Único
Ele estava ali. O mesmo lugar em que estivera na companhia dela, a tantos anos atrás. Novamente mas um ano de sua morte, e tudo o que ele fazia era ir lá, naquele mesmo lugar.
O mesmo lugar em que passaram o dia deitados na grama, ele contando histórias de Hogwarts para ela e ela se maravilhando a cada palavra que ele dizia. Ele amava quando ela ria, quando sorria, e quando via seus olhos marejarem ao ouvir falar das criaturas mágicas. Ela não entendia muita coisa sobre o que ele falava, mas ela imaginava. Ela tinha certeza que seus sonhos iam se realizar quando chegasse em Hogwarts. Ele tinha certeza que seus sonhos iam se realizar se ela pegasse sua mão.
O lugar estava triste e melancólico, como sempre. Mas fazer o que, o que ele poderia fazer depois de tudo o que passou? Tantos e tantos anos, aquele lugar tendo visitas somente quando completava aniversário de morte?
Ele tinha quase certeza, de que toda vez que ele aparecia naquele lugar, que ele deitava na grama, como fazia tantos anos atrás, ela abandonava o grande idiota James Potter no céu, e viajava através dos ventos, e se deitava ao lado dele. Chorava ao lado dele. Sentia falta dele, assim como ele sentia dela.
Por que ele achava isso? Porque toda vez que ele deitava-se, o vento batia forte no seu rosto, jogando seus cabelos escuros na frente do rosto, ele sentia um perfume de flores camponesas, e sentia ela ali. Sentia ela deitando ao seu lado.
E toda vez que isso acontecia, ele fechava os olhos e começava a contar a sua vida em Hogwarts. Louco, não acha?
Louco talvez, mas com certeza era o amor dela que o deixava assim.
Ele abria os olhos novamente, e sua mente volta no tempo. Ele praticamente pode ver os olhos verdes brilhantes dela olhando-o, interessada. Ele chora. Ele berra o seu amor pra ela. O seu amor que ficou desconhecido pra ela, mas que nunca, nunca, nunca morreria.
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