Detenção
-Rose, termina logo de comer, temos detenção com o Prof. Jownitz às 18:00, lembra? – a Katelyn falou.
-É mesmo – falei – eu tinha me esquecido, que horas são?
-Não sei – ela respondeu.
-Alguém sabe que horas são? – perguntei para os meninos.
-Quinze pras 18:00 – o Jake falou.
-QUINZE PRAS 18:00? – a Katelyn gritou – vem, Rose.
A Katelyn se levantou e saiu do Salão Principal me puxando atrás dela. Chegamos na porta da sala do Jownitz e olhamos a hora em um relógio ali perto.17:58. Quando finalmente deu 18:00, batemos da porta. O Jownitz atendeu a porta de cara feia.
-O que estão fazendo aqui? – ele perguntou com desgosto.
-Temos detenção, lembra? E nós cumprimos com os nossos compromissos – a Katelyn falou.
-Eu não me lembro de ter marcado detenção com ninguém para hoje – ele falou.
-É que nós estávamos nos comportando mal, aí o senhor disse que ficaríamos de detenção aí eu disse que às 18:00, estava bom pra mim – a Katelyn falou.
O Prof. Jownitz, não muito convencido, olhou pra mim como se quisesse uma explicação de mim também. A Katelyn me olhou também pedindo apoio.
-Foi isso mesmo que aconteceu – falei.
-Então entrem – o Jownitz disse abrindo a porta e nos deixando passar – eu não planejei nada, então as duas terão que arrumar a minha sala. A última vez que arrumaram foi quando uma aluna pegou detenção acho que há uns 4 meses. E adivinha quem foi essa menina? Uma certa Yohann, chamada Bridget.
-Brittany – a Katelyn o corrigiu.
-Tanto faz – o Prof. Jownitz falou subindo as escadas que davam para a sua sala – aqui está. Estão vendo esses livros espalhados? Quero que coloquem todos eles em ordem alfabética naquela estante da direita. E quero que tirem o que tá na estante da direita e coloquem na esquerda.
Depois ele se sentou e começou a ler um livro. Eu e a Katelyn ficamos paradas em pé.
-Quanto mais cedo começarem, mas cedo acabarão – o Jownitz falou sem tirar os olhos do livro, igual ao McLinney.
Eu e a Katelyn demos de ombros e começamos a esvaziar a estante da direita.
-Eu não sabia que a Brittany tinha pego detenção – a Katelyn sussurrou.
-Ela também não vai saber que você pegou – falei.
-É mesmo – a Katelyn falou.
-Mas eu sempre pensei que ela era superestudiosa e tal – falei.
-A Ellie é assim – a Katelyn falou – a Brittany é a mais velha que é superdivertida e tal, a Ellie é a do meio que é superestudiosa, e a Katelyn é a mais nova, que para todos da família ainda é considerada um bebê. Apesar da minha prima Courtney ainda ser do segundo ano!
-Eu sei como é – falei.
-Não sabe não – a Katelyn falou – você tem 4 primos mais novos, e não te tratam como bebê.
-Tem razão – falei.
-Não quero ouvir sussurros – o Prof. Jownitz falou.
-É melhor a gente terminar logo sem conversa, aí mais tarde a gente conversa – sussurrei.
-Concordo – a Katelyn sussurrou.
Depois de mais ou menos umas duas horas, eu e a Katelyn finalmente acabamos.
-Prof. Jownitz? – o chamei.
-Sim? – ele falou sem tirar os olhos do maldito livro.
-Já acabamos, podemos ir? – perguntei e ele abaixou o livro e olhou a sala.
-Parece que fizeram tudo que eu disse – ele falou tão baixo que quase não ouvi – podem ir.
-Boa noite, Professor – eu e a Katelyn falamos nos dirigindo a porta. Ele não respondeu, apena voltou a ler o livro.
-Eu tô morta de cansada! – a Katelyn falou no corredor – que cara bagunçado!
-Eu sei – falei – preciso descansar.
-E eu preciso fazer os trabalhos de Herbologia, Astronomia e Runas Antigas – a Katelyn falou.
-Eu só preciso fazer o de Astronomia – falei.
-Me ajuda a fazer os meus? – ela pediu – você é bem mais inteligente do que eu.
-Por que não pede pro Albus? – falei.
-Porque eu tô pedindo pra você – a Katelyn falou – pra minha melhor amiga.
-Tá bom, eu ajudo – falei e nós fomos andando para a Sala Comunal.
Ainda era cedo, e a sala estava lotada de pessoas fazendo os trabalhos, conversando, ou só passando o tempo.
-Kate! – falei de repente.
-Que susto, Rose, o que foi? – a Katelyn falou.
-Eu ainda não mandei nenhuma carta pros meus pais desde que cheguei – falei.
-E daí? – ela falou.
-E daí que eles devem estar esperando notícias – falei sentando na poltrona mais próxima – irei escrever pra eles agora.
-Vai escrever sobre o Scorpius? – a Katelyn falou.
-Claro que vou, Kate – falei irônica – eu adoraria que meu pai me matasse.
-Eu acho que vou escrever pros meus pais também – a Katelyn falou se sentando ao meu lado.
Eu peguei um pergaminho e escrevi.
“Queridos mamãe e papai,
Como vão vocês? Eu estou ótima e já sinto saudades, mas agora eu tenho o Hugo aqui, então parece mais com a minha casa. Ah, se ele ainda não tiver mandando nenhuma carta, ele foi escolhido pra Gryffindor e ele está adorando Hogwarts.
Eu estou ótima, resolvi fazer Runas Antigas e não Adivinhação. É bem legal. Foi ótimo rever os amigos e estou muito feliz, me respondam logo.
Com amor,
Rose”
-Já terminou de escrever? – perguntei pra Katelyn.
-Já – ela respondeu.
Olhei pro pergaminho na mão dela. Havia um desenho de um campo de Quadribol.
-Ai, que texto lindo – falei irônica – seus pais vão adorar ler. Dá pra ver realmente como você está se sentindo.
-Cala a boca, Rose – a Katelyn falou – vamos logo mandar essa carta.
-Peraí, eu vou pedir a coruja do Albus – falei.
Procurei Albus e achei ele falando com a Lily. Ele parecia estar brigando com ela por algum motivo.
-Oi, Al, oi, Lily – falei interrompendo-os.
-Oi, Rose – eles responderam.
-Do que vocês estavam falando? – perguntei.
-De nada – a Lily falou e saiu correndo para onde a Lucy estava.
-Do que vocês estavam falando? – repeti.
-Nada importante – o Albus falou.
-Tá bom – falei irônica de novo. Estava sendo muito irônica hoje – posso pegar sua coruja emprestada?
-Pra que? – ele perguntou.
-Pra tomar banho! – falei irônica – claro que é pra mandar uma carta!
-Pra quem? – ele perguntou.
-Não é da sua conta – falei brincando – posso pegar a coruja?
-Pra quem é a carta? – ele perguntou sério tentando pegar o pergaminho da minha mão.
-Calma, Al – falei – a carta é pra mamãe e papai, e eu posso pegar a sua coruja?
-Pode – ele falou – tenho que ir, tchau.
E então ele saiu correndo atrás da Lily. Como estava com pressa pra mandar a carta, resolvi deixar isso pra lá.
-Vamos, Kate – falei.
Nós fomos até o Corujal. Prendi a carta nos pés da coruja do Albus e ela saiu voando. Depois eu e a Katelyn voltamos para Sala Comunal e sentamos nas poltronas velhas no fundo da sala.
-Qual trabalho quer fazer primeiro? – perguntei.
-De Runas Antigas – ela respondeu.
Fizemos então o trabalho de Runas Antigas, seguido pelo de Astronomia, seguido pelo de Herbologia.
-Finalmente acabamos – falei. Já estava tarde e não havia mais de 15 alunos na sala – vamos subir?
-Vamos – a Katelyn falou em meio a um bocejo.
Me levantei e quando estava andando para a escada, vi a Laylla deitada em um sofá, dormindo.
-Laylla – falei – acorda, você dormiu no sofá.
-An? – a Laylla falou abrindo os olhos – o que você está fazendo aqui, Rose?
-Como assim? – falei.
-Ah, eu estou na Sala Comunal, e não no lago com os Leprechauns – ela falou se levantando e olhando ao redor.
-Nós estamos indo dormir, quer vir? – perguntei. Ela afirmou com a cabeça e nós subimos.
A Jessica e a Hailey já estavam escovando os dentes quando chegamos e a Laylla dormiu na mesma hora que deitou ainda de uniforme.
-Rose, por que você chamou a Laylla pra subir e por que você estava com a Emily e a Chelsea hoje? – a Katelyn perguntou.
-Porque elas são legais – respondi.
-Não são não – a Katelyn falou.
-Dá uma chance – insisti – elas podem ser muito legais.
-Vou tentar – a Katelyn falou – boa noite.
-Boa noite – respondi, fechei o cortinado e dormi.
N/A: Oi, gente!! Gostaram desse capítulo?? Comentem, por favor!! Eu já escrevi 10 capítulos e preciso saber se estão gostando para eu escrever mais. Beijoos
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