Único!
Good Girls go Bad, parte dois
Não posso dizer que a minha curiosidade sobre Sirius Black fosse absolutamente enorme, desde que eu consigo me lembrar. Não éramos exatamente próximos, mas ele sempre estava por perto, espreitando com aquele meio sorriso que só pode ser categorizado como desconcertante. Meus pensamentos constantemente se prendiam àqueles olhos azuis intensos quando eu os deixava livres o bastante para volitarem sem vigilância. E é certo que eu me arrependia a cada vez que isso acontecia... Ele era errado... tentadoramente errado...
Sirius Black talvez pudesse ser caracterizado como sonho de consumo de onze a cada dez mulheres com alguma sanidade. Solteiras, comprometidas, casadas, divorciadas... Não consigo pensar em alguém que pudesse imaginar-se dispensando aquele moreno... a questão é que suas regras sempre foram muito claras, ainda que implícitas: Sirius Black não se apaixona; não se compromete; não se prende a ninguém. E, muito provavelmente, este era meu maior breque no que se referia a permitir qualquer tipo de aproximação dele... Com o tempo aprende-se que o coração é algo importante demais para que seja entregue a qualquer um... Para que corra riscos nas mãos de alguém que pode quebrá-lo com a menor pressão...
O diferencial de Sirius, entretanto, é que ele não se resume, de forma alguma, a um rosto (e corpo, e sorriso, e por aí vai...) bonito. Ele certamente tinha algo mais... E aqui não me refiro apenas à inteligência e esperteza evidentes, mas sim a quão instigante e interessante ele sabia ser.
Um sorriso sutil era capaz de causar taquicardia, uma gargalhada aberta fazia com que todos em volta sorrissem... O charme escorrendo de cada mínima atitude... Presença marcante, diria até inesquecível. A voz aveludada e rouca que dizia tudo, exceto “eu te amo”. Mentiras nunca eram admitidas... Sincero ao extremo, deliciosa e dolorosamente sincero...
A certo momento, entretanto, sua presença se tornou sufocante demais... A vontade de descobrí-lo era enorme demais... E eu me deparei com a situação mais inesperada da minha vida – sim, porque eu nunca me imaginei tão incontrolavelmente interessada em Sirius Black.
Ele era sim o garoto-problema... Mas era estranhamente cavalheiro quando lhe convinha. E, aos poucos, comecei a perceber que o lado mais inatingível dele, o mais real, era um milhão de vezes mais encantador que a parte de galã irrecuperável. Não vou cair nos clichês de dizer que todo cara durão tem sua porção sensível e toda essa coisa... Mas fato é que ele me interessava do modo como era...
Foi numa festa de alguém de quem não me lembro exatamente, que cedi aos seus encantos. Sirius sabia muito bem conseguir o que queria, por isso me causou estranhamento perceber como ele demorou algumas boas horas até finalmente se aproximar de mim. E neste momento eu senti que não tinha mais volta. Quando seus olhos esquadrinharam meu rosto atentamente por longos segundos, e ele parecia querer aquilo tanto quanto eu, percebi que todo o esforço para não me apaixonar por Sirius Black tinham ruído... Ele perguntou se eu sabia no que estava me mentendo, e aquela voz de timbre tão particular parece incrustrada na minha mente, não importa quanto tempo passe...
Quando Sirius finalmente aproximou seu corpo do meu e permiti que nossos lábios se encontrassem, minha mente tirou férias, e nada mais parecia importante. O instinto protetor dele, o modo como me prendia entre seus braços... Tudo parecia gritar “eu me importo”. E não demorou muito tempo até que eu ouvisse as únicas três palavras que fariam meu mundo ser completo pela primeira vez. Porque, por mais errado que ele possa parecer para qualquer pessoa no mundo, isso só reafirma a minha certeza de que Sirius é meu melhor encaixe, porque juntos, nós somos perfeitos.
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N.A: Hey, babies!
Minha amiga deu a ideia, então aqui está a versão Lene McKinnon da história! :D
Espero que gostem, comentem, e pa! hahaha
Beijoos!
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