A volta do bom humor
Acordei no dia seguinte radiante. Era tão engraçado como o dia combinou com o meu humor de novo... O sol raiava forte e vivo no céu azul sem nuvens. Estavam 25 graus, o que era quente naquela época do ano. Vesti-me com minhas peças do uniforme favoritas: a saia cinza nos joelhos, a blusa social branca e a gravata da Grifinória. Logo eu já estava pronta e arrumando o meu material, quando Alice acordou
-Ta bem feliz hein Giucci?-Ela sorriu sonolenta
-A vida é curta demais para ficar triste!-Sorri para ela, me levantando- Eu já vou para o café! Encontro você na Herbologia!
-Então tchau felizarda... -Ela riu e voltou a dormir
Eu desci em pulinhos a escada que levava ao dormitório, anotei mentalmente a nova senha da entrada do quadro e saí andando para o Salão Principal.
Muitas pessoas sorriram ao me ver(entre elas, somente corvinos e lufa-lufenses), eu sorri radiante de volta. Nada estragaria este feliz momento da vida... Ou será que sim?
Eu já havia entrado no Salão Principal, e estava andando entre a mesa da Sonserina e a mesa da Grifinória, procurando o Remo, quando:
-Ei Giucci!-A voz amarga de Snape veio de trás de mim - Ta toda alegrinha agora que voltou com o animal do Lupin né?-Ele destacou a palavra animal. Será que ele sabia?
-Muito feliz obrigada por perguntar Ranhoso. -Sorri irritantemente adorável para ele- Só queria deixar claro que ele não é um animal Ranhoso. Você é um.
-Se soubesse o que ele é pensaria duas vezes em me chamar de animal...-Ele murmurou num tom que só eu e uma pessoa que não haveria diferença ouvir, ouvimos.
Remo que havia chegado ao Salão Principal estava parado ao lado de mim, fuzilando Snape com os olhos.
-Deixar eu explicar uma coisinha Seboso.-Eu apoiei a mão na mesa da Sonserina. Como estava meio vazia, eu não me encostei àqueles nojentos, mas ainda assim, fiquei ofensivamente perto de Snape-E se eu souber exatamente o que ele é? E se eu aceitar? E se eu gostar?
Ele ficou boquiaberto e lançou para Remo um olhar ofensivo
-Você deve adorar montros, certo?-Ele disse amargo
-Não. Eu não gosto de você. -Eu falei amarga e Remo riu baixinho- E ele não é um monstro. Ai, você cansa minha beleza Snape, tchau, nojento!-E saí andando decidida para a mesa vazia da Grifinória. Sentei-me bem no meio, seguida por Remo.
-Obrigado. -Ele me olhava como se eu fosse uma bruxa histórica- Foi... Muito legal.
-Eu tava te devendo uma desde ontem. Eu te desarmei, foi o mínimo que pude fazer para recompensar- Eu ri. -Mas é sempre agradável deixar o Ranhoso nervoso.
-É... Sabe... É sempre bom ver alguém que gosta-Ele riu para mim.
-É diferente... Um desafio. E é estranhamente parecido com o meu livro- Falei me lembrando do meu exemplar de ´´Nas garras do amor´´- Eu não tenho preconceitos Remo. Eu seria que nem você .
Então eu percebi algo diferente no rosto de Remo: Ele tinha cicatrizes, como se tivesse sido arranhado no rosto inteiro. Eram finas e discretas, mas eu sabia exatamente de onde eram.
-Nunca tinha visto isso antes... É do dia quem... Bem... - Disse pensativa passando a mão em seu rosto. Ele me olhou triste e assentiu- Não fica assim. Olha: - Eu tirei minha mão de seu rosto e movi meu cabelo para o lado, de forma que a parte esquerda de meu pescoço ficasse visível: eu tinha as mesmas cicatrizes que ele. Só que eram muito mais finas e no pescoço. Aquela marca era do dia que eu fui atacada por Greyback
Ele passou a mão de leve no meu pescoço, então meu deu um beijo leve e rápido.
-Você sabia que eu te amo?-Ele perguntou olhando nos meus olhos
-Eu sempre suspeitei, mas valeu cara, eu também te amo. -Riu James se sentando na nossa frente, seguido por Pedro e por Sirius- Bom dia.
-Bom dia James- sorri radiante- Bom dia Pedro- então me virei para Sirius e disse amargamente - Black.
-Ainda brigando?!-James bufou- O que deu em vocês? A vida é curta demais para brigar!
-Tem razão James, eu fui estúpida ao fazer isso - E olhei amargamente para Sirius- aliás, eu só fasso coisas estúpidas, não sou só uma menina que vive das atenções?
James e Pedro me olharam assustados. Sirius fuzilou a mim e a Remo com os olhos. Eu o encarei até ele desviar o olhar, não ia começar a ser fraca logo agora. Então Remo resolveu interromper
-A sineta vai tocar em dez minutos...-Falou ele acabando uma torrada- Você já acabou?
-Já. -Respondi olhando para ele
-Quer dar uma volta antes da Herbologia?-Ele perguntou
-Tá, vamos. -E me virei para os meninos- Vejo vocês na aula.
-Tchau Sr e srª Lupin!-James riu enquanto nos levantávamos
Andamos até a metade do caminho para as estufas e paramos. Sentamos no chão e começamos a falar.
-Você não precisa ficar brava com o Sirius só por causa de mim Giucci. -Ele disse
-Eu não quero te ofender Remo. -Falei mexendo nas minhas unhas-Parte de mim está brava com ele por causa de você. Mas é uma parte muito pequena. -Então olhei para ele - Eu estou brava porque ele tentou me beijar.
-Bem, se é por isto, você pode ficar brava à vontade-Ele sorriu
-E quem é você para dizer se eu devo ou não ficar brava? -Falei brincalhona
-Ai você me pegou... -Ele riu olhando para o céu.
A sineta indicando o início das aulas tocou. Nós nos levantamos e continuamos o caminho para as estufas. Fomos os primeiros a chegar, mas em 5 minutos todos já estavam em seus lugares e eu, ao lado de Remo.
Hoje, nós vimos umas flores que cantavam se fossem bem tratadas, e berravam se fossem malcuidadas. Quando a primeira começou a berrar, todas berraram, por causa do barulho. Mas a minha foi uma das que menos berraram. A aula de TTCM foi maravilhosa (mesmo sem o Remo ao meu lado), vimos dragões de verdade e alimentamos eles. A aula de História da Magia foi como sempre tediante: eu dormi no ombro do Remo a aula toda, impedindo ele de fazer suas anotações. No final desta, acordei assustada e fui para a aula de Poções correndo.
Eu me atrasei um pouco porque passei no banheiro para lavar o meu rosto. Quando cheguei, só havia dois lugares livres: ao lado de Remo e ao lado do Diggory. Sem hesitar, me sentei ao lado de Remo, o que causou um olhar furioso vindo de Amos. Eu ajudei Remo na poção novamente, pois ele era realmente muito ruim. Eu, que tinha decaído durante o tempo de depressão, voltei com carga máxima e minha poção ficou quase perfeita.
Uma coisa que todos os professores (menos o prof. Binns) não deixaram de fazer, foi olhar alegremente para mim quando cheguei sem estar com o rosto inchado ou manchado de lágrimas. O professor Slughorn ficou tão satisfeito com o meu humor que até me deu uma dica que foi crucial para que minha poção não explodisse.
-Srtª Giucci - ele sussurrou- eu poria mais patas de salamandra-Ele sorriu e continuou conferindo as poções dos alunos.
-Que dia calmo... -Comentei a noite, já no Salão Comunal e fazendo minhas lições
-Foi bom né?- Remo sorriu
-Eu achei cansativo... -Liy disse nos olhando impressionada- Os professores só passaram matérias difíceis. Aquela flor foi a planta mais demoníaca que já vi! Ela não parou de berrar desde que eu toquei nela! E a aula de Advinhação foi a mais exaustiva também. Francamente, é muito difícil ver o futuro numa bola de cristal... E, aliais, por que diabos ela ainda passa isso?! -Ela suspirou virando a página de seu livro de História da Magia- a de História da magia... Eu to vendo agora que foi bem difícil. E a de poções foi muito fácil como sempre.
-Para você! A minha poção quase explodiu uma sete vezes - Remo disse olhando para ela com olhos arregalados
-Fala sério Aluada, poções são muito fáceis!-James disse tirando um pomo de ouro do bolso e brincando com ele
-Eu repito no plural: Para vocês- Ele disse dando os ombros
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Os dias foram se passando e o Natal estava se aproximando. Eu iria passar o Natal em casa com os meus pais, mas ainda faltava uma semana. Sirius já havia se desculpado comigo e com Remo. Ele disse que foi idiota e que só tinha tentado me beijar pela chance que ele tinha visto na hora. Eu tinha desculpado ele, mas ainda o chamava de Black. Remo já estava chamando ele até de Almofadinhas, o que significa que eles já estavam amigos de novo.
Eu e Remo estávamos em um namoro sério no momento. Claro, sério levando em conta que éramos dois adolescentes de dezesseis anos na década de 70; mas mesmo assim sério. Um dia eu estava com ele no salão comunal e perguntei:
-Você quer conhecer os meus pais?
-O que?-Ele disse corando
-Sei lá... Estamos juntos a um bom tempo e eu acho que seria legal. -Eu respondi olhando para o fogo na lareira
-Tem razão. -Ele respondeu sorrindo- Quando?
-A gente podia ir junto para lá no Natal, já que vamos dois dias antes. Ai na véspera a gente te leva na sua casa e depois só nos encontramos aqui no castelo. -Falei olhando em volta - Você poderia ficar lá em casa, temos quartos de hóspedes. E ai? Aceita?-Sorri para ele
-Claro. -Ele sorriu e em 3 minutos voltou a falar - nunca fiquei tão nervoso e aliviado em conhecer pessoas...
-Por quê?-Eu ri para ele
-Nervoso porque são seus pais e aliviado pelo fato de não irem me descriminar. Bem, não pela minha raça. -Ele disse sorrindo tímido
-Meus pais são gente boa. Meu pai as vezes pode ser meio engraçadinho demais, mas acho que isso não irrita ninguém. E minha mãe... Bem, minha mãe é uma mãe maravilhosa. Ela sempre é muito fofa com os meus amigos, então imagina com o meu namorado... - Disse sorrindo
-Se é assim eu vou escrever uma carta agora para a minha mãe avisando dos novos planos - Ele disse sorrindo e se levantando - Te vejo mais tarde Giucci!
-Te vejo mais tarde Lupin!-Eu respondi
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