Hogwarts
"Há um minuto atrás eu estava em paz, tava tranquilo. Estava indo muito bem até sua aparição.
Foi cilada sem sentido... entrei na contra-mão. Não sei explicar como foi que aconteceu. Alguma coisa em mim mudou"
Sirius Black
O belíssimo salão principal com seu teto encantado estava em seu jeito habitual, e não completamente destruído como da última vez em que os alunos do futuro o viram. A única diferença parecia ser as quatro mesas das casas que estavam maiores, com certeza pela chegada pela chegada dos novos alunos.
Os alunos do passado e futuro continuaram separados, ficando os primeiros sentados do meio para frente e os segundos no início da enorme mesa. Foi realizada a seleção e logo em seguida o delicioso jantar. Após todos terem saboreado a sobremesa, Dumbledore ergueu-se sorrindo para os alunos e o silencio reinou-se no salão.
- Sejam todos muito bem vindos à Hogwarts! – disse – Tenho alguns recados de início de ano letivo, então quero pedir um minuto da atenção de todos. Em primeiro lugar o zelador, o Sr. Filch, pediu para lembrá-los que é proibida a realização de feitiços nos corredores – dizendo isso olhou para os marotos e alguns alunos riram. Harry e Jenny sorriram observando Tiago bagunçar os cabelos ao longe – E que a floresta em nossos terrenos é igualmente proibida pelos perigos que oferece.
“Em segundo lugar, gostaria de lembrar a todos da chegada dos alunos do futuro, que permanecerão aqui conosco por tempo indeterminado. Vou responder para vocês a pergunta que com certeza estão se fazendo: por que eles estão aqui? Bom, a resposta é simples: Uma guerra contra Voldemort, na qual ele foi derrotado, destruiu toda a nossa escola do futuro, e agora ela está em processo de reconstrução e os alunos ficarão aqui até que ela fique pronta.
“Sei que serão receptivos com nossos visitantes e darão um generoso apoio a eles, já que, como sabem, estão a 21 anos de distância de seus pais e familiares. Quero pedir também para que não fiquem investigando o futuro, uma vez que, depois que eles forem embora, suas memórias serão alteradas de forma que só voltarão a se lembrar de tudo o que aconteceu aqui quando isso voltar a acontecer no futuro, ou seja, no ano em que eles estão no futuro.
“Também gostaria de lembrar que o único parentesco que poderá ser revelado é o paterno. As conseqüências para maiores revelações ou maiores proximidades que a amizade serão severas. Ninguém deve mudar o passado ou o futuro.
“Quanto à Copa de Quadribol entre as casas, faremos da seguinte forma: as quatro casas do passado e do futuro competirão entre si. Na final teremos um jogo entre a casa vencedora do passado e a do futuro.”
Ocorreram murmúrios de aprovação. Com certeza seria um ano excitante.
- E não podendo me esquecer dos dormitórios – o silêncio reinou novamente – Estes foram aumentados. Os dormitórios masculinos que eram para 4 pessoas, agora são para 8; e os femininos que eram para 3, agora são para 6.
- Iste serrá horrível – disse Gabriely para Mione, Gina e Jenny em meio aos murmúrios que se iniciaram – Dividirr o quarrte com sês garrotas? Quantes banherres tem?
Gina revirou os olhos e Jenny riu enquanto Hermione respondia:
- Apenas um, eu acho.
- Sério – sussurrou Gina para Jenny – Será horrível ter ela aqui! Ela consegue ser mais irritante e mandona que a Fleuma!
Jenny fez uma careta para responder.
- Acho que tê-la aqui não será tão ruim quanto tê-la como cunhada.
- O que?!
- Acho que ela e Mark estão de rolo. – explicou
Gina gemeu baixinho – Não! – e Jenny e Harry, que estava escutando a conversa, riram.
- Agora – continuou Dumbledore – Está na hora de irem todos dormir. Monitores, por favor, encaminhem os alunos mais novos às suas casas. Boa noite!
Os murmúrios e barulhos de pessoas se levantando eclodiu pelo salão.
- Vamos? – chamou Gina
- Ah... – Harry hesitou e olhou rapidamente para Hermione – Me desculpe, Gina, mas eu, Jenny, Mark, Rony e Hermione temos que nos encontrar com o prof.º Dumbledore na sala dele...
- Tude bem! – interrompeu Gabriely puxando Gina de Harry – Ginevrra pode virr comigue. Eu non conhece a escola dirreite mesme.
- Gabriely, você terá que ir com Luna que também é da Corvinal – disse Gina impaciente – Nos veremos amanhã, ok?
Gabriely fez uma careta analisando Luna e todos reprimiram os risos.
- Eu vou com Neville – Gina disse para Harry – Te vejo amanhã.
Ela deu um beijo de despedida no namorado.
- Vamos logo! – chamou Hermione puxando Harry e os guiando em meio à massa de alunos.
- Bella, aonde você vai? – perguntou Lúcio
- Vou colocar meu plano em prática – respondeu a morena com um sorriso maligno – preciso falar com Dumbledore.
- Queria saber o que ela está tramando – disse Régulo observando Bellatriz se afastar.
- Entre – pediu o Prof.º Dumbledore ao ouvir a batida na porta.
- Professor? – Jenny entreabrira a porta – Sou Jennifer Potter. O senhor pediu para que viéssemos falar com o senhor.
- Seus irmãos e amigos estão com você?
- Sim.
- Entrem, por favor.
Eles adentraram a sala. Hermione e Jenny se sentaram nas duas cadeiras diante do professor e Mark, Rony e Harry ficaram em pé atrás delas.
- Bom, esses são meus irmãos Mark e Harry Potter – ela apontou – e nossos melhores amigos Ronald Weasley e Hermione Granger.
- É um prazer conhecer os cinco. Devo confessar que estava até um pouco ansioso por isso.
Eles sorriram sem jeito.
- A prof.ª McGonagall nos pediu para responder suas perguntas com relação à nossa vinda – disse Hermione
- Sim. Eu pedi isso a ela na verdade. Gostaria de ter uma idéia mais detalhada sobre o que os trouxe aqui.
Harry e Jenny se entreolharam.
- O que o senhor sabe? – perguntou Harry
Dumbledore sorriu, observando a hesitação dos irmãos.
- Sei que são filhos de Tiago Potter e que Voldemort matou seus pais quando vocês tinham um ano e que na mesma noite vocês dois sobreviveram à maldição da morte ficando apenas com uma cicatriz em forma de raio na testa. Sei também que enfrentaram Voldemort várias vezes e que na ultima dessas batalhas o derrotaram. O mundo bruxo e inclusive Hogwarts estão destruídos.
- Acho que sabe o suficiente – disse Jenny
- Não sei uma coisa – ele fez uma pausa antes de continuar – Por que Voldemort caçou seus pais?
Harry e Jenny se entreolharam novamente antes de responder.
- Por causa de uma profecia – disse Harry
- E o que diz essa profecia?
- Diz que um casal de gêmeos nascidos no final do sétimo mês, daqueles que desafiaram o Lorde das Trevas três vezes, teriam o poder de vencê-lo, e que ele os marcaria como seus iguais.
- E Voldemort supôs que fossem vocês?
Eles acenaram com a cabeça, confirmando.
- Mas havia a possibilidade da profecia se referir aos Longbottom – disse Jenny – Neville Longbottom nasceu um dia antes da gente e tinha uma irmã gêmea também, mas disseram que ela nasceu muito fraquinha e morreu 7h depois do parto.
- E então Voldemort nos marcou como seus iguais, como dizia a profecia – finalizou Harry tocando a própria cicatriz
- E, só por curiosidade, quem os criou depois da morte de seus pais? Não seria Sirius Black, seria? – perguntou Dumbledore
- Não – respondeu Mark, só então se manifestando – Foi nossa tia trouxa. Eu fui junto já que havia sido adotado pelos Potter.
- Ah, você deve estar falando de Petúnia Evans, irmã de Lílian Evans.
Eles concordaram novamente.
- E, deixe-me perguntar, você sabe por que seu pai não te criou, Mark? – Dumbledore o olhava por cima dos óclinhos de meia lua.
- Sei, e não tenho vergonha de ter um pai lobisomem, se é o que está o senhor está pensando.
- Ah! Mas é claro não. Remo Lupin é um grande homem. Não vejo motivos para um filho dele sentir vergonha. – disse o diretor sorrindo – Agora, onde estava Sirius Black nisso tudo? Não consigo imaginá-lo abandonando os filhos de Tiago Potter. São melhores amigos. Quase irmãos!
- Ele não nos abandonou – disse Jenny – Estava em Azkaban. Foi acusado de trair meus pais, entregá-los a Voldemort e matar Pedro Pettigrew.
- Mas o culpado disso tudo era o próprio Pettigrew – continuou Hermione – Ele forjou a própria morte.
- Isso explica muita coisa – disse Dumbledore
Eles fizeram cara de desentendidos e Rony perguntou:
- Desculpe, professor, mas o que isso explica?
- A Prof.ª McGonagall do futuro me pediu para que transferisse Pettigrew para a Durmstrang enquanto estivessem aqui.
Todos ficaram em silêncio sem saber o que dizer.
- Será que já podemos voltar para o dormitório, agora? – pediu Harry. Estava exausto.
- Podem. Devo imaginar que vocês não querem que ninguém saiba sobre tudo isso, não é mesmo?
- Por favor.
Dumbledore sorriu bondosamente.
- Professor, só mais uma pergunta – disse Hermione – Sobre o que o senhor falou no jantar. Quer dizer que enquanto as coisas acontecem aqui, as pessoas no futuro começam a se lembrar?
- Isso mesmo.
- Mas... como?
- Eu não vou apagar nem alterar a memória de ninguém. Irei apenas fazê-la adormecer... até o futuro. – explicou sorrindo.
POV BELATRIZ BLACK
Tem que dar certo. É só puxar assunto, inventar qualquer desculpa para isso, conversa vai, conversa vem... bimba! Eu consigo alguma pista! O Lorde das Trevas ficará orgulhoso.
Cheguei à gárgula que liberava a passagem para a sala do diretor e sorri comigo mesma. A passagem estava aberta. 10 pontos para mim! Subi a escada e me aproximei da porta que estava apenas encostada. Para minha surpresa ouvi vozes:
- O que o senhor sabe? – era a voz de um garoto
- Sei que são filhos de Tiago Potter – era Dumbledore – e que Voldemort matou seus pais quando vocês tinham um ano e que na mesma noite vocês dois sobreviveram à maldição da morte ficando apenas com uma cicatriz em forma de raio na testa. – aproximei mais o ouvido da porta, absorvendo cada palavra – sei também que enfrentaram Voldemort várias vezes e que na ultima dessas batalhas o derrotaram. O mundo bruxo e inclusive Hogwarts estão destruídos.
Não agüentei e espiei pela fresta aberta da porta. Havia cinco garotos de frente para Dumbledore que encarava um moreno de cabelos bagunçados e espetados na nuca como os de Tiago Potter. Esse com certeza era um dos dois a quem Dumbledore se referia, mas quem era o outro?
- Acho que sabe o suficiente – disse uma das garotas e Dumbledore se virou para a de cabelos pretos.
- Não sei uma coisa. Por que Voldemort caçou seus pais?
Bingo! Ela era a outra pessoa a quem aquele velho se referia. Um casal, filhos de Tiago Potter, e que matariam o Lorde das Trevas. Com certeza os dois adolescentes de quem estavam falando no ministério, de acordo com Dolov.
- Por causa de uma profecia – respondeu o moreno
Congelei.
- E o que diz essa profecia?
- Diz que um casal de gêmeos nascidos no final do sétimo mês, daqueles que desafiaram o Lorde das Trevas três vezes, teriam o poder de vencê-lo, e que ele os marcaria como seus iguais.
Arfei. Impossível! Eles não podiam ter o poder de vencê-lo. Que poder era esse? Como eles o tinham? Preciso sair daqui. Desci a escada e corri de volta para a sala comunal da Sonserina. Chegando à porta, vi um garotinho de uns 12 anos, mas eu não o conhecia. Devia ser do futuro. Decidida, fui até ele e o olhei ameaçadoramente.
- Responda-me uma pergunta – ordenei – Quem são os filhos de Tiago Potter?
Severo, Régulo, Lúcio e Narcisa agora estavam ao meu lado e me olhavam como se eu tivesse perdido a sanidade. Idiotas!
- Ti-Ti-Tiago Po-Potter? – gaguejou o garoto
- Isso mesmo. Qual o nome dos filhos dele? Responda!
- Ele tem três – respondeu o menino com uma expressão de medo no rosto – São Harry, Jennifer e Mark Potter.
- Quero saber do casal de gêmeos.
- Os gêmeos são Harry e Jennifer Potter.
Dei as costas para ele e virei-me para os outros.
- O que é isso, Bella? – perguntou Narcisa – Por que quer saber o nome dos filhos do Potter?
- Porque eles mataram o Lorde das Trevas no futuro.
- O QUE?! – gritaram eles
- Sentem. É uma longa história para contar.
POV NARRADOR
- Não acham que foi informação demais? – perguntou Hermione enquanto desciam a escada que levava ao escritório de Dumbledore.
- McGonagall nos mandou responder todas as perguntas dele – disse Rony – E além do mais, nem foi tanta informação. Nem falamos sobre as Horcruxes!
- Shhhhhhhhhhhhh! – disseram todos para o ruivo
- Rony, não podemos falar sobre isso aqui! – bronqueou Mark
- Desculpem. Eu tinha esquecido.
Eles terminaram de descer a escada e encontraram a gárgula aberta.
- Rony, você tinha sido o ultimo a passar. Não tinha fechado a passagem? – perguntou Jenny
- Pensei que fechava sozinha...
- Aff, Ronald! E se alguém subiu?
- Se alguém tivesse subido teríamos visto e também...
- Bethovem! O que está fazendo aqui? – exclamou Jenny o interrompendo.
Eles estavam no corredor e o São Bernardo os esperava sentado próximo a parede. O cachorro latiu em resposta e puxou Jenny pelas vestes para o corredor de frente à gárgula.
- É por aqui, Bethovem. Por aí, não.
O cachorro tornou a latir.
- Acho que ele quer dar uma volta – disse a garota pensativa
- Já está tarde, Jenny. Não podemos! – repreendeu Hermione
- Será rápido. Encontro vocês no salão comunal – e se virou com Bethovem para outro corredor.
- Oi! – Tiago chamou pelo espelho
- Fala, Pontas – respondeu Sirius
- Onde você ta?
- No salão principal. Eu tinha esquecido minha capa, agora estou voltando para a torre.
- Eu to com sono, seu cachorro! Não vou te esperar para dormir, não!
- Ô Pontas? O que você ta pensando? Num somos um casal para você me esperar para dormir não, ta?
- Ah, cala a boca, seu cachorro idiota! Ta me estranhando? To falando isso porque queria falar com você.
- Manda aí.
- É sobre a Lily.
- O que a ruivinha histérica fez, além de te dar mais um fora?
- Como você sabe?
- Fala sério, Pontas! Então Lílian Evans te deu um fora... grande novidade!
- Ta engraçadinho, hem Almofadinhas?
- Foi mal, cara, sério – desculpou-se Sirius. Sabia que Lílian Evans era o ponto fraco do amigo, então não queria levar as brincadeiras muito longe – O que aconteceu?
- Bom, ela não me esperou na estação como eu pedi, e eu não a encontrei no trem, porque estava na cabine dos monitores. Agora a noite ela me ignorou totalmente, e quando fui falar com ela para convidá-la para ir à Hogsmeade comigo no fim de semana que vem ela disse um “ME DEIXA EM PAZ, POTTER!” bem cruel, sabe?
- Pontas, Pontas, você tem que mudar de tática.
- E o que quer que eu faça?
- Passe a ignorar ela.
- O QUÊ?!?! Aí que ela não vai me querer mesmo, né, seu tapado!
- E por que você acha isso?
- Ela não gosta de mim. Se eu fingir que desisti dela, aí que ela vai me ignorar.
- Eu discordo – disse Sirius – Sabe, Pontas, se a Lily não gostasse mesmo de você, nem se daria o trabalho de responder sua carta essa manhã. E ela já está tão acostumada com você na cola dela, que se você parasse, ela sentiria sua falta. Você tem que usar a tática da autoconfiança.
- Sei não, Almofadinhas.
- Escuta o que eu to falando. O cara aqui é experiente.
- Mas a Lily é diferente de todas as garotas que qualquer um de nós dois já ficamos. Não tem como você saber...
- Meu caro Pontas, para mim todas as garotas são iguais. Todas são apenas pedaços de carne em um formato gostoso e atraente. Ta pra nascer alguma que seja diferen-aaaaaaaaaah!
- Almofadinhas! O que é isso? O que aconteceu?
- Nada não, Pontas. Depois a gente conversa. – disse guardando o espelho e se virando para quem caíra em cima dele – O que você pensa que está fazen...
Parou de falar ao olhar para a garota caída no chão ao seu lado. Era ainda mais bonita do que reparara na estação. Um leve arrepio o tomou, eriçando levemente os pêlos dos braços e da nuca.
Ela não era parecida com nenhuma garota que ele tenha conhecido. Isso era evidente apenas pela aparência. Os longos cabelos pretos e luminosos presos em um belo rabo. A pele clara e impecável como a neve, um tanto corada, talvez porque estivesse correndo atrás do cachorro. Os olhos eram de um verde vivo incrível e os belos lábios vermelhos e delicados lhe eram muito atraentes.
- Me desculpe por isso – ela apressou-se em dizer
- Não se preocupe.
- Não, sério. Bethovem saiu correndo, querendo brincar e eu o segui...
Sirius sorriu lindamente a fazendo calar. Em seguida, levantou-se e estendeu a mão querendo ajudá-la a ficar em pé. Ele era mais alto que ela que lhe batia no nariz.
- Sou Sirius Black – apresentou-se
- Sirius? Está brincando? – ela pareceu surpresa
- Nos conhecemos? – ele a analisou tentando se lembrar. ‘Não – pensou – eu me lembraria se a conhecesse, com certeza. ’
- Não. Quer dizer, sim. Do futuro.
- Verdade? – ele deu um sorriso malicioso e Jenny corou ao percebê-lo – A que casa você pertence?
- Grifinória – ela respondeu orgulhosa
- Eu também.
- Eu sei. Único grifinório em uma família de sonserinos, não é?
- Minha família me odeia por isso. Fugi de casa no verão passado – contou enquanto começavam a andar
- Também fugi de casa no meu verão do 3º ano, mas Dumbledore me fez voltar uma ano depois.
- Não gosta de sua família também?
- Na verdade, eles me odeiam porque sou bruxa.
- É nascida trouxa?
- Não – ele franziu as sobrancelhas – Mas fui criada com meus irmãos por uma família de trouxas desde que meus pais morreram quando eu tinha um ano. E eles nos odeiam.
- Sinto muito.
- Não se preocupe. Mas de qualquer forma, foi quando fugi de casa no 3º ano que te vi pela primeira vez. Embora na ocasião você estivesse na forma de cachorro.
- O que?! – ele sobressaltou-se e Jenny riu – Você... você sabe?
- Sei.
- E mais alguém sabe?
- Meus irmãos, meus dois melhores amigos e minha cunhada.
- Não acredito! O que sabem?
Jenny sorriu ao responder.
- Sabemos que você, Almofadinhas, se transforma em cachorro; Tiago, Pontas, em cervo; e Pettigrew – tentou não fazer uma careta ao dizer esse nome – Rabicho, em rato. Também sabemos sobre o Mapa do Maroto.
- Sabem sobre o mapa?! Como?
- É que agora ele pertence a mim, Harry e Mark.
- Seus irmãos?
Ela acenou, confirmando.
- Isso é incrível. Vocês quase parecem marotos. Como conseguiram o mapa? Filch nos confiscou há alguns meses.
- Nossos amigos Fred e Jorge, o acharam na sala do Filch. Depois de um tempo deram ele para nós.
- Uau! Estou impressionado.
Jenny voltou a sorrir e passar a mão pelos cabelos...
- O que é isso? – Sirius olhou sua cicatriz com curiosidade.
- Ah... – ‘pensa, pensa, pensa, pensa’ – É só uma marca de nascença.
Sirius ergueu as sobrancelhas.
- Me parece uma cicatriz.
Jenny sorriu amarelo. Ao menos a Sirius ela devia uma meia verdade.
- Foi a primeira desculpa que pensei – admitiu – Não posso falar muito sobre minha cicatriz.
- Tudo bem, mas ao menos pense em uma desculpa melhor da próxima. “Marca de nascença” não colou muito bem – disse rindo e ela se permitiu rir também.
Eles chegaram ao quadro da Mulher Gorda.
- Fortuna Major – disse o maroto fazendo o quadro abrir a passagem.
Jenny pegou Bethovem no colo ao entrar.
- Gosta de cachorros? – Sirius a perguntou maliciosamente, vendo-a brincar com o filhote.
- Você é um cretino – disse ao mesmo tempo indignada e achando graça.
- Considere que esse “cretino” ficou imensamente magoado – ele fez cara de cachorro sem dono e Jenny riu.
- Jennifer!!! – gritaram duas vozes e Jenny se virou a tempo de ver Hermione e Gina vindo em sua direção.
- É esse o seu nome? – Sirius se abaixou para cochichar em seu ouvido.
- O que pensou que fosse? – ela sussurrou de volta.
- Smurfette.
Jenny fez uma careta em resposta e se virou para as amigas que chegaram diante dela.
- Onde esteve? Por que demorou? – perguntou Hermione
- E quem é ele? – Gina analisou Sirius com um sorrisinho nos lábios e Hermione fez o mesmo.
Sirius levou a mão aos cabelos e sorriu sedutoramente, fazendo Jenny revirar os olhos.
- Este é o Sirius – ela apresentou
As amigas arregalaram os olhos e olharam para ela.
- O que?
- O Sirius?
Quando Jenny fez que sim com a cabeça, Gina exclamou: - Uau! – fazendo Sirius sorrir mais ainda.
- Como se conheceram? – perguntou Hermione
- É uma longa história. Depois eu explico. Cadê Harry e Mark?
- Subiram – respondeu Gina – E pediram pra você ir falar com eles quando chegasse.
- Ok. Já estou indo. Mais alguma coisa?
- Sim – respondeu Hermione – É sobre o Remo. Ele parecia pálido. Por acaso está chegando a lua cheia? – perguntou se virando para Sirius.
- O que?! Vocês... vocês... – ele procurou Jenny com os olhos
- Me desculpe. Tinha esquecido desse detalhe. Mas todos os alunos do 5º ano em diante sabem que Remo é lobisomem.
- Como?
- Ele nos dava aula de Defesa Contra as Artes das Trevas – explicou – Mas fique tranqüilo, porque todos foram proibidos de dar com a língua nos dentes. E ele não sofrerá com preconceito, também. Não vindo dos alunos da Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa pelo menos. Todos o adoravam quando dava aulas.
Sirius a olhou contrariado, mas preferiu não discutir o assunto. Até porque não tinha solução.
- Vou falar com meus irmãos agora – ela disse, ao ver que Sirius não prolongaria o assunto – Onde é o dormitório deles?
- O mesmo que o de Sirius. – Gina respondeu
- Ok – disse Jenny se virando para subir as escadas e Sirius foi atrás mandando um tchauzinho para as garotas que ficaram.
- Seus dois irmãos estão no 7º ano? – perguntou enquanto subiam as escadas.
- Sim – respondeu – E eu também.
- Vocês três? Têm a mesma idade?
- Eu e Harry temos 18 porque somos gêmeos. Mark vai completar 18 na próxima semana, mas ele foi adotado.
- Vocês já não deviam estar fora de Hogwarts, não? Têm 18 anos.
- Devíamos, mas estivemos afastados da escola por um ano – de novo optou pela meia verdade – Mas esta é uma outra longa história.
- Você é cheia de longas histórias – ele observou, enquanto entravam no dormitório e diminuiu o tom da voz, porque todos pareciam estar dormindo – E cheia de mistérios também. Gostaria de descobrir alguma coisa.
- E eu gostaria que não tentasse.
- É tão ruim assim? – ele perguntou se aproximando dela. O quarto estava escuro se não fosse a luz do banheiro acesa, com a porta aberta.
- Horripilante – ela respondeu com um meio sorriso.
Sirius riu. Estava tão próximo que seus corpos se encostavam. Ele apenas olhava para aqueles olhos verdes. A pequena claridade refletia neles fazendo-os brilhar, mas ele conseguia enchergar muito alem daquele brilho. Ele via um fogo mais ao fundo. Repleto de calor. E esse fogo o chamava atenção mais do que tudo.
- Você tem os olhos mais lindos que já vi – disse
Jenny corou e ficou feliz que a pouca claridade o impedia de ver isso.
- Obrigada – respondeu
Sirius se aproximou mais um pouco e agora Jenny podia sentir o cheiro dele, a respiração dele, e se aproximasse mais um pouquinho, duvidava que não sentisse seu coração bater também. Seus olhos azuis quase a faziam mergulhar em outro mundo.
Jenny o percebia se aproximando mais, mas desta vez de cima para baixo. Ele estava se inclinando para ela, ainda a olhando de forma sedutora, e quando a distancia entre eles passou de ‘perigosa’ para ‘risco de vida’, o som de um ronco os fez despertar e ambos saltaram para trás surpresos.
- Ah... – Jenny procurou palavras
- Desculpe – pediu Sirius com um sorrisinho nos lábios ao ver o constrangimento da garota.
- Tudo bem, esquece.
Sirius a olhou estranhamente por um tempo, ambos sem saber o que dizer até Jenny quebrar o silencio:
- Bom, meus irmão estão dormindo, então vou pro meu dormitório – ela fez uma pequena pausa – Até amanhã, Sirius.
- Até amanhã, Jenny.
Ela saiu do dormitório deixando Sirius ali parado por mais um tempo, com um sorriso nos lábios. Quando a consciência voltou a si, ele se trocou e deitou para dormir.
Sonhou que estava em uma floresta com muitas árvores e suas folhas verdes. O chão era coberto por plantas, musgos e outras coisas verdes. Insetos verdes estavam aqui e ali. Foi andando até chegar a um lago muito azul rodeado de uma grama muito verde... Se virando viu uma corça à beira do lago. Foi até ela que se voltou para ele ao perceber a aproximação. Os olhos da corça eram verdes. Mas dentre tantos verdes, aquele era o mais bonito dos verdes. Era o mesmo verde e os mesmos olhos de...
- Jen?
____________________
Capítulo postado! Espero que gostem!
Presente de natal!!! XD
Super beijo!
Próximo capítulo: A Biblioteca
Aguardem!
Chrys
Comentários (1)
obrigada pelo presente nossa já pensou que quanto jeny foi embora sirius pode querer se cunsolar com sua cunhasa ..................................................... se for isso só tenho uma certeza jeny não vai conhecer o ´´amado`` padrinho
2012-05-19