O Salão Comunal



                                                                     Alvo Severo




Ótimo, agora eram dois sorteados para a Grifinória. Logo seria a minha vez, e eu não conseguia parar de tremer. E se eu fosse para outra casa e ficasse longe de Rosa e Scorpius? Poderiamos nos ver no intervalo... eu acho. Mais três pessoas foram sortiadas, e eu mal conseguia me conter de tanto nervosismo. Não conseguia evitar o pensamento do que meu tio Rony havia falado na plataforma 9 ¾ :


“Se vocês não forem para a Grifinória, nós deserdamos vocês, mas, sem pressão”


Sem pressão? Eu estava completamente pressionado. Imagino como Scorpius estava se sentindo quando foi sorteado para a Grifinória. Sei que tio Rony estava brincando, mas o pai de Scorpius com certeza não estava e...


--Potter, Alvo – Eu levantei minha cabeça rapidamente. Todos estavam cochichando ao meu redor: “ Potter? Ela disse Potter” “O filho de Harry Potter está aqui!” “É o filho de Harry Potter!”


Meus pensamentos foram todos embora. Meu estômago começara  a embrulhar. Respirei fundo e levantei a mão. Dei um passo adiante, e mais outro, até chegar e sentar no banquinho. Todos olhavam pra mim boquiabertos. Todos queriam saber para que casa iria o filho do “Famoso Harry Potter”. A professora Minerva McGonagall colocou o Chapéu Seletor sobre a minha cabeça.


“Ora ora ora! O que temos aqui! Um filho de um Potter! Onde eu devo colocá-lo, criança? Se daria muito bem na Sonserina, assim como seu pai também teria dado.”


“Não, por favor não. Sonserina não. Sonserina não.” Pensei o máximo que pude. Meu pai havia me dito que eu poderia escolher a minha casa, que o Chapéu consideraria a minha decisão. Estava na hora de ver se é verdade


“Ok. Se quer fazê-lo como seu pai, que seja...”


--Grifinória! – Os aplausos foram retumbantes. Todos na mesa da Grifinória aplaudiam de pé. Meu irmão me deu os parabéns e se sentou ao meu lado. Suspirei de alívio ao me sentar. Olhei para Rosa, que estava sentada ao meu lado, sorrido radiantemente:


--Conseguimos, estamos na Grifinória! – Eu disse isso e abracei-a .


Julieta não se juntou à nós. Foi sorteada para a Corvinal. Depois que a comida apareceu magicamente em nossos pratos, e todos seiamos com tremendo apetite, ela veio à nossa mesa e nos disse para não nos preocupassemos, que iriamos nos ver mesmo assim. Foi um fim de noite feliz e tranquilo.


Depois que McGonagall fez seu discurso e nos avisou das mais diversas regras de Hogwarts, como, não ir na Floresta Proibida, não sair dos dormitórios depois da hora, e outras coisas do tipo. Eu, Scorpius e Rosa nos levantamos e seguimos a fila de alunos da Grifinória. No início da fila ouvíamos as vozes de monitores nos guiando pelo castelo. Terminamos de subir a longa escadaria de mármore conversando alegremente sobre como deveria ser o salão da Grifinória.


--Deve ter muitas estátuas de leões, e...


--Deve ser muito aconchegante! – Rosa completou a fala de Scorpius.


--Deve ter uma vista bonita, por ser uma das torres mais altas...


--Aaah, estou tão animada! – Rosa praticamente pulava de felicidade ao nosso lado.


Enquanto passávamos pelo corredor, as fotos penduradas nos comprimentavam e nos davam boas-vindas à Hogwarts (afinal, no mundo bruxo as imagens falam e se mechem). Andamos por um longo corredor iluminado por candelabros nas paredes, até que chegamos às escadarias. Os conjuntos de degraus se deslocavam para um lado e para o outro. Subimos todos na escada à nossa frente e subimos até chegarmos à outro corredor. Os monitores nos guiaram até o final do corredor e todos paramos de frente à um quadro grande com uma mulher gorda, usando um vestido rosa.


--Esse é o caminho para a Torre da Grifinóra. Os alunos que tiverem dúvidas no caminho para cá, podem pedir informações à monitores ou para alunos mais velhos. – Me lembrei automaticamente do mapa que meu pai havia me dado antes de eu receber a carta de Hogwarts, que ele chamava Mapa do Maroto. O mapa mostrava todos os domínios de Hogwarts e mostrava também as pessoas e aonde elas estavam, o que faziam e etc. – Para entrar na Sala Comunal da Grifinória é preciso passar por esse quadro. Para passar pelo quadro precisamos de uma senha, e a senha por hora é “Hipogrifo”.


--Correto! – Cantarolou a Mulher Gorda na mesma hora, e a mesma rodopiou o quadro para que uma passagem para a Sala Comunal aparessesse.


A sala era toda enfeitada de vermelho e dourado. Havia uma lareira em um canto e várias poltronas em volta. Haviam também várias mesas, que provavelmente eram usadas para estudo. Ainda não tinham muitas pessoas lá dentro. Provavelmente algumas pessoas ainda estavam andando pela escola, antes de dar o horário de recolher. Ao ver a sala, Rosa apertou minha mão e fez um enorme “O” com a boca.


--Vamos morar aqui agora, dá pra acreditar? – Ela perguntou, ainda paralizada.


--Não – Eu e Scorpius respondemos em uníssono. Eu dei uma última revisada com os olhos pela sala. Minha nova casa. Meu novo lar. Hogwarts é meu lar.


--As escadarias lá atrás dão aos dormitórios. O dormitório masculino é à esquerda e o feminino à direita. Qualquer dúvida, é só perguntar aos monitores. – O monitor moreno de olhos castanhos avisou e foi se juntar aos alunos mais velhos em um canto da Sala Comunal.


--Acho que eu já vou dormir. – Rosa sorriu e subiu as escadas em direção ao dormitório feminino. Eu e Scorpius nos sentamos nas poltronas perto da lareira. Scorpius estava com uma cara horrível, já imaginei oque seria.


--Está tudo bem? –Perguntei, e ele olhou surpreso para mim. – Não se preocupe com seu pai. Ele vai entender.


--Não,  ele não vai entender. – Ele terminou de dizer essas palavras e enterrou a mão no rosto – Vou enviar uma coruja amanhã de manhã, explicando tudo. Ele não irá gostar nadinha, eu já posso considerar-me morto.


--Talvez nós também devessemos dormir. Já está tarde, e amanhã começam nossas aulas. Você só precisa descansar um pouco.


Ele concordou e nós rumamos às escadas. Antes de subirmos, avistei uma garota de longos cabelos loiros e belos olhos azuis sentada em uma mesa à um canto da sala. Parei no primeiro degrau da escada.
 --Scorpius, pode ir subindo, daqui a pouco eu subo -- Ele fez uma cara de desintendido.
 --Onde vai?
 --Acabei de avistar uma prima minha, Dominique -- Olhei para Dominique e Scorpius seguiu meu olhar.
 --P-Posso ir com você? -- Ele me encarou.
 --Tudo bem -- E me direcionei para a mesa. 
 --Dominique, oi!
 --Alvo! Como vai?! -- Ela se prontificou em me abraçar -- Pelo visto você também veio para a Grifinória!
 --É, vim -- Ela sorriu e seu olhar se demorou em Scorpius ao meu lado.
 --Quem é seu amigo? -- Ela perguntou curiosa.
 --Ah, me desculpem. Dominique, esse é meu amigo Scorpius Malfoy. Scorpius, essa é minha prima Dominique Weasley. Ela está no segundo ano -- Eles apertaram as mãos, e nós conversamos um pouco. Como eu estava com muito sono, pedi liçenssa e eu e Scorpius subimos para o dormitório.
 O dormitório era circular com várias camas de dossel. Me deitei na cama onde estavam as minhas malas e fechei os olhos. Adomerci rapidamente, e por incrível que pareça, a última coisa que veio à minha mente foi Julieta Miller, e como ela deveria estar na Corvinal.
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Gente, a minha história NÃO está completamente de acordo com a história da J.K, ok. Sei que tem alguns pontos a discordar, mas é só ignorar. Eu não sabia ao certo em que ano que Dominique estava, então decidi colocá-la no segundo ano.

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Comentários (1)

  • Marcela Prince Snape

    A fic está ótima. Draco vai matar Scorpius. Estou imaginando a cara de fúria de Draco. ESTOU AMANDO. Beijos.

    2011-09-18
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