Eu deveria estar na Sonserina?



        Draco não sabia para onde ia. Não sabia o que fazer. Não sabia se iria para o lado do bem, ou o lado do mal. Seus pais era do lado mal. Principalmente seu pai. Ele faz de tudo para que Draco siga seu exemplo. Que seja um Comensal da Morte. Mas e sua opinião? Ninguém nunca tinha perguntado se queria mesmo ser um. Draco lembrava como se fosse ontem quando o Chapéu Seletor o escolheu para a Sonserina. Naquela época, ele fazia questão de ser desta casa. Mas agora? O que realmente Draco queria? Resolveu conversar com seu pai sobre isso. Atravessou a sala, e foi direto para o escritório de Lucio.


       -Pai?- perguntou Draco.


       - Sim...er..querido.


       Seu pai nunca foi carinhoso. Mas, agora, estava tentando ser mais, e sempre usava as palavras “querido” e do tipo. Mas todos sabiam que não eram verdadeiras. Não que ele não amasse seu filho. Só não usava essas palavras com muita freqüência, pois seu mestre, Lord Voldemort, nunca permitira. Mas, já fazia um mês que ele foi derrotado, morto por Harry Potter.


       - Você acha que eu sou...hum...da Sonserina?


       - Claro! Você lembra de...


       - Pai, eu lembro sim mas você acha que, atualmente, eu tenho o perfil que um aluno da Sonserina tem?- interrompeu Draco.- Eu acho, que eu não estou igual que estava naquela época. Antes, que só pensava no mal. Mas agora...


      - CLARO QUE SIM!- gritou seu pai.- Desculpe, claro que sim! Você não lembra quando você enfrentou Harry Potter, quando chamou aquela Granger de “sangue-ruim” e muitas outras coisas? Agora você me vem, e me faz uma pergunta dessas? Está querendo bancar o Potter? Francamente...- disse Lucio, cheio de raiva.


     - Pai, mas...


     - Mas nada! Agora, pare de me interromper! Preciso terminar isto!


     E Draco saiu do escritório de seu pai. Lá da sala, ouviu o pai resmungar alguma coisa, mas não estava com nenhuma vontade de sabe o que é. Lucio deve estar certo... Draco fechou seus olhos e lembrou de tudo o que fez. Ele se arrependeu de ter feito tudo aquilo. Lembrou de quando Harry, estava em sua casa, disfarçado, com a cara horrível. Ele tinha mentido. Mentiu sobre aquele menino não ser Potter. Sabia que era, mas já o conhecia há muito tempo. Como poderia entregar uma pessoa que conhece desde criança? Ele realmente não gostava de Harry Potter, nem de Ronald Weasley, e muito menos de Hermione Granger. Tinha ódio deles. Admitiu para si mesmo que aquilo só poderia ser inveja. Inveja da amizade dos três. Dos três sempre estarem juntos, de ajudarem uns aos outros. Lembrou de Snape. Snape parecia a única pessoa que gostava dele de verdade, além de sua mãe. De seu pai, tinha dúvidas. Mas, corria por aí os boatos, que Severo era apaixonado pela mãe de Harry, Lílian Potter. E por isso, prometeu a Dumbledore proteger Harry, e fingir ser um Comensal da Morte. Draco desejava que isso não fosse verdade, que Snape quisesse proteger Draco. Mas sabia, que aquilo era só um desejo. Não era uma verdade. Amigos? Não tinha. Só tinha aqueles, que com certeza era por interesse. Interesse de sua vida, de seu pai ser um dos Comensais da Morte que Voldemort mais confiava. Mas, sempre quis trocar de vida com essas pessoas. Só por um dia. Na verdade, queria trocar de vida com alguém da Grifinória. Algum Weasley, talvez. Queria saber, o que ele era; de que lado estava. Bem ou mal.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.