Draco Malfoy



N.A.: Gente, esse cap. parece muito com uma parte em EdP, mas não foi essa minha intenção. Ele é muito curto, mas já é o penúltimo capítulo. Beijos e boa leitura :*
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Draco fora avisado sobre o novo horário de Harry, então resolveu adiantar um pouco a missão que passaram a ele. Todo o seu tempo vago (menos aquele antes do café da manhã) ele passou pensando em como avisá-los, e, durante o almoço, resolveu esse problema. Eles iriam chegar em pouco tempo, Draco sabia disso, então resolveu esperar. Poucos minutos depois, ele escutou uma gritaria alta o suficiente para acordar a escola inteira.


                “Deu certo!” -  Pensou – “Eles conseguiram!”


                Ali perto, entrando no corredor, estavam alguns Comensais da Morte, entre eles, Bellatrix Lestrange, Fenrir Greyback, Yalex, Dolohov e... Snape. Somente o professor estava andando normalmente, os outros estavam destruindo tudo por onde passavam. O loiro não se sentiu muito bem ao ver o que eles estavam fazendo, gostava daquela escola. Pensou se poderia dormir um pouco, ou conversar com Harry, já que sua parte já fora feita.


- Não, Draco... Você fica com a gente. – Bellatrix falou, e ele teve a leve impressão de que ela tinha lido sua mente. Ele assentiu, empalidecendo.


                Como já tinham destruído todo o sétimo andar, eles desceram. No meio do sexto andar, encontraram alguns professores e alunos prontos para um possível combate. Bellatrix sorriu e atacou a Prof.ª Minerva, e então a batalha começou.


                Draco não queria duelar, na verdade queria que nada disso tivesse começado, que ele não fosse um Comensal. Então ele foi para o quinto andar. Chegando lá, escutou vozes.


- Mas Harry, você vai precisar de nós! Está maluco se acha que vai sozinho!


- Hermione, nem adianta teimar. Vamos escondidos depois, já que ele não nos quer lá...


- Ron, não é isso... – Harry falou, e Draco ficou feliz ao saber que ele não estava se arriscando, lá na batalha.


- É por causa dele, não é? Está com medo por ele. Eu sei Harry, eu te conheço bem. – Disse Hermione – Harry, ele sabe o que faz, não precisa ficar assim. Mas ainda não entendi por quê não quer nos deixar ir.


- Vocês três são a única coisa que tenho Hermione, não quero arriscar perder nenhum de vocês.


- Não sei se notou, colega – Ron falou – mas acho que só tem duas pessoas aqui, tirando você, é claro. Será que esses óculos estão mesmo bons para você?


- Ron! – Advertiu Hermione


- Tá, eu sei de quem ele está falando... Só estou brincando, Mione!


- Ele sabe? Hermione, você falou... – Harry tentou falar, mas foi interrompido pela amiga.


- Harry, me desculpe... Eu achei que ele deveria saber... E já que você não foi contar...


- Eu ia contar para ele! Mas na hora certa! – Harry falou.


- Gente, gente! Harry, ela me contou sim e é melhor não brigarmos agora, por que, se não perceberam, estamos no meio de uma guerra! Vem Mione, vamos ajudar os outros.


                Depois que Ron subiu as escadas com Hermione, Harry ficou sozinho. Essa era a oportunidade que Draco estava esperando.


- Harry? – O loiro chamou.


- Draco! – Harry o abraçou fortemente – Eu pensei que... Ah, esquece! O que importa é que você está bem!


                Então, Harry o beijou exatamente no momento em que um grupo misto de alunos estava passando por lá, mas ele não notou ou fingiu que não notou, porque puxou Draco pelo quadril e não o soltou quando os murmúrios começaram. Malfoy pôde sentir uma das mãos do moreno subir até seus cabelos e sentiu vontade de ficar ali por todo o resto de sua vida, mas então lembrou-se de que estavam literalmente em baixo de uma guerra.


- Harry... A guerra...


- É mesmo! Quase me esqueci! Vem Draco. – E Harry o puxou escada acima.


                Draco agora estava com um grande problema. Era um Comensal, mas queria ficar ao lado de Harry, e se fosse visto lutando contra os alunos por Ron, Harry ou Hermione, tudo o que tinha com o moreno acabaria.


- E agora Draco? O que vai fazer? Você é um deles também. – Harry falou.


- Eu sei, eu sei e... Me perdoe, Harry. Sabe que tem que ser assim. Se não, ele me mata. Juro que não vou ferir nem um aluno ou professor, mas também não posso ficar contra eles. – Draco deu um selinho rápido em Harry e sussurrou – Tome muito cuidado. Acho que... Sabe, acho que eu não gostaria muito do ideia de perder você.


- O mesmo vale para você. – Disse Harry, sorrindo.


- Desculpe atrapalhar, mas... Precisamos de... Toda a... Ajuda possível, Harry. – Uma Hermione descabelada e ofegante apareceu do lado de Harry. Ela tinha dois cortes acima da sobrancelha esquerda.


                Draco aproveitou o momento para sair de perto, pois sabia que demoraria muito para se despedir de Harry. Estava com medo de que algo ruim acontecesse, não queria ninguém triste, principalmente seu namorado, por isso pensou em como faria para proteger os alunos se estaria lutando contra eles. Temia que tivesse de lutar contra Harry, Hermione ou Ron, não queria ferir ninguém, só queria que os Comensais matassem Dumbledore, destruíssem a escola e fossem embora. Na verdade, queria mesmo é que tudo aquilo acabasse naquele segundo.


                Por um momento, pensou em se esconder na Sala Precisa até a batalha terminar, mas não poderia deixar Harry se arriscar, e, se ficasse escondido com Harry na sala, Ron e Hermione estariam lá também, e consequentemente toda a família Weasley e mais um monte de gente. Não, por mais incrível que possa parecer, o melhor era lutar.


                Mas Draco não lutou com ninguém. Uma hora, quando o teto estava cedendo, Draco consertou. Depois, uma grande pilastra estava quase desabando sobre um grupinho de sextanistas, e ele conseguiu consertá-la a tempo, e foi assim durante a maior parte da batalha, sempre correndo e se protegendo dos feitiços, sempre evitando acidentes... Esse foi o único jeito que achou para não ter de lutar e não ferir ninguém. E fez isso até ver Harry.


                O moreno estava duelando com Dolohov, e Draco sabia que ele precisava de ajuda. Harry poderia ser o melhor em se defender dos Comensais e seres das trevas, mas dessa vez ele estava contra sozinho, correndo perigo de ser acertado sem querer por um feitiço e Dolohov que era seu adversário. O loiro não podia chegar perto para ajuda-lo então ficou mais escondido. Viu Luna ao lado de Gina e Cho um pouco mais a frente, lutando contra um Comensal encapuzado. Ele sabia que elas também precisariam de ajuda, não eram tão boas quanto o moreno, mas para Draco, Harry era mais importante do que qualquer outra pessoa.


                “Harry é tão maravilhoso... O jeito com que ele executa os feitiços e se protege... É, ele é muito melhor que eu... Talvez... Talvez eu esteja gostando muito dele... Também, quem não gostaria?” – Draco se pegou pensando em Harry encostado em uma gárgula – “Draco, a guerra! Harry pode ser maravilhoso, mas com certeza precisa de ajuda!”


                O loiro se posicionou novamente no local em que tinha uma visão perfeita do combate dos dois. Agora, muitas pilastras, pedaços de concreto e madeira e algumas estátuas de armadura estavam caídos pelo andar. A essa altura, Draco pensou, os Comensais já teriam matado Dumbledore e eles estariam destruindo tudo apenas por diversão.


                Nesse momento, Hermione apareceu recuando de Lalau Shunpike e, do outro lado do corredor, Ron duelava com Yalex. Harry notou os dois, mas lançou um feitiço estuporante em Dolohov e virou rapidamente a cabeça para o lado, provavelmente procurando Draco. Então, Dolohov se levantou e partiu para o ataque. Draco lançou Protego entre os dois antes que Harry erguesse a varinha, e, pelo o que pareceu, o garoto ficou meio confuso, não fazia idéia de onde o feitiço viera, mas não perdeu tempo, lançou mais três feitiços e não conseguiu atingir o Comensal. Draco queria muito acabar com tudo aquilo, mas não podia matar Dolohov, a maldição poderia acertar Harry. Ele estava se sentindo mal, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.


                “Calma Draco, de todos aqui, você e Harry são os melhores em Defesa Contra as Artes das Travas. É só ajudar Harry que tudo vai acabar bem. Os Comensais vão embora e você ficará na Sala Precisa até tudo voltar ao normal, depois vai conversar bastante com Harry e então vão juntos contar para todos da relação de vocês. Tudo vai ficar bem Draco, é só se concentrar em ajudar o Harry.” – O loiro pensou, de olhos fechados.


                Quando os abriu, não olhou para Harry, mas para o Comensal com quem Luna estava lutando e percebeu, uma fração de segundo antes, o que iria acontecer, então correu o mais rápido possível até Harry. Não estava nem ligando para o que os outros achariam. Viu Luna se abaixando pouco antes da Maldição da Morte acertá-la. Agora a próxima vítima seria Harry. Não passou pela cabeça do loiro usar Protego novamente, ele só pensou em proteger Harry. Então, ‘se jogou’ na frente do moreno antes que o feitiço o acertasse. Ele não aguentaria perder Harry
 
CONTINUA... 

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