Uma visita ao Beco Diagonal
Quase um mês tinha se passado desde a carta que ele tinha enviado a Dumbledore, o maroto já estava com medo da carta ter sido interceptada e já estava perdendo as esperanças. Tinha libertado Bicuço, e este aparentemente tinha voltado pra Hogwarts. Sentia falta de alguém para conversar, já estava se desesperando quando viu a fênix do diretor pousar em sua janela e lhe entregar um bilhete. Ele sempre se identificou com a Fênix, afinal, elas renasciam das cinzas, assim como ele renasceu indo para a Grifinória e agora após tanto tempo saindo de Azkaban, e foi com esse pensamento que ficou acariciando a ave enquanto lia o pequeno bilhete.
“Recebi sua carta Sirius, e como você mesmo disse, eu acredito em sua inocência, por isso irei te ajudar. Me encontre no Caldeirão Furado hoje as 11:00hrs. Leve seu cão para um passeio
Ass.: Alvo Dumbledore”
Ao terminar de ler a carta, Sirius abriu um grande sorriso. O moreno não estava mais tão magro e mal cuidado. Sua barba e seu cabelo estavam mais curtos e arrumados, suas vestes de quando era mais novo já não serviam mais, por isso ele usava as vestes que eram do pai de Tiago. Se prestasse atenção, já podia se achar um pouco do antigo maroto no olhar de Sirius.
Quando a ave partiu, o maroto olhou no relógio, já eram 10:30hrs. Não poderia se atrasar. Assim que saiu da casa se transformou num grande cão negro e rumou ao Caldeirão Furado.
Dumbledore já o aguardava quando entrou no local em forma de cão. Assim que viu o diretor, Almofadinhas abanou a cauda como um comprimento, e podia jurar que viu o seu antigo diretor sorrir para ele de modo maroto.
Ao passarem pela passagem, Dumbledore guiou o enorme cão negro por entre as lojas, até chegar à loja do Sr. Olivaras, mas ao invés de entrar pela porta central, se dirigiu aos fundos da loja onde o dono da loja o aguardava.
- Olá Sr. Olivaras, espero que se lembre do motivo de minha visita – perguntou deforma bondosa o diretor.
- Mas é claro Alvo, como lhe disse, sempre achei estranho Sirius ter matado Tiago, eles eram como irmãos. No velório dos pais de Tiago, Sirius chorou tanto quando o mesmo. – respondeu o velho Olivaras. – Mas aonde ele se encontra, ele não devia estar com o senhor?
- Caro amigo, acho melhor entrarmos para que eu responda essa questão. – dito isso o diretor se encaminhou para a porta e entrou seguido de um cachorro negro que até então havia passado despercebido pelo dono da loja.
- Saí, saí... Fora da minha loja seu cachorro pulguento - dizia o Sr. Olivaras tentando expulsar o cão que nem se mexia e aparentava rir de tudo o que acontecia.
- Melhor deixar o cão em paz Olivaras – disse o diretor sorrindo
- Mas Alvo, esse cão está cheio de pulgas e esta fedendo já temos males demais para querer atrair mais um. O senhor não concorda comigo?
Foi tudo muito rápido, ao virar as costas para falar com o diretor tinha deixado um cão negro a sua porta, mas ao se virar de novamente em direção ao cão encontrou um homem alto sorrindo de modo maroto a ele.
- Olá Sr. Olivaras!
- Por Merlin!! É Sirius Black
- Sr. Olivaras, acho melhor entrarmos, afinal um foragido do ministério está parado a sua porta. – Alertou o diretor
- Claro, claro, por aqui, entre Sr. Black. – respondeu o senhor indicando uma cadeira para o maroto se sentar e se sentando em outra em frente ao diretor.
- Acho que o senhor pode começar seu trabalho Sr. Olivaras, afinal nosso amigo aqui precisa de uma varinha – disse o diretor
- Certo, ok, vamos lá Black, lembro-me de sua varinha, como todas as do Black possuía fibra de coração de dragão no núcleo. Mas vejo que o senhor não se compara a sua família correto – enquanto falava o fabricante de varinhas ia andando por entre milhares de caixinhas compridas, ora retirando algumas, ora colocando de volta, até que parou em frente de uma caixinha e a levou ao encontro do maroto – Que tal tentar algo novo, uma varinha diferente para uma vida diferente? – disse estendendo a varinha ao maroto
O maroto apenas concordou e segurou a varinha que estava estendida a ele, um pequeno floreio e milhares de fagulhas douradas e vermelhas saíram da ponta da varinha afirmando que seria aquela. – Que varinha é esta Sr. Olivaras? – perguntou o maroto
- Esta varinha eu fiz para você assim que o professor Dumbledore veio falar comigo, eu sabia que era arriscado, mas mesmo assim quis ter a certeza...
- Do que o senhor esta falando? – inquiriu o maroto
- Esta varinha simboliza sua fidelidade aos Potter’s. – Ao ver a cara de espanto do maroto, e o sorriso do velho diretor, Olivaras continuou a explicar – A varinha do pai de Tiago e do próprio Tiago eram feitas de mogno, eles eram a única família que tinham a varinha dessa árvore, que é muito conhecida para a fabricação de vassouras. Mas o ponto chave da questão é que a árvore de que eu tirei a madeira para fazer a varinha dos Potter's, foi a mesma que eu tirei a madeira da sua varinha, você foi tão fiel a eles que a árvore fez crescer um novo galho perfeito para uma varinha, e como pode ver, foi para sua varinha. – enquanto falava Olivaras podia se ver um leve sorriso nos lábios do diretor, enquanto o maroto olhava para a varinha e sorria como uma criança. – Sirius sua varinha é “27 centímetros, flexível, Mogno e pena de hipogrifo. Boa para duelos e transfigurações”.
Sirius não acreditava no que ouvia, ele tinha uma varinha, mas uma varinha que mostrava sua fidelidade aos seus amigos, que provava sua inocência. Sirius estava em choque até que ouviu o diretor o chamar
- Sirius, acho melhor irmos, precisamos ir até Gringotes para recuperar sua herança e sua casa. – disse o diretor se levantando e dirigindo-se a saída, enquanto o maroto se transformava no enorme cão – Obrigada Sr. Olivaras, nos vemos em breve.
Após muita burocracia, papelada e coisas chatas, Sirius retornava a casa dos Potter’s. Agora restava esperar até ter tudo o que era seu novamente. Sua fortuna já estava em sua posse, faltava agora a casa dos Black, e ele iria consegui-la para ser a sede da nova Ordem na Fênix.
Mais um passo de sua nova vida estava dado, e agora com uma varinha e seu dinheiro, ele poderia enfrentar os outros fantasmas da sua vida, e o próximo fantasma havia nome e sobrenome: Marlene Mackinnon.
Comentários (1)
Não! Porque ele deixou o Bicuço ir para Hogwarts? Apreensiva... Sobre a varinha adorei essa ideia de ser do mesmo material que de Tiago e do pai dele. Vamos ver se ela desempenha bem mesmo, porque Sirius vai precisar. E como assim, enfrentar o fantasma de Marlene? Será que é no sentido literal? E sim, depois da sua ajudinha para refrescar minha memória lembrei da passagem que o Moody explica a galera na foto para o Harry e cita ela. Obrigada!BJOS!
2012-08-20