Elizabeth Rossul



Capitulo 2


Elizabeth Rossul


 


- Quatro em cada barco, por favor! – gritou Hagrid para que todos pudessem ouvi-lo.


No lago, havia alguns barquinhos, o suficiente para transportar no máximo quatro em cada e Hagrid precisava de um só pra ele. Alvo e Rosa tiveram que dividir o barco com Escórpio Malfoy e com uma garota loira de olhos verdes, chamada Elizabeth Rossul, era até bonita por sinal.


Escórpio não parava de lançar olhares para Rosa como se sentisse nojo dela, pois seus pais eram ricos, e Escórpio sabia que os avós da garota não eram tão ricos como ele. Alvo não tirava os olhos do castelo mas também não parava de tremer.


Nos primeiros bancos da frente estavam Alvo e Rosa, e nos de trás estava Escórpio e Elizabeth.


- Ei, moleque, pare de tremer! Por que está tremendo? – perguntou Escórpio mantendo o nariz empinado. Alvo olhou para trás e respondeu:


- Nada não.


- Não se preocupe, vai dar tudo certo. – disse Elizabeth colocando sua mão em cima da de Alvo. E deu um breve sorriso para ele, que este retribuiu.


Escórpio não demonstrou riso ou nem ciúmes, apenas ficou olhando para aquela cena como se não acreditasse. Então, os três voltaram a atenção para o castelo, onde Rosa não desviara o olhar, nem para ver a cena. 


 


Os barcos pararam perto de um piso de pedra, onde Hagrid subira e todos os alunos acompanharam o guarda-caça.


- É aqui que deixo vocês, subam essas escadas e encontrarão o professor Neville Longbottom. – disse Hagrid indicando a escada e saiu andando para um campo aberto.


Alvo conhecia Neville, era amigo de Harry e Gina. Visitara muito a casa dos Potters. Os alunos do primeiro ano subiram as escadas e então, encontraram Neville no topo da escada. Ele era alto, magro, tinha uma barba mal feita, os primeiros dentes um pouco maior que os demais, usava um suéter cinza e uma calça jeans larga.


- Bem-vindos alunos novos! Bem-vindos a Hogwarts! Estávamos todos aguardando ansiosamente vocês no Salão Principal. Antes do fabuloso banquete de boas-vindas vocês serão escolhidos para suas casas, que serão nada mais nada menos que suas “famílias”. As casas são Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. – quando Neville disse isso, Alvo engoliu em seco. – Bom, acho que já estamos prontos, vamos?


Neville estava com um pedaço de pergaminho. Abriu uma porta gigante e entrou num tipo de salão, onde dava para mais uma porta e para uma gigante escadaria, onde todos os alunos ficaram indignados. O professor abriu outra porta e adentrou nela acompanhado dos jovens novos bruxos. Alvo viu numa mesa, todos seus primos e irmãos, e nas outras mesas milhões de pessoas com gravatas de cores diferentes.


Havia uma mesa principal no fim do salão, onde estava os professores, supunha Alvo. Ele avistou uma velha de cabelos presos sentada na cadeira principal, avistou um gorducho com cara de espanto ao seu lado, do outro lado a cadeira estava vazia, com certeza era de Neville. Tinha alguns outros professores que Alvo nem tentou saber quem é.


Na frente dessa mesa, havia um banco onde depositaram um chapéu velho e sujo. Alvo só percebera quem estava ao seu lado quando Elizabeth falou:


- O famoso Chapéu Seletor. – disse ela olhando para o chapéu. Alvo levara um susto que dera até um pulo quando ela começou a falar.


- Quando eu falar os seus nomes, vocês sentarão nesse banco e eu depositarei o chapéu em suas cabeças. – falou Neville segurando o chapéu. Por azar de Alvo, ele era o primeiro. – Alvo Severo!


Alvo saiu arrastando os pés até o banco, sabia que estava branco parecendo um fantasma. Era agora a decisão, Sonserina ou Grifinória? Para qual o chapéu velho lhe colocaria? Ele olhou para trás e viu Tiago lhe lançar um sorriso, tentou retribuir mas não conseguiu. Ele sentou no banco e Neville depositou o chapéu em sua cabeça.


- Grifinória! – gritou o chapéu com uma voz esganiçada.


Alvo se sentiu aliviado e então caminhou até a mesa da Grifinória, onde sentou-se ao lado de seu irmão, Tiago. 


- Parabéns moleque! – disse Tiago dando um soco no braço do irmão.


Passaram outros alunos e ele viu Rosa ir para Grifinória, Escórpio para Sonserina, Dominique para a Grifinória e finalmente chegou Elizabeth. O coração de Alvo acelerou e ele não conseguia entender o por que.


- Grifinória!


Alvo deu um suspiro e seu coração desacelerou. A garota veio correndo para a mesa e sentou-se ao lado de Rosa, que estava na frente de Alvo.


A senhora que sentava na cadeira principal levantou-se e bateu palmas dizendo “O banquete está servido!”. O monte de comida apareceu na frente dos alunos e Alvo ficou admirado naquilo tudo.


- Te avisei.  – disse Tiago dando uma cotovelada no irmão.


Alvo não parava de olhar para Elizabeth, que conversava com um menino ao lado dela chamado Chris Júnior, ele era um menino bonito, tinha cabelos enrolados e negros e olhos bem azuis.


- Eu sou sangue puro sabe, minha mãe e meu pai são bruxos. – dizia Elizabeth. – Pode me chamar de Eliz.


- Ah eu sou Chris Júnior, também sou sangue puro.


Alvo sentiu uma certa fincada no coração. Desejara que ninguém tivesse visto o olhar que ele lançou para Chris. Tiago estava conversando com Victoire, que estava ao seu outro lado. Ela não parecia nada feliz em ter de escutar o garoto falar, até que ele se calou, o que o menino mais novo achou estranho e olhou para o irmão. Ele estava olhando fixamente para uma menina na mesa da Lufa-Lufa e ela retribuía tal olhar.


Alvo riu e chamou a atenção do irmão, que este já estava corado de vergonha.


- Ah cala a boca Al!


 


Minutos depois, os pratos sujos sumiram e então vieram as sobremesas. Pudim de caramelo, torres de sorvetes de todo tipo, tortas de abóbora, doces de hortelã e muito mais. Alvo não estava com muita vontade de comer doce, se esbaldara nos perus assados, frangos fritos, batatas fritas, purês de batatas que achava que não cabia mais nada no estômago. Tiago avançara nos doces de hortelã, Rosa nas tortinhas de abóbora, Elizabeth no sorvete e Dominique na torta de maçã.


- Vlocê não vlai clomer nada? – perguntou Tiago com a boca cheia de doces.


- Não obrigado, não pode falar de boca cheia sabia? É nojento!


- HAHAHA! – riu Tiago de propósito para mostrar a comida dentro da boca.


- Quem é esse? – perguntou Elizabeth olhando com desprezo para Tiago.


- Meu irmão. – respondeu Alvo com mais desprezo ainda.


Elizabeth não parava de conversar com Chris, o que irritava mais Alvo, eles riam juntos toda hora, e conversavam trocando olhares insinuativos.


Todos acabaram suas sobremesas e então os pratos desapareceram de repente. A velha que Alvo acreditava ser a diretora levantou-se e disse:


- Monitores, levem nossos alunos para seus dormitórios, os demais, para seus dormitórios também.


- Vamos, alunos da Grifinória do primeiro ano, sigam-me! – Victoire por incrível que pareça era a monitora chefe de Grifinória.


Chris e Elizabeth andavam juntos e não paravam de conversar. Alvo teve que acompanhar Rosa. Os dois conversavam com tanto entusiasmo desde a hora do banquete que Alvo já estava pensando se estão namorando ou não.


Namorar. Alvo nem tinha idade direito para pensar nessas coisas e já ficava imaginando os outros se beijando. “Mas quem liga se esses dois se agarrarem no meio do salão?” chegou a pensar, já se contorcendo de ciúmes e sem saber o que sentia. “Ela é só uma menina que eu conheci, não somos nem amigos, somos colegas!”. Alvo não admitira que amasse Elizabeth.


- Bom alunos, essa é a Grande Escadaria, tomem cuidados pois elas adoram se mexer. O salão de vocês fica por aqui, sigam-me! – gritava Victoire.


Eles subiram mais ou menos uns dois andares e então entraram em uma porta que dava para um gigante corredor. No fim do corredor, eles avistaram um quadro de uma mulher gorda que perguntou uma senha quando eles chegaram perto.


- Sangue de leão. – disse a monitora olhando fixamente para a mulher. – Não esqueçam essa senha, vocês a usarão para entrar aqui. A senha muda semanalmente.


Eles entraram e viram duas escadas.


- A escada à direita é dos meninos, e à esquerda é das meninas. Creio que estão seguros agora, boa noite. – disse Victoire e saiu do salão deixando as crianças sozinhas.


Chris e Elizabeth correram para o sofá e ficaram conversando e Alvo, sentou-se na mesa e ficou fitando o “casal” de longe. Rosa dava pulos de alegria enquanto conversava com uma menina de pele negra, cabelos longos e negros chamada Nicolle Stival.


Os demais alunos não paravam de conversar, só Alvo estava calado e quieto num canto da sala. “Que droga de escola, por que vim para cá? Devia ter ficado com Lili em casa!” ele não parava de pensar nisso.


Os garotos subiram as escadas e lá de cima, Alvo viu Chris dar um beijo no rosto de boa noite em Elizabeth, e isso motivou o ciumento a correr para o quarto, fechar as cortinas e adormecer.

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