De volta a Hogwarts



 Não sei bem por quanto tempo dormi, mas acordei com uma muvuca passando do lado de fora da cabine. Tive muita sorte de ter mudado minhas blusas e jeans pela minha saia cinza, blusa social branca e gravata com as cores da Grifinória antes de dormir, ou eu seria provavelmente presa pelos tornozelos como Filch sempre dizia que gostaria de fazer.


Saí do trem ansiosa. Amigas? Elas se viram sem mim, mas eu preciso entrar no castelo o quanto mais rápido eu puder. Ouvi a voz do guarda-caça Rúbeo Hagrid dizendo a frase de sempre ALUNOS DO 1º ANO POR AQUI! repetidas vezes. Passei perto dele e o cumprimentei. Eu ia com a cara enorme e barbada de Hagrid. Muitos desconfiavam dele pelo fato de ter sido expulso em seu terceiro ano em Hogwarts, mas eu sempre pensei: Se ele foi expulso, ouve com certeza uma séria injustiça aqui. Ou ele levou um dragão para a aula de TCCM (Trato com Criaturas Mágicas).


Ele sorriu para mim e eu continuei andando enquanto amaldiçoava a hora que escolhi usar essa saia. Por mais que não seja curta, ela vai até os joelhos, me dando calafrios nos tornozelos.


Entrei na primeira carruagem que vi ( puxada, provavelmente por um testrátilo, tal criatura que eu por deus ainda não tive a chance de ver.) e esperei até encher. Elas infelizmente só começam a andar quando tem pelo menos mais de 3 pessoas.Então esperei olhando para meu cordão(protetor, como já citei) enquanto algumas pessoas entravam na carruagem.


 Eu realmente não entendo o destino e não vou perder meu tempo fazendo força para entender, mas aqueles quatro meninos estavam entrando... Bem, iam entrar os quatro, mas o Potter (o único que conheço do grupo) provavelmente avistou os cabelos super ruivos de Lily, por num segundo ele saltou e saiu correndo; enquanto seus amigos o chamavam de uma coisa que eu realmente não quero entender tão cedo.


-Pontas!Pontas! Ahhh, já foi... - Chamou o garoto de cabelos pretos. Sim, aquele que olhou mais pra baixo que devia mesmo.- Mas parece que o destino nos uniu novamente- continuou ele se virando para mim com um sorriso irritantemente agradável no rosto


-Nunca vou entender o que o destino quis dizer quando mandou você pra essa carruagem, mas eu aposto que não foi para ganhar um beijo se quer saber- Falei tirando os olhos do cordão e encarando-o por dois milésimos, até perceber que o outro, aquele que acertou meu pé com um malão ria da cara do de cabelos pretos. O baixinho riu também. Ai não me segurei comecei a rir junto.Num momento estávamos me ouvindo esnobar aquele pervertido(como tenho o habito de chamar quem não olha para cima o suficiente quando fala comigo) e no outro estávamos todos as gargalhadas, rindo um da cara do outro.


-Sou a Giucci, Julieta Giucci, mas prefiro só o sobrenome mesmo... meu nome é sério demais... - disse depois de recuperar o fôlego- já disse meu nome, agora me resta contar o de vocês


-Remo Lupin- Respondeu o que me acertou com o malão


-Sirius- respondeu o pervertido sem mencionar o sobrenome- e esse ai é o Pedro, Pedro Pettigrew.


-Encantada- disse sorrindo para os meninos, que coraram.- mas seu nome não pode ser só Sirius- Disse me dirigindo ao de cabelos pretos- qual seu sobrenome??


Ele grunhiu algo não audível


-Caraca Almofadinhas, quanto tempo vai ficar com essa?-Disse Remo- Esse ai é o Sirius Black, que de preferência odeia o sobrenome.


-Você odiaria se estivesse na minha família - Retrucou Sirius-Por isso me orgulho em dizer que sou a ovelha negra da família - Falou dirigindo-se a mim com um sorriso de quem tem uma vida espetacular.


-Acho que entendi por que... A maior parte de Blacks que eu conheço são sonserinos, e você - disse olhando para o brasão da Grifinória em seu peito- é da Grifinória! Estranho, não lembro de vocês...


Eles perceberam o fato de eu ser uma grifinória olhando para minha gravata vermelha e dourada. Pena que nem todos olharam somente para a gravata...


 Saquei a minha varinha de cordas do coração de dragão e feixo e a apontei para Sirius, que olhou assustado ao saber que eu percebi seu olhar furtivo aos meus peitos novamente. Garotos... Quando vou achar um que não ligue só para a embalagem?


- Eu acho que já te avisei sobre esses problemas de inclinação de cabeça não, Black?-Ameacei. Era incrível como os homens me olhavam apavorados como se eu fosse um bicho-papão toda vez que ameaçava.


-Annnnn, foi mal?- Desculpou-se. Memória On: Era esse o cara que a Anne gostava... Memória Off. Como ela conseguia?!Ele é um tarado de cabelos negros!


-Vou dar mais uma chance, na próxima vez, eu juro que azaro você- ameacei novamente


E logo Remo estava rindo de meu controle sobre Black novamente. Seu riso era tão agradável... Acho que poderia ouvir o dia todo esse garoto pálido rir.


E para variar quando eu vi já estava me sentando no salão principal, perto deles e rindo, quando James (Potter), Lily, Alice, Anne, Frank (namorado da Alice para os que não prestam atenção) e o resto do povo grifinório.


 O discurso anual de Dumbledore foi normal, sem más noticias como no ano que entrei para Hogwarts (que um bruxo das trevas chamado Voldemort, ou Você-Sabe-Quem; começou afazer ataques em muitas famílias de estudantes), nem boas como no meu segundo ano em que o Torneio Tribruxo (que reúne três escolas que não sei como escrever direi o nome) iria acontecer e uma grande parte da escola foi para Durmmstrang (sei que ta errado:/ ) para concorrer.


A comida, como sempre maravilhosa, e a companhia mais ainda: esses meninos são muito engraçados, não sei como nunca percebi a existência deles... Ou será que já? Eu sempre ouvia histórias de um grupo de meninos bagunceiros chamados Os Marotos, que aprontavam a beça. Sempre achei divertidas essas histórias, mas nunca procurei saber quem realmente eram.


-Posso perguntar uma coisa?-pedi a eles


-Manda- James respondeu


-Como vocês são chamados? O grupo! Vocês quatro juntos? Tem algum nome?-Perguntei


-Bem, somos conhecidos oficialmente como os marotos. -Disse Black com orgulho estampado na cara- Mas pode nos chamar de lindos se quiser...


-Sabia que não prestavam... - murmurei sorrindo


Acho que eles ouviram, mas encararam como um elogio, pois sorriram quando eu acabei de dizer.


 


Quem diria que daí nasceu uma grande amizade... E uma forte paixão também. Não vou dizer mais nada até a hora certa.


 


 


 


 


 


 

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