Acabou o amor



Capitulo 16


Acabou o amor


 


Escórpio abriu os olhos e os primeiros raios solares do dia entravam pela fresta se sua cortina fechada. Sentiu algo estranho dentro de si, imaginou que seria fome. Abriu as cortinas e deparou com os quatro alunos do segundo ano da Sonserina dormindo. Calçou seus chinelos verdes com um desenho de uma cobra e saiu do dormitório. Passara pela porta e estava descendo as escadas. Passara por outra porta e deparara com um Salão Comunal desértico.


O Salão Comunal da Sonserina era totalmente diferente. Ali havia sete portas, uma para cada ano, onde se subia e deparava com dois dormitórios, o masculino e o feminino. Pode-se encontrar também uma mesa enorme com onze lugares, estantes de livros e mais livros, na parede oposta da mesa havia um sofá, onde na frente do mesmo tinha uma mesinha.


Descia três degraus e se deparava com três sofás em forma de U, com uma lareira virada para eles. Atrás do sofá que estava de costas para as sete portas, havia um tipo de escrivaninha, onde se pode ver vários papéis, livros e penas jogadas. Atrás de um dos sofás, se você desse alguns passos se deparava um uma porta, mas olhando de fora era um retrato de uma cobra que lhe perguntava a senha.


Havia apenas duas pessoas no salão, uma estava na mesa fazendo anotações, talvez dever. A outra estava no sofá de costas para as sete portas, lendo um livro. Escórpio se aproximou da pessoa que estava no sofá e pode ver que era: Molly Weasley.


- Já? Tão cedo? – perguntou Escórpio se jogando no sofá oposto do da garota e começou a fixar o olhar no teto.


- Eu sempre acordo a essa hora. – retrucou a garota sem desviar o olhar do livro.


- Eu acho que estou apaixonado.


- Eu sei. – respondeu ela continuando a fixar o olhar no livro.


- O quê? – perguntou Escórpio se sentando no sofá e olhando para Molly.


- Todos sabem Esc, você vive aos beijos com ela pelos corredores! – bradou Molly olhando para o menino rapidamente e voltando o olhar pro livro.


- De quem você está falando? – perguntou o menino ainda confuso.


- Rosa Weasley! – bradou a garota fechando o livro e jogando ele na mesinha no centro dos sofás.


- O quê? Não! – respondeu Escórpio.


Molly parecia mais confusa do que o próprio Malfoy.


- Você... está traindo Rosa? – perguntou a Weasley em choque.


- Nunca! – retrucou Escórpio seco. – Só acho que não a amo mais como amava.


Molly continuou de boca aberta como se não tivesse acreditado no que acabara de ouvir. Escórpio apenas levantou e saiu do Salão Comunal. Caminhava lentamente por entre as paredes escuras. Não viu muitas pessoas passarem por ele.


Passara Filch, fantasmas, alguns professores, até alunos mais velhos, como monitores, etc. Ele rumou para os jardins. Já era maio e o calor estava começando a ficar insuportável. O vento balançava as árvores e flores, fazendo voar pétalas, folhas e sementes.


Escórpio caminhou até uma árvore, onde se deitou no gramado. Ficou admirando o céu. Ficara ali mais ou menos uns cinco minutos quando consultou o relógio. Era cinco para as seis quando ele ouvira passos no gramado indo em direção a ele.


- Por que você não foi ao Salão Comunal da Grifinória hoje? – perguntou Rosa deitando ao lado dele.


- Ah, eu não sei. – respondeu depois que ela lhe dera um beijo. – Acho que... não sei.


Ela se deitou sobre o peito do Malfoy e fechara os olhos, sentindo apenas o vento.


 


Escórpio e Rosa subiram juntos para o Salão Principal. A garota percebeu que o namorado não estava normal.


- Esc, me conta o que você tem. – implorou a garota.


Escórpio a puxara para um canto e entraram atrás de uma estátua. Ali não seriam vistos.


- Olhe. – começou sem jeito. – Eu acho que não a amo mais.


Rosa ficara branca. Palavras não saiam de sua boca e seus olhos não soltaram o olhar de Escórpio.


- O quê? – perguntou a menina confusa.


- Eu acho que estou amando outro alguém.


Ele não deveria ter dito isto. Os olhos de Rosa se encheram de lágrimas.


- Não, não pode ser verdade. Alguém te deu poção do amor. – retrucou a menina certa de que era tudo uma brincadeira.


- Não. Eu acho que gosto de Dominique.


Os olhos da menina derramaram lágrimas. Ela estava toda branca e gélida. Não acreditara do que ouvira.


- Me desculpe.


Escórpio virara as costas e estava saindo quando Rosa berrara de trás da estátua ainda.


- Espere! Então quer dizer que terminamos?


- Exato.


- Você não pode fazer isso comigo!


A Weasley correra para Escórpio e lhe dera um abraço, as lágrimas jorrando de seus olhos. Ela esmurrava as costas do garoto, parecia que queria amá-lo e espancá-lo.


- Me diga que é mentira! Por favor, DIGA! – berrara Rosa aos soluços.


- Desculpe. Não.


Ela caiu de joelhos aos pés de Escórpio. Estava soluçando alto e chorando. Parecia que nunca pararia de chorar. Escórpio apenas virara as costas e saiu andando de volta ao salão. Rosa ficara ali no Saguão de Entrada, ajoelhada aos choros.

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