Um dia entre amigos

Um dia entre amigos



Passaram-se dez meses desde a ultima visita de Harry e Gina à casa do Largo Grimmauld.


Nesse tempo, Jorge e Angelina estavam casados; Teddy já estava andando e conseguia dizer, com certa dificuldade, é verdade, "Arry"; Hermione se formou e começou a trabalhar no Ministério da Magia; Gina estava em seu sétimo e último ano em Hogwarts; Luna fugiu de casa com um rapaz chamado Rolf que conheceu em suas andanças pela floresta negra; O cão-lobo de Hagrid já estava bem maior que um carneiro; Carlinhos apareceu casado com uma bruxa ucraniana que por mais incrível que parecesse tinha um sotaque ainda pior que o de Fleur e Percy se casaria dentro de poucos meses.


nada de notícias de Stardust sobre a reforma.


Harry, Gina, Rony e Hermione andavam pelas ruas do Beco Diagonal procurando um presente para Percy e Audrey. Era difícil arranjar uma coisa apropriada considerando que a noiva era ainda mais chata que o irmão de Rony.


- Espero que nossos filhos não precisem ir para a escola ao mesmo tempo que os deles... já pensou que crianças insuportáveis esse casal vai conseguir ter? - Rony resmungou.


- Filhos, Rony? No plural? – Hermione riu.


- Ah... filho único deve ser uma coisa muito deprimente... imagina como deve ser o natal... sem ofensas, Harry!


Harry balançou a cabeça, rindo também.


- Sabe, os trouxas fazem listas de presentes... acho tão mais prático... – Hermione comentou, passando os olhos pela loja.


Havia muitas opções pela loja toda. Coisas que teriam lugar em qualquer loja trouxa – desde que ela trabalhasse exclusivamente com móveis antigos e coloniais - como mesas, aparadores, sofás, camas e guarda-roupas, mas também coisas que deixavam Harry e Hermione, que não cresceram no mundo dos bruxos, fascinados.


Havia um jogo de cadeiras de sala de jantar que se multiplicada de acordo com o número de convidados, um guarda-roupas que tinha um grande espelho na porta e que escolhia a sua roupa, bastando que você dissesse a ocasião para a qual estava se vestindo. Uma penteadeira de pés retorcidos dava dicas de maquiagem – porém sem muito tato – fez questão de apontar a Hermione que suas olheiras precisavam de um trato urgente.


Acabaram comprando, Rony e Hermione, um jogo de jantar que mantinha a comida quente, Harry, um serviço de chá cujas xícaras avisavam por sua cor se a bebida estava em uma temperatura segura para ser tomada e Gina um bonito vaso que prometia deixar as flores frescas por mais de um mês.


Ficaram satisfeitos com as compras e resolveram parar para comer alguma coisa na Mãos de Fada, uma confeitaria que abrira há pouco tempo no Beco.


Havia toda sorte de bolos, tortas e doces que se pudesse imaginar. Morangos do tamanho de pêssegos decoravam taças de mousse e o cheiro dos salgados e pães em disposição nas prateleiras incensava o ambiente com um perfume que faria até uma bailarina bulímica salivar.


Concorrendo com a Floreans & Fortescue, que mesmo após a morte do dono foi reaberta por seus sobrinhos, a confeitaria também oferecia sorvetes variados e iogurtes de cores muito interessantes.


Atrás do balcão, grandes garrafões com bebidas borbulhantes chamavam a atenção dos clientes e um caldeirão fumegando com chocolate quente deixava tudo ainda mais convidativo.


Harry, depois de muito pensar resolveu ficar com uma torta de chocolate e menta, Gina optou por uma salada de frutas variadas com sorvete, Hermione um bolo de nozes e Rony uns seis tipos diferentes de doces.


- Como você agüenta? – Hermione perguntou espantada.


- Eu tenho um estômago extra só para doces – ele respondeu, entre duas garfadas.


Ficaram observando os bruxos que apareciam na loja, todos muito satisfeitos, a maioria levando quitutes embrulhados para suas casas. Era impressionante como o Beco Diagonal tinha se recuperado, lembrando de como estivera vazio e sem vida durante o tempo em que os comensais da morte corriam soltos pelas ruas.


- Harry! Andromeda e Teddy... – exclamou Gina, animada quando os dois entraram na loja.


Gina, Rony e Hermione já tinham conhecido o pequeno Teddy Lupin e sua avó Andromeda, Harry fizera questão que seu afilhado conhecesse bem seus melhores amigos e namorada.


Teddy era absolutamente encantado com os cabelos vermelhos de Gina e ela tinha que tomar muito cuidado para que ele não enrolasse as mechas em suas pequenas mãozinhas e puxasse causando um estrago, ainda assim, quando ela ia visitar o afilhado do namorado, não havia forma no mundo que fizesse o pequeno sair de seu colo.


Andromeda reconheceu o quarteto sentado em frente a uma janela e antes que pudesse sequer levantar a mão para cumprimentá-los Teddy soltou-se de suas mãos e disparou na direção de Gina.


-Nina! – Ele gritava, pulando, pedindo para subir em seu colo. Ele estava com alguma dificuldade ainda em pronunciar algumas letras, e como o "g" estava incluído entre suas inimigas, resolveu substituir por outra coisa.


Harry arqueou uma sobrancelha, se perguntando se o afilhado iria demorar para se dar conta que ele também estava ali.


- Ahem... e as outras pessoas, Teddy? Não vai dizer oi? – Andromeda repreendeu o neto.


- Xiu 'Arry! – ele exclamou, estendendo os braços para Harry, que o abraçou ternamente. – xiu Won, Nhioni! – resolveu mandar um beijo estalado de longe para o outro casal, que estava sentado do lado oposto da mesa.


Harry e Hermione achavam particularmente engraçada a versão dada por Teddy para o nome de Rony, que tanto lembrava o "apelido carinhoso" de Lilá Brown para ele quando os dois ainda namoravam.


Teddy estava olhando muito interessado para o prato de doces de Rony, então Gina resolveu levá-lo para escolher algum para ele.


Harry puxou uma cadeira para Andromeda.


- Obrigada, querido. Diga-me, como vão as coisas no ministério?


- Bastante caóticas, na verdade... ainda não conseguimos capturar todos os seguidores de Voldemort e alguns conseguiram escapar para países com os quais nós não temos tratados de extradição... – ele respondeu, parecendo um pouco contrariado.


- Isso aconteceu também depois da primeira queda dele... – Andromeda explicou, fazendo um aceno à garçonete para que trouxesse uma xícara de chá. – E você, Hermione? Como está no seu departamento? Muito trabalho?


- É... – ela suspirou – mais trabalho que eu esperava, na verdade. Nem todos os seguidores de Voldemort eram como os Malfoy no que diz respeito ao tratamento que davam aos elfos domésticos. Alguns não querem deixar suas famílias bruxas por nada...


- É realmente complicado... faz parte da natureza deles.


Harry se lembrou de como Winky ficou abalada quando foi dispensada pelo .


- Estamos tentando relocar alguns, cujas famílias morreram, e outros que foram libertados antes que fugissem do país... aparentemente um elfo doméstico não é uma prioridade em uma fuga criminosa... – Hermione resmungou. – A senhora não estaria precisando de um, Andromeda? – perguntou à bruxa mais velha, suplicante.


- Oh, não, minha querida. Somos só nós dois em casa, não há muito trabalho. E quero que Teddy aprenda a fazer as coisas sozinho, se tivermos um elfo em casa ele jamais vai querer arrumar o próprio quarto... – ela sorriu.


Hermione deu um suspiro.


- Não sei o que fazer com alguns deles... estão lá no departamento mas ficam deprimidos sem trabalho. Veja meus sapatos! – mostrou, estavam muito brilhantes, mas puídos nas pontas – Eles passam o dia inteiro engraxando! Esse é o único que ainda não tem buracos!


- E como está o departamento agora? Conseguiu mais funcionários? - Rony perguntou, divertindo-se. Ele sempre tinha sido contra o F.A.L.E.


- Não muitos... Estamos agora em cinco, aliás, seis contando comigo: Lenora Colt, Dora Ernshaw e Edgar O'Neil, eles são nascidos trouxas e também acham que isso é escravidão – lançou um olhar de reprovação para Rony, que deu de ombros – a Parvati também resolvei participar, o que me deixou surpresa... ela não parecia muito empolgada na escola com os elfos... e Theodore Nott.


- Nott se juntou ao departamento? – Rony quase cuspiu o chá.


- Ele teve boas recomendações dos professores... por incrível que pareça ele conseguiu até uma recomendação de Hagrid. E o mais impressionante... ele colheu assinaturas dos elfos de Hogwarts indicando ele para o emprego.


Harry franziu o cenho. Por mais que Nott não fosse parte do bando de Malfoy, seu pai era um comensal, afinal de contas.


Hermione percebeu isso, e logo resolveu explicar mais.


- Ele está sendo muito útil, na verdade... estamos com medo de perdê-lo... ele quer sair para estudar mais. Os elfos gostam dele.


- E se você mandasse esses elfos pra Hogwarts? – Harry perguntou, querendo voltar ao assunto anterior.


- McGonnagall disse que se tiverem mais elfos em Hogwarts eles vão superar o número de alunos. – ela suspirou. – Eles tem novos elfos lá também... eles se casam entre si e tem filhos... eles acabam crescendo por lá.


Harry achou muito interessante, nunca tinha pensado realmente nas famílias dos elfos. Andromeda notou sua curiosidade e contou o que sabia sobre os elfos, tendo ela vindo da família Black, sabia muito sobre as tradições que envolviam as famílias antigas e seus elfos domésticos.


- Eles são dados de presente para outras famílias quando estão suficientemente crescidos – explicou – geralmente como presente de casamento... foi assim que Narcissa ganhou o dela, e Bellatrix, que acabou explodindo o seu antes de um ano usando ele como cobaia... – Fez uma expressão de verdadeiro ódio ao falar da última irmã.


Harry sentiu seus olhos marejarem um pouco quando falou do elfo de Narcissa. Sentia muita falta de Dobby.


- Eu, é claro – ela sorriu – não fui agraciada com presente algum... salvo algumas maldições da família. Ainda bem que a família de Ted era tão receptiva.


Hermione estava fazendo anotações, ninguém tinha sequer percebido de onde ela tirara o bloco de notas e a pena.


- Harry – Andromeda continuou, servindo-se de mais chá – Você ficou com a casa do Largo Grimmauld.. é um lugar muito grande pelo que me lembre, e nunca esteve sem um elfo doméstico. Entendo que você mandou Monstro para Hogwarts e acho que ele ficará melhor por lá. Por que não adota um dos elfos de Hermione?


Hermione olhou para ele com uma expressão de "diz que sim pelo amor de Merlin!".


-Bom... eu suponho que... realmente, seria melhor. Acho que Monstro não ficará muito satisfeito com a reforma.


Hermione tirou de dentro de sua minúscula bolsa um fichário e começou a folheá-lo animadamente procurando alguma coisa.


- Como está indo a reforma? – perguntou Rony, que havia buscado mais três doces e começava a mastigar o segundo.


Harry virou os olhos.


- Stardust não me deixa ver nada. Só manda cartas pedindo mais dinheiro para material. Já gastei doze mil galeões nela... ainda bem que tenho o emprego de auror, acho que minha herança toda vai ser gasta nisso.


Rony assoviou alto, impressionado. Andromeda riu.


- Era uma casa antiga, e minha tia não poupou esforços para deixá-la o mais macabra possível. Seu magiteto deve estar tendo trabalho com ela... muitos feitiços envolvidos também. Tenha paciência com ele.


Harry esperava que ela estivesse certa.


- Acha que eu consigo tirar Teddy do colo da Gina? Ele parece não querer sair de lá... – Gina estava servindo sorvete para o pequeno Lupin que parecia elétrico, Andromeda estava se divertindo observando os dois. – Tenho que fazer algumas compras ainda... preciso de bastante tempo para controlá-lo e conseguir falar com os vendedores... é tão difícil não perdê-lo de vista agora que está andando!


- Deixe ele com a gente. – Harry sugeriu – a ficará contente de ver Teddy de novo e temos a tarde toda livre... você poderia buscá-lo mais à tarde, depois que terminar as compras...


- Mamãe está com uma pira de querer netos logo. Fica cobrando Fleur e Gui disso... – Rony comentou, olhando para o seu ultimo pedaço de doce.


Ela sorriu, assentindo.


Depois que Hermione conseguiu convencer Rony que ele explodiria se comesse mais algum doce e Gina conseguiu depositar Teddy no colo de Harry para descansar seus braços, os cinco saíram da confeitaria, despedindo-se de Andromeda na rua.


O que Harry viu momentos depois quase o fez derrubar seu afilhado no chão.


Stardust descia a rua alegremente segurando um cisne branco debaixo de cada braço. Seus assistentes, ou, como ele gostava de chamá-los "Entourage", traziam carrinhos de mão com plantas diversas, pedras e até, Harry se espantou ao constatar isso, uma árvore.


- Stardust... O QUE É ISSO? – perguntou, chocado.


- Harry, Harry... você por aqui? Que beleza... não são lindos? – mostrou os cisnes, que olharam para cima de um jeito que parecia dizer "salve-me desse louco".


Harry continuou olhando para seu arquiteto como se estivesse lidando com alguém foragido de um hospício. Resolveu esperar que ele se explicasse.


- São para o jardim. – ele cedeu.


- Jardim? Que jardim? Não tem jardim naquela casa! – ele havia ido algumas vezes à casa de Sirius, mas não lembrava, de forma alguma, de ter algum dia visto um jardim.


- Tolinho... Claro que tem. O acesso é por uma porta que estava escondida atrás de uma das estantes da cozinha... acho que os moradores anteriores não gostavam muito dele, porque, aliás... que desastre de jardim... mas conseguimos dar um jeito, não se preocupe.


Harry não sabia o que dizer, mas também não teria tempo, porque logo Stardust continuou.


- Não era muito grande, mas fiz um feitiço de ampliação... Ah, como me orgulho dos meus feitiços de ampliação! – disse contente – Mas ficou muito vazio depois... conseguimos consertar colocando o lago, é verdade...


- Lago? – Harry começava a se desesperar. Mas Stardust parecia não notar e continuou falando.


- Colocamos algumas carpas e tartarugas, mas ainda assim estava muito monótono, acho que os cisnes darão um bom toque de graça, não acha? Mas bem... vamos indo que ainda há muito trabalho pela frente... – Fez um aceno com a cabeça e, sem maiores explicações ou sequer se despedir, desaparatou com seus assistentes.


Rony parecia que ia explodir a qualquer momento se continuasse contendo a risada.


- Esse homem... – Harry estava tremendo, sentia uma veia pulsando em sua têmpora – vai me deixar louco...


Gina estava rindo, acompanhada por seu irmão. Hermione, no entanto, parecia nem ter notado, ainda entretida com seu fichário. Era um verdadeiro milagre que, andando com o rosto enfurnado nas páginas, não tivesse trombado em nada.


Decidiram levar Harry, que ainda parecia muito atordoado, para ver a Gemialidades Weasley. Talvez Fred e Jorge conseguissem deixá-lo mais animado.


A loja estava indo em vento e popa, era de longe o lugar mais abarrotado de clientes.


- Harry! Obrigado pelo prédio... – Fred se antecipou, abraçando-o


Depois de ir o Gringotes, Harry descobriu que entre os bens que herdou de seus pais havia vários imóveis que estavam alugados, um deles sendo justamente o ponto em que se encontrava a loja dos gêmeos.


- Não tem de que – ele respondeu – está tudo bem por aqui? – perguntou, olhando pela loja. Teddy tentava alcançar uma miniatura de palhaço que fazia truques bobos em uma prateleira.


- Maravilhoso! – Jorge respondeu pelo irmão. Estamos precisando de mais funcionários... a reposição das prateleiras está um caos, quase não conseguimos mais tempo para inventar coisas novas...


- E não estamos conseguindo achar ninguém pra trabalhar aqui... as pessoas estão suprindo vagas do Ministério depois que vários funcionários saíram por ter se corrompido na época de Voldemort, e ainda tem São Mungus, Gringotes, e, não sei por que os que sobraram preferem trabalhar nas outras lojas que não a nossa...


Uma bola vermelha explodiu nas mãos da única funcionária dos gêmeos deixando-a preta dos pés à cabeça e olhando furiosa para os patrões. Estava explicada a dificuldade de conseguir empregados.


Hermione tirou a cabeça do fichário, finalmente olhando à sua volta e percebendo onde estava.


- Fred, Jorge! – cumprimentou os dois.


Pelo jeito, apesar da leitura, estava ouvindo a conversa dos dois com Harry, porque logo perguntou animadamente, como se acabasse de ter a melhor idéia do mundo.


- Digam... vocês já pensaram em admitir elfos domésticos aqui? – perguntou triunfante.


Os gêmeos levaram Hermione ao andar de cima para discutir a proposta dos elfos. Eles pareciam muito interessados.


Gina estava olhando as novidades dos produtos Wonder Witch... Fred e Jorge estavam agora vendendo maquiagens que até Harry achou fascinante. Pequenos estojos fáceis de carregar que continham um espelho, bastava soprar o pó que continham que a bruxa se envolvia em uma espécie de cortina de fumaça e, quando esta se dissipava, a bruxa aparecia com uma maquiagem impecável.


Comprou um jogo desses para cada uma das duas meninas, que a funcionária da loja não o deixou pagar, dizendo que tinha um crédito na loja.


Fred e Jorge voltaram muito satisfeitos, saltitando com Hermione entre os dois. Uma ave branca apareceu sabe-se lá de onde dando vôos rasantes e quase derrubou a garota da escada antes de pousar no braço de Jorge.


- Olá, chefe. Olá chefe. – a vê disse aos dois irmãos.


Harry a reconheceu como sendo a cacatua que vira na Animais Mágicos quando foi comprar um cão para Hagrid.


- Diga as boas novas, Topete. – Fred disse ao passaro – O que o Percy respondeu?


- Biscoito primeiro. – a vê exigiu.


Jorge torceu os lábios, mas tirou um biscoito de dentro do bolso e entregou a ela, que mastigou contente.


- Sim, Fred, apesar de você irresponsavelmente, como sempre não ter confirmado ao menos a sua presença, você ainda pode comparecer ao meu casamento e trazer um acompanhante. Por favor, espero que não faça nada envergonhe a mim ou a minha noiva. - o pássaro reproduziu a voz exata de Percy Weasley. Era como se o próprio estivesse falando. – Seu irmão é muito chato. – a ave adicionou, dessa vez com sua própria voz rouca de papagaio.


- Eu adoro esse bichinho! – Jorge exclamou, afagando as penas do animal.


Harry e Gina riram.


- Você não quer mandar um recado para sua mãe? – a ave perguntou aos gêmeos.


- Falamos com ela ontem...


- Mas não falaram hoje... e ela gosta de ouvir vocês. Ela sente a falta de vocês. Mandem um recado. Ela diz que vocês são desnaturados... - ela insistiu.


- Mamãe dá bolo para ela comer – Fred explicou para Harry e Gina – Ela adora ir à toca.


- Ok... diga a ela que vamos jantar na toca hoje... – Jorge cedeu. – como fazemos todas as noites – adicionou para Gina, que riu.


O pássaro saiu feliz pela porta da loja. Era realmente prático não ter que escrever nada.


Rony reapareceu, com as mãos vazias. Desde que seus irmãos quiseram lhe cobrar em dobro pelos produtos da loja ele não estava mais tão animado em adquirir seus produtos com tanta freqüência.


- Então, resolveu o problema dos elfos? – perguntou se dirigindo a Hermione, que parecia muito satisfeita.


- Mandaremos quatro para a loja. Fred e Jorge prometeram que cuidarão bem deles – lançou um olhar ameaçador para os dois – Confio que eles manterão a palavra.


- Preciso falar com vocês dois – Rony disse, apressadamente.


- Diga, oras. – os gêmeos responderam juntos.


- Em particular... lá em cima. – ele disse.


Todos ficaram meio desconfiados mas resolveram não dizer nada. Fred Jorge e Rony subiram para o segundo andar da loja, onde os gêmeos tinham seu flat, e prometeram encontrar os demais mais tarde, na toca. A conversa pelo jeito ia demorar.


Harry achou estranho Rony guardando algo assim, mas decidiu que perguntaria depois. Estranhamente, Hermione pareceu nem ligar. Estava muito distraída fazendo planos para seus elfos.

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