus pensamentos voavam.
Marius vinha seguindo Eve pelo castelo desde que a vira no terceiro andar. Iria colocar seu plano em prática hoje e essa garotinha não escaparia. Observando ela se sentar na pedra ele dá um sorriso de canto de boca e se aproxima encostando-se a uma árvore. Vestia uma calça jeans, com tênis e uma blusa branca de botão, a gravata da sonserina estava frouxa dando a ele um ar de moleque deixando mais bonito que nunca, os cabelos caiam pelos olhos. Olhava bem para Eve e até que ela era bonitinha*
-ora....O patinho se perdeu do papai?
A garota revirou os olhos. Ultimamente ela andava o encontrando com facilidade pelo castelo e isso não era nada bom.
- Vou fingir que você não existe.
- Qualé Eve... a minha presença não pode ser tão ruim assim...Esqueceu que eu ainda sou seu..Cunhadinho..?
- Infelizmente você fez o grande favor de me lembrar...Agora saia de perto.
- Céus, onde está sua educação? Você precisa usar a palavra mágica...
A garota deu um sorriso irônico e retirou a varinha de suas vestes, apontando diretamente para o peito dele.
- E qual seria? Talvez uma boa azaração não lhe faça mal...
Marius a fitou de modo penetrante. Nos olhos dele eram detectados nada mais do que certa ambição e desejo, como se ela fosse um grande saco de galeões.
- Querida, para que essa violência toda – ele abriu um sorriso – vamos, tire essa vareta do meu peito antes que faça algo indesejado. Você não gostaria de pegar mais uma detenção não é?
Ela apenas respirou fundo e guardou a varinha, dando as costas a ele, caminhando em direção ao castelo.


A minha única opção era ignorá-lo. Eu nunca fui com a cara de Marius, e só pelas historias que Lestat me contava já era o suficiente pára odiá-lo. Mas algo nele, de certa forma me atraia. Os olhos, o modo como me encarava.

Ele a seguiu. E num impacto brusco eles se chocaram, no exato momento que ela havia se virado para mandar ele sumir, ele estava próximo demais e bem, os dois foram ao chão.
- Sua mula manca!
Ele a encarou com um sorriso. Ambos estavam sentados, de frente pro outro. Nela, raiva. Nele, diversão.
- Me falaram que você era criativa para apelidos carinhosos...
- Vamos esclarecer algo marius: Eu sou corvinal, namoro o seu irmão e te odeio. Entendeu? TE ODEIO! Quer que eu desenhe?
- Hum...Seria interessante – disse fingindo uma cara de pensativo e abrindo um sorriso irônico logo em seguida. Deu um pulo, ficando em pé. Ofereceu a mão a garota. Esta recusou e ainda com raiva no olhar se levantou sozinha, voltando a caminhar rapidamente.

Ele a fitou caminhando. Não era feia, não mesmo. Ele esperou ela sumir de vista e saiu logo atrás. Sabia que iria encontrar o idiota do seu irmão. Sabia que ela guardava desenhos proibidos que não eram satisfeitos. Primeiro, a raiva. Depois, a curiosidade, amizade. E depois, a paixão, o desejo. Ele sabia. Ficara tempo suficiente investigando cada passo da garota, cada palavra era uma forma de avaliação. Ele, definitivamente tinha ela nas mãos. E ela, pobre garota, pensava, apenas mais uma vítima...Apenas mais uma...


O que ele não desconfiava é que cairia na própria armadilha.
Eu sempre fui aventureira. E sempre recebia conseqüências, e na maioria das vezes estas não eram nada agradáveis. E naquele momento, naquele exato momento de burrice, Marius se tornou um mistério a ser desvendado por mim. E nessas horas eu olho pra trás. Não é arrependimento de ter feito o que eu fiz. Não me arrependo de atos, eu preciso deles pra aprender e crescer. Na verdade, eu me arrependi de não ter pensado duas vezes, de não ter reparado que era apenas armação.
E eu nunca me senti tão burra. Nunca.



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