Primeiro de setembro
Os dois meses seguintes passaram muito rápido, logo era dia 31 de agosto e no dia seguinte seria o embarque no Expresso Hogwarts. Louren foi dormir muito cedo naquele dia, pois estava ansiosa para ir logo para a escola de magia e bruxaria.
No dia seguinte, todos na casa da família Potter acordaram muito cedo. Estavam na cozinha tomando café.
- Não está na hora de irmos? – Louren perguntou – Eu não quero perder o tem.
- Não se preocupe filha, ainda é muito cedo – Harry respondeu.
- Lembro-me do quando estava indo para o meu primeiro ano em Hogwarts – a mulher falou – também estava doida para ir à estação logo.
- Eu estava doido para chegar à estação – o homem falou – mas era porque estava doido para me livrar dos meus tios por todo o semestre.
- Harry, não fala assim dos seus tios – Hermione o reprimiu – sabe que eles mudaram.
- Eu adoro a tia Petúnia, ela sempre me traz presentes – a menina mais velha falou – mas o tio Valter parece que não gosta muito de mim.
- Concordamos! – as duas outras crianças falaram.
- Mas teve uma coisa ótima na minha primeira viagem no expresso Hogwarts – Harry falou.
- O que? – todos perguntaram.
- Eu conheci a mulher da minha vida – respondeu olhando para a esposa.
- Eu entrei naquela cabine procurando um sapo – ela disse – e encontrei um príncipe.
Os dois se beijaram levemente, fazendo os filhos fazerem cara de nojo, como sempre.
- Será que vocês dois podem fazer isso longe da gente? – Louren perguntou.
Os dois riram da cara deles.
- Quem sabe a Louren não encontra o príncipe encantado dela no trem hoje! – Hermione falou com um sorriso maroto nos lábios.
- Eca! – a menina disse – Não quero encontrar meu príncipe encantado, não agora.
- Realmente, quem sabe quando ela tiver uns 20 anos – o homem falou.
A mulher riu da cara do marido, não conseguia acreditar que ele seria tão ciumento com a filha.
Aproximadamente as 10:30, eles saíram de casa, pois a estação King Croos ficava a 10 minutos de carro.
Quando chegaram ao local, foram até a passagem mágica para a plataforma 9½ e chagaram até onde o trem estava.
- Acho melhor você ir logo procurar um vagão vazio no trem – Harry falou para a filha – ou não vai encontrar nenhum lugar.
- Eu já estou indo – respondeu.
- Você não vai a lugar nenhum antes de se despedir da sua mãe – Hermione disse, abraçando a filha.
- Mãe, você está me sufocando! – a menina disse.
- Desculpa – a mulher disse a soltando.
Ela subiu no trem e ouvia as últimas recomendações da mãe.
- Louren! – ela ouviu alguém gritar de algum lugar da plataforma.
Quando olhou para o lado, viu um a garota de cabelos pretos e olhos azuis sorri para ela.
- Nancy! – Louren disse, abraçando a garota – O que você está fazendo aqui?
- Eu recebi a carta para estudar em Hogwarts durante as férias de verão – respondeu colocando a mala no trem.
- Não sabia que seus pais eram bruxos – a outra menina falou.
- E não são – respondeu – foi um choque para eles quando souberam, mas me deixaram vir.
- Então é igual a minha mãe – respondeu apontando para Hermione – meus avós são trouxas e ela é bruxa.
- Oi tia, não havia te visto – disse abraçando a mulher.
- Oi Nancy, que bom que você vai para Hogwarts também, vai gostar muito do mundo da bruxaria – Hermione disse – Esta vendo Louren, você não vai mais ficar sozinha.
- É verdade – respondeu – vamos logo, procurar algum lugar vazio.
- Eu recomendo a última cabine – Harry disse – Era para lá que nós sempre íamos. Lembra Mione? – perguntou com um sorriso maroto.
- Claro que sim – respondeu, ficando, ligeiramente vermelha.
As duas garotas entraram do trem, alguns minutos depois, reapareceram na janela da última cabine. Despediram-se de todos.
Logo o trem começou a andar. Ao fazer a curva, deixou a estação para trás, rumo à Hogwarts.
- Vamos logo para casa – o moreno falou.
- Vamos sim – ela falou.
- Meu Merlim, quanto tempo já se faz, uns 12 anos – ouviram uma voz logo atrás deles.
Assim que se viraram, encontraram a pessoa que menos esperavam ver naquele momento.
- Potter! Granger! – falou assim que viu os dois olhando – Ou devo dizer, senhora Potter!
- Malfoy! – falaram juntos.
- Deduzindo por vocês estarem aqui, vejo que não perderam tempo depois que saíram de Hogwarts! – Draco disse em tom de ironia – Melhor dizendo, não perderam tempo até hoje – acrescentou olhando para os filhos do casal – Mas não me admira, fiquei sabendo que foram morar juntos. E diziam que vocês eram santos.
- Acho que você não pode falar nada Malfoy – Hermione disse – Você também está aqui.
- Realmente, vim deixar o meu filho, Wiliam, é o primeiro ano dele – explicou.
- Quem será que foi a maluca que teve um filho com o ele? – Harry perguntou, cochichando no ouvido da esposa.
- Você ainda tem duvida! – respondeu da mesma maneira.
- Voltei para Londres há poucas semanas – o loiro falou, ignorando os cochichos entre os outros dois – Que tal nos continuarmos a nossa conversa em um café que tem aqui perto?
Eles ficaram algum tempo olhando um para cara do outro. Não sabiam se aceitavam ou não o convite.
- Pelo amor de Merlim, eu não vou tentar matar vocês! – o outro disse rindo – Sabem muito bem, que depois que Voldemort foi destruído eu fiquei sobre a proteção de Dumbledore, porque os meus pais foram presos em Azkaban. Estou do lado de vocês desde então.
- Vamos Mione? – o moreno perguntou.
- É uma boa idéia! – respondeu – Podemos conversar sobre os velhos tempos.
Eles saíram da passagem secreta e seguiram Draco até o lugar indicado.
Sentaram em uma mesa em frente a rua e pediram três cafés, conversaram sobre várias coisas de quando estudavam em Hogwarts. Emma e Brian ficaram muito interessados nas histórias das brigas entre os dois homens.
- Vocês sabem que eu e a Pansy tínhamos um relacionamento mal resolvido desde o baile de inverno no 4o ano! - o loiro falou, os outros dois apenas assentiram com a cabeça em resposta – Depois que terminamos Hogwarts, continuamos a nos encontrar e ela acabou engravidando – explicou – eu disse que daria meu nome ao bebê, mas que não casaria com ela, era muito novo para isso – continuou – Um mês depois que ele nasceu, a Pansy foi até a minha casa e me entregou o bebê, me dizendo que era responsabilidade minha criá-lo.
- Uau! – Hermione exclamou.
- Depois disso, me mudei para França para fazer o curso de Auror lá, arranjei um emprego no ministério de lá assim que me formei – voltou a falar – Voltamos depois que o Wiliam recebeu a carta de Hogwarts – bebeu um pouco do seu café e encarou o casal a sua frente – E vocês, o que fizeram nesses últimos 12 anos?
- Eu fiz um curso de Auror aqui mesmo em Londres – Harry começou a falar – Estou trabalhando no ministério da magia desde então.
- Fiquei sabendo que a sua sociedade de salve os Elfos domésticos está dando certo, Granger! – o outro homem voltou a falar olhando para a mulher morena.
- É F.A.L.E! – ela corrigiu – Conseguimos muitas coisas para os Elfos – explicou – Mas, não estou na frente de nada. Parei de trabalhar quando a Emma e o Brian nasceram – terminou, indicando os dois filhos sentados ao lado do marido.
- Quem diria, Hermione sabe-tudo Granger, largando a carreira para cuidar da casa – o loiro disse com tom de ironia.
- As pessoas mudam, Malfoy! – ela disse – E acredite, eu não me arrependo nem um pouco da decisão que tomei – ela riu para Harry que retribuiu o sorriso.
- Mas Malfoy, você viu a Pansy depois disso? – o moreno perguntou.
- Sim! - ele respondeu – Logo que cheguei à Inglaterra e fui ao Beco Diagonal com o Wiliam comprar o material dele – continuou – Ela estava andando na rua, com duas crianças, me reconheceu e foi falar comigo. Falou que está casada com o Zabine e está muito feliz, nem falou com o filho direito.
- Deve ter sido muito difícil ver a mulher que você ama casada com o seu melhor amigo – Harry falou – Eu ficaria do mesmo jeito se a Mione tivesse se casado com o Rony.
- Como se isso fosse possível Harry! – a mulher falou rindo – Somos completamente diferentes, nunca daria certo.
Os dois começaram a rir, realmente era uma idéia absurda.
- Vocês entenderam errado, eu não amo a Pansy! – apressou-se em explicar – O problema é que ela nem se importou com o Wiliam, praticamente nem olhou na cara dele.
- Você não acha que seria um choque para ele conhecer a mãe, assim de repente, no meio da rua – Hermione falou.
- Já expliquei tudo, ele já sabe que aquela é a mãe dele! – disse – eu tenho que ir! – falou de repente – aqui está o meu telefone, me liguem para combinarmos um jantar! – continuou, entregando um pequeno cartão a Harry – Provavelmente nos veremos no ministério mais cedo ou mais tarde, Potter – terminou saindo pela porta do estabelecimento.
- Isso foi estranho – o moreno falou, terminando de beber o seu café.
- Concordo! – a mulher falou – Não importa o que ele disse, eu acho que ele sente alguma coisa pela Pansy. Fiquei com pena dele.
- Não importa! Eu ainda não gosto dele – o homem falou, emburrado.
- Harry, por Merlim, já estamos grandes para esse tipo de atitude infantil! – ela o reprimiu – Está na hora de vocês dois começarem a se dar bem.
- Está certo, só porque você está pedindo – disse, dano um selinho na esposa - Só fico com pena da nossa garotinha, vai ter que olhar na cara de um Malfoy todos os dias.
- Ele, provavelmente, deve ficar na Sonserina e a Louren na Grifinória. Só vão se encontrar nas aulas – ela disse. Antes de beijar o marido mais uma vez.
- Nós ainda estamos aqui – o único filho do casal falou.
- Vamos embora! – Harry falou – O Rony e a Lizzie vão almoçar lá em casa.
Eles pagaram a conta e foram até onde o carro estava estacionado e foram para casa. Durante o almoço, contaram para o ruivo quem eles encontraram na estação de trem. Ele também não gostou muito, mas aceitou participar de um jantar que resolveram fazer para o Malfoy.
Louren e Nancy estavam sentadas no último vagão do expresso Hogwarts conversando animadamente, um pouco depois que a viagem começou o carrinho de comida passou e as duas compraram vários doces para comer.
Estavam mais ou menos na metade da viagem. Louren observava a sua coruja que bicava um feijãozinho de todos os sabores, que parecia ter um gosto bom, pois ela estava gostando, e a outra olhava pela janela observando a paisagem.
- Estou ansiosa para chegarmos a Hogwarts – Nancy falou de repente – Quero saber o que vamos estudar.
- Eu também! – a outra falou sem muito animo na voz – Minha mãe disse como era na época em que ela e o um pai estudavam lá, mas não é a mesma coisa que estar lá.
- Você não me parece muito animada – a garota falou olhando para a cara da amiga.
- Estou preocupada, quero logo saber em que casa vou ficar – reparou que a amiga não entendera nada que ela falou – As casas de Hogwarts, meus pais foram da Grifinória e esperam que eu também seja. Se eu for para outra casa vou desapontá-los.
- Tenho certeza de que isso não vai acontecer – tentou animá-la.
Nesse momento a porta do vagão se abriu e um garoto de cabelos pretos e olhos cinzas profundo, entrou no compartimento.
- Posso me sentar aqui com vocês? – ele perguntou.
- Claro! – elas responderam.
- Também é o primeiro ano de vocês em Hogwarts? – perguntou mais uma vez, dessa vez não tirando os olhos de Louren, que também o olhava de maneira diferente.
- Sim! – a de olhos verdes respondeu com um sorriso bobo nos lábios.
- Desculpe, eu não me apresentei! – ele disse – Sou Wiliam! – completou estendendo a mão.
- Sou Louren e essa e a Nancy! – a menina respondeu estendendo a mão para o garoto a sua frente.
Ele levou as mãos da menina até os lábios e a beijou delicadamente, fazendo-a ficar extremamente vermelha.
- Já devemos estar chegando, é melhor todos irmos trocar de roupa – ele disse se levantando e se encaminhando até a porta.
- Ele é bonito, não? – Louren perguntou, suspirando.
- Realmente, ele é bonitinho! – ela respondeu, sem o mesmo ânimo da amiga.
- Estou começando a acreditar que a minha mãe tinha razão – falou, praticamente para si – Vão ser os melhores sete anos da minha vida!
Não demorou muito para chegarem a estação de Hogsmead. Todos os alunos do 1o ano fizeram a tradicional travessia pelo lago para chegarem até o castelo. Logo depois foram até o salão principal, onde seriam selecionados para as suas casas.
A primeira a ser chamada foi Nancy, que foi mandada para a Grifinória. Algum tempo depois, Wiliam foi mandado para a Sonserina. Louren não sabia o porquê, mas seu inconsciente queria que ela fosse mandada para a Sonserina.
Longos minutos depois, a pequena Potter foi chamada. O chapéu seletor demorou um pouco para se decidir, mas logo decidiu colocá-la na Grifinória. A menina ficou muito feliz por ter ficado na mesma casa que os seus pais, mas alguma coisa a deixava muito triste. Olhou atentamente para a mesa da Sonserina e sentiu um pouco de inveja das pessoas que estavam lá. Não demorou muito para encontrar um par de olhos acinzentados e sorrir e ser retribuído pelo dono daquele olhar.
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