O Chapéu Falante





Narrado por Sophia Granger.

Capítulo 2 : O Chapéu Falante.

Já estavamos no Beco Diagonal a algumas horas, por incrivel que pareça estava demorando para comprarmos os materiais. 

Por fim, só faltava a minha varinha e o meu animal, então Hermione me levou para uma loja chamada '' Olivaras '' enquanto meus tios iam até a '' Floreios e Borrões '' se encontrar com a família Weasley.

Assim que entramos na loja, um daqueles sininho que ficam nas portas soou e um homem de cabelos mais ou menos até os ombros e de cor branca apareceu.

- Olá, Hermione. - disse o senhor. - Algum problema com sua varinha? - perguntou com um sorrisinho no rosto.

- Na verdade, não é pra mim. - disse Hermione apontando pra mim. - É pra minha prima. - eu sorri.

- Ah, olá. - disse o senhor. - Como se chama? - perguntou fazendo um movimento com a mão para que eu me aproximasse da pequena mesa.

- Oi, me chamo Sophia. - disse eu.

- Ok, vamos ver uma varinha para você Sophia.

Olivaras teve de pegar umas cinco varinhas, mas nenhuma serviu.

- Hum, será? - disse ele se aproximando com outra caixinha. - Esta aqui é uma varinha de Rookwood, 35 centimetros e com o miolo de Pena da asa de uma Fênix.

Peguei a varinha de sua mão e ela começou a brilhar, um vento estranho balançou alguns papeis mas logo parou.

- É esta ai. - disse Olivaras.

Pagamos o senhor de cabelos brancos.

- Obrigada. - gritei ao sair da loja.

Depois disso fomos a uma loja de animais, demorou um pouco mas escolhi uma coruja. Ela era branca com manchas pretas e decidi chama-lá de Lua. 

Seguimos direto para a Floreios e Borrões, mas no caminho fomos paradas por um garoto alto, de cabelos platinados loiros. Seus olhos eram de uma mistura de azul com cinza.

- O que você quer Malfoy? - disse Hermione cruzando os braços.

- Só queria saber quem é a sua amiguinha, Granger. - disse o garoto, que era bem bonito até.

- Sou Sophia. - me intrometi.

- Sou Draco Malfoy. - disse com um tom esnobe.

- Pronto agora já sabe quem ela é, podemos ir? - disse Hermione com um tom de raiva.

- Só gostaria de te avisar, Sophia. - disse Draco - Para não andar com gente como a  sangue-ruim da Granger, o pobretão do Weasley e o santo Potter. - agora eu sabia por que Hermione não gostava muito dele.

- Quem você pensa que é pra falar assim da minha prima? - disse perdendo a postura de '' fofinha e comportada '' .

- Ah, então você é prima da Granger, na certa outra sangue-ruim. - disse o garoto.

- Draco. - chamou alguém de longe, que estava na frente do Gringotes.

- Até mais, Granger's.- disse virando e indo em direção ao homem que o chamara.

- Doninha insuportável. - disse Hermione bem alto para que Malfoy podesse ouvir.

- Qual é  desse garoto? - perguntei. - E o que quer dizer '' sangue-ruim '' ?

- Quer dizer que nasceu trouxa. -  respondeu - Mas ainda não sabemos se você é. - completou. - E mesmo assim, não de confiança à ele, é um idiota.

- Com muito prazer. - disse eu.

Rimos e seguimos nosso caminho.

Depois de um tempo contando a novidade '' eu ter recebido uma carta de Hogwarts '' fomos todos para a Toca.

Lá almoçamos e jantamos. Eu, Hermione, Harry, Ronald, Gina, Fred e Geroge; combinamos que até o dia 1° de Setembro eu saberia todos os feitiços citados na lista, os que podiam ser usados é claro.

Lá pelas 22:30 voltamos pra casa, Hermione pegou uma de suas penas e uma folha de pergaminho e escreveu :

'' Diretor Dumbledore ou Professora Minerva, recebemos suas cartas e estamos confirmando nossa presença em mais um ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Atenciosamente, Hermione e Sophia Granger. ''

Mandamos a carta pela minha mais nova coruja, Lua.

Os dias foram se passando e os fetiços foram sendo praticados e decorados.

Eles me ensinavam um feitiço por dia e assim que acabassemos me ensinariam a voar e um pouco sobre Quadribol. O bom da Toca era que ficava bem afastada da cidade, então dava para voar e praticar feitiços sem correr o risco de ser pego por um trouxa.

Faltavam apenas os feitiços Engorgio, que fizemos com um dos gnomos do pátio dos Weasley. Homenum Revelio, o Harry usou a capa da invisibilidade para que eu fizesse este. Immobilus, fiz este com Ronald que não parava de correr pra lá e pra cá. Óculos Reparo, Fred e George quebraram os óculos de Harry para que eu podesse praticar este. Petrificus Totalus, pratiquei este no George. Vera Verto, tranformei o gato de Hermione, Bichento, em um lindo caliçe de prata. E depois aprendi a voar. Os gemêos ficaram tão felizes que eu aprendi a voar rápido que propuseram uma pequena partida de Quadribol. Na verdade foi miniQuadribol. Tivemos que implorar para que Hermione jogasse.

...

Era o último dia de férias, 31 de agosto. Estavamos em casa sem fazer nada. Eu estava sentada no banco da janela de meu quarto, observando Lua voar e pensando como seria o ano. Uma das coisas que eu temia era ir para a Sonserina. Mas com o meu azar tinha certeza de que iria pra lá.

Ainda era cedo, devia ser umas 21:30 então resolvi fazer a pergunta que eu vinha adiando desde que chegara.

Assoviei para que Lua voltasse, ela voltou e eu tranquei ela na gaiola. Desci as escadas até a sala de estar, onde estavam Hermione, minha tia Michelle e meu tio Hugo assistindo a TV.

- Ér... tio Hugo, eu poderia falar com você? - perguntei timida. Ele abaixou o volume da TV e me olhou.

- É claro querida. - disse ele. Hermione parecia já saber o que era.

- Bem, é sobre o meu pai. - falei. Ele e tia Michelle se entreolharam.

- Continue. - incetivou Michelle.

- Então, eu sei que ele o senhor não se davam bem mas... eu queria saber, ele e a minha mãe, - disse eu - eles eram bruxos? - joguei as últimas palavras da boca com tudo, não aguentava mais segurar aquilo.

- Seus avós,- começou tio Hugo. - e seu pai nasceram bruxos, mas eu não recebi esse dom.. - ele continuou. - E sua mãe, era sangue-puro, de muitas gerações. 

- E pai, tu sabe de que casa eles foram? - perguntou Hermione.

- Seu pai, - disse olhando pra mim. - foi da Grifinória. - disse tia Michelle. - Já sua mãe, foi da Sonserina.

- Por que? - perguntei, rapido de mais.

- Bom, o Chapéu Seletor, - continuou tio Hugo. - disse quase as mesmas coisas para os dois, mas como já tinha posto seu pai na Grifinória, o Chapéu queria dividir estes talentos para uma das outras casas também, então sua mãe foi para a Sonserina.

- Mas, - explicou tia Michelle. - como ela já tinha amigos que eram da Grifinória, ela passava todo o tempo que podesse com eles, e foi ai que ela conheceu seu pai.

- E por que você e o tio brigaram? - perguntou Hermione.

- Bom, isso já não lhe dizem respeito. - disse tio Hugo. - Mas garanto que não foi nada relacionado ao mundo bruxa, foi uma das brigas de irmãos. 

- Mas foi daquelas feias. - completou tia Mi. - Bom, meninas. Já esta na hora de ir pra cama. Agora. - ela deu um beijo em cada uma de nós e depois tio Hugo fez o mesmo.

- Boa noite. - dissemos eu e Hermione juntas.

- Boa noite. - disseram os dois.

Subimos as escadas e cada uma foi para o seu quarto. Nossos malões já estavam prontos, e todo o resto também. Então era só nós irmos dormir e amanhã estaria tudo prontinho para partirmos.

Coloquei o pijama, deitei na cama mas demorei a pegar no sono. Meus pensamentos giravam em torno do loiro que vimos no Beco Diagonal, Draco Malfoy, dos feitiços que aprendi, da familia Weasley, da carta de Hogwarts e de como seria o amanhã. E foi pensando no futuro que eu adormeci naquela noite.

...

Acordei com o despertador tocando, anunciava que já eram 06:30am. 

Levantei, fui até  banheiro e fiz minhas higienes.

Prendi o meu cabelo em um mini rabo-de-cavalo, vesti uma regata cinza e justa, coloquei um leggin preta e meus tenis de corrida. Peguei um casaco com bolsos e enfiei minha varinha em um deles. O casaco, na verdade, era de Hermione e ela tinha me emprestado. Disse que tinha um feitiço de fundo falso, mas eu não entendi. Agora sabia o que ela queria dizer.

Ainda acostumada com o jeito trouxa, peguei uma caneta e um pedeço de papel, escrevi '' Tio Hugo, tia Michelle ou Hermione, sai para correr. Mas não se preocupem, estarei de volta antes das 09:00am. '' Deixei o bilhete em cima da mesa da cozinha, peguei uma garrafa de água gelada e sai.

A rua estava calma naquela hora, fui até uma praça que tinha ali perto e fui correr... 

Já tinha corrido por mais ou menos duas horas, com alguns intervalos de descanços, é claro. Eu adoro correr, desde criança. Mas não corria muito no orfanato, pois eram raras as vezes que iamos em algum praça ou um local aberto. 

Tomei mais um gle d'água, já estava voltando pra casa quando senti alguém me cutucar no ombro. Virei-me bruscamente e me deparei olhando para cinco garotos, o da frente, que parecia ter me cutucado, era bem gordinho e moreno. Outros todos eram morenos com eexcessão de dois, que eram loiros.

- Quem é você? - perguntei. Não sei por que, mas ele me era familiar.

- Me chamam de Duda, - falava o garoto gordinho - Duda Dursley. - disse ele. 

- O primo do Harry, não? - era dai que eu reconheci ele. Harry tinha me mostrado uma foto em um dia qualquer desses.

- Então, você conhece o idiota do Potter. - disse um dos morenos de trás.

'' Ih, ela conhece o Potter'' murmuravam os garotos enquanto gargalhavam.

- Sim, conheço. - disse olhando para o garoto de trás. - Só que se ele idiota, ai eu não sei. - os garotos riram.

- Quem é você? - perguntou Duda.

- Sophia Granger. - disse a ele.

- Bom, diga ao imprestável do Potter - começou um dos garotos loiros, ele estava me de deixando com raiva. - que nós gostariamos de ter uma conversinha com ele.

- É, - concordou Duda. - e diga para ele não trazer a... - ele parou no meio da frase, eu não soube o que ele quis dizer mas também não iria perguntar - a...aquele graveto. - desconversou.

- Tipo esse aqui? - perguntei tirando a varinha do bolso. Caminhei até o gordinho do Duda e botei a ponta da varinha em sua garganta. Os garotos de trás começaram a rir, provavelmente não sabiam de nada sobre Harry ser um bruxo, já o Dursley pararecia saber até de mais.

- Não pode usar fora da escola. - ele disse.

Abaixei a varinha e guardei no bolso. 

- Sorte sua. - disse. - Tchau.

Me virei e ia sair andando, ouvi eles dizerem :

- E o lance com seu primo Duda? - perguntou algum deles.

- Ela tem aquele... graveto. - respondeu o gordinho. - É melhor não.

- Nós viemos até aqui, não fiz isso em vão. - falou algum deles. Ouvi alguns passos apressados e pesados atrás de mim. '' Não olhe pra trás, não olhe pra trás...'' dizia  a mim mesma.

Senti segurarem o meu braço, minha mão se apertou na varinha.

Poderia usar um dos feitiços da lista e alegar estar treinando.

- Ei, - falou o garoto loiro - aonde pensa que vai? - sorriu malicioso.

Peguei minha varinha com o braço oposto ao qual ele segurava e apontei pro Dursley.

- Você sabe que eu posso fazer, não sabe? - disse olhando o garoto gordinho.

Ele engoliu em seco.

- Pedro, solta ela. - disse o garoto.

- Me solta garoto. - gritei. Algumas folhas começaram a balançar, assim como os balanços e o gira-gira. Apontei a varinha para o loiro, Pedro, que me segurava.

- Ei, calma Granger. - olhei por sobre meu ombro, e lá estava. A última pessoa do mundo que eu gostaria de ver agora. Preferia morrer, a ver ele. Na verdade não sei nem da onde ele tinha saido, eu o vi uma vez na vida e já não fui com a cara dele, imagina quando encontrasse ele na escola. Minha cabeça doeu só de pensar.

- O que você quer, Malfoy? - perguntei girando o corpo. Consegui me soltar e dei um chute no local ''frágil'' de Pedro. Ele se dobrou pra frente com as mãos aonde eu chutara.

- Eu ia te ajudar, mas pelo visto... - ele não terminou  fala.

- Vai chamar o Potter? - gemeu um outro garoto que estava atrás de Duda.

Abri a boca para soltar um belo e sonoro 'não', mas fui interrompida por uma certa Doninha Loira.

- O que você quer com o Potter? - perguntou Malfoy.

- Quem é você? - perguntou Duda.

- Não te intereça seu trouxa. - disse esnobe. Novidade. -  Agora, o que você quer com o Potter? - repitiu.

- Ele não quer nada. - me meti. - Não é Duda? - falei apontando disfarçadamente a varinha pra ele, mas ele viu e concordou.

- É, não queremos nada com ele. - respondeu Dursley - Vamos. - Os garotos se viraram e caminharam em direção a rua. Pedro, que ja tinha se levantado e caminhdo de uma forma engraçada até o grupo, olhou uma última vez pra mim com cara de ódio. Eu sorri sarcástica.

Olhei no meu relógio de pulso; 09:10. Putz.

Mas ainda tinha um problema pra resolver.

- O que faz aqui, Doninha? - perguntei.

- Estav voltando do Beco Diagonal, não que isso te intereçe, Granger. - sorri debochada, guardei a varinha no bolso de fundo falso, peguei a garrfa de água.

- Já vou indo. - disse a ele. Não sei por que falei, mas dane-se.

- Aonde vai? - perguntou.

- Pra casa, - ainda respondi, sou uma idiota mesmo. - temos de estar na estação King's Cross em uma hora. - falei.

- Ah, é... - fez uma pausa olhando pro chão, como se estivesse beem longe - Tchau Granger. - e desapareceu.

Olhei o relógio de novo: 09:13. Sai correndo em direção a minha nova casa. Depois de alguns minutos estava lá.

Entrei pelos fundos, deixei a garrafa de água na pia e ouvi risadas na sala. Procurei o meu bilhete em cima da mesa, mas não estava mais lá.

Fui até a soleira da porta que separava a sala e a cozinha, sentados no chão estavam, Harry , Rony e Hermione. Eles estavam vestidos com calças jeans e tenis, Hermione usava uma blusa de manga curta rosa com um casaco de lã por cima da mesma cor. Harry usava uma camiseta azul e um casaco por cima, e Rony estava com uma camiseta marrom e um casaco preto.

- Oi. - disse Harry, que foi o primeiro que me viu. - Aonde você tava? - perguntou ele.

- Digamos, - fiz uma pausa para escolher as palavras -  que eu sei por que você odeia tanto seu primo. - e realmente, passei só alguns minutos com ele e seus amigos e já o odiei.

- Você conheceu o Duda? - perguntou se levantando, e o sorriso de antes desaparecera.

- Ele e os amigos dele queriam ter uma conversinha com você. - falei indiferente.

- Eu vou matar ele e aqueles idiotas. - falou bravo e indo em direção a porta. 

- Ei, - chamei segurando seu braço. - ta tudo bem.

- E o que você fez? - perguntou franzindo o cenho.

- Eu dei um chute em um tal de Pedro. - falei. - E vocês nem sabem, descobri uma qualidade do Malfoy. - falei. 

- Você encotrou o Malfoy? - perguntaram Rony e Hermione juntos.

Afirmei com a cabeça.

- E qual é essa qualidade? - perguntou Ronald.

- Ele é ótimo em destrair as pessoas. - falei, os três não entenderam mas eu não ia explicar agora. Revirei os olhos. - Bom, vou subir e tomar banho, beijo. - disse já no inicio da escada.

Subi até meu quarto e minha cama estava arrumada, estranhei. Peguei uma camiseta preta que tinha uma caveira em prata atrás e uma calça jeans. Fui pro banheiro e tomei um banho relaxante. Depois me vesti e calçei uma bota preta, sem salto e de cano alto até um pouco abaixo do joelho. Sequei meu cabelo, passei lápis de olho e rímel, peguei um casaco preto fino e amarrei na cintura. Peguei uma bolsa espaçosa e coloquei o uniforme de Hogwarts lá dentro, trocaria de roupa no trem. Botei minha varinha dentro da bota de modo que não aparecia. 

Atravessei a bolsa no corpo. Meu malão já estava pronto graças a uma tal senhorita  Hermione - Organização - Granger.

Peguei o malão que continha minhas iniciais ''SG'' e o arrastei pra baixo, eu não era nenhuma fraca mas ele estava realmente pesado. Tentei fazer o minimo de barulho enquanto descia as escadas, finalmente o coloquei deitado ao lado do de Hermione, tirei minha bolsa e a joguei em cima do mação. Subi as escadas correndo novamente e peguei a gaiola de Lua. Botei ela ao lado da minha bolsa e fui até a cozinha preparar umas torradas, estava morrendo de fome. Passei pelos três e sorri. Botei duas fatis de pão na torradeira e esperei. Peguei um copo no armário e um suco de laranja na geladeira, servi e depois guardei a jarra novamente. Estava encostada na bancada bebericando o copo com o suco enquanto pensava em uma certa doninha filha da mãe, estava tão entertida em meus pensamentos que pulei, derrubando suco no chão, quando a torradeira ''apitou'' anunciando as torrasdas prontas. Botei o copo em cima da pia e peguei um pano de chão, depois de ligar a minha sujeira peguei um prato e botei as duas torradas. Passei manteiga nelas e servi novamente o suco, fui pra sala com o pessoal.

- Hum, da um pedaço? - perguntou Ronald.

- Mas você não para de comer, garoto. - indagou Hermione.

Eu e Harry só rimos.

Ron me olhou com beicinho ignorando Hermione, estendi uma das torradas pra ele que deu uma grande mordida.

Eu ri mais ainda.

Ficamos conversando por um bom tempo. Até que tia Michelle e tio Hugo desceram as escadas correndo. 

- Garotos, - disse tia Michelle. - já são dez horas, é melhor irem.

- Nos vemos na estação. - completou tio Hugo.

- Como vocês vão? - perguntei.

- Pó-de-flu. - respondeu Rony.

- A claro, - ironizei. - até por que eu sei tudo sobre esse tal de flu. - falancei a cabeça disfarçadamente.

- Depois eu te explico. - falou Hermione.

Os garotos entraram na lareira e eu fiquei tipo '' como assim?'', eles pegaram um pozinho em um pótinho qualquer lá e gritaram juntos enquanto tocavam o pó no chão '' Toca da familia Weasley ''. Uma chama verde tomou conta da lareira e quando nos demos conta eles já haviam sumido.

Tio Hugo já tinha colocado nossas malas no carro, peguei minha bolsa e fiquei com ela.

No caminho a estação de trem, Hermione me explicou o que era pó-de-flu e algumas outras regras de Hogwarts.

Fomos os caminho todo conversando. Assim que chegamos lá, tio Hugo pegou dois carrinhos e nós botamos nossas coisas neles. Tia Michelle fez questão de empurrar o meu, enquanto tio Hugo levava o da Hermione. 

- Em que plataforma é? - perguntei.

- 9 ³/4. - disse ela.

- O que? - perguntei rindo. - Mas essa plataforma não existe. - franzi o cenho, existia? .

- Fica entre as plataformas 09 / 10. - continuou. - Só bruxos podem entrar.

Chegamos em uma pilastra entre as plataformas 09 e 10. Nos despedimos do Sr. e Sra. Granger  e tomamos conta de nossos carrinhos. Atravessamos a pilastra e uma estação que nunca tinha visto na vida se abriu para os meus olhos. Lá tinha muita gente mostrando varinhas, animais novos e etc...

- Vem, - Hermione chamou. - temos que deixar nossas coisas aqui.

Caminhamos perto de um homem que colocava as infinitas malas dentro do bagageiro do trem.

Hermione pegou minha mão e me puxou. Começou a procurar, o que acredito que era, cabeças ruivas, e de longe avistamos duas cabeças ruivas altas e mais várias bixinhas ao redor, entre eles havia um moreno e um comilão.

Os altos eram Geroge e Fred Weasley, os gemêos mais engraçados que já conheci.

Caminhamos até eles, cumprimentamos e quando o trem fez um barulho que não sei o nome entramos.

Estavamos procurando por uma cabine vazia, eu, Hermione, Harry e Ronald.

Eles encontraram uma que só contia o professor  Horácio Slughorn, segundo Hermione.

- Fiquei aqui, - disse eu. - vou procurar alguma cabine vazia mais a frente.

Eles assentiram com a cabeça.

Passei por todas as cabines olhando pelo vidro. Em uma delas vi Gina Weasley, que sorriu e acenou pra mim. Em outra vi os gemêos, eles sorriram. Eu retribui, assim como fiz com Gina.

Continuei olhando as cabines até encontrar uma porta, a abri e fechei ela atrás de mim. Percebi que cometi o pior erro de toda a minha vida.

Todos ali estavam já com uniformes da escola, todos estavam vestindo ''roupões'' pretos com detalhes em verde e prata. '' Sonserina. - pensei. ''

Tentei ignorar o olhar cinzento que me observava. Ali não eram cabines, eram apenas mesas dos dois lados com um corredor no meio. Tentei ignorar e passar reto, mas alguém parou na minha frente.

Levantei o olhar, não era loiro. Menos mal.

- Ora, vemos o que temos aqui. - disse o garoto um pouco mais alto que eu, ele era moreno dos olhos castanhos.

Sorri debochado. - Nunca te vi por aqui. - disse o garoto. - É aluna nova? - perguntou.

- Sabe que isso não te intereça. - falei ironica. - Agora se me da liçença. - disse tentando passar pelo espaço apertado da esquerda. O garoto se moveu, bloquiando minha passagem.

Olhei pra ele, '' Se eu fosse pra Sonseria, com certeza me daria mal. - pensei. ''

- Qual é, Granger. - disse a Doninha. - Não quer nos dar o ar da sua graça. - falou sarcástico.

- Não, - disse olhando por cima do ombro do garoto a minha frente, encarando Malfoy. - quem sabe outra hora. Com um belo soco no seu rosto, Malfoy. - sorri ironica.

- Conhece ela, Draco? - perguntou uma garota bem bonita até, os olhos claros, cabelos lisos e castanhos.

- Infelizmente sim, Pansy. - respondeu Draco. - É priminha da Hermione Granger.

- Comigo nada é '' inha '' . - falei grossa . Sentia minhas bochechas ferverem. Estava, com certeza, vermelha... de raiva.

Todos riram. Não liguei.

Empurrei o garoto que estava na minha frente, e começei a andar, mas fui obrigada a parar por alguém que me agarrou o braço.

- Quem você pensa que é sangue-ruim? - disse o garoto que empurrei.

- Duas coisas. - falei. - Primeira, saiba que não sou sangue-ruim, muito pelo contrario. - disse rindo internamente da careta que ele fez. - e segundo, eu vou aonde eu quiser, faço o que eu quero, a hora que quero. - puxei meu braço com força. - E não vai ser você o primeiro a me deter.

Sai pisando com passos pesados, passei pela outra porta para um corredor inteiramente de cabines, novamente. 

Respirei fundo.

Passei por mais algumas cabines olhando pelo vidro, como tinha feito antes. 

Andei por mais algum tempo e , FINALMENTE, achei uma cabine inteiramente vazia.

'' Putz, - pensei - e agora, como vou avisar pra eles? ''

- O Pasquim? - ouvi alguém falar atrás de mim.

Me virei e me deparei com uma garota um pouco mais baixa que eu, olhos claros, cabelos loiros e extremamente compridos onde algumas coisas estranhas estavam penduradas.

- Ah, não obrigada. - falei.

Ela continou andando na direção do '' vagão da Sonserina '', perguntando a todos '' O Pasquim? ''.

- Ei, garota loira. - falei.

Ela se virou e voltou saltitando na minha direção.

- Meu nome é Luna. - disse ela. - Luna Lovegood. - sorriu.

- Sophia. - disse eu. - Você conhece Hermione Granger, Harry Potter e Ronald Weasley? - perguntei.

- Claro. - disse ela.

- E você está indo para o '' vagão da Sonserina '' ? - perguntei fazendo aspas com os dedos.

Ela balanço a cabeça afirmando.

- Você se importa de avisar a Hermione que encontrei uma cabine vazia?

Ela deu um sorrisinho.

- Claro. - repitiu. E continuou saltitando na direção dos Sonserinos.

Entrei na cabine vazia e fechei a porta. Tirei a bolsa e me joguei em um dos bancos. Fiquei um bom tempo olhando para a paisagem. Era bem bonito até e alguma coisa me dizia que esse ano seria puxado.



Narrado por Hermione Granger.



Já fazia algum tempo que Sophia havia saido para procurar uma cabine vazia, professor Slughorn estava dormindo e roncando encostado na parede. Harry estava anscioso para nos contar algo, mas queria que Sophia estivesse junto.

- Será que ela tá bem? - ouvi minha voz perguntar a mesma coisa pela quinta vez. - É o primeiro ano dela, e se alguém não reconheceu ela e a azarou. - falei olhando Ronald comer aquelas balinhas de varios sabores. - Vamos atrás dela?  - perguntei.

- Hermione, - disse Harry. - ela tá bem.

- É, e do jeito que ela é grossa e esquentadinha o máximo que pode acontecer é ela ter levado um sectumsempra do Malfoy. - disse Rony como se não fizesse diferença alguma, me coração apertou e eu observei Harry dar uma cotovelada na barriga de Rony.

- O que? - tinha certeza de que estava branca.

- Não liga para o Rony, - disse Harry. - ele só sabe fala best... - mas a fala dele foi interrompida por uma batida na porta da cabine.

Os três direcionamos nossos olhares para o vidro, mas como estava embaçado só dava para ver alguma coisa loira se mechendo la fora.

Levantei e destranquei a porta, pronta para dar um belo soco se fosse Malfoy, mas para minha felicidade não era.

- Luna, - suspirei. - o que é isso? - perguntei olhando algumas revistas em suas mãos.

- É o Pasquim. - disse ela. - Mas estou aqui para avisar que uma Sophia disse que encontrou uma cabine vazia, e que é depois do '' Vagão dos Sonserinos ''. - Luna Lovegood fez aspas com as mãos.

- Ah, obrigada. - falei.

A garota saiu saltitando, olhei para Harry e Rony.

- Acho melhor vocês usarem a capa da invisibilidade. - falei aos garotos.

Saimos de nossa cabine com o tal professor Slughorn e andamos pelo comprido corredor do vagão. Depois de poucos minutos chegamos na porta, Harry e Ron botaram a capa, eu abri a porta, esperei um tempinho para eles passarem, e entrei.

Dei de cara com praticamente todos os Sonserinos me olhando com nojo, ignorei.

- Veio buscar sua priminha, Granger? - disse o loiro águado.

- Não lhe devo satisfações, Malfoy. - retruquei.

Continuei andando pelo curto vagão e abri a porta, dei um último olhar e sorriso de deboche para Draco, para que Harry e Ron passassem pela porta, e depois sai e a fechei.

- Pronto. - disse Harry tirando e guardando a capa na mochila.

- Vamos. - disse andando enquanto olhava pelos vidros.



Narrado por Sophia Granger.



Já estava a um bom tempo esperando por eles, e nada. Já tinha mudado de posição umas mil vezes.

Agora, estava deitada em um dos bancos de olhos fechados.

Mais uns minutos se passaram, '' Será que aquela tal de Luna avisou a Hermione? - pensei''. Assim que completei meu pensamento concluido que ela tinha avisado mas Hermione e os outros dois estavam com preguiça de vir, senti um cutucão nos joelhos.

Abri os olhos e me sentei meio que instantaneamente, me deparei com Harry me olhando de olhos arregalados por trás dos óculos redondos.

- Ai que susto, garoto. - falei. Harry sentou ao meu lado, e Rony e Hermione de frente pra nós. - Estava começando achar que vocês eram uns preguiçosos. - falei séria.

Eles riram, não segurei a cara emburrada e acabei rindo junto.

Ficamos conversando pelo resto do caminho até que Hermione disse:

- Então, Harry, o que queria nos contar? - perguntou ela.

- Tá. - ele levantou e trancou a porta da cabine, mesmo assim falou sussurrando. - Lembram quando fomos no Beco Diagonal? Eu estava na casa dos Dursley então tive que ir do seu jeito Hermione, quando cheguei lá, perto do Olivaras, na Travessa do Tranco avistei Malfoy e sua mãe. Depois eu os segui e vi o que parecia ser uma cerimonia. - concluiu.

- Cerimonia pra que, Harry? - perguntou Hermione.

- Para se tornar um comensal. - respondeu ele.

- O que é um comensal? - perguntei. - E o que seria essa cerimonia que o tornaria comensal?

- Comensais da Morte são um grupo de feiticeiros liderados pelo Lord Voldemort. - explicou Rony - e a cerimonia seria uma tatuagem com uma caveira e uma cobra no braço.

- Se Malfoy se tornou um comensal, - começou Hermione. - o Lord das trevas deve ter dado alguma missão à ele.

- E pelo que sabemos, - completou Harry. - o pai e a mãe de Malfoy também são comensais.

- Nossa, que horror. - disse eu. - prefiria morrer a ser uma comensal.

- E pelo visto, se Harry tiver razão, Draco prefere ser um comensal, à morrer. 

Ficamos falando sobre isso, e eles me explicavam um pouco mais. Quando faltavam uns cinco minutos Hermione disse que era para nós botarmos os uniformes.

Peguei o uniforme mas não gostei nem um pouco, então coloquei a camisa branca, a gravata preta e a igualmente preta, porém continuei com a calça jeans e a minha bota. Na gravata havia o simbolo da escola em um broche.

Hermione colocou uma saia cinza e assim como Harry e Rony, uma camisa branca, um colete cinza, a gravata listrada com as cores da grifinória, a capa preta e o simbolo da escola no canto esquerdo.  Só que os meninos estavam com uma calça preta.

Voltei para a cabine, tinhamos ido até o banheiro trocar de roupa - um de cada vez.

- Então, - disse eu. - eu vou com vocês perguntei.

- Não, você vai fazer a seleção com o Chapéu Seletor, - disse Harry - então você vai com Hagrid e com os alunos do 1º ano de canoa.

- Quem? - perguntei.

- Rúbeo Hagrid, - explicou Hermione. - ele é o guardião das Chaves e dos Terrenos de Hogwarts.

- Ah. - concordei com a cabeça fingindo estar entendendendo, o que na verdade era uma grande mentira.

Quando o trem parou, nós descemos e Rony, Hermione e Harry me levaram até o tal de Hagrid. Ele era enorme, mas me pareceu simpático.

'' - Ora, Harry. - disse o meio gigante. - você não devia estar nas carruagens. '' É, eu iria gostar dele.

Hagrid conduziu a mim e a crianças bem mais novas até os barcos, fomos em quartetos. O castelo de Hogwarts era realmente maravilhoso, tinha um toque medieval e eu adorava aquilo.

'' Imagine por dentro. - pensei. ''

Chegamos a margem do lado e descemos, o meio gigante nos conduziu até uma das entradas dos castelos, subimos dois andares de escada e todos pararam quando uma mulher aparentemente velha, vestida de verde escuro e com um chapéu pontudo, apareceu no topo da escada.

Fiquei  mais atrás para não atrapalhar a visão dos menores.

- Bem vindo a Hogwarts. - disse a mulher. - Bom, em alguns minutos vocês vão atravessas estas portas e encontrar seus colegas, mas antes - bateu as mãos. - de tomarem os seus lugares vão ser selecionados para as suas casas. - continuou. - Elas são, Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. - meu corpo estremesceu na palavra '' Sonserina '' . Enquanto estiverem aqui, suas casas serão como suas familias, seus triunfos irão render pontos, se quebrarem alguma regra, irão perder pontos.  No final do ano, a casa que tiver mais pontos irá ganhar a Taça das Casas. - a bruxa fez uma pausa que gerou murmurios, mas quando continuou todos se calaram novamente. - A cerimonia de seleção irá começar em instantes. - a velha senhora se virou e passou pela porta, a fechando novamente.

As conversas começaram a aumentar o volume, e percebi que algumas crianças me olhavam estranho.

Me encostei na parede.

Depois de um ou dois minutos a tal bruxa voltou com um pergaminho nas mãos.

- Nós estamos prontos. - disse ela. - Sigam-me.

As portas se abriram e fomos em duas filas atrás dela. Eu era a última da fila esquerda.

  Assim que entramos pude ver quatro mesas, duas a direita e duas a esquerda. Todos usavam as vestes de suas casas com um chapéu simples e pontudo em suas cabeças.

Um pouco mais longe, na ponta da mesa da esquerda, avistei Hermione, Harry, Rony, Fred, Geroge e Gina. Na mesa da esquerda escostada na parede, vi ao longe Malfoy e seus amiguinhos. Bufei.

As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em se se sentavam, o que eu acretitada ser, os professores.

Olhei para cima e vi o céu, todo estrelado e  algumas velas flutuavam em cima das mesas. 

Tinhamos parado de andar, agora a Professora Minerva, como ouvi alguém chama-la, colocava um banco de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano, em cima do banco ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado, esfiapado e sujisimo.

Por alguns segundos o Salão Principal ficou em silêncio, todos olhavar para Minerva e o Chapéu. Então o chapéu se mexeu, um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e um pouco mais acima ele se franziu parecendo olhos.

- Fiquem todos aqui, por favor. - disse a professora apontando para um espaço entre a mesa dos professores e a mesa dos alunos. - Antes de começarmos, o professor Dumbledore, quer dar um aviso a vocês.

Um homem com uma enorme barba se levantou da cadeira central.

- Bom, primeiramente, sejam bem vindos alunos novos. - disse o homem barbudo. - Quero avisar-lhes que estamos em tempos difíceis, por isso, fiquem atentos. Estejam sempre acompanhados e não se deixem abater pela tropa de Voldemort, que acreditamos estar sendo criada. - ele continuou. - A floresta negra é terminantemente é proibida a todos os estudantes... e novamente, tomem cuidado. Obrigado. - assim que terminou aplausos corromperam o salão, mas logo sessaram.

A professora Minerva abriu o pergaminho que estava em suas mãos, e disse:

- Assim que chamar seus nomes, deem um passo a frente. - explicou. - Eu vou colocar o Chapéu Seletor em suas cabeças e serão selecionados para as suas casas. 

Minerva segurou o chapéu com uma mão e o pergaminho com a outra.

- Sophia Granger. - chamou ela.

'' Merda, - pensei. - eu tinha que ser a primeira, nossa que sorte a sua Sophia. ''

Murmurios envadiram a turma de primeiro ano a minha frente, respirei fundo e passei no meio dos menores.

- Sente-se. - disse Minerva apontando o banco de madeira.

Fiz o que ela disse, me acomodei no banco e a professora pois o chapéu em minha cabeça.

- AH, - gritou o chapéu. Eu dei um pulo no banco. - uma Granger. Mas muito, muito dificil. É inteligente como a prima estou vendo, e um pouco ambiciosa também. Tem muita coragem, vontade de se testar. É ousada e não tem uma mente nada má também... hum, mas aonde vou colocar você? - se perguntava o chapéu - É justa, sincera, esperta, sagaz. Não tenho essa duvida a muito, mas muito tempo. - ele fez uma pausa, todos no salão olhavam pra ele. '' Não igual minha mãe, não Sonserina. - repitia em minha mente - Meu pai, isso, igual meu pai. Grifinória. - Hum, um pai grifinoriano e uma mãe sonserina, - disse o chapéu. Quando diziam que ele sabia tudo da nossa cabeça, não estavam mentindo. - Tudo bem, - anunciou após mais uma pausa. - já decidi. Seus talentos são igualmente comparados ao do jovem Harry Potter, - mais murmurios invadiram invadiram o salão, olhei para Harry, ele me olhava com os olhos arregalados. - então, SONSERINA. - gritou o chapéu enquanto anunciava minha casa.

Fechei os olhos e apertei com força, apertei meus lábios.

Os alunos da mesa Sonserina aplaudiram, Minerva tirou o chapéu de minha cabeça, eu levantei e fui até lá.

Infelizmente Draco Malfoy estava sentado na ponta, ou eu sentava de frente pra ele e tinha que ficar olhando para aquela cara, que eu tinha que admitir que era lindo, de idiota ou sentava ao lado dele e não precisava olha-lo.

Isso.  

Caminhei até a mesa da Sonserina e sentei ao lado dele, com um bom espaço nos separando. Apoiei os braços em cima da mesa e fiquei olhando os outros alunos serem selecionados.

Do lugar em que estava via Hermione e Rony de frente, eles também me olhavam, Harry virava direto e dava um meio sorriso.

- Não consegue ficar longe de mim, Granger? - perguntou com a boca roçando no meu ouvido, me arrepiei mas não demonstrei.

- Acredite, Malfoy, - virei pra ele e sussurei eu seu ouvido, assim como ele fez encontei minha boca em sua orelha, ele estremeceu, eu sorri. - prefiro ficar ao seu lado do que ter que olhar para essa sua cara feia. 

Voltei pra minha posição anterior e ele me olhou furioso. Harry olhou para trás mais uma vez com um pouco de raiva em direção a Malfoy.

Mais algumas crianças se juntaram a nós e coloquei uma sentada entre eu e Malfoy.

Minerva bateu com uma colher na taça e disse:

- Atenção, por favor. - as conversas sessaram.

Professor Dumbledore se levantou.

- Que se inicie o banquete.

E depois de dizer isso as mesas, pratos e copos se encheram.

Comi o que tinha em meu prato, e bebi o que tinha em minha taça.

Depois de um tempo, quando todos ja tinham comido Dumbledore se levantou novamente, ele bateu as mãos e os pratos e copos voltaram a ficar limpos e vasios.

- Muito bem monitores, - disse ele. - levem seus novos alunos para suas respectivas casas.

- Sonserinos, comigo. - disse, por incrivel que pareça, Draco Malfoy. 

Caminhei atrás dele e perguntei:

- Você é o monitor? - estava pasma.

- Surpresa?! - riu ironicamente.

- É, esse ano vai ser beem legal. - ironizei.

Todos acompanharam Malfoy até as Masmorras, onde ficava o Salão Comunal da Sonserina.

Paramos em frente a um quadro, de um homem vestido de verde e que tinha uma cobra enrolada no pescoço.

'' Senha, por favor'' 

Disse o quadro.

- Cobra d'água. - disse a Doninha em um tom alto, para que todos ouvissem.

O quadro se abriu e todos entramos.

A sala comunal da Sonserina era um aposento comprido e subterrâneo com paredes de pedra rústica, de cujo teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas.

Um fogo ardia na lareira encimada por um console de madeira esculpida e ao seu redor dava para ver as poltronos de couro preto.

Era todo preto, verde, e prata.

- O quarto das meninas ficam, subindo as escadas, a direita e o dos meninos a esquerda. - o monitor Malfoy olhou no relógio - Agora são 21:30, o sinal de recolher é as 23:00 em ponto. Se não estiverem no Salão Comunal até lá, serão encaminhador a vica-diretora Minerva McGonagall . - completou - E vocês só podem ficar no pátio até as 18:30. Estão dispensados. 

A alunos novos subiram para conhecer os quartos, os do segundo ano a diante ficaram no salão comunal, e eu...subi também, mas não fiz questão de ficar muito tempo, achei minhas coisas e botei o uniforme da Sonserina, desci as escadas e quando passava pelo Salão Comunal em direção ao quadro a barata branca parou na minha frente.

- Sabe que você fica bem mais sexy de verde. - revirei os olhos.

- E você ficaria bem mais bonito com a marca dos meus dedos nas suas bochechas. - falei.

Algumas pessoas que estavam sentados nos sofás riram.

- Vem Draco, deixa ela. - disse a tal de Pansy puxando Malfoy para um dos sofás. Ele me olhou como se dissesse '' Não deveria mexer comigo, Granger. '' Eu sorri em forma de deboche.

Empurrei o quadro do Homem de Verde e subi para  primeiro andar, tinha muitos alunos no corredor, vi qualquer pessoa que seja com a gravata vermelha e dourada e o parei, era um garoto.

- Ei, - disse na frente dele enquanto ele tentava desviar. - aonde fica o salão comunal da Grifinória? - perguntei.

- Pra que? - perguntou o garoto. - Sua Sonserina te mandou pregar alguma peça nos alunos novos da Grifinória? - que garoto doido, não entendi nada.

- O que? - perguntei atordoada. - Claro que não. Sou Sophia Granger, - estiquei a mão - prima da Hermione.

- Atá, - ele disse estendendo a mão e apertando a minha. - ela falou sobre você. Sou Neville Longbottom. - soltou a minha mão. - Vem, eu estou indo pra lá.

Concordei com a cabeça e fomos passando no meio dos outros estudantes. Subimos até o sétimo andar. Tivemos que voltar e subir as escadas denovo umas três vezes, já que elas mudavam de lugar.

Ele me levou por um corredor, até um quadro onde estava uma mulher gorducha e vestida de rosa. 

- Essa é a Mulher Gorda. - disse ele pela primeira vez desde que nos conhecemos lá em baixo. - Espere aqui, vou chama-los. - disse entrando.

- Ok. - me encostei na parede.

Uns minutinhos depois Harry, Rony e Hermione passaram pelo quadro da Mulher Gorda.

- Ah, - Hermione me abraçou.- eu não acredito que você foi pra Sonserina. - disse ela.

Ela me soltou.

- Foi a mesma coisa que aconteceu com meus pais. - disse à ela. - Só que agora é o Harry. - apontei pra ele.

- O que sou eu? - franziu a testa.

Eu e Hermione contamos  tudo à eles, Harry até me pediu desculpas mas eu mandei ele calar a boca e disse que a culpa não era dele.

Conversamos até cinco minutos antes do sinal de recolher.

- Sabe achamar o caminho sozinha? - perguntou Rony.

Balançei a cabeça afirmando.

- Até amanhã, pessoal. - disse eu.

- Até. - falou Harry.

- Tchau, prima. - me abraçou Hermione.

- Tchau. - Ron me deu um beijo na bochecha.

Desci as escadas correndo, estava quase chegando no Salão Comunal da Sonserina, olhei no relógio; 22:57. Corri mais depressa, mas antes de chegar encontrei Malfoy.

- Estou com pressa Malfoy. - falei tentando passar pela direita. Mas ele segurou meu braço, me puxou de volta e me encostou na parede.

- Quem você pensa que é, Granger? - disse no seu tom ironico. - Todas que estão aqui se deretem por mim, e você... você não. - disse ele.

- Vai ver que é por que eu não sou igual as outras. - sorri debochado.

- Aé? - Malfoy fez uma cara estranha. - Vamos ver.

Ele segurava meus braços bem abaixo dos ombros, estava contra a parede e não tinha para onde fugir. 

Ele se aproximou de mim, e beijo meu pescoço. Novamente, me arrepiei ao toque de sua boca, mas não demonstrei.

Do meu pescoço ele traçou uma linha de beijos que chegaram até a minha boca, eu tentei ao máximo não deixar sua lingua invadir minha boca, mas ele apertou meus braços com mais força, o que me pegou desprevinida, e acidentalmente abri a boca.

Sua lingua passava como um furacão em minha boca, estava pensando em retribuir mas mudei de ideia. Não fiz nada, nenhum movimento com a lingua. O que deixou-o frustado e fez ele se afastar.

Levantei uma das mãos e dei um belo tapa em seu rosto, ele virou a cara e pos a mão aonde eu havia batido.

- Lembra do que eu disse? - perguntei ironica. - Agora tá bem mais bonito.

Sai correndo em direção ao Salão Comunal, não olhei pra trás mas senti seus olhos furiosos em minhas costas.

Cheguei na hora exata em que o sinal tocou. Subi correndo para o quarto, tomei um banho, coloquei meu pijama, ajustei o relógio para despertar as 06:30 e fui dormir.

Infelizmente, acabei sonhando com os lábios de Malfoy.

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NA: desculpe se tiver algum erro de português, mas é que o meu teclado não está mutio bom. 


 

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