Marlene Mackinnon - parte 2

Ao entrar naquele celeiro, Sirius foi inundado de lembranças e sentimentos, parecia que a morena ainda esta ali.

Em cima do feno seco estava a manta que eles usavam quando faziam amor ali, e em cima dela tinha a pequena caixa de madeira que tinha mais ou menos o tamanho de uma caixa de sapato, era ali que Marlene guardava as coisas que ela considerava valiosas. Seja lá o que Marlene queria que ele visse, estava dentro dessa caixinha ele tinha certeza.

O maroto sentou em cima do feno e segurou a manta entre os dedos, parecia que a manta ainda tinha o cheiro deles, mas era impossível, já haviam se passado anos desde a última vez, já havia se passado quase 15 anos, ele só podia estar ficando louco.

Com cuidado Sirius trouxe a caixa pra perto, e quando abriu teve a grande surpresa. Não havia jóias e nem nada disso, mas sim papeis, recortes de jornais, fotos e pequenos objetos.

- Ah Morena, você sabia que a curiosidade ia matar o cão não sabia?! – dizendo isso o maroto começou a olhar com interesse os pequenos tesouros de sua Marlene.

O primeiro papel que o maroto pegou, era um velho pergaminho com uma conversa da sua morena com a Lily em uma das aulas que parecia ser de História da Magia, elas estavam falando dele e do Pontas...
 

“ - Lily e agora o que vamos fazer? – MM

- Não me meta nos seus rolos Lene, já tenho os meus... – LE

- Ralmente Lily ruiva do Potter Evans,  você ta no mesmo testrálio que eu- MM

- Lene, eu  realmente não sei o que falar e não quero me meter, já estou confusa demais com tudo isso e EU NÃO SOU DE NINGUÉM E MUITO MENOS DO POTTER – LE

- Ai Lily, porque agente tinha que gostar daqueles marotos – MM”

 

- É morena, se vocês duas soubessem que eu e o Pontas fazíamos essa mesma pergunta...- falou o maroto rindo e pegando algumas fotos para olhar.

Tinha fotos da Marlene ainda bebê, fotos dela com a Lily, fotos dos marotos, da família dela e muitas fotos nossas, agente se beijando e rindo, tanto em Hogwarts tanto fora dela. Vendo tudo aquilo, Sirius não conseguiu evitar e deixou uma lagrima escapar por seus olhos.

Sirius passou a tarde esvaziando aquela caixa e se deparando com coisas inusitadas que só sua Marlene veria valor: A primeira pena dela em Hogwarts, os sapatinhos de bebê que foram dela, a coleira que ele usava quando se transformava em Almofadinhas na casa dos pais dela, a embalagem de chocolates que ele tinha dado pra ela nos dias dos namorados, uma rosa envelhecida dentro de um livro. Sua morena o surpreendia sempre. E a prova disso foi no fundo da caixa estar uma carta lacrada e aos cuidados dele, e assim que ele segurou a carta na mão o lacre se rompeu revelando a letra de sua morena. Dando um suspiro para ganhar força, o maroto começou a ler:

“Oi meu maroto, como vai?

Não sei quanto tempo vai demorar pra você encontrar esta carta, por isso eu a lacrei com um feitiço que somente se desfará quando você tocar nela. Espero que a encontre rápido.

Como você ta lendo, deve ter conseguido entrar no celeiro, o que significa que o feitiço de proteção que fiz fiz funcionou, afinal esse local guarda muitas lembranças nossas, por isso escolhi ele para deixar minha caixa de tesouros (você pode ta rindo seu cachorro, mas pra mim o que ta na caixa vale mais que mil galeões).

Six, como você sabe estou cumprindo uma missão da Ordem, e tive permissão de contar sobre ela e sobre minha missão anterior para apenas 1 pessoa, e esta pessoa será você.

Uma vez você me disse que marotos não traem marotos, mas todos nós sabemos que existe um espião na ordem, todos apontavam o Aluado como espião graças ao seu probleminha peludo, por isso, minha ultima missão foi vigiá-lo, passei 2 meses na cola dele Six e o Aluado e confirmei que ele não era o espião. Por isso nos restou apenas 2 possibilidades, Você ou o Rabicho. Tiago, Lily e eu tínhamos plena certeza que você não era o espião, por isso a ultima opção foi o Rabicho. Tiago não acreditava que ele seria capaz, mas eu sempre tive um pé atrás com aquele rato e fui falar com o Prof. Dumbledore e ele me deu a missão de investigar o Rabicho.

Six, não precisei ir muito longe pra aumentar minhas suspeitas, quando me aproximei da casa dele pra vigiar vi o Malfoy saindo de lá. E desconfio que fui vista. Há alguns dias vi Rabicho novamente com o Malfoy e com sua prima Belatrix,eles falavam como se fosse “amigos” e se mostravam superior a tudo ao redor. Após Malfoy e Belatrix irem embora, deixei que o Rabicho me visse e ele simplesmente abaixou a cabeça.

Hoje acordei com um pressentimento muito estranho, como se algo de ruim fosse acontecer, mas acho que é apenas ansiedade, porque hoje o Rabicho vem aqui falar comigo, disse que precisa de ajuda e que está desesperado.

Mas enfim meu Maroto, como você sabe eu sou meio paranóica com essas coisas de sexto sentido, e resolvi proteger as coisas que mais amo dentro desse celeiro. Sabe por que escolhi esse lugar? Por que aqui eu descobri coisas maravilhosas com a pessoa que eu mais amei na vida, porque foi deitada nessa manta em cima de nada mais do que feno que tive meus melhores momentos de amor e prazer, e tudo isso foi com VOCÊ.

Six, eu nunca errei em pressentimentos: não errei quanto te vi junto com ou outros marotos ainda no primeiro ano de Hogwarts que vocês eram encrenca na certa, não errei quando conheci a Lily no trem e sabia que ela seria minha melhor amiga, não errei quando falei que ela e o Tiago iam se apaixonar, não errei quando percebi que você era o cara certo pra mim (apesar de ser cachorro e convencido e mais que isso, apesar de ser uma Maroto), não errei sobre o probleminha peludo do Remo. Enfim, nunca errei pressentimentos, mas desejo muito errar o que estou sentindo hoje.

Então, se o pior vier a acontecer, espero que dê tempo para vocês se protegerem, pois se tudo der errado, é porque minhas suspeitas estavam serias e o espião é o Rabicho.Por isso te conto tudo nessa carta, com a esperança de você encontrá-la e evitar que ele faça mais mal ainda.

Sirius, uma vez você me disse que não se devia temer a morte, mas acredite isso é impossível, tenho medo de algo dar errado nesse encontro e bem... você sabe...

Espero que esteja errada, mas se não tiver quero que saiba que: Você é meu maroto, é uma estrela na minha vida, você me fez rir e me ensinou o que era o amor. Você me ensinou o que é bondade e o que é amizade de verdade Sirius, você me ensinou muito Maroto.

Como você dizia, do que vale a vida sem boas gargalhadas. Eu concordo com você.

Sirius, acabei de receber um patrono da minha mãe falando que Rabicho chegou, sinto meu coração mais apertado que nunca. Espero que tudo acabe bem.

Espero que possamos rir dessa carta melosa ainda, mas se não pudermos, espero que ela sirva para salvar aquelas pessoas que amamos, porque vale muito Six morrer por amor, e se isso acontecer, saiba que estarei morrendo por amor aos meus amigos e por amor a você maroto, pois sei que estarei te salvando de mais tristeza ainda

Antes de sair desse celeiro (é Six, eu estava escrevendo dentro do celeiro deitada na manta só pra te sentir pra perto de mim), preciso te falar algo: a melhor amiga da CDF, a garota inteligente mas ao mesmo tempo travessa se apaixonou, e se apaixonou por um maroto.

Nunca se esqueça Six: EU TE AMO

Beijos de sua Marlene

Fazenda dos Mackinnon, Celeiro: 05 de julho de 1979

 

Sirius terminou a carta aos prantos, tinha sido escrita do dia do assassinato dela, suas suspeitas que Pedro tivesse ajudado na morte dele não estavam erradas, a não ser pelo fato que ele não ajudou, foi ele quem a matou.

Se ele não tivesse sido tão covarde e fugido daquela fazendo após a morte dela ele podia ter alertado a todos, ele podia ter evitado a morte da Lily e do Pontas, ele podia ter evitado a traição. Mas não tinha como consertar agora, agora ele sabia de tudo e ia lutar para proteger ainda quem ele podia, ia lutar pelo Harry.

Como no dia do enterro da sua morena ele chorou, chorou de saudades e de dor, a dor da perda, sua morena morreu por amor e um dia com toda certeza eles iriam se encontrar... Mas até esse dia chegar ele ia viver por ela, ela foi a única que domou seu coração maroto, ela era a única na sua vida. Seu objetivo agora era ajudar a construir a nova Ordem da Fênix, era lutar contra aqueles que tinham acabado na sua vida.

Deixou cair em cima do feno, era saudades e raiva misturados, saudades de sua morena, de seus amigos, do seu afilhado e raiva daqueles que destruíram sua vida, raiva daquele rato traidor. Ficou ali chorando até adormecer profundamente, envolto em sonhos e lembranças. Adormeceu de forma tão profunda que nem percebeu quando uma coruja das Neves chegou trazendo uma carta de Hogwarts, uma carta do Harry.

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NA: ~~ Lumus~~
E ai queridos leitores está o meior fantasma do Sirius, a unica mulher que o fez chorar... espero que gostem... os comentários estão respondidos na pagina inicial da fic ta. Obrigada por lerem. Bjs e até mais
~~NOX~~ 

 

 

 

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