Feliz dia dos Namorados
A semana que antecedeu o tradicional dia dos namorados foi, sem dúvidas, a pior de todas. Ao mesmo tempo que uma parte de mim comemorava o fato de estar ao lado do meu ruivo-lindo-de-olhos-azuis, a outra ficava tensa por saber que Fred poderia encontrar sua alma gêmea a qualquer momento. As cartas que ele me enviava sempre eram doces e carinhosas e, ao terminá-las, meu peito enchia-se de confiança. Confiança que era completamente esvaída quando meu sub-ordinário-consciente dizia que, um dia, Fred encontraria sua alma gêmea.
Harry percebeu que alguma coisa estava fora de controle comigo porque hora ou outra eu perdia a concentração e perguntava sobre o que o professor Flitwick estava falando.
“Calma, Hermione, o Fred gosta de você e nunca te desapontaria no dia dos namorados”.
Era na hipótese de Harry que eu me prendia. Não, eu não havia comentado nada sobre a leitura de almas gêmeas que eu tinha feito. Eu apenas havia conversado sobre o encontro que havíamos marcado no fim de semana de Hogsmeade. O bilhete de Fred que eu havia recebido nessa manhã estava dobrado em mil e um pedacinhos e eu poderia recitá-lo em minha mente inúmeras vezes.
“ Oi namorada!
Estava pensando em passar o dia dos namorados com minha única e perfeita namorada. Como sei que você tem o dia livre em Hogsmeade, planejei um passeio para nós. Vou esperar você nos portões de Hogwarts.
Saudades, seu namorado FredeLindo Weasley.”
Sinceramente, o passeio planejado por Fred assustava a mim e a Harry. Eu, porque não sabia o que vestir para a ocasião. E Harry que, por mais que dissesse que ele não me desapontaria, lá no fundo havia algum receio sobre esse encontro. Assim como meu melhor amigo, eu não sabia o que esperar. Eu só sabia de uma coisa: eu estava completamente louca de saudades do meu namorado.
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Acordei as sete horas da manhã do dia 14 de fevereiro. Estava tão nervosa que quase roí todas minhas unhas. As nove horas em ponto eu estava parada diante da muralha de Hogwarts. Vesti uma calça jeans, suéter com estampa no estilo argyle e um leve casaco de lã cinza escuro. Levou menos de dez segundos para que eu pudesse avistar meu príncipe ruivo.
Os cabelos ruivos um tanto quanto compridos estavam despenteados propositalmente e contrastavam com seus olhos tão azuis quanto o céu. Sua camisa, branca, estava para fora da calça e, sobre ela, usava um colete azul marinho. Durante os segundos que ficamos nos fitando – eu no portão de Hogwarts e ele a alguns metros, encostado no muro – o mundo parou. Apenas o mundo porque em meu corpo havia uma confusão de sentimentos: meu coração disparou, minhas mãos suaram, minha boca ficou seca e meus olhos não paravam de encarar aquela figura perfeita.
No segundo seguinte, minhas pernas bambas me conduziram até Fred. Ele tinha um sorriso tão radiante que formavam pequenas e quase imperceptíveis rugas ao lado dos olhos. Ficamos de frente um para o outro. Sua mão alcançou meu rosto e acariciou minha bochecha, contornou meus olhos e minhas sobrancelhas e parou sobre meus lábios.
Era a primeira vez que nos víamos desde que havíamos começado a namorar. Era visível que tanto eu quanto ele ansiávamos por aquele momento tão especial. Aos poucos nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tocaram. Meu coração batia tão forte que eu tinha certeza que ele poderia sentir. Sua língua pediu passagem e meus lábios, automaticamente, abriram-se. Como uma dança, elas brincavam uma com a outra. Quando nos afastamos, ele continuou sorrindo para mim e concedeu-me seu braço para caminharmos na direção de Hogsmeade.
- Eu senti sua falta. – confessou ele – Foi imperdoável não ter conversado com você depois do nosso primeiro beijo. Eu não quero que você me entenda porque sei que fui errado, queria apenas que você me perdoasse.
- Você sabe que está perdoado, não há motivos para não estar. – respondi como se fosse óbvio – Eu senti sua falta, também.
Naquele momento, nem eu nem ele falamos, ficamos apenas curtindo um ao outro. Seus dedos estavam entrelaçados aos meus e, de vez em quando, ele acariciava minha mão com o polegar. Meu coração batia forte e meu sorriso estampava a felicidade que eu sentia. Ele era o meu Fred. E eu o amava tanto que nem sabia expressar.
Chegamos em um local totalmente coberto de granizo. Por alguns minutos, achei que Fred estava brincando comigo ao me levar para aquele lugar. Ora, o que faríamos em um local coberto de pedrinhas de gelo? Ele riu ao ver meu espanto e, com um piscar de olhos, o antigo tapete branco tornou-se um gramado verde com uma cesta de piquenique.
- Nossa. – exclamei baixinho.
- Você me perguntou em uma carta o que magids faziam, não é mesmo? – eu assenti – Aqui está. Uma das coisas, é que eu consigo, por assim dizer, criar situações que bruxo nenhum, sem ser como eu, conseguiria.
Só entendi realmente o que ele disse quando sentei na grama quentinha e olhei para um lindo sol acima de nós. Algumas borboletas borboleteavam acima de nossas cabeças, passarinhos coloridos piavam alegremente e um tapete verde coberto de flores exibiam toda a beleza que o inverno escondia. Fred riu ao ver minha felicidade infantil ao perceber todo aquele cenário e tocou a ponta do meu nariz.
- Eu senti sua falta. – repetiu ele com a voz um tanto quanto embargada
- Eu também, você faz muita falta.
Senti o arfar e nossas respirações descompassadas tornarem-se cada vez maiores à medida que íamos nos aproximando. Inicialmente, Fred captou meus lábios e sugou-os de leve. Meu coração deu um sobressalto e cada parte do meu corpo ficou mole como gelatina. Ainda trêmula, passei a língua no seu lábio inferior e senti o seu gosto: cítrico, adocicado, inebriante. Suas mãos contornaram minha cintura e, com um leve puxão, ficamos ainda mais próximos. A essa altura, era torturante não sentir as nossas línguas, juntas, formando uma só.
Não sei durante quanto tempo ficamos ali nos beijando e nos acariciando. Era quase impossível não sorrir a cada sorriso – brilhante, magnífico – que ele diria a mim. Era humanamente impossível não derreter com suas cantadas engraçadas e idiotas, mas que, segundo ele, foram feitas para mim.
E, ao longo do nosso encontro, eu percebi uma coisa. Fred até poderia encontrar a tal alma gêmea dita pelo livro de McGonagall, isso, agora, pouco importava porque ele fora feito para mim. E, intimamente, confesso que eu rezei para que eu também fosse feita para ele.
Comentários (3)
own!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Fremione é perfeito,ainda mais nesta fic!Amei amei!
2011-12-24Eu amei deeeemais essa fanfic. Fremione é a coisa mais perfeita que existe! Eu tou escrevendo uma ( quem quiser ver, SE quiser: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42175 ), tipo, pelamor de Merlin, não demore a postar! Ok? E faz caps maiores,por favor. Amo, amo, amo e amo. Uma das fremiones MAIS perfeitas que eu já li. Peeerfeita!- Beijos, V.S
2011-12-24aiiiiiiiiiiiiiiiiiiin, meu Merlin, como senti falta desses capítulos *-* Por favor, por tudo que é mais sagrado no mundo dos bruxos, não demora muito para postar o próximo, sua fic é simplesmente a mais perfeita fremione que eu ja vi - eu amo fremione - então, continue postando constantemente. Sinto que vou ter de ir para a praia nessas férias e por isso não estarei acompanhando assim que você postar os capítulos, mas assim que retornar vou ler cada capítulo postado ferozmente. Obrigada por existir e não desistir dessa maravilha de fanfiction :3
2011-12-23