Quadribol
Narrado por Sophia Granger.
Capítulo 4 : Quadribol.
O dia se passou assim, sem nenhuma novidade, a não ser pelo falo que as inscrições para o time de Quadribol começariam naquele Sabádo às 16:30 da tarde.
Havia ganhado 30 pontos para a Sonserina, 10 em cada aula.
As aulas já tinham acabado, então coloquei uma leggin, uma camiseta de manga curta e tenis. Deixei meu cabelo solto, e a varinha embaixo do meu travisseiro, sai para o pátio, onde a maioria dos alunos estavam. Fui até o campo de Quadribol e corri em volta dele por alguns minutos. O que tinha visto aquela manhã não fora muito agradavel. Não sabia bem o que era mas me deixou com um certo tipo de medo. Malfoy estava mechendo com coisas, coisas nada boas por sinal. Decidi não contar a ninguém o que eu vira quando o segui, mas se as coisas piorassem contaria a Dumbledore.
Quando terminei fui em direção ao Salão Comunal da Sonserina. Assim que entrei, alguns alunos me olharam, Zabini foi o primeiro a falar.
- O que estava fazendo, Granger? - disse com nojo ao me ver suada.
Malfoy, que estava sentado por ali, prestou atenção no que eu responderia.
- Por que quer saber? - perguntei. Ele deu de ombros e eu sai dali. Subi as escadas e fui tomar um banho.
Depois coloquei novamente o uniforme da Sonserina, só que desta vez sem a capa.
botei a varinha na bota, peguei o livro '' Quadribol Através dos Tempos '' e desci.
No salão comunal se encontravam as mesmas pessoas de antes, sentei-me em um canto no chão e começei a ler o livro que Hermione me imprestara.
- Vai fazer o teste? - perguntou Pansy. - Nenhuma garota é do time.
- E dai? - perguntei, todos prestavam atenção à nossa conversa.
- Nada, que posição? - perguntou.
- Ainda não sei, estava pensando em apanhadora. - olhei para Draco. - Segundo Harry seria melhor do que o apanhador atual. - ele me olhou com ódio. - Ah, nada contra você, Malfoy, mas quando jogamos na casa dos Weasley eu e Harry eramos os apanhadores, e eu peguei o Pomo de Ouro antes dele.
- Como? - perguntou Zabini.
- Isso mesmo que você ouviu, e a vassoura dele era bem melhor.
Draco se levantou com raiva e entrou no quarto do Monitor.
Ignorei e voltei a ler.
Depois de mais algum tempo lendo e já era a hora do jantar, larguei o livro no quarto e passei pelo quadro do Homem Verde.
Chegando ao Salão Principal avistei Hermione, Harry e Rony, fui até eles.
- Oi. - falei, mas não me sentei.
- Oi. - disseram em uníssono.
- Como vai com os sonserinos? - perguntou Hermione. Não nos viamos desde a aula de Hagrid e o acontecimento na floresta.
- Está indo. - falei. - Então, vão fazer o teste para Qaudribol?
- Harry já é o capitão, - disse minha prima castanha. - eu odeio esportes e o Rony... - ela olhou para o garoto que no momento devorava uma coxa de galinha.
- Eu vou fazer o teste para goleiro. - disse com a boca cheia. Fazendo com que Hermione lhe desse um tapa no braço.
- E com certeza vai conseguir. - disse Harry.
Ficamos mais um tempo conversando até meu estomago começar a se revirar, estava com fome.
- Bom, já vou indo. - acenei. - Até mais.
- Até. - disse Hermione.
- Tchau. - falou Harry.
Rony não disse nada, só acenou. Isso por que estava com a boca cheia novamente e Hermione com certeza lhe bateria com mais força se falasse algo.
Ri dos meus amigos, e fui para a mesa da Sonserina. Mais uma vez, desde o inicio do ano, comi sozinha. Senti alguns olhares para mim, e sempre que eu olhava percebia que vinham de Zabini, Malfoy e alguns outros(as) alunos. Já cansada daquilo disse:
- Tira uma foto, que dura mais. - minha voz saiu indgnada.
Botei o prato para a frente, já tinha comido o bastante, não estava mais com fome. Qualquer coisa, dava um jeito de '' atacar a geladeira '' mais tarde. Levantei do banco e segui em direção a porta do Salão Principal, mas antes de sair vi uma sombra, muito estranha. Olhei novamente mas então uma luz vermelha veio em minha direção, então não vi mais nada.
Narrado por Hermione Granger.
Estavamos conversando enquanto jantvamos na mesa da Grifinória, até ouvir a voz de Sophia '' Tira uma foto, que dura mais. '' disse ela. Então se levantou e parou na porta do Salão Principal, franzi a testa.
- Ei, Harry. - chamei. - Olha. - apontei para Sophia, que ainda estava parada na porta.
- O que será que acon... - Rony não pode concluir frase, pois uma luz vermelha surgiu do lado de fora do Salão e se chocou em Sophia, o corpo de minha prima caiu no chão e deu-se para ouvir alguns passos e depois um barulho de aparatação.
Eu, Harry e Rony fomos os primeiros a agir. Corri até ela, botei a mão em seu peito, ainda respirava.
- Sophia. - chamei, lagrimas já corriam por meu rosto.
Coloquei sua cabeça em meus joelhos, Harry e Rony estavam ajoelhados no chão ao meu lado.
- Com licença, com licença. - olhei para trás e um bolo de alunos já se formavam, entre eles Dumbledore surgia às pressas.
O diretor chegou e se ajoelhou ao nosso lado, ele pôs a mão na testa de Sophia, mas não disse nada a respeito.
- Sr. Potter. - chamou o diretor. - Leve a Srtª. Granger para a Ala Hospitalar.
Por algum motivo, olhei para trás, Malfoy estava bem atrás de mim, observando o corpo caido de minha prima.
- Sim senhor. - disse Harry já colocando os braços por volta do pescoço e de trás dos joelhos do corpo caido no chão.
Dumbledore aumentou o tom de voz para que todos o ouvissem: - Quero que todos vão para seus Salões Comunais imediatamente, e não saiam de lá até segunda ordem. Suas refeições serão mandadas aos Salões. - quando achei que finalmente levariamos Sophia para a Ala Hospitalar, Dumbledore continuou. - Quero aqui apenas, a Srtª Hermione Granger, o Sr. Malfoy, o Sr. Weasley e o Sr. Potter.
Madame Pomfrey já nos abria caminho para a Ala Hospitalar, Sophia estava sendo carregada por Harry, eu seguia em seu lado direito, Ron em seu lado esquerdo e Malfoy atrás de nós.
Dei mais uma olhada, agora atrás de Malfoy se localizavam o diretor Dumbledore, o professor Snape e a professora McGonagall.
Assim que chegamos Harry deixou Sophia em uma das macas mais longe da porta.
Eu e os demais, com exeção de Malfoy, olhavamos o corpo da sonserina. Madame Pomfrey já tinha examinado ela e estava sussurrando com os professores. O corpo da morena começou a se remexer e então abriu os olhos, sentando-se. Mas aqueles não pareciam os olhos de Sophia, era distante e diabolico.
- Harry Potter. - chamou uma voz grossa e arrastada.
Enquanto todos procuravam com as varinhas apontadas da onde estava vindo a voz, Harry olhava atônico para o corpo de Sophia que mechera a boca dizendo o seu nome.
- Dumbledore, vou mata-lo seu inutil. - disse novamente a voz, agora todos olhavam para onde Harry olhava anteriormente.- E você também, Potter. - a mão de Sophia se mecheu em direção a bota, olhei para onde sua mão gelida apalpava e vi que sua varinha estava ali, a mão pegou a varinha e apontou à Harry. - Avada Ke... - não terminou a palavra, pois a voz da verdadeira Sophia ecoou pelo salão da Ala Hospitalar. - NÃO. - gritou a voz de minha prima, a mão atirou a varinha longe, que consequentimente acertou Malfoy no peito - '' Ei '' - ele reclamou.
O corpo de Sophia tombou para trás e se debateu na cama, eu já tinha visto aquilo, em uma das lembranças de Dumbledore, isto havia acontecido com Harry no ano passado.
Gemidos de dor e algumas palavras entrecortadas, era isso que dava-se para ouvir. Depois de algum tempo o corpo parou de se mecher, e uma luz extremamente brilhante surgiu de baixo da franja da menina de cabelos pretos deitada na maca. Um tempo, não muito longo, depois a luz sessou.
Dumbledore se aproximou da maca e tirou os cabelos da franja de Sophia da testa, fazendo com que se revelasse uma cicatriz igual a de Harry, só que a dela estava sangrando.
Olhei para Harry, ele estava com a mão na testa e gemendo de dor, a professora McGonagall tentava aparar o garoto que quase caiu.
- O que aconteceu? - perguntou Rony.
- Não sei. - disse Dumbledore. Para o diretor não sabe alguma coisa devia ser muito estranho mesmo.
Ficamos mais algum tempo ali, os professores e o diretor já haviam se retirado e levado consigo Harry e Rony. Na ala hospitalar permaneciam apenas Eu, Malfoy, a Madame Pomfrey e o corpo ainda desacordado de Sophia.
Malfoy só estava ali pois tinha que ajudar Sophia a chegar no Salão Comunal da Sonserina assim que ela acordasse. Com um feitiço, simples, a Madame Pomfrey havia feito com que parasse de sangrar a testa de Sophia.
...
Já deviam ser 10:00 da manhã seguinte, eu dormira encostada na maca de Sophia, e Malfoy deitado meio desconfortável em outra maca proxima dali.
Através da mão de Sophia que eu segurava senti ela se remexer, fiquei com medo de ser aquela voz estranha da noite passada, mas não era.
Levantei a cabeça e vi Sophia se livrar da minha mão e esfregar os olhos e com um pouco de dificuldade se sentando na maca.
- Ai. - gemeu ela botando a mão na testa.
Narrado por Sophia Granger.
Acordei com uma dor nas costas, deveria ter dormido de mal jeito, tentei abrir os olhos mas a claridade era tanta que tive que me livrar de algo que segurava minha mão para esfregar os olhos, depois tentei me sentar mas senti uma forte e horrivel dor na cabeça.
- Ai. - gemi enquanto colocava a mão na testa. Abri os olhos antes apertados pela dor, e olhei em volta, era um lugar completamente claro cujo o sol já invadia as janelas, era cheio de camas, em uma delas estava alguém de costas, não vi quem era, só percebi que era menino e era loiro.
Abaixei o olhar e uma menina de cabelos castanhos e olhos marejados me observava.
- Hermione... - falei em um fio de voz.
- Sophia. - ela disse alto e pulou pra cima de mim, me abraçando.
Logo ela saiu, me deu mais uma olhada e saiu correndo enquanto passava para uma salinha e eu pude ouvi-lá dizer '' Madame Pomfrey, ela acordou. '' Depois voltou correndo.
- Quem é Madame Pomfrey? - perguntei ainda de sombrancelhas franzidas.
- A enfermeira. - respondeu .
- E por que eu preciso de uma enfermeira? - disse enquanto me reencostava nos travesseiros e passava os dedos pela minha testa.
Hermione me contou o acontecido de ontem a noite enquanto a tal Madame Pomfrey manda eu tomar algumas poções e fazia um feitiços murmurados que eu não prestara atenção.
- E de quem era a voz? - perguntei antes de tomar a última poçõe com um gosto horrivel.
- Não se sabe ao certo, mas ao levar em consideração à sua nova cicatriz e 'ela' (voz) querendo matar o Harry, pensamos em... - ela demorou um pouco para falar, mas logo terminou a frase com uma voz baixa e com uma mistura de medo, nojo e ódio. - Voldemort.
- O que? - me exaltei.
Ela não respondeu, pois nesse momento a pessoa loira se remexera na cama e se sentara em um pulo.
- Malfoy? - perguntei.
- Ah, que horas são? - perguntou me ignorando.
- Dez e meia. - disse Hermione depois de olhar no relógio.
O garoto não disse nada, saiu correndo, mas parou na porta.
- Fique ai até o almoço Granger, depois eu te ajudo. - e voltou a correr.
- O que ele quis dizer com '' depois eu te ajudo'' ? - perguntei ainda olhando a porta. - E por que saiu correndo? - mirei Hermione.
- Dumbledore mandou que ele te ajudasse chegar até o salão comunal da Sonserina. - balancei a cabeça em sinal de que entendi. - E deve ter saido pra não perder o resto do café da manhã, afinal, hoje tem testes para os times de Quadribol.
Me espantei.
- É verdade. E agora? - perguntei não querendo uma responta, pois continuei. - Eu tenho que ir tomar um banho, e comer também. - tentei me levantar mas Hermione me impediu.
- Não, você fica aqui. - me reprendeu ela. - Vou ir à cozinha pegar a sua comida, e depois te ajudo a tomar banho na Grifinória. Você ainda está meio tonta.
- Mas e minhas roupas? - perguntei. - E o teste? - reforcei.
- Ainda são 10:30, temos bastante tempo até as 16:30, até lá você já vai poder fazer o teste. - disse ela. - E as suas roupas... - fez uma pausa como se respirasse fundo. - vou ir pegar.
- Como? Você não sabe a senha. - falei tentando convese-lá de qualquer jeito de que já estava bem.
- Peço que Malfoy abra a porta pra mim.
- Então tá. - levantei as mãos em forma de rendição. Mas na verdade queria sair dali correndo e ir pro meu quarto.
Depois de tomar o café da manhã, Hermione chamou Harry e Rony e eles me levavam até o Salão Comunal da Grifinória enquanto Hermione ia buscar minhas roupas.
Assim que ela chegou com roupas pretas nas mãos, eu sorri. Ela me levou até o banheiro eu entrei na banheira com os cabelos presos enquanto ela estava sentada no vaso perguntando se eu não queria ajuda, e se eu estava me sentindo bem.
- Hermione, eu estou, estava, tonta. Não alejada. - falei rispida, fazendo com que ela recuase as mãos. - Então, como foi lá? - perguntei.
- Horrivel, - ela falou, eu ri da cara que ela fez. - primeiro eu tive que chegar no grupinho de Malfoy, Zabini, Crabbe e Goyle e pedir à doninha que me levasse até o seu quarto para pegar roupa pra você tomar banho. Depois de algumas piadinhas dele sobre deixar ele te dar o banho ele abriu a senha e me mostrou sua cama. Mas quando entrei no salão comunal da Sonserina foi a pior parte, todos começaram a me chamar de sangue-ruim e me olhar com nojo, depois peguei sua roupa e vim o mais rapido pra cá. - contou ela.
- E você ainda liga para esses idiotas? - perguntei.
- Claro que não, - ela respondeu. - mas magoa.
Prensei os lábios.
- Sabe, - falei depois de algum tempo. - vou te levar pra me visitar mais vezes.
- O que? - ela levantou num pulo.
- Isso mesmo que você ouviu, e se não for por bem eu te levo arrastada.
- Mas... - ela começou a dizer, a interrompi.
- Mas, nada. Você vai e ponto. E coitadinho de quem mexer com a minha prima. - falei.
- Nossa, você é sangue-puro, sonserina, e parece mais nascida trouxa do que qualquer um. - disse ela. Assenti com a cabeça.
- Mas eu vivi como trouxa até os 15 anos, então... - não precisei terminar, ela entendeu e assentiu.
- Olha, você e o Malfoy são muito parecidos. - falou ela.
- O que? - franzi o cenho.
- É, tipo... sonserinos, tem sangue-puro, são grossos, sarcásticos, ironicos, e outras coisas das quais não me lembro agora. - falou ela num tom divertido. - Mas prefiro mil vezes você, tu sabe a hora de ser legal, a hora de ser chata e não afasta alguém só por que é nascido trouxa. - completou.
Eu sorri, meu olhos marejaram, mas eu molhei o rosto com a água da banheira para disfarçar. Hermione não notou.
- Você já ouviu falar que os opostos se atrem? - disse a ela, que assentiu com a cabeça. - Então, pelo menos não tem o perigo de eu me apaixonar pelo Malfoy, não que isso algum dia fosse acontecer.
Ela riu. E eu me arrependi amargamente de ter dito isso, pois no mesmo momento as lembraças do meu primeiro dia em Hogwarts que ele me beijou, ou tentou pelo menos, voltou a minha cabeça. Fanzendo com que eu não risse com minha prima.
- Você se apaixonou por algum garoto do orfanato? - perguntou Hermione me tirando de meus pensamentos.
Outra cena invadiu minha mente, uma que eu queria poder nunca mais lembrar.
Balançei a cabeça para afastar os pensamentos daquele idiota.
- Não. - falei com a cara carrancuda e com uma voz mais grossa e rispida que o normal.
- Eu também não. - falou ela. Eu me acalmei e ri, na verdade, gargalhei.
- Ai como você é mentirosa. - falei em meio aos risos.
- Do que você está rindo? Eu não estou mentindo. - falou na defensiva.
- Hermione, minha linda e querida prima, - falava tentando parar de rir da mentira dela. - no dia que cheguei eu falei uma coisa à Harry e ele me confirmou.
- O que? - perguntou agora com uma expressão de preocupada.
FLASH BACK ON
Ele pousou no chão e esperou que eu saisse de cima da vassoura, assim que eu o fiz ele segurou a vassoura com uma das mãos ao lado do corpo.
- Onde estão Rony e Hermione? - perguntei.
- Ah, vão demorar um pouco ainda para chegar. - ele riu e eu o acompanhei.
- Ela gosta dele né? - disse eu. Já havia percebido aquilo desde o momento que cheguei. O jeito que ela olha pra ele, o jeito que ela diz o nome dele, etc...
- Ah, o que? - ele parecia ter sido pego de surpresa. - Tudo bem, - abaixou a cabeça. - sim.
- Eu sabia. - disse. - Bom, vamos entrar? - perguntei. - Tá ficando frio aqui fora. - disse colocando as mãos nos meus braços nus.
- Ah, claro. - disse ele andando até a porta. O acompanhei. - desculpe.
FLASH BACK OF
Contei a Hermione aquela conversa rapida entre eu e Harry e a morena ficou em um tom avermelhado. Mas mudei de assunto.
Depois de mais algum tempo sai do banho e coloquei a calça jeans e a camiseta de mangas compridas preta e justa. Na camiseta não havia nada escrito ou desenhado, nem na frente e nem atrás. Segundo Gina dissera quando eu sai do banheiro aquela blusa realsava os meus seios. Que garota maliciosa. Eu ri em pensamento.
Com um feitiço Hermione secou as pontas de meu cabelos que tinham molhado acidentalmente. Calçei as botas e botei a varinha lá. Hermione me entregou uma bolsa, que eu havia usado na viajem até Hogwarts, com o uniforme que eu usaria para o teste, ela uma blusa de lã, verde com uma faixa preta e duas pratas finas e uma calça de moletom preta.
Agradeçi e, agora, sem ajuda desci até o salão comunal da Grifinória, e Gina estava certa. Ruivinha esperta. Os garotos que antes prestavam atenção no xadrez de bruxo, estavam agora prestando anteção em mim. Virei-me e perguntei a Hermione se tinha como fazer aparecer um casaco e ela disse que poderia tranfisgurar um seu. Então pegou um casaco e transformou-o em preto, com botões grandes e que iam até metade das coxas, eram bem quentes e segundo Hermione era melhor eu usar aquilo ou iria ficar com frio, pois os poucos dias de verão haviam acabado e agora já estava entrando o inverno, e que esse ano ele viria com tudo. Agradeçi novamente e sai do salão da Grifinória.
Já era 12:00, por isso me dirigi ao salão principal, ignorando todos os olhares curiosos que todos me lançavam. Pelo menos sabia que não era pela cicatriz, já que a franja tapava.
Cheguei lá e o silêncio reinou no salão, olhei a Dumbledore que me olhava com um sorriso timido.
Cheguei na mesa da Sonserina e Draco, quer dizer, Malfoy se levantou.
- Eu estou bem. Vou dizer a Dumbledore que não preciso mais da sua ajuda.
Ele assentiu e se sentou novamente, sentei afastada de todos.
Eu podia ter recentemente passado por um ataque de Voldemort mas minha maior preocupação era o teste para Quadribol. Comi o suficiente para enxer o estomago e recusando a sobremesa e sendo a primeira a sai da mesa me direcionei a porta do Salão Principal. Porém antes que passasse pela soleira um vulto se passou pelo canto do meu olho e parou na minha frente se materializando e formando-se em Harry que havia vindo correndo.
- O que foi? - perguntei.
- Nada. - disse me acompanhando enquanto eu saia do Salão e ia em direção alguma.
- Hermione mandou você me seguir? - perguntei.
- É. - ele riu.
- Olha, desculpa a grosseria, mas eu já sou bem grandinha e sei cuidar de mim mesma. - falei.
- Não foi o que pareceu ontem. - disse me desafiando e parando de frente pra mim.
- Eu estava desprevinida. - respondi. Vi que ele não ia desistir. - Por favor, me deixa. - falei já com um pouco de raiva.
Harry um pouco decepcionado saiu cabisbaixo voltando para o salão principal, assim que o vi entrar fui correndo para as masmorras. Entrei no salão comunal da sonserina e respirei fundo. Fui até meu quarto e coloquei uma leggin e polainas pretas, uma camiseta larga cuja a manga também preta, com detalhes em branco e rosa, batiam um pouco mais acima de meus pulsos, prendi o cabelo deixando a franja pra frente, calçei um tenis e coloquei a varinha em um mini bolso interno da blusa que tinha o feitiço indetectável de extenção e sai do salão comunal. Os corredores ainda estavam vazios, o que indicava que todos ainda estavam comendo. Fui em direção ao campo de Quadribol, e fiquei correndo em volta da quadra. Obviamente, fiz alguns intervalos. Já dava-se para ouvir as vozes dos alunos que estavam no jardim. Dei de ombros e continuei correndo, só que agora tinha a estranha sensação de estar sendo observada. Parei de subto e olhei em volta, não vi ninguém, mas nem por isso queria dizer que não tinha alguém ali.
- Homenum Revelio. - falei.
Algo marrom saiu de cima de alguém que estava encostado não muito longe de mim, a capa marrom caiu no chão e me mostrou Harry, com um sorriso timido.
- Seu grande imbecil. - falei chegando perto dele.- Você que me matar? - perguntei agora dando uns tapas em seus braços.
Ele ria desesperadamente, e tentava falar alguma coisa. Quando parei de bater nele, respirou fundo e disse ofegante:
- Desculpa. - pediu. - Mas Hermione quase arrancou o meu pescoço quando eu voltei pro salão principal.
- Tudo bem, está desculpado. - falei a contragosto. - Que horas são? - perguntei.
- 15:00 . - falou após olhar no relógio.
- Já? - ele afirmou com a cabeça. - Nossa, vou tomar banho. Vai querer ir lá também? - perguntei sarcástica.
- Olha... - fez uma pausa, estava me fitando com um olhar malicioso. - se você tomar banho na Grifinória, quem sabe?! - eu ri.
- Idiota. - bati mais uma vez no braço dele. Fui em direção ao castelo correndo, e até o salão da Sonserina também, desviando dos alunos que andavam pelos corredores.
Cheguei no quadro do Homem de Verde e disse :
- Cobra d'água. - o quadro se abriu e eu passei por ele. Olhei pelo salão comunal, tinham poucas pessoas, na verdade tinham 6 pessoas, as seis eram garotas.
- O que estava fazendo, Sophia? - perguntou Pansy. Percebi que ela não usava um tom ironico e nem nada, vai ver podiamos ser amigas.
- Estava correndo. Pra liberar a tensão.- falei me dirigindo à escada.
- Tensão? - perguntou ela franzindo o cenho.
- É, eu vou fazer o teste pro time de Quadribol, lembra? - ela balançou a cabeça afirmando. - Bom, vou tomar banho.
Subi as escadas, peguei a roupa que estava na minha bolsa, e fui pro banheiro, tomei o banho e coloquei a roupa. Peguei minha vassoura e me dirigi ao campo. Era 16:20, dez minutos pra chegar.
Cheguei cinco minutos adiantados, então esperei sentada em um canto da quadra.
Depois de mais alguns minutos, não sei quantos ao certo, murmurios começaram a invadir o campo. Olhei as arquibancadas onde alguns alunos, entre eles Pansy e todas as garotas, da Sonserina se encontravam agora para assistir o teste.
De repente gritos e palmas ecoaram pela quadra, olhei em volta e meu olhos pararam nos garotos do time e os que ião fazer o teste. Eles entraram no campo com suas vestes do uniforme, verde, preto e prata, e pararam no meio da quadra. Foi nesse momento que me levantei, peguei minha vassoura e fui até eles. Parei atrás de Malfoy que já estava pronto para das as instruções, Zabini, que era um dos garotos mais da frente entre os outros, indicou com a cabeça minha presença. O loiro virou-se e me fitou, fez a tipica cara de desdém e disse :
- Está atrasada, Granger. - falou com rispides, fiquei imprecionada com a burrice dele.
- E você é bonito, Malfoy. - falei olhando-o com ironia e sarcasmo. Quando disse isso ele fez uma cara estranha e totalmente desentendido. - Agora que nós dois já falamos besteiras, podemos começar? - perguntei enquanto ia me posicionar ao lado de Zabini. Quando virou-se para começar as instruções percebi o ódio em sua face.
- Tudo bem, - disse respirando fundo e tentando desfazer a ruga de raiva que teimava em ficar em sua testa. - todos já sabem as regras certo? - todos afirmaram balançando a cabeça em forma positiva. - Excelente.
Depois ele misturou os alunos do time do ano passado e os novos, criando dois times de 7 jogadores. Eu fiquei como apanhadora no time denominado '' 2 '' . Após tudo pronto, subimos nas vassouras e o jogo começou.
Eu estava de frente para a Doninha, estavamos um de cada lado do campo e procuravamos atentamente por qualquer sinal do pomo.
Finalmente eu vi algo pequeno e brilhante sobrevoar a arquibancada que se encontravam as garotas da Sonserina. Olhei para o loiro, ele estava distraido observando algum artilheiro do time '' 1 '' marcar mais 10 pontos. Então me mexi e fui em direção ao Pomo de Ouro.
Estava chegando perto do Pomo, a mão esticada em direção à ele.
- Malfoy. - ouvi alguém gritar. Olhei para trás, era Zabini avisando o amigo de que eu tinha visto o pomo. Malfoy virou-se e a vassoura mais do que rapida começou a vir em minha direção. Continuei voando, o pomo estava quase na palma de minha mão quando senti um leve empurrão. Malfoy tinha grudado sua vassoura a minha e vazia jogo de corpo para ver quem pegava o pomo primeiro.
- Cuidado. - gritou a voz de uma das garotas apontando para o alto.
Olhei na direção que ela apontava e vi um dos balaços vindo em nossa direção. Nos acertaria em cheio, se eu não tivesse puxado Malfoy pela capa, fazendo com que o balaço fizesse meia volta pronto para ser rebatido novamente.
- Droga, Granger. - disse tirando minhas mãos de sua capa. - Me fez perder o pomo.
Ri sarcástica.
- ótimo, se preferia estar indo para a Ala Hospitalar por causa daquele balaço agora, poderia ter avisado antes.
Sai de perto dele e achei o pomo mais uma vez. Ele estava indo cada vez mais alto, fui atrás dele. Logo ouvi o zunido da vassoura da doinha.
O pomo parou e começou a descer em uma velocidade inimaginavel. Fui atrás, Malfoy acho que eu tivesse desistido por isso continuou subindo.
Estava perto do chão, soltei uma das mãos da vassoura e a estiquei, estava quase pegando o pomo, quando um balaço passou bem na minha frente, me assustei e o pomo pareceu ter sentido o mesmo, voou, sem querer, na minha direção. Soltei as duas mãos da vassoura e o agarrei. Isso, eu tinha pego o Pomo, maravilha. Mas antes de poder comemorar, sem as mãos na vassoura, ela parou de supetão, fazendo com que eu desse uma cambalhota pra frente e parasse de costas no chão. A altura não era alta, o que doeu mais foi a força com que minhas costas bateram no chão.
Os jogadores pareceram terem notado que eu havia pegado o pomo pois todos já desciam da suas vassouras.
- Muito bem, Granger. - disse Malfoy atrás de mim, me virei e o encarei com um olhar ironico. - Vamos fazer assim, no próximo jogo você é a pegadora, se pegar o Pomo antes do outro time, eu e você revezamos o cargo, se não pegar, você sai do time. Combinado? - esticou a mão para que eu a apertasse.
Mas não o fiz, apenas disse:
- Combinado. - ele recolheu a mão e ia começar a falar com os outros jogadores quando eu disse : - Já posso ir? - levantei uma sobrancelha. Ele assentiu.
Agarrei minha vassoura e sai do campo. Estava cançada, tudo que mais queria agora era um bom banho, um jantar tranquilo no salão principal e depois uma boa noite de sono. Mas é claro que isso seria meio impossivel.
...
Estava indo em direção do salão principal, após o banho, para jantar. Passava na frente de um corredor escuro quando senti segurarem o meu braço e me puxarem para o corredor em breu.
Meus olhos começaram a se acostumar com o escuro e a pouca luz que entrava dos corredor principal iluminou o rosto de quem pegara meu braço.
- Harry? - perguntei para ter certeza.
- Shh. - disse ele. - Eu estava querendo fazer uma coisa... - sussurrou - à um bom tempo.
- O que? - perguntei intrigada. Ele me segurava na parede mas não com força, e sim com delicadeza. Ele pôs uma das mão na minha cintura, e a outra foi para na minha nuca. Não me mexi, tinha uma ideia do que ele iria fazer, o que me deixou bem constrangida.
Harry se aproximava cada vez mais, seu peito afarva já encontando o meu, ele virou o rosto e tocou meus lábios de leve. Me deu um selinho, dois, três até que sua boca se encaixou na minha, sua lingua pedia licença. Deixei-a entrar, não sei bem o porque. Sua lingua entrou em minha boca com cuidado, não era igual à Malfoy, Harry era calmo e doce. '' Droga, por que estou pensando no Malfoy? '' - perguntei a mim mesma.
Em um ato impensado coloquei minhas mãos em sua nuca, e brinquei com seu cabelo. Meus olhos fechados sentiam o roçar dos óculos dele e o beijo estava aumentando a velocidade, mas não muito. Continuava calmo comparado ao furacão da doninha.
Parei de beijar-lhe quando ja sentia falta do ar, olhei em seus olhos.
- Desculpe, eu não ... - disse ele.
- Vamos... vamos falar disso depois. - respondi envergonhada. Sai o deixando sozinho.
Eu não queria das possibilidades à Harry, aquela fora a primeira e ultima vez que nos beijariamos, não queria magoa-lo como fizeram comigo no orfanato. Desde Liam não havia namorado com mais ninguém. Até firaca com outros garotos mas não me apegara de mais. Harry poderia ser uma exessão, já que não tenho muito como fugir dele.
Continuei meu caminho na direção do salão principal, sentei-me do lado oposto a qual sempre sento, ficando assim de frente para a mesa da Grifinória. Hermione e Ron chegaram logo depois, mas acho que não me viram, estavam procurando um certo moreno de olhos verdes.
- Por que esta cara? E por que seus labios estão rosados? - perguntou alguém perto de meu ouvido. Levei um susto enorme que fez com que eu levantasse muito rapido.
Olhei para a minha esquerda e Pansy estava lá me olhando divertida.
- Ai que susto garota. - exclamei pondo a mão no coração e me sentando novamente.
- Então, por que seus labios estão rosados? - perguntou novamente.
- O que? - falei. - Meus labios... rosados... ah, Hermione me convenceu de passar este batom. - menti. Ela pareceu não acreditar.
- Então você nunca usou um batom? Por que esta vermelho até acima dos labios. - disse sorrindo maliciosa.
Levei a mão a boca e a esfreguei.
- Eai, quem foi o felizardo? - perguntou sorridente. - Me diga, é da Sonserina, da Lufa-lufa, da Grifinória ou um dos gatinhos que tem na Corvinal?
Eu ri da pergunta. Balancei a cabeça negando. Não podia contar a ninguem sobre aquilo, muito menos sobre o beijo que Malfoy tentara me dar.
- Não vou dizer. - falei.
Ela pareceu decepcionada, mas logo mudou de assunto, dizendo como eu tinha jogado bem no teste para o Quadribol.
Depois de um jantar bem engraçado ao lado de Pansy, ela me acompanhou até a mesa da Grifinória, não muito feliz é claro.
Dei um beijo na bochecha de Hermione e disse um '' Boa noite'' mandei beijo para os garotos, Harry me olhava malicioso mas o tratei como se nada tivesse acontecido. Depois fomos para o dormitório feminino da Sonserina, onde botamos nossos pijamas, nos enfiamos de baixo de nossas cobertas e ficamos conversando com as outras garotas até adormecermos.
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N/A : pode ser que demore um pouco para o próximo capitulo, mas garanto que logo, logo terá mais coisas intrigantes por ai :)
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