Capítulo Três : Ten Bells Bar
_ No Ten Bells?! _ Exclamara Emma, surpresa _ O antigo Jack The Ripper?!*
_ Elementar minha cara senhorita Watson _ Confirmou James Phelps, intérprete de Fred Weasley, com um sorriso amplo, guiando Emma bar adentro.
_ Yates nos deu carta branca pra escolhermos qualquer lugar... _ Dizia Oliver, o irmão gêmeo de James, passando os braços pelos ombros de Rupert, bagunçando seus cabelos ruivíssimos.
_ E decidimos que esse era o mais, o mais, como dizer... _ Completava James, fingindo dúvida teatralmente.
_ Apropriado é a palavra certa, Jimmy.
_ Obrigado, Oliv.
_ Vamos, vamos! A noite não vai esperar por nós! _ Ria Devon Murray, ator que interpreta Simas Finnigan nos filmes da série _ Mal posso esperar pra ir ao banheiro!
_ Por quê? _ Quis saber Jessie Cave, interessada.
_ Por que os banheiros do Ten Bells são decorados com recortes de jornais e fotos dos ataques e das investigações do caso Jack, o estripador _ Respondeu prontamente Rupert, arqueando as sobrancelhas para os gêmeos Phelps _ Bem a cara de vocês...
_ Jura? _ Indagou Oliver, fingindo surpresa _ Não sabíamos desse detalhe dos banheiros...Não é Jimmy?
_ Verdade, Oliv _ Concordou seu gêmeo, igualmente falso _ Não tínhamos a menor ideia.
Ainda rindo, entraram todos no curioso Ten Bells bar.
O pub Ten Bells é uma pequena construção de esquina que sobreviveu ao tempo, o bar foi construído no século 18 e continua sendo famoso até hoje.
Fenômeno que vem acontecendo não somente pelas deliciosas cervejas servidas no local, mas também pela associação entre o pub e Jack, o estripador. Diz a lenda que lá foi onde um dos assassinos mais famosos do mundo encontrou uma de suas vítimas. Ten Bells chegou a trocar de nome sendo por alguns anos batizado como Jack the Ripper. Ao longo da escadaria que conduz aos banheiros ainda podem ser vistos desenhos ilustrando vítimas, suspeitos e investigações da época.
O bar foi redecorado na década de 70 ,quando então retornou ao seu nome original.
Atualmente, possui um estilo vitoriano e tem um charme especial dado por moveis antigos e quadros de azulejo.
O elenco comparecera em peso, além de Daniel, Rupert e Emma, estavam os gêmeos Phelps, Devon Murray, Evanna Lynch, Bonnie Wright, Matthew Lewis (Neville Longbottom), Tom Felton, Jessie Cave, Alfred Enoch (Dino Thomas), Katie Leung (Cho Chang) e os novatos Freddie Stroma (Córmaco McLaggen), Georgina Leonidas (Cátia Bell) e Anna Shaffer (Romilda Vane) e, atuando como a responsável de todos, Natalia Tena.
Muitos atores, muitos colegas de cena, muitos amigos, mas quem mais chamava a atenção de Emma era o ruivo de all star encardido, calça jeans esfarrapada e camiseta preta que andava à alguns metros de distância conversando animadamente com Oliver Phelps sobre os novos jogos de corrida para Playstation 3.
Passariam a noite toda juntos, se divertindo. Emma não conseguia pensar em jeito melhor de passar o tempo, se ao menos Jessie Cave não tivesse vindo, talvez a noite pudesse ser bem melhor, quase perfeita.
O pub era aconchegante e espantosamente espaçoso à julgar pelo lado de fora, podiam ver à um canto um mini palco onde a banda começava a montar os equipamentos para o show, do outro lado do recinto estava o requisitado bar, não conseguiam nem ver o barman tamanha a multidão que se aglomerava diante do balcão.
_ Vamos pegar as duas mesas lá do fundo _ Informou Tena _ Eu vou até o bar. Comportem-se crianças _ Acrescentou ela, risonha _ Isso vale pra vocês, Phelps!
A música animada e dançante que saía pelas caixas de som invadiu os ouvidos dos presentes, enquanto os meninos se espalhavam em grupos pelo bar, as meninas se apressaram para ocupar as mesas indicadas por Natalia e assim que se acomodaram, o garçom veio até a mesa, quase tropeçando tamanha sua pressa de atender as moças.
Uma das vantagens de ser mundialmente famoso. Todo mundo quer agradar você, não importa onde você esteja.
Emma serviu-se de sua bebida tônica e recusou a sugestão de Bonnie para dançar, ainda não estava se sentindo muito disposta para dançar, Bonnie então fôra acompanhada por Evanna e Katie, Ana e Georgina resolveram descobrir como eram os tais banheiros do pub.
Logo, na mesa das meninas sobraram apenas Emma e Jessie.
Jessie bebericava de leve a cerveja que pedira e esquadrinhava o bar com olhos interessados, batucando no tampo da mesa com as mãos, no ritmo da música que ela
reconhecera como do Dj Tiesto.
_ Ainda não consigo acreditar que seja verdade _ Comentara ela, sonhadora, entornando um grande gole de cerveja.
_ O quê? _ Indagou Emma que estava perdida em pensamentos, enquanto seus olhos admiravam Rupert gargalhando à plenos pulmões com os gêmeos Phelps.
_ Estar aqui! Ainda não acredito que consegui. _ Repetira a outra.
_ Ahh... _ Entendeu Emma, fazendo força para não revirar os olhos _ Quantas meninas estavam no páreo? _ Quis saber ela, levemente interessada.
_ Sete mil _ Respondeu a outra, prontamente, um sorriso enviesado no rosto _Desbanquei todas, graças a Deus.
'Sete mil garotas loucas pra beijar Rupert Grint. Meu Rupert!' Retorquiu Emma, em pensamento 'Não vou poder matar todas, infelizmente'.
_Nossa! Que sorte, não?_ Exclamou Emma, no cúmulo de sua falsidade _ Como foi o seu teste, afinal?
_ Ah, eu fiquei muito empolgada! _ Sorriu Jessie, contente por manter uma conversa com Emma _ Yates nos disse que íamos contracenar com Rupert e todas ficamos muito animadas é claro, então o Rupert entrou e bem... A química que rolava entre a gente era evidente... _ Gabou-se ela, terminando sua cerveja com um último e exagerado gole _No final, Rup e Yates acabaram me escolhendo.
'Você e o Rup tem muita química, eh?!' Pensou Emma com selvageria 'Vou te mostrar a química! Ainda por cima o chama de Rup, como se já fossem íntimos!'
_ Posso ser bem sincera com você, Emma? _ Indagou Jessie de supetão.
_ Comigo? _ Surpreendeu-se a outra _ Pode...
_ Eu sempre invejei você _ Disse Jessie, encarando Emma profundamente nos olhos _ Sempre quis estar no seu lugar...
_ No meu lugar? _ Repetiu Emma, sem entender _ Como assim?
_ Ora, não se faça de desentendida! _ Insinuou Jessie, piscando para ela _ Você vive rodeada pelos dois garotos mais desejados do planeta! Qualquer uma mataria para estar no seu lugar! Daniel Radcliffe e Rupert Grint! Qual é!
_ Ah... _ Entendeu Emma, sentindo o rosto corar _ Bom... Eu nunca pensei...
_ Ah, fala sério! Nunca pensou nisso? _ Admirou-se Jessie, aproximando sua cabeça com a de Emma _ Os dois sãos os maiores gatos!
_ Pra mim eles são apenas...
_ "Bons amigos" _ Completou Jessie por ela, com uma expressão descrente no rosto _Sei.
_ Bom, sim. Amigos. Os dois são meus amigos _ Repetiu Emma, desviando o olhar para focalizá-lo para o fundo de seu copo _ Nunca passou disso.
_ Nem o Rupert?
_ O que quer dizer com isso? _ Indagou Emma, alarmada, a voz mais fina do que o normal.
_ Bem, os boatos na internet... As fofocas... _ Comentou Jessie, encolhendo os ombros, girando a cabeça para o ponto onde Rupert estava, agora dançando timidamente, com uma garrafa de cerveja na mão, ao som do Arctic Monkeys, enquanto conversava com Daniel e Devon _ Além disso, ele é um gato! Qualquer uma se interessaria...Quero dizer, ele é muito charmoso, gentil, engraçado e a cara de tímido que ele faz! E o sorriso?! E aqueles olhos! Qual é Emma! Você nunca...?
Emma sentia o corpo inteiro aquecer, um pouco por vergonha, mas a maioria por ciúme e a vontade alucinante de quebrar uma garrafa na cabeça loira e prepotente de Jessie Cave.
_ Não. Nunca. _ Repetiu Emma, sentindo o rosto inflamar, decidida a não olhar Rupert
como Jessie fazia.
_ Ótimo. _ Animou-se Jessie, levantando-se de um salto _ Então você não vai se importar se eu tentar alguma coisa.
_ O quê? _ Exclamou Emma em desespero _ Onde você está indo?
Mas já era tarde demais, Jessie já se distanciara da mesa, longe demais para ouvir os apelos de Emma, pois a música acabara de aumentar tocando um grande sucesso de Nelly Furtado.
Emma Watson pôs-se de pé, aflita.
Por uma fração de segundo pensou em seguir Jessie e impedi-la, talvez levá-la a nocaute com um soco ou dois, mas, no momento seguinte, ponderou que se assim o fizesse no dia seguinte os jornais e tabloides estariam estampados com uma foto do acontecido e uma manchete sensacionalista.
Então, seus pés criaram raízes no chão do Ten Bells e ela sentiu-se incapaz de dar um passo sequer, apenas seus olhos seguiam, nervosos, a garota que avançava por entre a multidão que parecia ter multiplicado quando a música Promiscuous Girl começou a tocar.
Rupert, Devon, Daniel e os gêmeos Phelps estavam localizados bem no centro da pista de dança, bebendo e conversando animadamente.
Foi quando ela chegou. Jessie Cave os encontrou quando a música estava em seu ápice, dançando como uma naja encantada pelo seu domador, mordendo o lábio superior e arqueando o braço que segurava a cerveja pra cima.
Os garotos se entreolharam risonhos e cheios de malícia quando ela se aproximou rebolando sinuosamente, com um sorriso maldoso nos lábios, apontando com o braço livre para Rupert e flexionando o dedo indicador para ele, chamando-o.
_ Ai Meu Deus... _ Exclamara Rupert baixinho, corando da cabeça aos pés. _ Eu? _Quis saber o ruivo, apontado para o próprio peito e olhando em volta, nervoso.
Jessie confirmou com a cabeça, o sorriso em seus lábios se estendendo.
Rupert engolira em seco e virara o restante de sua cerveja de um gole só, tentando ignorar as caras e piadas que os amigos faziam ao seu redor.
_ Vou logo avisando que eu não sei dançar... _ Começara ele quando andou vacilante até onde Jessie estava de braços estendidos.
Ela enlaçou o seu pescoço e sussurrou em seu ouvido.
_ Você não precisa saber dançar, fofinho.
Os olhos muito azuis de Rupert se esbugalharam e ele lambeu a boca, seca.
_ Não? _ Repetiu ele, rouco.
_ Apenas me acompanhe _ Respondera ela _ O resto você deixa comigo.
Seus olhos se encontraram por alguns segundos. Os de Jessie, pura malícia. Os de Rupert, um misto de desejo não confesso e apreensão não declarada.
Ela virou de costas para ele, ainda segurando em seu pescoço e continuou dançando, agora com movimentos repetitivos, rítmicos, sedutores. Jessie continuou seu joguinho, ainda tendo as mãos no pescoço de Rupert começou a flexionar os joelhos e levantar-se em seguida, diminuindo ainda mais a distância entre eles. À cada vez que ela se abaixava Rupert podia ver o rosto dos amigos, uns com vontade de rir, outros tão boquiabertos que seus queixos batiam no peito e Rupert não saberia dizer se estavam surpresos ou desejosos.
Agora a multidão era tão grande que o espaço foi ficando cada vez menor e logo Rupert não conseguiria nem abrir os braços direito e mesmo que quisesse não poderia fazê-lo, pois Jessie tomara as mãos do ruivo nas suas e agora fazia o garoto segurar em sua cintura enquanto ela dançava, acariciando suas curvas.
No começo, Rupert sentiu seu rosto queimar, embaraço com a brincadeira da colega, mas agora, não era apenas o seu rosto que estava queimando e ele duvidava que ela estava brincando.
_ Jessie... _ Começou ele, fazendo o possível para se manter lúcido, tentando trazer juízo à cabeça da loira também.
_ Nossa, eu adoro essa música! _ Comentara ela, virando finalmente de frente para ele, voltando a segurá-lo pelo pescoço _ Você, não?
_ Jessie ... Eu acho que... _ Começou ele, desviando do olhar dela, mas o resto da frase ,que seria "estamos indo longe demais" se perdeu quando ele sentiu as mãos de Jessie descerem pelo seu peito e seguirem para suas costas, debaixo de sua jaqueta jeans.
_ Você acha que...? _ Quis saber a garota, sorrindo maldosamente.
_ ...Que eu realmente não sei dançar... _ Completou ele, voltando o olhar para cima, respirando o mais profundamente que conseguiu.
_ Nesse caso _ Dissera ela, mordendo os lábios _ Vou ter que te ensinar.
Suas mãos desceram até os quadris de Rupert e Jessie passou a coordenar seus
movimentos enquanto Rupert segurava na cintura da menina, procurando com o olhar uma maneira de sair daquela saia justa.
Se Rupert estava, de certo modo, sentindo desconfortável com a situação. Isso não chegava nem perto de como Emma estava se sentindo.
Emma continuava no mesmo lugar que estava quando a música começou, imóvel, estarrecida, quase inanimada, apenas deixara o queixo cair e não conseguia acreditar no que estava vendo.
Por dentro parecia que tinham revirado uma panela de óleo quente em seu estômago, recheado suas entranhas de chumbo e esfaqueado cada um de seus órgãos internos, ela sentia pontadas, sentia enjoo, sentia náuseas, apenas de olhar para os dois e depois de alguns minutos não pôde mais fazê-lo. De repente, suas pernas, que outrora, pareciam grudadas ao chão, pedia, imploravam para correr, para se distanciarem, para longe dali, para longe de tudo.
E Emma obedeceu, não se importou se esbarrou ou chegou a derrubar alguém no caminho, apenas correu, correu para onde não poderiam vê-la derramar litros e mais litros de lágrimas que insistiam em descer de seus olhos.
Rupert possuía um certo controle sobre suas emoções. Mas ele não era feito de ferro.
Já fora suficientemente difícil se segurar enquanto Jessie dançava com ele, mas agora ela estava realmente exagerando.
Suas mãos, cansadas de ficarem sobre os quadris do ruivo, agora subiam lentamente por dentro de sua camiseta, enquanto a garota tentava diminuir o espaço que havia entre eles, em parte por que Rupert se afastava disfarçadamente sem que ela notasse.
Entretanto, Jessie estava conseguindo tirar o garoto do sério com suas carícias mais do que inapropriadas, enquanto sussurrava palavras desconexas no ouvido dele, acompanhando a letra da música.
Rupert fechara os olhos novamente, suplicando para si mesmo que não se entregasse às emoções, como tanto implorava a parte inferior de seu corpo, procurando por qualquer coisa que o distraísse, que chamasse sua atenção.
Foi quando uma garota que muito conhecia passou correndo por eles, escondendo o rosto com as mãos.
_ ...Emma?
_ O quê? _ Quis saber Jessie ,parando abruptamente para encará-lo nos olhos _ O que foi?
_ A Emma _ Repetiu Rupert absorto, seguindo a amiga com os olhos _ Acho que ela não tá bem...
Antes que Jessie pudesse entender o que Rupert estava tentando dizer, o garoto desatou a correr atrás de Emma, desviando das pessoas que nem ao menos haviam percebido que a menina passara por ali.
_ Tão jovem... _ Começou James Phelps, dando um passo à frente, impedindo Jessie de seguir Rupert.
_ ...E tão tolo _ Completou Oliver, com um sorriso maroto idêntico ao do irmão.
_ Está na hora dos gêmeos Phelps te ensinarem a dançar...
Rupert pôde ver a cabeleira castanho - claro de Emma passando pela multidão e tentou segui-la o mais rápido que conseguiu, entretanto uma nova música começara, Madonna, ele supunha, o que fez as pessoas que estavam sentadas junto ao bar, levantarem e seguirem para a pista de dança.
Emma virou à esquerda e desembestou pelas escadas que dava aos banheiros, Rupert foi logo em seguida, mal teve tempo de vislumbrar as tais fotos do caso de Jack, o estripador, que decoravam o corredor. Ouviu o estampido da porta do banheiro feminino bater e o retinir do ferrolho da porta, Emma estava se trancando.
Ele recostou na parede que separava o banheiro feminino do masculino e tomou o ar perdido durante a corrida, flexionando os joelhos e se apoiando neles, batendo na porta de madeira com a mão livre.
_ Emma? _ Chamou ele, ligeiramente sem ar _ 'Em' você está bem?
Não ouviu resposta da moça, então prosseguiu.
_ 'Em' eu sei que esta aí, eu te vi correndo pra cá. _ Dissera ele _ Você está passando mal? Não me diga que bebeu demais...
Emma estava apoiada na pia de mármore branco do banheiro, mirando sua própria imagem no espelho, seus olhos estavam inchados e seu nariz estava vermelho, não poderia dizer que se sentira enjoada, não parecia que ela havia ficado enjoada.
Ela lavou o rosto, apressada, e arrumou os cabelos como pôde, respirando fundo para se manter no prumo, ainda não respondera ao chamado de Rupert, pois tinha medo de como sua voz poderia estar.
_ Emma? _ Insistia ele, batendo à porta.
_ Eu...Estou bem. _ Disse ela por fim, a voz mais embargada do que gostaria.
_ O que houve?
_ Nada...Eu só... _ Respondia ela, insegura _ ...Me entalei com a bebida.
"Que desculpa mais horrível" Ponderou ela no momento que se ouviu dizendo isso. "Quem acreditaria nisso?!"
_ Ah...Mas vocês está bem agora? _ Continuou Rupert.
"O Rupert acreditaria..." Pensou ela, quase esboçando um sorriso.
Ainda não sabia se o ódio que estava sentindo era por Jessie, pela capacidade infame de ser tão desprezível ou se era por Rupert ter aceitado tamanho convite à sedução. Mas, ao ouvir o tom de voz do ruivo, chamando por ela, Emma acabou concluindo que apenas a voz de Rupert era suficiente para desarmar toda a raiva que ela estava sentindo.
_ Eu já estou saindo... _ Disse ela, com o rosto encostado na porta de madeira.
_ Tudo bem, estou esperando você _ Ouviu ele responder.
Ela sentiu o estômago revirar. "Por que você simplesmente não vai embora dançar com a sua amiguinha, por que teve que vir atrás de mim, só pra me deixar ainda mais confusa!"
Emma Watson saiu lentamente do banheiro e foi recebida com um costumeiro sorriso singelo, de canto de boca, de seu amigo, o ruivo Rupert Grint. Rupert inclinou a cabeça para olhá-la mais de perto.
_ Esses jovens que não sabem beber só dão trabalho nos bares, não acha? _ Brincou ele.
_ Ah, cala a boca _ Retorquiu ela, virando o rosto para que ele não a visse rindo.
Rupert riu e guardou as mãos nos bolsos enquanto a garota se recompunha.
_ Onde estão os outros? _ Indagou ela, percebendo que estavam sozinhos, longe de todos.
_ Dançando, eu acho _ Respondeu Rupert vagamente _ Vem, vamos tomar alguma coisa pra você se animar.
"E você está animado até demais..." Pensou ela e estava pronta para dizer isso quando Rupert a puxou pela mão e a fez esquecer do resto do mundo.
"Ele sempre faz isso..." Pensou Emma, um tanto exasperada, não era raro que Rupert a puxasse para um abraço ou a levasse pela mão quando os paparazzi tiravam fotos ou quando a imprensa estava por perto "E eu sempre me entrego..."
Rupert a guiou até o bar e os dois se sentaram em bancos altos rentes ao balcão, Rupert lançou um olhar rápido à pista de dança onde Jessie e os gêmeos pareciam uma pessoa só e voltou seu olhos para o tampo do balcão de madeira antiga no qual estava se apoiando.
_ Uma cerveja e... _ Rupert estreitou os olhos para Emma enquanto decidia o que pedir para ela _ Uma energético. Chega de álcool para minha amiga aqui.
O barman passou seus olhos pelos os dois, registrando momentaneamente quem eram e em seguida virou de costas para efetuar o pedido.
_ Eu não bebi hoje, seu bobo _ Comentou Emma, escondendo o riso.
Rupert riu e continuou.
_ Eu sei... Tô só brincando...
_ Como assim, você sabe...?! _ Riu-se ela
_ Por que se você tivesse bebido, você não teria passado mau. Quando você começa você não para mais. É um atrás do outro! _ Ria ele, fazendo gestos com a mão.
_ A cala a boca Rup! Não é verdade! _ Exclamou ela, escondendo o rosto com as mãos, rindo sem parar _ Você tem que lembrar sempre daquele dia?! Eu sou mau vista até hoje por causa daquelas fotos...
Rupert abanou a cabeça negativamente enquanto sorria e recebia o pedido entregue pelo garçom.
_ Vamos mudar de assunto, então _ Disse ele.
_ Vamos, você não vai mais dançar com a sua amiga, não? _ Indagou ela sem conseguir se segurar, embora não tivesse o dito com a ironia que desejava.
Rupert virou o rosto para o outro lado, mas não tão rápido à ponto de Emma não perceber suas bochechas corando.
_ Não _ Respondeu ele simplesmente, encarando a boca da garrafa de cerveja _ Não é assim que eu gosto de dançar.
_ Achei que você não gostasse de dançar _ Returquiu Emma, disposta a fazê-lo entender como ela se sentia.
_ Gosto. Mas tem que ser a música certa com a pessoa certa _ Respondeu ele, fitando-a sério, as luzes que haviam sobre o balcão tornavam os seus olhos tão verdes quanto ervilhas frescas. Emma gostaria de ser perder nesses olhos, mas tinha que se concentrar na conversa.
_ E quem seria essa pessoa? _ Indagou ela baixinho, estudando-o com o olhar.
Não tinha certeza quanto tempo havia passado, se o dia já havia nascido ,se a semana já havia acabado, ou quem sabe o ano inteiro...Só tinha consciência que Rupert Grint a olhava como nunca a olhara antes, compenetrado, sério e ao mesmo tempo, incrivelmente nervoso, como alguém na fila da igreja para se confessar ao padre.
_ Rup? _ Chamou ela apreensiva, sentindo seu rosto corar, pois Rupert parecia ponderar sobre sua resposta enquanto a encarava sem piscar.
_ Mais alguma coisa? _ Interrompeu o barman, olhando-os por cima de seu nariz em forma de foice.
A voz grave do barman parecia ter acordado Rupert de algum tipo de transe, o ruivo piscou várias vezes e voltou seu olhar para o homem à sua frente, terminou sua cerveja e fez que não com a cabeça. Para depois fixar seus olhos do outro lado do bar, tomando cuidado para não fitar Emma novamente.
O barman talvez tivesse percebido que chegara em má hora, pois logo tratou de sumir por detrás da montanha de copos que tinha que lavar na pia.
_ Tá na hora de ir embora _ Anunciou ele, mais para si do que para Emma, ainda evitando de olhá-la nos olhos _ A gente se vê.
_ É, a gente se vê _ Concordou ela, desapontada, observando Rupert sair lentamente do bar, sem se despedir nem dela, nem de ninguém.
Comentários (3)
Como assim alguem escreve uma Fanfic boa dessas e não atualiza??? Por favor não nós deixe sem saber o que vai rolar com esses dois. Parabéns a história é ótima. ATUALIZA VAI, POR FAVOOOOOR!!!! ;D
2012-08-20AAiiin que legal essa sua fic gente *-* posta mais :33
2012-03-07ameei, continuaaaaaa *-*
2012-02-11