Momentos de tensão

Harry entrou com o carro no estacionamento dos alunos da Hogwarts Academy e começou a procurar por uma vaga, até que encontrou uma bem perto do prédio. Assim desligou o motor, os três ocupantes do carro saíram.

- Estão vendo só, nós conseguimos chegar antes do sinal tocar! - o moreno comentou – Vocês duas não precisam ficar dando escandá-lo por que eu demorei um pouco mais do que o normal para acordar.

- Um pouco mais do que o normal? - Halley olhou atravessada para o irmão – Você acordou uma hora depois do que normal e ainda foi tomar café antes de sair.

- É claro que eu tinha que tomar café da manhã antes de sair! - respondeu revirando os olhos – Você queria que eu saísse de casa com fome? Não ia nem conseguir prestar atenção na aula direito.

- Ninguém te mandou acordar tarde! - deu de ombros – Se queria tomar café da manhã era para ter acordado na hora certa.

- Acontece que eu estava muito cansado! - tentou, mais uma vez, explicar – Ser uma pessoal responsável é muito cansativo. Eu estudo, trabalho e ainda tem o treino do time de futebol.

- Você sempre tem o fim de semana para descansar – continuou – Se chegarmos atrasados na aula ai sim que as coisas vão complicar para você. Vai acabar não passando de ano e não vai poder ir para a faculdade.

- Será que vocês dois podem parar de brigar! - Hermione disse, ela estava parada com os braços cruzados e olhando para os dois – É nessas horas que eu agradeço por ser filha única, vocês dois brigam demais.

- Sei que nós brigamos demais! - o moreno continuou, agora puxou a irmã para um abraço – Mas a Halley sabe que eu a amo.

- Exatamente, Mione! - ela concordou – Mas acho que ela tem razão também quanto a pararmos de brigar. Faltam só dois minutos para o sinal da primeira aula tocar.

- Tudo bem! - ele concordou enquanto colocava o braço em volta do ombro da esposa – Vamos lá.

No momento em que eles passaram pelo portão alguém se aproximou dos três. Era Draco Malfoy.

- Oi cometinha! - ele tinha um sorriso sem graça no rosto – Será que a gente pode conversar por um minutinho.

- O que você chama de um minutinho? - olhou séria para ele – Será que ele seria menor do que um minuto normal.

- Por favor, cometinha, eu estou falando sério! - falou – Converse comigo, por favor, prometo que você não vai se arrepender.

- Pode falar agora mesmo! - avisou – Tenho certeza de que não é nada que eu precise esconder do meu irmão e da minha melhor amiga.

- Exatamente, Malfoy! - Harry não parecia muito feliz nesse momento – E é melhor você não bancar o engraçadinho vai ter que se ver comigo.

- Eu vim aqui em missão de paz! - garantiu – cometinha, já faz quatro meses que você não olha na minha cara direito, não acha que já está bom demais?

- É até pouco pelo que você fez! - agora o tom de voz da garota era de total raiva – Você não tinha o direito de contar para todos na escola sobre o bebê do Harry e da Mione. Mesmo assim você o fez.

- Já te expliquei os meus motivos – tentou lembrá-la – Foi meio sem pensar, quando eu vi já tinha falado tudo e não tinha mais como voltar atrás.

- Tem razão, quanto você faz uma besteira não tem como voltar atrás! - concordou com a cabeça – Igual a besteira que eu fiz de confiar em você e ainda deixar você saber sobre o bebê. Foi o maior erro da minha vida.

- Não diga que tudo que aconteceu entre nós foi um erro, cometinha – pediu – Nós dois nos dávamos tão bem, não entendo por que não podemos voltar a ser como antigamente.

- Por que qualquer relacionamento só funciona na base da confiança! - a ruiva já estava sentindo algumas lágrimas se formarem no canto dos seus olhos – Você destruiu qualquer tipo de confiança que eu poderia ter em você.

- Mas eu te amo, cometinha! - nesse momento, todos ao redor fizeram total silêncio – Prometo que vou pensar duas vezes antes de revelar qualquer coisa para as pessoas, principalmente se isso for te magoar. Vou recuperar toda a confiança que você tinha em mim.

- Nem que você se ajoelhasse aos meus pés, eu iria te dar outra chance, Malfoy! - cruzou os braços e tentou manter o tom firme da voz – Uma vez destruída, não tem coo recuperar a confiança de alguém.

- Por favor, cometinha! - tentou mais uma vez.

- Pare de me chamar de cometinha! - praticamente gritou – Eu sempre detestei esse apelido, agora mais ainda, principalmente por você ter inventado.

- Acho que a Halley deixou bem clara a posição dela, Malfoy! - Harry disse, por fim – Agora você pode ir embora.

Foi nesse momento que o sinal da primeira aula tocou. Os alunos começaram a caminhar em direção ao prédio.

- Eu vou indo por que não quero chegar a aula da McGonagal! - ele avisou – Mas saiba que eu ainda não desisti de você, Halley Lilian Potter.

No momento em que o loiro saiu, viram que Rony estava parado apenas alguns metros de distancia. Ele estava com um pequeno sorriso no rosto.

- Precisamos ir! - o garoto lembrou para a irmã – O professor Lupin está pegando no pé e se eu chegar atrasado as coisas não vão ficar boas para o meu lado.

- Você pode ir na frente, Harry! - foi Hermione quem disse – Eu preciso conversar uma coisa com a Halley.

- Você vai ficar bem, irmãzinha? - perguntou sério e bastante preocupado com a garota.

- Sim! - ela concordou com a cabeça – Pode ir tranquilo que eu já estou indo com a Mione.

Ele concordou com a cabeça e saiu juntamente com Rony. As duas garotas foram logo em seguida.

- Sei que você ainda sente alguma coisa pelo Malfoy e deveria dar uma chance para ele – a morena avisou – Quero dizer, me sinto culpada por saber que você só brigou com ele por minha causa.

- Já disse que não foi só por sua causa! - tentou explicar – Só você e o Harry tinham o direito de decidir quando iriam contar para os outros sobre o bebê. Além disso, ele só fez isso para magoar o meu irmão e isso eu não posso admitir.

- Tudo bem, acho que eu te entendo! - deu de ombros – Foi como agora, vocês brigam mais se amam. E só você tem o direito de criticar o seu irmão.

- Exatamente! - respondeu – Por mais que eu esteja sofrendo prefiro continuar dessa maneira. Afinal, quem garante que o Malfoy não vai querer se vingar do Harry de novo.

- Mas mudando de assunto! - a morena continuou – Eu vi a cara que o Rony fez quando você deu o fora no Malfoy. Será que aconteceu alguma coisa ontem na sorveteria que você não está querendo me contar?

- Não aconteceu nada! - garantiu – Foi só um dia normal na sorveteria entre amigos. Que o que somos.

- Certo! - concordou com a cabeça – Mas você tem que admitir que ele ficou muito feliz ao ver que você está totalmente livre e desimpedida. Se eu fosse você resolvia logo essa situação ou ele vai ficar iludido de que ainda tem alguma chance por você.

- Eu nunca alimentei falsas esperanças para ele! - lembrou – Pode ficar tranquila que isso nunca vai acontecer.

Foi quando as amigas, finalmente, chegaram, na frente da sala. O professor Lupin já estava dando as instruções para a redação que precisariam preparar naquela aula. Ela entraram no local em completo silêncio.

O restante das aulas da manhã ocorreram sem nenhum tipo de problema. Quando chegou o horário do almoço todos os alunos estavam morrendo de fome e correram em direção a lanchonete.

- Acho melhor nós irmos logo! - Harry disse quando só estavam ele, Rony, Hermione e Halley na sala de aula – Do jeito que todos saíram não vai sobrar nada para gente.

- Tem razão! - o ruivo concordou – E eu estou morrendo de fome e vou ficar de muito mal humor se não conseguir almoçar.

- Mas é incrível quanto vocês dois só pensam em comida! - a morena comentou revirando os olhos.

- É que está na hora do almoço, Mione! - o de olhos verdes lembrou – Todos nós precisamos nos alimentar direito. Principalmente você.

- Vocês podem ir indo! - ela avisou – Eu só preciso ir ao banheiro, ou então vou acabar explodindo aqui.

- Certo! - Rony revirou os olhos – Tenho certeza de que ninguém aqui quer ver a cena de você explodindo.

- Essa uma das outras coisas que eu detesto nessa gravidez! - reclamou – Vou ficar feliz quando essa criança nascer e eu não vou precisar fazer xixi de meia em meia hora.

- Eu vou junto com você! - Halley avisou – Encontramos vocês na lanchonete em cinco minutos.

- Certo! - Harry concordou – Você quer que eu vá pegando o seu lanche, Mione, assim você ainda não vai precisar ir para a fila.

- Não precisa! - garantiu – Não estou invalida, posso muito bem ficar em pé na fila para pegar o meu lanche.

Então elas seguiram para o banheiro que ficava no final do corredor do último andar do prédio. Hermione já estava lavando as mãos quando alguém abriu a porta em um baque, era Gina Weasley ela não parecia muito feliz.

- Todo mundo fora daqui! - parou em frente da porta e cruzou os braços, parecia que era a chefe desse lugar – Agora!

Todas as garotas começaram a sair rapidamente com medo do que ela poderia fazer. As únicas que permaneceram no local foram a morena e a cunhada.

- Será que você é surda, Potter! - parou bem em frente a Halley e a olhou de cima da baixo – Eu mandei dar o fora daqui.

- É melhor irmos embora, Mione! - puxou a amiga pelo pulso – Pelo jeito a Gina quer ficar com o banheiro só para ela. Deve ser dor de barriga.

- Eu disse só você! - as fez parar no meio do caminho – A Granger fica, preciso ter uma conversa de mulher para mulher.

- Não vou sair de perto da minha amiga! - disse isso pausadamente – Qualquer coisa que você tenha para dizer a ela, vai ter que falar para mim também.

- Pode deixar, Halley! - avisou para a amiga – Eu vou ficar bem aqui, ela não pode me fazer nenhum mal.

- É isso mesmo Potter! - ela estava com um sorriso convencido nesse momento – Ninguém aqui precisa de guarda-costas.

- Tudo bem! - suspirou pesadamente antes de caminhar em direção a porta – Eu vou estar aqui fora, qualquer coisa pode me chamar.

No momento em que as duas ficaram sozinhas, a ruiva começou a andar em círculos em volta da outra, a olhando de cima a baixo.

- Será que você pode falar logo o que você quer? - pediu, já começando a ficar impaciente – Tenho certeza de que não me pediu para ficar apenas para me olhar.

- Tudo bem, eu vou direto ao ponto mesmo! - parou ficando de frente para Hermione – Eu, sinceramente, não sei o que você fez para o Harry aceitar ter alguma coisa com você, mas saiba que ele ainda é meu.

- Não fiz nada, foi ele quem quis ficar comigo – explicou – E ele não pode ser seu. O Harry é um ser humano, não uma coisa.

- Sempre achei que você era uma bruxa ou algo parecido! - continuou, como se a outra não tivesse dito nada – Agora eu tenho certeza, certamente usou alguma poção do amor.

- Eu não fiz nada disso! - começou a gritar – Será que é tão difícil de você acreditar nisso?

- É claro que é difícil! - estava falando no mesmo tom de voz – Afinal, eu sou a capitã das lideres de torcida e uma das garotas mais populares da escola. Por que outro motivo ele teria me trocado para ficar com você – fez uma cara de nojo.

- Ele te trocou por mim como você está falando! - tentou permanecer calma, não adiantaria nada se estressar com ela agora, sem contar que poderia fazer mal para o bebê – Quando ficamos juntos ele já tinha terminado com você.

- Provavelmente já deve ter terminado comigo pensando em ficar com você – explicou – Mas isso não vai ficar assim. Harry e eu estamos predestinados a ficarmos juntos, desde que eramos pequenos e ele me defendia das brincadeiras do Rony e do gêmeos.

- Sinceramente, não sei por que ele terminou com você, mas deve ter tido um bom motivo para isso! - falou.

- Pode ter terminado, mas logo vai perceber que cometeu o maior erro da vida dele – continuou – E não vai ser você nem esse bebê quem vão me impedir de conseguir o que eu quero.

- Por mim, você pode fazer o que você quiser, Weasley! - deu de ombros – Eu não estou nem ai.

- É bom mesmo você estar pensando assim – concordou – Por que eu não vou me importar de tirar você ou essa criança do meu caminho.

Nesse momento a morena perdeu totalmente a calma. Segurou Gina pela gola do uniforme e a olhou com muito raiva.

- Você pode me ameaçar o quanto quiser, mas não mexer com o meu filho – a empurrou fazendo com que caísse sentada no chão – Você não sabe do que eu sou capaz.

Ela saiu de dentro do banheiro e encontrou Halley que parecia extremamente preocupada.

- Como é que foi? - perguntou assim que a outra começou a andar pelo corredor – O que a Gina queria?

- Nada de importante! - deu de ombros – Acredite, nada do que ela possa fazer vai me impedir.

As duas caminharam em direção as escadas conversando e rindo, nem perceberam passos bem atrás delas, alguém as seguia.

- Olá de novo, Granger! - ela tinha decido o primeiro degrau da escadaria, quando se virou e encontrou a ruiva, parecia com mais raiva ainda – Acho que você também não sabe do que eu sou capaz quando sou provocada.

Hermione não teve tempo de dizer mais nada, só sentiu uma mão a empurrada, ela caiu e rolou pelos degraus até o andar seguinte. A jovem Weasley foi caminhando e passou pela garota como se nada tivesse acontecido.

Halley correu para ver como a amiga estava, ela estava desmaiada e tinha um corte na testa.

- Mione! - começou a sacudi-la com força, mas a garota não abria os olhos – Mione, por favor, para de brincadeira e abre os olhos.

Mas isso não aconteceu, Hermione continuou para no mesmo lugar, o que deixou a outra ainda mais preocupada. Tinha sido uma queda bem feia, será que estava tudo com ela? E com o bebê?

- Não se preocupe com nada, Mione! - disse enquanto se levantava – Eu vou chamar a enfermeira da escola e vai ficar tudo bem.

No momento em que ela começou a caminhar uma multidão de alunos se aproximou e quando viram a morena caída, ficaram todos em volta dela, queriam saber o que tinha acontecido. Logo depois apareceram o diretor Dumbledore e a vice-diretora McGonagal.

- O que está acontecendo aqui? - o homem perguntou ao ver aquele enorme tumulto.

- Foi a Mione! - Halley se aproximou dos dois – Estávamos descendo e ela tropeçou e rolou a escada. Ela está grávida, pode ser alguma coisa séria.

- Acalme-se senhorita Potter, sei muito bem disso – o diretor disse calmamente – Minerva, por favor, vá chamar a madame Pomfrey aqui, com urgência.

Ela concordou com a cabeça e ela caminhou em direção as escadas para ir até o andar debaixo do prédio, aonde ficava a enfermaria.

Dumbledore afastou, levemente, a multidão de alunos para poder ver a morena e ver como ela estava.

- Diretor! - Halley estava bem ao lado dele nesse momento – Acha que a Hermione e o bebê vão ficar bem?

- Não sou médico, senhorita Potter! - lembrou – Só poderemos saber quando a madame Pomfrey chegar aqui.

- O Harry! - ela disse em seguida – Preciso ir lá avisar ao Harry o que aconteceu, ele ainda deve estar nos esperando lá na lanchonete.

- Não se preocupa com isso, Halley! - levantou o olhar e encontrou Neville Longbotom parado bem na sua frente – Eu vou até lá falar com o Harry!

- Muito obrigada, Neville! - disse dando um fraco sorriso – Assim eu não vou sair de perto da Mione.

- Estou indo até lá! - acenou com a cabeça – Não demoro.

Enquanto isso, Harry e Rony tinham acabado de pegar os seus almoços e se sentado em uma das messas vazias do local.

- Oi Harry! Oi Rony! - era Dino Thomas, um dos colegas deles da Grifinória e que também era do time de futebol – Vocês dois vão mesmo ficar ai? Faz tanto tempo que não se sentam conosco.

- Não vou poder se sentar com vocês – respondeu – Estou esperando a Mione e a Halley, vou almoçar com elas.

- Eles podem se sentar lá também! - avisou – Tenho certeza de que o Simas e o Collin não vão se importar.

- Mas eu não sei se a Mione se sentiria a vontade com isso, e não quero que ela se sinta constrangida em nenhum momento – disse calmamente – Mas, quem sabe, em um outro dia.

- Tudo bem, cara! - deu de ombros – Mas é estranho, sempre almoçávamos todos juntos, o grande time da Grifinória e agora fica cada um em um canto.

- Eu sei que estou em dívida com vocês e como capitão do time deveria manter todos unidos – continuou – Mas as coisas mudaram muito nesses últimos meses e ainda estou tentando me adaptar a tudo isso.

- Todos nós entendemos isso, Harry! - garantiu – Afinal, você tem que cuidar da Mione e do filho de vocês, os dois são a sua prioridade agora.

- Você está vendo, cara! - Rony colocou a mão sob o ombro do amigo – Todos nós somos seus amigos e te damos todo o apoio do mundo.

O moreno deu um fraco sorriso, era mesmo muito bom ouvir isso naquele momento.

- E quanto a você, Rony? - Dino perguntou, por fim – Por que você não vem almoçar com a gente?

- Também não vou poder Dino! - respondeu – Você sabe, vou fazer companhia para a Halley, assim ela não fica de vela.

- É claro! - concordou com a cabeça – Eu já tinha me esquecido que você é apaixonado pela irmã do Harry e faz de tudo para ficar perto dela.

- Exatamente! - depois de responder foi que ele percebeu o que o outro acabou de falar – Não é isso, apenas vou fazer companhia para ela, como um bom amigo.

Ele não disse mais nada, apenas saiu rindo em direção a mesa em que os outro garotos estavam. Então o ruivo revirou os olhos.

- Você tem que admitir que você mereceu essa, cara! - Harry também estava rindo sem parar nesse momento – Pelo jeito todo mundo sabe que você é apaixonado pela minha irmã.

- Tudo bem, talvez eu goste da Halley mais do que como amigo! - nesse momento suas orelhas estavam extremamente vermelhas – Mas, acredite em mim, não tenho nenhuma outra intenção hoje a não ser fazer companhia para para. Da mesma maneira que ontem só a chamei para sair para te ajudar.

- Está bem, Rony, você não precisa me dizer nada a respeito disso – avisou – Eu não me importo. Apenas saiba que se você magoar a minha irmã vai ter que se ver comigo.

- Quanto a isso pode ficar tranquilo, nunca faria nada para magoá-la, não sou o idiota do Malfoy – fez uma careta – Mas, mudando de assunto, você não acha que elas estão demorando muito no banheiro?

- É verdade! - concordou olhando para o relógio de pulso, já fazia mais de dez minutos desde que saíram da sala de aula – Tenho certeza de que devem estar lá conversando e se esqueceram da hora. Esse é o motivo para as mulheres sempre irem ao banheiro juntos.

- Isso é verdade! - concordou enquanto olhava para a comida na sua frente – Só espero que ela não demorem muito ou então vão perder a hora do almoço.

- E a Mione precisa de alimentar direito! - colocou a mão no queixo enquanto concordava – Não importa que ela reclame vou pegar a comida dela, só por garantia.

Foi nesse momento que Neville entrou correndo na lanchonete e foi em direção aonde os dois garotos estavam.

- Harry! - disse enquanto recuperava o folego por ter corrido tanto desde o quarto andar do prédio.

- O que foi Longbotom? - olhou para ele sem entender absolutamente nada – Parece até que aconteceu uma tragédia.

- É a Hermione! - conseguiu dizer, por fim – Ela caiu da escada e está desmaiada. Já chamaram a madame Pomfrey e tudo.

- Como é que é? - Harry gritou fazendo com que todos no local se virassem para ele – Acho que eu acabei de escutar mal.

- Não, foi exatamente isso que eu acabei de dizer – continuou – Foi a Halley quem me mandou aqui.

- Essa não! - se levantou e saiu correndo em direção a porta – Preciso ir até lá vê-la, agora mesmo.

- Espera, cara! - Rony correu atrás dele – Eu vou junto com você.

Ele chegaram ao local aonde a morena estava e a enfermeira da escola também já estava lá a examinando.

- Mione! - ajoelhou bem ao lado dela – Madame Pomfrey, como ela está? Ela vai ficar bem?

- Só posso fazer exames superficiais! - explicou – Era melhor ela ir para o hospital aonde vai ser melhor atendida.

- Ela está sangrando! - viu uma grande quantidade de sangue perto das pernas dela – Por favor, madame Pomfrey, não me diga que isso significa que ela está perdendo o nosso bebê!

- Já disse que não tenho como eu saber com 100% de certeza como está o seu bebê – continuou – É melhor ligarem para a médica dela.

- Pode deixar, eu vou ligar para a mamãe – Halley já estava com o celular na mão – Ela avisa para a doutora Shane o que está acontecendo.

- Fica tranquila, Mione – segurou a mão dela delicadamente – Vai ficar tudo bem, é só aguentar firme.

Não demorou muito para a ruiva voltar já desligando o celular.

- Eles estão mandando um ambulância agora mesmo! - avisou – E a doutora Shane estará esperando lá.

- Então vamos transferi-la para a enfermaria agora – fez um sinal para que os seus assistentes se aproximassem com a maca – Vai ficar mais confortável lá.

Cerca de um minuto depois a morena já estava deitada na cama da enfermaria, Harry não tinha saído de perto dela por nenhum minuto.

- É melhor alguém ir até a sala de aula pegar as coisas da senhorita Granger! - a enfermeira avisou – Assim tudo estará pronto quando a ambulância chegar.

- Eu vou lá pegar! - foi Halley quem disse.

- Pega as minhas coisas também, Halley! - o garoto pediu – Vou junto com ela para o hospital, não vou aguentar ficar aqui sem saber notícias.

- Tudo bem! - concordou com a cabeça – Mas antes eu preciso falar uma coisa muito séria com você. E com você também, Rony! - virou-se para o ruivo que também estava no local.

Eles foram para o lado de fora da enfermaria aonde ninguém poderia ouvi-los nesse momento.

- Acontece que eu não contei toda a verdade quando o diretor Dumbledore me perguntou o que tinha acontecido! - explicou – E também não contei a verdade até agora.

- Do que você está falando, Halley? - Harry ficou preocupado nesse momento – Você está dizendo que a Mione não caiu da escada?

- Ela caiu da escada, acontece que não foi um acidente! - suspirou pesadamente antes de continuar – Ela foi empurrada, pela Gina.

Os dois garotos ficaram em silêncio por alguns segundos processando o que tinham acabado de ouvir.

- A minha irmã fez isso? - Rony foi o primeiro a falar – Mas isso não faz o menor sentido, por que ela faria isso?

- Por ciúmes! - o outro quem respondeu – É óbvio que ela não se conformou por eu ter terminado com ela e que agora vou ter um filho com outra, por mais que ela fale que está tudo bem.

Halley contou tudo que aconteceu no banheiro e o momento em que foi expulsa do local até quando, finalmente, viu Gina empurrar a morena da escada.

- Eu não tive coragem de contar a verdade para o diretor, Gina estaria encrencada se eu fizesse isso! - continuou – Por mais que nunca tenhamos sido amigas e eu também não concorde com várias atitudes dela, nos conhecemos desde de pequenos e eu ainda me lembro desse tempo.

- Então por que está nos contando isso agora? - o ruivo quis saber.

- Não acredito que caiba a mim tomar a decisão do que fazer com a Gina – disse – Então é melhor vocês dois decidirem o que vão fazer. Agora, com licença, vou pegar as coisas na sala.

Ela saiu do local deixando os dois amigos sozinhos no local.

- O que você vai fazer sobre isso? - Rony quis saber – Você vai contar o que a Gina fez?

- Não tenho certeza! - deu de ombros – Ainda está tudo muito recente ainda nem sei o que aconteceu com a Mione, vamos esperar alguns dias.

- Certo! - concordou – Mas saiba que eu te dou todo o apoio qual seja a sua opinião, não tenha medo de me falar nada só por que se trata da minha irmã, também não concordo com as atitudes dela.

Então eles voltaram para a enfermaria e Harry não saiu do lado da esposa até o momento que a ambulância chegou, cerca de dez minutos depois, logo que Halley chegou com as duas mochilas.

Os paramédicos passaram com a maca pelo meio do pátio e todos os alunos ficaram parados olhando preocupados e querendo saber se ficaria tudo bem com a morena.

No meio da multidão, Rony avistou sua irmã caçula. Caminhou em direção a ela e a puxou pelo braço para longe dos outros.

- Ai, Rony! - passou a mão pela área que ele tinha segurado, estava bem vermelho – Essa doeu.

- Que bom, por que era para doer! - sua cara não estava muito feliz – Acontece que eu sei que foi você quem empurrou Hermione Granger da escada. A Halley me contou.

- Fui eu mesma quem fiz isso! - respondeu dando de ombros – Ela estava atrapalhando o meu caminho para reconquistar o Harry.

- Como você pode ser tão inconsequente desse jeito, Gina! - disse mais alto do que estava planejando – Ela está grávida e esse seu ataque de ciúmes pode tê-la feito perder a criança.

- E isso vai ser melhor para todo mundo! - respondeu – Sem o bebê os dois vão poder se divorciar. A Granger vai poder seguir o sonho dela de ir para a faculdade e o Harry pode voltar para mim.

- Você tem alguma noção do quanto isso que você está falando! - colocou a mão na testa – Não é assim que as coisas funcionam, o mundo não é da maneira que você quer que seja.

- Pois, para mim, as coisas são do jeito que eu quero que sejam – encarou o irmão – E é assim que as coisas são, sim.

- Pelo jeito não tem como discutir as coisas com você! - revirou os olhos – Mas você pode ficar tranquila que eu não vou contar nada disso nem para a direção da escola nem para os nossos pais. A não ser que aconteça alguma coisa com a Hermione.

- Eu não me importo que você conte em um mega fone para todo mundo! - completou – Tudo vai valer a pena quando o Harry voltar para mim.

Decidiu deixar a irmã de lado e caminhou em direção ao prédio da escola.

Enquanto isso, na ambulância a caminho do hospital, Hermione foi aos poucos recuperando a consciência. Ficou um pouco assustada, sem saber aonde estava, então olhou para o marido, que estava ao seu lado e segurando a sua mão.

- Harry? - disse, fazendo com que ele a olhasse – O que está acontecendo? Aonde nós estamos?

- Fica calma, Mione! - disse passando a mão pelo rosto dela – Você está indo para o hospital, mas vai ficar tudo bem.

- Você promete que não vai sair de perto de mim por nenhum minuto? - pediu – Por favor?

- Claro, Mione! - garantiu – Prometo que não vou sair do seu lado, nunca.
***
N/A: Como já é oficialmente sábado, ai está o post.
Sei que vocês devem estar querendo me matar por ter parado nessa parte, mas tenho q deixar um pouco de suspense no ar.
O q será q vai acontecer com a Mione? E com o bebê? Bom, isso só lendo o próximo cap pra saber.
A boa notícia eh q eu entro de férias da facul na semana q vem e logo já vou poder voltar a postar duas vezes por semana como antes.
É isso gnt, agora vcs comentam! 

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