Não acredito que seja verdade
Por uns 10 segundos fiquei parada na porta olhando para o Scorpius. Ele não olhou de volta, então resolvi ir sentar onde todos os meus amigos estavam sentados juntos conversando.
Sentei na ponta, do lado do Jake e me servi de um pouco de frango assado e comecei a pensar na vida (acho que vocês já perceberam que eu sou meio avoada).
-Rosie! Onde você tava? – o Jake perguntou colocando os braços ao redor dos meus ombros.
-Adivinha – falei.
-Na ala hospitalar? – ele deu um palpite.
-Acertou – falei e ele e mais alguns dos meus amigos que estavam escutando riram.
-Caramba, você vai lá mais ou menos toda semana, né? – ele falou.
-Mais ou menos, não – falei – eu vou lá exatamente toda semana.
-E o que foi que aconteceu dessa vez? – Jake perguntou.
-Deixa eu adivinhar, você tropeçou? – o Gabe falou.
-É – respondi – meu pé tá enfaixado, vou ter que voltar na ala hospitalar mais tarde pra desenfaixar. Como foram as aulas?
-Sortuda, você perdeu mais uma chata aula de história da magia – Jake falou.
-Sorte minha – falei sorrindo feliz, voltei a comer meu frango e o Jake se virou.
-Rooose, você não ia contar pra gente da novidade? – Jake falou virando pra mim de novo.
-Que novidade? – falei totalmente desligada do mundo.
-A novidade! As fofocas em Hogwarts se espalham muito rápido – o Gabe falou.
Aí eu pensei. Só pode ser isso. A novidade é o meu namoro com o Scorpius. Ai meu Deus! E agora? Será que meu irmão e meus primos vão sair falando pros meus pais?
-Hogwarts inteira já sabe que você e o Malfoy tão namorando – o Jake falou.
-Ai meu Merlin! – falei – meus primos já sabem?
-O Albus já deve saber – o Gabe falou.
-E agora, o que eu faço? – falei preocupada.
Estava com vontade de simplesmente parar o tempo para pensar no que fazer e relaxar. Mal as aulas tinham começado, eu já estou namorado (não que isso seja ruim, muito pelo contrário) eu tenho um milhão de deveres acumulados, tô com o pé enfaixado e ainda vou ter que receber a maior bronca do meu pai dizendo que os Malfoy não são pessoas para socializarmos.
-Acho que perdi a fome – falei me levantando – vou voltar pra ala hospitalar pra desenfaixar o meu pé.
-Espera, Rose, você ainda não comeu nada – o Gabe falou.
-Eu comi muito no almoço – respondi e tentei andar mas o Jake me puxou pela cintura.
-Nananinanão, a senhorita não comeu quase nada no almoço e precisa se alimentar – ele falou.
-Meninos, é sério, eu preciso ficar sozinha, pensar – falei – me deixem ir.
Os dois estavam com os braços em volta de mim sem me deixar sair. Eles pareciam duas crianças brincando de mãos dadas e eu estava no meio!
-Rose, é sério, a gente se preocupa com você, o jantar já tá quase no fim, metade dos alunos já voltou pra sala comunal, daqui a pouco vão recolher o jantar e você não vai ter comido nada e vai ficar doente – o Gabe falou.
-Você pareceu a minha mãe falando agora – falei.
-É que eu vou querer ser curandeiro, aí eu tenho que estudar coisas relacionadas a doenças e se você não comer, você fica doente – o Gabe complementou – e minha mãe sempre me deixa de babá dos meus irmãos mais novos!
O Gabe tinha dois irmãos gêmeos do segundo ano, Nigel e Isabella.
-Tá bom, doutor Gabriel Shantil, eu irei comer – falei me sentando e começando a comer.
Quando eu acabei de comer, os meninos me acompanharam até a ala hospitalar e subiram para a sala comunal para fazer os deveres.
-Voltei, madame Crawley – falei entrando.
-Rose! Como foi o jantar? – ela me perguntou com seus olhos caramelo amigáveis.
-Foi ótimo – respondi meio que mentindo, porque eu não estava mesmo com vontade de comer.
-Bom, deite aí e deixe-me examinar seu pé – ela falou e eu deitei na cama mais próxima, que estava desocupada.
A madame Crawley examinou meu pé e disse pra eu voltar direto para o dormitório.
No caminho andei bem devagar. Os corredores estavam meio vazios e aproveitei o silêncio pra pensar. Será que a Victoire já tinha recebido a minha carta? Será que não? Será que alguém vai contar pro meu pai antes? Será que a Victoire vai contar pro meu pai? Afinal, ela é minha prima como todos os outros!
-Rose! – ouvi a voz doce do Scorpius atrás de mim e parei.
Eu estava andando quase parando então não fez muita diferença, mas eu parei. E virei. Os olhos dele brilhavam no escuro que o corredor estava e eu abri a boca, mas não saiu nada.
O Scorpius andou até onde eu estava, colocou os braços em volta de mim e me deu um beijo. Assim como todos os outros beijos que ele me deu, eu não queria que acabasse nunca. Quando acabasse eu iria ficar vermelha e com vergonha e não iria saber o que dizer. Infelizmente, acabou.
-Onde você tava? Não te vi no salão principal – o Scorpius falou ainda com os braços em volta de mim. Como sempre, eu estava vermelha como uma pimenta.
-Hoje depois do almoço eu caí da escada do corujal e…
-Você se machucou? Tá tudo bem? Tá doendo? – o Scorpius falou com cara de preocupado me interrompendo.
-Eu machuquei, mas tá tudo bem e não tá mais doendo – falei – por isso que eu passei a tarde na ala hospitalar e quando eu saí já tava na metade do jantar.
-Mas amanhã a primeira aula é poções e você vai, né? – o Scorpius perguntou.
-Se eu não cair e me machucar no caminho – falei rindo.
-A partir de agora, eu vou tomar conta de você e você nunca mais vai se machucar – o Scorpius falou sorrindo e eu ri.
-Acho que isso não vai ser possível, eu sou muito desastrada – falei.
-Mas eu vou tomar conta de você – o Scorpius falou e me deu um beijo. Meu Merlin, como o Scorpius beijava bem!
-Já tá tarde, tenho que ir pro dormitório – falei quando infelizmente nossos lábios se separaram.
-Eu vou com você até lá – ele falou.
-Tem certeza? Ainda tem mais duas escadas até lá – falei.
-Tenho – ele me beijou e pegou na minha mão – vamos?
-Vamos! – falei e nós fomos de mão dadas até a sala comunal.
-O prof. McLinney passou algum dever de poções na última aula? – perguntei.
-Se eu não me engano, passou sim – o Scorpius falou – por quê? Você não fez?
-Ah, peraí! Foi a do primeiro dia de aula! – falei me lembrando.
-É.
-Ah, então eu fiz sim – falei – quer dizer, pela metade, porque eu nunca entendi, não entendo e nunca vou entender poções.
-Eu já falei que vou te ensinar – o Scorpius falou – que tal esse sábado?
-Por mim tá ótimo – falei – sábado na biblioteca.
-Ou a gente pode se encontrar no salão principal na hora do café da manhã e ir junto pra biblioteca – o Scorpius falou.
-Se eu não cair da escada e me machucar de novo – falei – do jeito que eu sou desastrada.
-Então eu vou ficar lhe esperando na porta da sala comunal da Gryffindor pra ter certeza que nada ruim vai acontecer com você – e então o Scorpius me beijou.
-Não precisa – falei – AI! – gritei.
-O que foi?
-Pisei falso na escada – falei – com o meu tornozelo machucado.
-Vem, sobe nas minhas costas – o Scorpius falou – eu te levo até lá em cima.
-Não precisa – falei – só faltam mais alguns degraus.
-Eu faço questão – ele falou – vem, sobe.
-Tá bom, então – falei rindo e pulei nas costas dele.
Ele subiu com facilidade os degraus até o andar da minha sala comunal.
-Pronto, pode me colocar no chão – falei – já acabou a escada.
-Ainda não – o Scorpius falou – vou te levar até a porta da sala comunal.
-Scorpius, não precisa! – falei – você já subiu a escada quase toda!
-Precisa sim – ele falou – e não precisa me chamar de Scorpius. Me chama de Scorp um alguma coisa assim.
-Tá bom, Scorp – falei dando um beijo na bochecha dele – vai, me põe no chão.
-Agora sim! – ele falou quando chegamos na porta da sala comunal.
-Boa noite – falei.
O Scorpius colocou os braços em volta do meu pescoço e me beijou. O “boa noite” dele foi melhor que o meu com certeza.
-Boa noite – ele respondeu e saiu andando para a sala comunal da Slytherin – até amanhã.
-Até amanhã – falei e soltei um beijo pra ele.
Entrei na sala comunal e vi que não havia muita gente ali. Ai meu Merlin, que horas são? Prestei atenção e vi que só haviam alunos do 5º, 6º e 7º ano. Achei o James com uns amigos e o Fred beijando uma menina. Pelo que eu pude ver, era e irmã da Katelyn, a Ellie. Ai meu Merlin, Katelyn! Eu tenho que falar com ela! Não a vejo desde o almoço.
Apressei o passo e fui até a escada para o dormitório feminino mas o James me parou no meio do caminho.
-O que você quer, James? – falei.
-Você deveria ser educada com o seu primo mais velho! – ele falou – até porque ele pode contar para o seu pai algo que ele não ia gostar de saber.
-Boa noite, meu primo querido? Como foi o seu dia? – falei sarcástica.
-Oi, minha priminha querida – ele falou – eu não queria falar nada não. Só que a escola inteira sabe de você e do Malfoy. Boa noite.
Subi rapidamente para o dormitório. A Katelyn, a Laylla, a Hailey e a Jessica já estavam dormindo. Escovei os dentes, coloquei o pijama e foi dormir também.
N/A: Oi, gente!! Eu sei que demorei pra postar, é que eu ando muito ocupada com as aulas e tal, mas vou tentar postar mais um capítulo o mais rápido possível. Por favor, comentem e digam o que acharam! Pra vocês que leem e comentam: amo vocês!!! Brigada por lerem e comentarem! Vocês deixam uma menina do mundo muito feliz! E muito obrigada a Ana Potter Weasley Malfoy e Luana de Almeida que estão sempre comentando. Obrigada também a Kandra e Joan. Beijos
Comentários (1)
Esse capítulo ficou muito fofo!!! O Scorpius é um fofo naturalmente, então não tem como um capítulo em que ele aparece não ser uma das coisas mais lindas do mundo...Você escrerve super bem, principalmente as cenas de romance entre a Rose/Scorpius! Se eu pudesse, entraria no lugar da Rose sem problema nenhum rsrsrsrsrsrsrs Continua!!! A sua fic tem que continuar, então esquece aquela ideia maluca que você teve no capítulo anterior de parar a fic, porque ela tem que virar passado! A sua fic tem que continuar "Vida longa à 'Rose e Scorpius: Será que é mesmo verdade?'!!!!" (to me sentindo muito medieval agora...) rsrsrsrsBjs, Ana
2012-03-29