Apanhando de verdade



Capitulo 15


Apanhando de verdade


 


Fora chegando o meio de janeiro e todos já haviam parado de comentar sobre o duelo no Salão Principal, após o Natal. Não tinha também muito que comentar, fora só alguns feitiços lançados contra os outros, mas ninguém podia negar que fora um duelo legal.


Alvo, Drew e Elizabeth estavam indos para sua aula de Feitiços, que era no mesmo andar do Salão Comunal da Grifinória do primeiro ano. Eles estavam numa conversa eletrizante que nem perceberam que o professor Flitwick falara seus nomes na chamada.


Eles eram os primeiros a chegarem à sala. Sentaram numa mesa e continuaram sua discussão. A sala foi se enchendo até que todos os alunos da Grifinória e da Corvinal estavam lá. Rosa pegara o lugar onde Elizabeth estava sentada.


Eram três e meia da tarde e o sol rachava de quente.


- Boa tarde alunos! – falou Flitwick com a sua voz esganiçada. – Hoje vou ensinar a vocês um feitiço simples. Muitos já devem imaginar qual seja. – falando isso apontou a varinha para Rosa como indicação. – O feitiço chama-se Wingardium Leviosa. Alguém sabe o que esse feitiço faz?


Nesse exato momento, alguém que o professor sabia que ergueria a mão ergueu. Com mais um aceno com a varinha, indicou Rosa para se pronunciar.


- Wingardium Leviosa é um feitiço de levitação. Serve para levitar tudo. Quanto mais leve for o objeto, mais fácil é de levitar.


- Muito bem! Dez pontos para Grifinória. O movimento para a levitação é simples. – ele fez um movimento que para Alvo pareceu girar e sacudir. – Vamos começar com uma pluma. É leve e não fere ninguém caso dê errado.


Todos os alunos fizeram o movimento e murmuraram a palavra corretamente, mas ninguém conseguiu de primeira.


Passaram-se meia hora e todos já estavam com suas plumas erguidas. Não era tão difícil assim erguer os objetos tão leves iguais aquele.


- Dez pontos para as duas casas.


O professor ficara falando muitas coisas o que deixaram os alunos cansados.


Uma hora depois finalmente, a aula acabara. Ela nem fora tão ruim assim, apenas cansativa. O trio subiu para o Salão Comunal, onde teriam aguardariam o jantar, pois já era cinco da tarde. O sol já estava fraco aquele horário.


Alvo, Elizabeth e Drew estavam sentados nos sofás dando umas olhadas nos livros que eles tinham e discutindo feitiços, poções, tudo mais. Rosa e Dominique vieram e sentaram no sofá também.


- Ei Rosa, vê se consegue esse feitiço. – Alvo passara o livro para Rosa dar uma olhada.


- Ah, Escórpio me ensinou ele.


Ela apontou a varinha para uma pilha de livros que estavam na mesa e murmurou “Flipendo”. Fazendo isso, a pilha de livros caiu fazendo um estrondoso barulho.


- Esse aqui parece legal. – Drew sacara a varinha, apontara para as grades da lareira. – Everte Statum!


As grades caíram dentro da lareira fazendo outro estrondoso barulho. Elizabeth levantara e tirara as grades de lá.


- Tenho um que parece legal também. Lacarnum Inflamarea!


Saíram faíscas de fogo fazendo acender a lareira.


Eles ficaram questionando feitiços que muitas vezes não conseguiam utilizá-lo. Poções e para que provavelmente serviam. Eles abriram vários sapos de chocolates também, feijõezinhos de todos os sabores, tudo.


 


O relógio em cima da lareira batera seis e meia da noite. Drew levantara e suspirara. Eles continuaram o papo exceto por Drew, que pronunciara.


- Preciso ir ao banheiro.


Ele saiu do Salão Comunal e subiu mais quatro andares. O banheiro masculino era no sexto andar e tinha uma passagem secreta para o sétimo.


Alvo, Rosa, Elizabeth e Dominique estavam conversando tão animadamente que nem perceberam que Cristopher saiu do Salão logo após Drew.


 


O banheiro estava vazio e Drew entrara nele. Estava com um cheiro extremamente desagradável e tinha seis boxes para banho e seis com privadas. As pias eram do outro lado dos boxes e havia espelhos nelas. A cor escura das paredes e do chão causava arrepios em qualquer um.


Quando Drew estava saindo do banheiro, fora impedido por quatro garotos. Três já deviam estar no quinto ano e um baixo. Eram Caio, Jensey, Cristopher e o outro com o nome desconhecido.


- Olá. – falou Jensey com um sorriso no rosto.


Drew fora recuando para tomar distancia dos meninos. Quando todos entraram, o desconhecido deles fechou a porta, apontara a varinha para ela e murmurara “Abaffiato”, fazendo um escudo invisível se formar para evitarem ser escutados.


Drew sacara a varinha, mas Caio fora mais rápido. Usara o feitiço de desarmamento e a varinha do menino voou para a mão de Jensey. Ele agora estava enrascado.


- Agora não tem mais nenhuma amiginha para ajudar a menininha aqui. – caçoou Jensey.


Drew engoliu em seco. Eram quatro contra um, três deles eram mais velhos. Ele poderia enfrentar Cristopher sem problemas, mas os outros três atrapalhavam.


Se tentasse correr seria pego, porque os três eram mais fortes do que Drew.


- Sem feitiços, vamos resolver isso do jeito que os trouxas fazem quando é de homem pra homem. – falou o terceiro.


- Mas nesse caso aqui, Jhon, não é homem para homem. – Cristopher tentara parecer engraçado. Os outros três riram, mas não tinha a menor graça.


Jensey dera um soco bem forte na cara de Drew, fazendo o menino cair no chão. Após isso eles começaram a chutar e a socar o garoto indefeso.


Ficaram meia hora batendo no menino, que só pensava em proteger a cabeça.


- Isso é pra você aprender o que faz um homem. Ele beija é mulheres, sua bichinha! – falou Cristopher.


- Então vocês não são nem um pouco certo? Aposto que nenhum nunca pegara uma mulher na vida. – respondeu Drew entre os sangues que saiam do nariz e da boca.


- Ele perdeu a noção do perigo, certo? – perguntou Jensey.


Eles voltaram a socar o menino. Jensey dera um soco tão forte na cabeça de Drew que ele ficara desacordado.


- Ah, e agora? O que faremos com ele? – perguntou Jhon entrando em desespero.


Todos ali estavam brancos. Não sabia o que fazer com o moleque desmaiado no chão.


- Vamos colocar ele num boxe. – falou Caio.


Ele pegou Drew e colocara-o nem um dos boxes, sentado no chão. Eles fecharam e trancaram a porta. Antes de sair, Jhon usara o feitiço “Finite” na parede para cancelar o feitiço de abafamento.


Eles saíram e deixaram o garoto lá, desmaiado.


 


O relógio batera sete e meia, e faltava apenas meia hora para o jantar. Alvo percebera que já se passaram uma hora que Drew saiu.


Ele levantou, subiu as escadas para o dormitório masculino e pegou o Mapa do Maroto. Antes de procurar Drew era melhor procurar Victoire, caso o amigo esteja em alguma encrenca.


A prima estava subindo a Grande Escadaria, então Alvo se precipitou para sair e encontrar ela na saída do segundo andar. Aconteceu igual ele queria, quando saiu do salão, ela estava na porta.


- Victoire – falou bufando. – eu preciso da sua ajuda.


- O que houve Al?


- Drew. Ele sumiu.


Quando ele falou isso, pegou o mapa e estava procurando o amigo.


- Onde ele foi? – perguntou a menina olhando o mapa também.


- No banheiro masculino.


Victoire mudara a visão para o banheiro masculino e viu Drew lá. Apontara o dedo e já estava subindo quando Alvo falara.


- Ele está lá a mais de uma hora. Preciso que vá comigo até lá. Vai que ele está em alguma encrenca.


Eles subiram até o sexto andar juntos, pulando alguns degraus. Chegaram lá e abriram a porta escancarando-a. Eles olhavam do mapa para os boxes. Quando encontraram o que correspondia ao do menino, tentaram abrir, mas não deu certo.


- Alorromora! – falou Victoire, mas nada aconteceu. – Bombarda!


A porta escancarou e os dois puderam ver Drew desmaiado no chão.

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