Manhã de natal
Todos estavam reunidos na sala em frente a lareira acesa, para se protegerem do frio, bebendo chocolate quente e comendo biscoito de nozes, tudo bem a cara do natal. E essa era a tradição da família Potter de todos os dias 24 de Dezembro.
- Você está bem, Hermione? - perguntou olhando para a garota que, no momento, estava com a cabeça encostada no ombro da amiga – Parece que está com sono!
- Eu estou bem sim, Harry! - afirmou – Só estou um pouco cansada, afinal, passei o dia inteiro ajudando a sua mãe a arrumar a casa para o natal.
- Não devia ter pedido a sua ajuda Hermione! - a mulher se lamentou – Eu e Halley teríamos dado conta de tudo sozinhas.
- Eu adorei ajudar vocês, senhora Potter, não deu trabalho nenhum! - garantiu – Além disso, me lembrou um pouco da casa do meu pai, sempre arrumávamos toda a casa na véspera do natal. Fico triste de lembrar que ele deve ter feito isso sozinho hoje.
- Você se lembrou de chamar ele para vir almoçar aqui amanhã, não é mesmo? - perguntou em seguida – Afinal, ele também faz parte da nossa família agora.
- Falei sim, e ele ficou muito animado! - deu um grande sorriso – E disse que vai trazer uma sobremesa.
- Ele não precisa trazer nada! - a ruiva avisou – Eu te disse que vamos providenciar tudo. Como fazemos todos os anos.
- Mamãe adora as festas de natal! - Harry explicou – E, bom, você vai ver amanhã no almoço.
- Isso é verdade! - a outra garota concordou com irmão – E acredite em mim, às vezes chega a ser até irritante.
- Achei que vocês dois gostavam das festas de natal aqui em casa? - fingiu-se de ofendida.
- Eu gosto, mãe! - o moreno se defendeu rapidamente – Quem estava falando mal da festa era a Halley.
- Eu gosto sim! - Halley apressou-se em dizer – Afinal, lembro-me dessas festas de natal desde que eu me entendo por gente, é um grande evento na casa dos Potter.
Hermione não pode deixar de sorrir ao ouvir a conversa deles. Como em casa era somente ela e o pai, não tinham discussões animadas como essa. Não pode deixar de desejar, inconscientemente, uma família grande igual a deles.
O garoto segurou a mão da esposa e a apertou levemente, os dois se olharam e sorriram. Mas ela acabou soltando um bocejo.
- Você está mesmo com sono, Hermione, não adianta negar! - passou o dedo pelas bochechas dela – Está vendo, mãe, eu sabia que não era uma boa ideia ficarmos acordados até a meia-noite como fazemos todos os anos.
- Já disse que não precisa se preocupar comigo, Harry, eu vou ficar bem! - garantiu – Posso muito bem ficar aqui com vocês até a meia-noite.
- O Harry tem razão, minha querida! - a senhora Potter concordou – Acho melhor encerrarmos por hoje, não concorda querido.
- É mesmo uma boa ideia! - James disse – Ou se não a Hermione pode estar muito cansada amanhã e não vai aproveitar o natal.
- Foi exatamente isso que eu pensei! - Harry completou.
- Não precisam falar de mim como se eu não estivesse aqui!- a morena pediu – E eu não quero estragar a tradição de vocês de todos os anos.
- Você não está estregando nada, minha querida, só está grávida e isso te faz ficar mais cansada do que o normal – a mulher avisou – Vai ser igual quando as crianças eram pequenas. Costumávamos dormir as dez horas naquela época.
- Crianças? - o moreno fez uma careta – Por favor, mãe, eu e Halley já termo 17 anos, somos quase adultos. Sem contar que, daqui a alguns meses, eu vou ser pai.
Hermione não pode evitar se sentir estremecer por dentro. Era a primeira vez que o ouvia dizer que iria ser pai e isso o fazer parecer extremamente maduro.
- Tudo bem, eu sei que vocês dois não são mais crianças, está bem! - concordou revirando os olhos – Mas, para mim, vocês sempre serão meus bebês.
- Acho que se vocês dormiam cedo quando o Harry e a Halley eram mais novos – a garota avisou – Então acho que não me importo de irmos mesmo dormir cedo. Estou com muito sono.
- Mas tem uma tradição que eu não quero que deixemos de lado – o moreno avisou se levantando – E acho que todos sabem qual é.
- Claro que sei! - Lilian também se levantou não conseguindo evitar uma risada – Vamos até lá, “crianças”.
- Oba! - a ruiva mais nova também pulou do sofá, praticamente – Presentes! Adoro presentes.
- Todos os anos no dia 24 de Dezembro, mamãe e papai nos deixam pegar um dos nossos presentes da árvore – Harry explicou enquanto ajudava a esposa a se levantar – É uma das tradições dos Potters que mais gostávamos quando éramos pequenos. É claro que, continua sendo a minha favorita.
- Eu percebi! - ela deu um fraco sorriso.
Todos se sentaram em frente a grande árvore de natal iluminada, da mesma maneira que faziam nas manhã de natal.
- Muito bem! - a mulher disse colocando a mão na cintura e olhando para os presentes – Quem quer começar?
- Eu! - Halley levantou a mão como se quisesse responder alguma perguntar que sabia na escola.
Ela escolheu o presente de sua mãe, era um livro que estava doida para ela. A próxima foi Hermione, uma bata azul dada pela sua amiga. O que Harry escolheu foi uma bola de futebol dada pelo seu pai.
- Esperem! - o senhor Potter os chamou quando os três fizeram menção de se levantar – Ainda falta um presente.
- Mas que presente? - o moreno o olhou em dúvida – Nós três já pegamos os nossos presentes. E vocês dois nunca entraram na nossa brincadeira de pegar o presente antes.
- O seu pai tem razão! - Lilian foi até a parte de trás da árvore – Vocês já vão ver para quem é o presente.
Então ela pegou o maior embrulho que tinha no local. Com um enorme sorriso, o levou em direção a Hermione.
- Mas senhora, Potter! - tentou interrompê-la – Eu já peguei o meu presente. Acredito que posso abri-lo amanhã de manhã, isso não seria justo com os outro.
- Na verdade esse presente não é exatamente para você – olhou diretamente para a barriga da garota – Mas como o bebê não pode abrir o presente, acredito que os dois possam fazer isso, não estou certa?
Então, o jovem casal retirou o embrulho rapidamente. Eles estavam muito curiosos para saber o que era.
- Um berço! - a morena parecia feliz em surpresa ao ver a embalagem – É mesmo lindo, mas não precisava. Quero dizer, meu pai ainda tem guardado o meu berço de bebê, eu ia usá-lo.
- É claro que tinha necessidade, meu neto merece ter um berço novinho! - explicou – Está mais do que na hora de começar a arrumar o quartinho dele. Pensei em comprar um carrinho, mas acho melhor sabermos o sexo primeiro, assim podemos comprar: azul ou rosa.
- Muito obrigada mesmo, senhora Potter! - ela estava começando a sentir as lágrimas se formando no canto do olho – Acho que eu não mereço tudo isso que estão fazendo por mim.
- É claro que merece, minha querida! - colocou a mão sob o ombro da nora – Você sabe que sempre te achei um amor de pessoa, desde o dia em que Halley veio me mostrar a nova amiguinha dela. Agora que você e Harry vão ter um bebê juntos, me sinto mais ainda na obrigação de te ajudar.
- Tudo bem, acho que é melhor mesmo irmos dormir! - Harry as interrompeu – Ou então a Hermione vai começar a chorar que nem uma louca aqui.
- Eu não vou chorar! - disse, mas já estava limpando as lágrimas dos olhos – Tudo bem, mas o que eu posso fazer, vocês ficam me fazendo essas coisas emocionantes. E eu estou grávida, não é mesmo.
- São lágrimas de alegria! - Harry lembrou dando um beijo no topo da cabeça dela – Acho que isso está tudo bem.
Então eles se despediram e foram, cada um, para seus respectivos quartos. A morena se sentou a beirada da cama e ficou passando a mão pela barriga, delicadamente enquanto o marido foi em direção ao banheiro.
- Está tudo bem? - perguntou quando saiu do outro comodo a encontrou exatamente na mesma posição – Está sentindo alguma coisa? Quer que eu chame a minha mãe?
- Não precisa Harry! - o segurou pelo pulso – Eu estou bem, só estavam pensando em uma coisas aqui.
- Que bom! - suspirou pesadamente e se sentou ao lado da garota.
- Você não precisa se preocupar comigo! - garantiu, pegou a mão do moreno e a coloco sob a sua barriga – Nós dois vamos ficar muito bem.
- Eu não posso evitar! - explicou – Andei lendo algumas coisas sobre gravidez e dizem que quanto mais nova for a mãe, maior o risco para ela e para o bebê. É de obrigação de todos a volta da mulher fazerem com a gestação seja a mais tranquila possível.
- Você andou mesmo lendo sobre gravidez? - não pode deixar de olhá-lo surpresa nesse momento.
- Sim! - ficou um pouco envergonhado nesse momento – Comecei com uns livros de biologia na biblioteca da escola, mas não tinha tantas informações assim, então comecei a pesquisar na internet. Não sabia que existia tantos sites assim sobre o assunto, se quiser eu posso te passar depois.
- Na verdade, eu também andei pesquisando sobre tudo que pode acontecer comigo e com o meu corpo nesses nove meses! - disse – Mas nunca imaginei que você fosse se interessar também.
- É claro que eu me interesso! - sua mão, que ainda estava sob a barriga dela, começou a fazer leves movimento circulares – Esse bebê é meu filho também.
- É sim! - concordou com a cabela – Ele também é seu filho.
Então os dois foram se aproximando, lentamente, um do outro. Seus lábios já estavam quase se encostando quando Hermione se afastou, bruscamente.
- Aonde você acha que a sua mãe vai querer fazer o quarto do bebê? - decidiu mudar de assunto enquanto se levantava.
- O que mais tem nesse casa é quarto, é só escolher um não é mesmo! - deu de ombros – Mas ela, provavelmente, vai querer colocar ele no quarto aqui do lado, assim vai ficar mais fácil ouvi-lo chorar.
- Mas eu não acredito que ela tenha necessidade de fazer um quarto todo decorado e cheio de ursinhos de pelúcia! - lembrou – Afinal, eu vou voltar para a casa do meu pai quando terminamos o colégio e você for para a faculdade.
- Tem razão! - coçou a parte de trás da cabeça, ficava muito incomodado quando ela começava a falar desse acordo que os dois tinham feito – Mas a minha mãe ainda não sabe disso.
- Tudo bem! - ficou olhando para os próprios pés – Eu vou até o banheiro. Estou mesmo cansada e quero ir logo dormir.
Ela voltou menos de cinco minutos depois. Harry já estava deitado e olhando para o teto.
- Boa noite, Harry! - ela deu um beijo na bochecha do garoto – Temos um dia bem cheio amanhã.
- Você tem razão! - dando um fraco sorriso – Você não tem ideia de como são os almoços de natal na casa dos Potters. As vezes eu acho que é o maior evento de Londres.
- Quem é que vai vir? - ela quis saber, virando-se para poder olhá-lo melhor.
- Além do seu pai! - respondeu – Vão vir os meus tios e alguns amigos do meu pai da época da escola.
- Que legal! - disse – Deve ser mesmo uma festa muito divertida aqui na casa dos Potter.
- Sem dúvida! - concordou com a cabeça – Um dos amigos do meu pai é o meu padrinho e ele é muito divertido, você vai ver amanhã.
- Estou mesmo louca para ver! - concordou com a cabeça.
- Hermione! - a olhou bem sério – Será que eu posso te chamar de Mione? Afinal, nós dois somos amigos, não é mesmo?
- Claro que você pode me chamar de Mione! - sorriu – Eu até prefiro assim, é muito sério quando me chamam de Hermione, parece que estão me dando uma bronca.
Ele então se aproximou de Hermione e deu um rápido selinho nela antes de deitar novamente no seu lugar.
- Agora sim eu posso ter uma boa noite de sono! - deu um sorriso maroto antes de se virar e fechar os olhos.
A garota colocou a mão sob os lábios ainda parecendo muito confuso com o que Harry tinha acabado de fazer. Demorou muito para conseguir dormir naquela noite.
Todos na casa da família Potter acordaram bem cedo no dia seguinte. Comeram rabanada com café com leite no café da manhã antes de se reunirem para terminarem de abrir os presentes.
- E esse último presente aqui! - Lilian pegou o último embrulho que estava bem ao lado da árvore – É para esse bebezinho! - completou antes de entregá-lo para a Hermione.
- Muito obrigada, senhora Potter – deu um sorriso sem graça – Mas acho que não precisava comprar todos esses presentes. Deve ter gasto muito dinheiro em todas essas coisas.
Olhou a sua volta e estavam todos os presentes que seus sogros tinham comparado para o bebê: tinham vários brinquedos de morder, bichinhos de pelúcia, além um mobile para colocar em cima do berço e uma babá eletrônica;
- Não foi problema nenhum, Hermione! - garantiu – Esse é o nosso primeiro neto e ficamos felizes e comprar coisas para ele. É para isso que se tem dinheiro, para gastar.
- A criança ainda nem nasceu e vocês já estão fazendo todas as vontades dela com todos esses presentes – Harry revirou os olhos – Desse jeito ela vai ser a criança mais mimada de toda a Inglaterra.
- Como você é exagerado, Harry! - a mulher reclamou – Nós não vamos estregar o filho de vocês, pode ficar tranquilo. Mas é para isso que os avós servem, para deixar os netos fazerem tudo que os pais não deixam.
- Vovô e vovó faziam a mesma coisa conosco quando eramos pequenos, lembra, Harry? - Halley comentou com o irmão e ele concordou com a cabeça – E mamãe e papai viviam reclamando.
- E agora é a nossa vez de fazer isso! - completou – Agora abra o presente, Hermione, ou esses dois vão ficar aqui discutindo o restante do dia.
- Certo! - concordou.
Ela começou a abrir o embrulho e Harry decidiu a ajudá-la nessa tarefa, logo conseguíram retirar tudo. Era um macacão de pezinho cor-de-rosa e um arquinho da mesma cor e com um laço em cima.
- É lindo! - deu um enorme sorriso – Mas vocês sabem que pode ser um menino também. Eu ainda não fiz a ultrassonografia para saber o sexo, a obstetra disse que só vai dar para saber quando estiver com uns quatro meses.
- Sei muito bem disso, sou médica, já se esqueceu – explicou – Só que eu tenho certeza absoluta de que vai ser uma menina, você vai ver só.
- Bem que podiam ser gêmeos, não acham! - o moreno puxou a esposa para mais perto de si e colocou a mão sob a barriga dela – Assim poderia ser um casal.
- Sei que você deve estar querendo um menino, é o que todos os pais querem! - disse para o filho – Mas vai ser uma menina e eu não costumo errar com essas coisas.
- Sabe o que é engraçado! - Hermione estava olhando, fixamente, para o chão – Quando minha mãe esteve aqui ela disse a mesma coisa, até me deu um vestidinho para dar sorte.
- Pelo jeito sua mãe e eu pensamos igual sobre essa assunto – deu um enorme sorriso – Mas chega de ficarmos aqui conversando. Daqui a pouco os convidados vão chegar. É melhor todos irem trocar de roupa.
Então, todos foram para os seus quartos para poderem se arrumar. Hermione vestiu a única calça jeans que ainda lhe servia, uma bata azul de manga cumprida e um casaco de lã. Ficou se olhando nos espelho, sua barriga já estava bem visível, mas sabia que ela ainda iria ficar bem maior, por mais que detestasse se sentir gorda, mal podia esperar para que isso acontecesse.
Estava tão distraída que acabou tomando um susto quando ouviu a porta do banheiro ser aberta. Harry estava vestindo uma calça jeans, uma blusa de botões preta e um tênis.
- E então, como eu estou? - deu um voltar em torno de si mesmo para poder mostrar toda a sua roupa para a garota.
- Você está lindo! - acabou dizendo sem pensar, mas quando se deu conta começou a corar de vergonha – Quero dizer, você está ótimo! Muito bem.
- Obrigado! - passou a mão nervosamente, pelo cabelo – Se você me permite dizer, você também está linda.
Ela deu um fraco sorriso antes de se virar, novamente, para o espelho e ficou passando a mão pela barriga.
- Será que eu posso saber o que você está pensando nesse momento? - ficou atrás da garota e colocou a cabeça sob o seu ombro.
- Só estava pensando sobre o que a sua mãe disse lá embaixo – ficou olhando para o seu próprio reflexo – Será mesmo que vai ser uma menina?
- Não sei! - deu de ombros depois de pensar por alguns segundos – Na verdade, não tem como sabermos até a ultrassonografia.
- Tem razão! - concordou com a cabeça – Mas é que eu tenho pensando no sexo do bebê desde que fiquei sabendo que estava grávida. Não tem como eu negar que eu estou extremamente curiosa com isso.
Harry a fez se virar para que pudessem se encarar diretamente. Colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Eu só posso te dizer uma coisa nesse momento – falou nem sério – Não importo se for um menino ou uma menina, esse bebê vai ser muito amado e vai trazer muita felicidade para todos a sua volta.
Eles ficaram se encarando fixamente por cerca de um menino. O moreno deu um beijo na testa de Hermione e depois na ponta do seu nariz.
- Sabe, Mione! - segurou a mão dela – Eu estava pensando em uma coisa aqui. Agora que estamos nos dando bem…
Ele não pode terminar a frase, foi interrompido com a porta do quarto sendo aberta, era Halley. Fez com que os dois se separassem rapidamente.
- Desculpa! - ela pareceu um pouco desconfortável naquele momento – Eu estou interrompendo alguma coisa importante.
- Não! - o garoto mentiu – Mas o que é que você queria conosco, minha irmãzinha querida?
- Oh sim, é verdade! - pareceu se lembrar do que estava querendo falar – É que o Sirius já chegou e está te procurando por toda a casa.
- Certo, eu já estou descendo! - caminhou em direção de onde a irmã estava – Você vai descer agora, Mione?
- Ainda não! - respondeu – Tenho que terminar de arrumar. Mas eu não devo demorar muito, logo estarei lá embaixo.
- Tudo bem! - concordou passando pela porta e deixando as duas garotas sozinhas no local.
- Acho que eu também vou voltar lá para baixo! - a ruiva avisou – Você precisa de ajuda, Mione?
- Não! - respondeu – Tenho tudo sobre controle. Pode ir lá aproveitar a festa.
No momento em que Halley saiu do quarto, a morena se sentou na cama e apoiou o rosto com as mãos. O que será que Harry queria falar com ela antes de serem interrompidos? Com certeza ficaria curiosa o restante do dia até que pudessem conversar a sós de novo, mas será que ele irá retornar ao assunto ou fingir que nada aconteceu?
Decidiu deixar os seus devaneios de lado e foi terminar de se arrumar. Em menos de cinco minutos estava descendo para a sala. O moreno estava conversando com um homem de cabelos pretos totalmente bagunçado, que supos ser o seu padrinho.
- E ai está ela! - ele comentou estendendo a mão na sua direção – Vem aqui, Mione, quero te apresente, Sirius Black, o meu padrinho.
- Olá senhor Black! - apertou a mão dele.
- Olá! - ele retribuiu o gesto – Finalmente estou conhecendo a famosa Hermione Granger.
- Famosa? - olhou rapidamente para o marido – Não sabia que eu era tão famosa assim.
- Esse dai só falou de você desde que chegou para falar comigo – explicou – E é claro que James e Lilian também tem falado muito de você nesses últimos meses.
A garota podia sentir as suas bochechas começarem a esquentar. Não gostava quando as pessoas começavam a falar a respeito dela.
- Mas saiba que eu estou muito feliz por saber que vocês vão ter um bebê! - avisou – Embora eu esteja me sentindo velho, afinal ainda me lembro de quando Harry e Halley eram bem pequenos.
- O tempo chega para todos, Almofadinha! - James disse rindo do amigo – Está na hora de começarmos a admitir a nossa idade.
Foi nesse momento que a campainha tocou a Lilian foi atender a porta.
- Olá Remo! - ela abraçou ao recém-chegado, mas Hermione ainda não tinha conseguido ver o seu rosto – Que bom que você chegou, Sirius já está ai. Venha falar com todos.
Foi quando a morena tomou um grande susto. E lá estava o seu professor de redação, parado bem na sua frente.
- Lupin! - Halley correu para abraçá-lo também – É tão bom te ver longe da escola. Trouxe o meu presente de natal?
- Halley! - foi reprimida pela sua mãe.
- Está tudo bem, Lilian! - garantiu – Os presentes estão no carro, tem para todos, Inclusive para você, senhorita Granger.
- Oi professor Lupin! - deu um fraco sorriso – Não sabia que você era amigo dos Potter.
- Remo era um dos meus melhores amigos na época da escola – James explicou – Junto com o Sirius, é claro.
- E ele é o meu padrinho! - a outra garota explicou – Acho que eu esqueci de te falar isso durante todos esse anos. É que minha mãe me ensinou a sempre separar as coisas, na escola ele é o professor Lupin e aqui em casa ele é o meu padrinho.
- É! - avisou – Mas acho que você poderia ter comentando por alto, sabe, teria me poupado um grande susto.
Não demorou muito para a campainha da casa tocar novamente, dessa vez era o senhor Granger. Os Dursleys foram os últimos a chegarem e logo o almoço foi servido.
- Eu preciso falar que essa comida está uma delícia, Lilian! - tia Petúnia comentou em algum momento da refeição – Você tem que me passar a receita depois.
- Claro que eu passo! - a mulher concordou com a cabeça – É só me lembrar de te dar a receita antes de vocês irem embora.
- Se você for fazer essa receita lá em casa, coloque um pouco mais de molho! - tio Válter falou – Esse daqui está muito seco.
- Coloquei o molho na mesa para quem quisesse mais! - a dona da casa avisou – Você não deve ter colocado molho o suficiente.
Todos a mesa ficaram com vontade de rir nesse momento, mas tiveram que disfarçar.
- Eu acho que a senhora Potter cozinha maravilhosamente bem! - a morena disse em seguida – Queria saber cozinhar assim.
- Você sabe que eu posso te ensinar a cozinhar, minha querida, da mesma maneira que eu ensinei para a Halley! - avisou -Agora que você está morando aqui conosco é bem mais fácil.
- Claro! - concordou por fim.
- E como estão as coisas com as garotas, Duda! - o senhor Potter perguntou para o garoto que não tinha parado de comer por nenhum minuto – Aposto que deve ter várias garotas na sua escola que dão em cima de você.
- A minha escola é só para garotos – respondeu de boca cheia – Mas é claro que tem algumas lá na rua mesmo. Sai com uma algumas vezes, mas não fazia o meu tipo.
- Esse é o meu garoto, ainda está muito cedo para se amarar! - Válter deu um tapa nas costas do filho e olhou diretamente para o sobrinho – É claro que Duda nunca vai fazer a besteira de engravidar uma garota tão cedo.
Todos na mesa ficaram e completo silencio. Hermione sentiu o moreno apertar a sua mão com força, como se dissesse para ela ficar calma.
- Mas isso já era de se esperar, afinal, demos educação para o nosso filho! - continuou – Enquanto que vocês sempre criaram esses dois soltos. Estou surpreso de que Halley não esteja com um filho também.
- Tio Válter, eu admito que errei! - Harry disse, sem soltar a mão da esposa por nenhum minuto – Mas estou assumindo todas as minhas responsabilidades por esse erro, como podem ver.
- Sim, eu posso ver. E posso ver também que seus pais estão apoiando isso! - fez uma cara de desdém para os donos da casa – O que é um erro, se quer saber a minha opinião, só está incentivando vocês a fazerem mais besteiras.
- Você está certo, tio Válter! - o garoto tinha um sorriso maroto nos lábios – Ninguém quer saber a sua opinião.
- Pois saiba que se algum de vocês dois fosse meu filho as coisas não seria tão fáceis assim! - começou a gritar bem alto e sua cara já está roxa.
- Ainda bem que você não é! - continuou a se manter bem calmo – Seria desgosto demais ter que ser seu filho.
- Digo mesmo para você! - completou – E saiba que os pais de vocês dois estão premiando um erro de vocês.
Foi nesse momento que Hermione se levantou e saiu correndo em direção as escadas. O moreno pode ver as lágrimas se formando no canto do seu olho.
- Filha! - o senhor Granger a olhou preocupado.
- Está vendo só o que você fez? - o olhar de Harry é de pura raiva nesse momento – Ela está grávida e não pode se estressar a toa, caso não saiba.
- Foi bom mesmo ela ouvir a verdade! - deu de ombros – Estão todos a poupando de tudo, mas eu não vou fazer. Afinal, ela é a única culpada pelo estado em que está agora.
- Você tome muito cuidado com que fala da minha filha! - o outro homem se levantou rapidamente nesse momento – Vou até lá falar com ela.
- Não precisa senhor Granger, termine de almoçar! - Harry avisou – Deixa que eu vou até lá falar com ela.
Subiu as escadas correndo rumo ao seu quarto. Quando chegou encontrou o garota deitada na cama com a cabeça enfiada no travesseiro.
- Mione! - sentou-se na beirada da cama e colocou a mão nas costas dela – Está tudo bem?
Virou-se em direção a ele, deixando a mostra seus olhos levemente avermelhados e seu rosto molhado.
- Esse natal não está sendo nem um pouco como eu tinha planejado – suspirou pesadamente – E pensar que há três meses eu estava preocupada que a minha mãe estava querendo que eu fosse passar o natal com ela.
- Você não deve ligar para o que o meu tio disse! - a puxou para mais perto de si – Ele faz isso com todo mundo, nunca está satisfeito com nada.
- De qualquer maneira, tudo que ele disse é verdade! - limpou as lágrimas no rosto – Isso tudo é culpa nossa e nossos pais estão apenas apoiando o nosso erro.
- Sei de tudo isso, Mione! - concordou – Mas isso só prova que os nossos pais nos amam e não que estão fazendo com que cometamos mais erros.
Deu um beijo no topo da cabeça dela e se levantou, depois estendeu a mão para ajudá-la.
- Não deixe que isso estregue o seu natal! - disse – Estávamos nos divertindo tanto antes disso.
- Mas eu não quero voltar lá para baixo agora! - avisou – Quero ficar mais um pouco aqui. Se você quiser pode ir.
- Não, eu vou ficar aqui com você! - disse voltando a se deitar – E pode demorar o tempo que precisar, tenho certeza de que todos vão entender.
A puxou para perto de si mais uma vez de modo que pudessem ficar deitados juntos. Hermione colocou a cabeça na junção entre o ombro e os pescoço do moreno.
- Muito obrigada! - ela murmurou depois de algum tempo.
- Pelo que? - a olhou em dúvida – Sou eu que tenho que te agradecer por todo esse apoio. O erro foi todo meu e você tinha muitos motivos para ficar com raiva de mim pelos próximos 18 anos das nossas vidas.
- Já disse que isso é passado! - mexeu de leve no cabelo.
Nenhum dos dois sabem quem foi que começou a se aproximar primeiro. Quando perceberam, já estavam se beijando profundamente, Harry começou a deitar a garota na cama, não demorou muito para as roupas começarem a ser retiradas.
- Eu estou querendo isso desde aquela noite há três meses – sussurrou no ouvido dela antes de voltar a beijá-la – Mas fui fraco demais para admitir.
Em pouco minutos eles estavam totalmente nus e com suas peles se tocando. Foi então que pararam e começaram a se encarar.
- Você tem certeza de que quer mesmo isso? - perguntou preocupado – Se você quiser parar agora, eu vou entender.
- Eu não quero parar! - disse bem firme – Se você tivesse me perguntado isso daquela outra vez, acho que eu teria parado. Mas agora eu nunca estive tão certa em toda a minha vida.
- Mas e o bebê? - decidiu perguntar logo de uma vez – Quero dizer, isso não pode machucá-lo.
- É claro que não machuca o bebê! - não pode deixar de rir nesse momento – Eu já perguntei isso para a obstetra. Ela disse que mulheres gravidas costumam ter a vida sexual ativa, faz até bem.
- Nesse caso! - estava com um sorriso malicioso nos lábios – Acho que devemos continuar.
Voltou a beijá-la mais apaixonadamente que antes. O moreno se levantou um pouco para pode se posicionar melhor e a penetrou lentamente. Começaram a se mover juntos até chegarem ao ápice, permaneceram abraçados até que seus respirações se normalizarem.
- Isso foi totalmente incrível! - Hermione disse enquanto passeava com o dedo indicador pelo tórax do marido.
- Também acho! - ele concordou – Mas Mione. Quando você disse que já tinha perguntado para a médica sobre sexo durante a gestação, quer dizer que você já estava com vontade?
- Você sabe que os hormônios mexem muito com uma mulher grávida, pode ser de uma forma positiva ou de uma forma negativa – explicou – Vamos dizer que esse é um dos benefícios.
- Isso é muito bom! - deu um rápido selinho nela – Parece que isso vai me ajudar muito também.
Ele percebeu que o que tinha acabado de falar poderia ser interpretado de uma maneira errada e olhou preocupado para a morena.
- Isso é, se você quiser também, não vou te forçar a nada – decidiu de corrigir – Estava pensando que poderíamos ter uma relação de apenas sexo durante esses meses em que estivermos casados.
- Você quer dizer, um relacionamento sem nenhum outro tipo de compromisso? - ele balançou a cabeça afirmativamente em resposta – Eu concordo.
Então eles voltaram a se beijar da mesma maneira que antes. Estavam voltando a se empolgar quando ouviram batidas na porta.
- Harry! Mione! - era a voz de Halley – Está tudo bem ai?
Harry se levantou totalmente frustrado e foi ver o que a sua irmã queria. Abriu a porta e ficou em um ângulo que ela não podia ver o lado de dentro.
- O que você quer, Halley? - pelo seu tom de você, ela pode perceber que tinha interrompido alguma coisa importante.
- Me mandaram vir aqui chamar os dois! - explicou – Eles querem ir embora, mas não antes de se despedirem de vocês.
- Tio Válter e tia Petúnia já foram embora? - quis saber, deixando bem claro que não iria descer se a resposta fosse não.
- Foram embora logo depois de vocês subirem! - respondeu – Tia Petúnia disse que não tinha mais clima para continuarem aqui. E foi até bom, já estava vendo a hora que papai e o pai da Mione iam expulsar eles a pontapés.
- Diga que nós já estamos indo! - disse antes de ver a irmã se virar e seguir pelo mesmo caminho que tinha vindo.
Quando voltou para o quarto, Hermione estava sentada com o lençol branco cobrindo a parte de cima do seu corpo.
- Halley pediu para descermos! - avisou – E é melhor irmos logo, ou vão vir até aqui nos buscar.
- Certo! - concordou se levantando – Tenho certeza de que ninguém vai querer isso, não é mesmo?
Ele a beijou antes de começarem a trocar de roupa. Menos de dez minutos depois estavam voltando para a festa de natal.
***
N/A:
Ta ai o post dessa semana.
Tive q postar, de novo, na sexta pq amanhã eu tenho um monte de coisa pra fazer depois do estágio.
Vcs reclamaram q não tinha nenhuma cena H² no último cap, dessa vez tem bastante coisa ai.
Será q a mãe da Mione e a mãe do Harry estão certas e vai ser mesmo uma menina? (agora falta poco pra descubrir).
E o q vcs acaram do Sirius?
Finalmente as coisas esquentaram entre o Harry e a Mione enh! Foi um natal mesmo cheio de emoções.
Bom, é isso.
Agora vcs comentam!
Comentários (11)
OOOOOOMMMMMGGGGGG EU AMEIIIII
2011-11-25