Aula de Poções com a Slytherin
-ROSE! ROSE! ACORDA – ouvi alguém gritar nos meus ouvidos.
-Só mais 5 minutinhos – falei colocando o travesseiro na cabeça. Senti alguém puxando meu travesseiro e depois me batendo com ele. Abri os olhos e era a Katelyn. Só podia ser.
-Me deixa dormir – falei.
-Eu preciso te contar do meu sonho – a Katelyn sussurrou.
-Me conta mais tarde – falei colocando as cobertas em cima da minha cabeça. Então senti a Katelyn puxar o cobertor.
-Kate! – falei sem me mexer e sem abrir os olhos – me devolve!
-Não até você ouvir meu sonho – ela falou me balançando – é importante.
Abri os olhos e me sentei na cama.
-Conta – falei.
-Então, eu não me lembro muito bem – a Katelyn falou.
-Vai mais rápido, tô com sono – falei.
-Eu não fiquei reclamando quando você me acordou de madrugada pra contar seu sonho – a Katelyn falou.
-Foi mal – falei – continua.
-Então – ela falou - nós estávamos em um jogo de Quadribol
-Nós quem? – perguntei.
-Eu, você, a Hailey, a Jessica e a Laylla – a Katelyn respondeu – me deixa continuar.
-Foi mal – falei.
-Então... – ela falou.
-Dá pra começar sem ser com “então”? – pedi interrompendo-a.
-NÃO, AGORA ME DEIXA CONTINUAR – a Katelyn gritou.
-O que está acontecendo? – a Laylla falou abrindo o cortinado.
-Você está apenas sonhando, Laylla – falei.
-Se você fechar os olhos agora, estará na terra dos unicórnios coloridos – a Katelyn completou.
-Eu adoro unicórnios – a Laylla falou atirando a cabeça no travesseiro.
-Agora eu posso continuar meu sonho? – a Katelyn falou.
-Se você não começar com “então” – falei bocejando.
-O jogo de Quadribol era Gryffindor VS Slytherin – a Katelyn falou – Estava empate e o Al e o Scorpius eram os apanhadores e estavam correndo atrás do pomo de ouro.
-E... – falei.
-Calma – ela falou – aí do nada, tudo ficou paralisado, menos eu, você o Al e o Scorpius. Aí você se levantou do meu lado e gritou: “Scorpius, ganhe essa por mim, eu aceito seu pedido de casamento”.
-Eu nunca falaria isso – falei.
-Espera o final – a Katelyn falou – aí o scorpius falou: “Eu sempre te amei e sempre irei te amar, ruivinha”. Aí o Al gritou: “Kate, você é minha alma gêmea, eu quero passar o resto da vida com você.” Aí eu gritei: “Ganha essa pra mim, Al”. Aí o jogo continuou e o Scorpius pegou o pomo. Aí o Al começou a brigar pra arrancar o pomo da mão dele e o Al gritou: “Essa é a minha prova de amor, eu preciso disso”. Aí o Scorpius gritou: “Eu preciso mais do que você de uma prova de amor”.
Então a Katelyn fez uma pausa.
-E o que aconteceu? – perguntei.
-Acordei – ela respondeu.
-Poxa, eu queria saber como a briga terminava – falei me deitando e me cobrindo – boa noite.
-Espera, Rose – ela falou – o que você acha que esse sonho significa?
-Quer mesmo saber? – falei bocejando novamente.
-Quero – ela falou.
-Acho que você precisa dormir um pouco mais – respondi e então peguei no sono.
-Rose! Kate! Hailey! Jessica! Acordem! Uma tragédia aconteceu – a Laylla gritou e acordou todas nós. A Laylla tem uma voz fina e o grito dela é o mais alto que já ouvi.
-O que foi, Lay? – a Jessica falou.
-Eu acho que nós estamos atrasadas – ela falou – nunca entendi muito bem de relógios.
Eu, a Katelyn, a Hailey e a Jessica olhamos para o relógio e na mesma hora nos levantamos, demos um grito e começamos a nos vestir.
-Tá vendo o que aconteceu, Kate? Isso tudo foi porque você me acordou no meio da noite – falei vestindo a saia.
-Ah, Rose, foi por um motivo totalmente importante – a Katelyn falou calçando os sapatos.
-Vem logo tomar café, você não quer se atrasar – falei puxando o braço dela e descendo para a Sala Comunal.
-Oi, Rose, oi Kate – o Albus e o Logan falaram.
-Oi, Albus, oi, Logan – eu e a Katelyn respondemos.
-Vamos tomar café-da-manhã? – o Logan falou.
-Claro – eu respondi e nós quatro fomos para o Salão Principal.
Sentei com a Katelyn de um lado e o Logan do outro.
-Ei, Rose – a Katelyn me cutucou – olha quem está ali – ela apontou pro Scorpius que estava andando em direção a mesa da Slytherin.
Eu fiquei encarando ele com esperança que ele me olhasse. Ele passou o olhar por mim, mas olhou rapidamente pro amigo. Eu só fiquei lá parada, sorrindo pra parede com uma cara de idiota.
-Ei, Rose, adivinha qual é a primeira aula? – a Katelyn falou.
-Qual? – falei.
-Poções com a Slytherin – ela falou – a gente pode chegar um pouquinho atrasada pra só haverem poucos lugares vazios, assim tem alguma possibilidade de você sentar com o Scorpius. Ou, é só você fazer tudo bem errado, e então o Professor McLinney vai mandar você sentar perto de alguém inteligente, e o Scorpius é um queridinho-do-professor!
-Boa idéia – falei tomando mais um gole do suco de abóbora.
-E a gente pode convencer o Al de ir com a gente chagar atrasado, a gente inventa alguma desculpa, e aí eu vou ter que ficar junto dele – ela falou com os olhos sonhadores.
Aos poucos o salão foi ficando vazio e eu e a Katelyn continuávamos lá tentando enrolar o Albus e o Logan.
-Nós vamos nos atrasar – o Albus falou – e o McLinney não é uma das pessoas mais amigáveis que eu conheço.
-Peraí – falei – não acham melhor a gente ler a introdução a do livro? Assim, se ele perguntar alguma coisa nós iremos saber a resposta.
-Boa idéia – a Katelyn falou abrindo o livro dela em cima das comidas.
-Gente, eu vou indo, eu preciso muito ir ao banheiro – o Logan falou correndo.
-Peraí, Logan – o Albus gritou.
-Relaxa, Albus, nós não vamos nos atrasar – falei abrindo o livro na página da introdução e começando a ler.
-Já chega – o Albus falou me interrompendo – por favor, não me chama de Albus, me chama de Al. E não tem mais ninguém aqui no salão.
Eu e a Katelyn olhamos ao redor e realmente não havia mais ninguém.
-Ops – falei – acho que estamos atrasados.
-Você acha? – o Albus... o Al falou com ironia e depois saiu andando.
-Vem logo, Rose – a Katelyn falou me puxando. Quando chegamos na frente da masmorra, o corredor estava completamente vazio. O Albus...o Al bateu na porta. O Professor McLinney abriu um pouco da porta e nos olhou com aqueles olhos escuros e meio esbugalhados.
-Atrasados no primeiro dia – ele falou – eu deveria tirar pontos da Gryffindor por isso.
-Por favor, senhor, não faça isso – o Al falou – nós estávamos dando uma lida nos livros para termos certeza de que não tínhamos esquecido nada que aprendemos no ano passado.
-Claro que estavam – ele falou abrindo um pouco mais a porta – sentem-se e procurem não atrapalhar a minha aula.
A aula foi muito chata. O Professor McLinney não parava de dar teorias e mais teorias. Mas como sou muito sortuda, tinha 2 tempos seguidos de Poções, então eu teria bastante tempo para estragar alguma coisa.
Quando finalmente o segundo tempo começou, McLinney nos mandou trabalhar em uma nova poção. Eu estava sentada do lado da Katelyn e ao lado da Katelyn estava o Al.
-Vamos ler as instruções – a Katelyn falou.
-Primeiro parta uma urtiga nos menores pedaços que conseguir – o Al falou.
-Ou esmague a urtiga até sentar perto do Scorpius – a Katelyn sussurrou pra mim.
Comecei a esmagá-la, fingindo que estava tentando cortar.
-Agora adicione três pernas de aranha – a Katelyn falou.
Eu peguei a aranha inteira e coloquei dentro da poção que ficou amarronzada. Eu olhei pras poções do Al e da Katelyn e as duas estavam esverdeadas. Isso significava que a minha estava errada.
-Agora adicione um terço de bezoar – o Al leu no livro.
Eu tentei cortar, mas de propósito picotei o bezoar inteiro.
-Com licença, Professor McLinney – falei – acho que eu não estou conseguindo fazer direito, o senhor poderia me explicar?
Obviamente, eu não queria que ele me explicasse, mas ele era um preguiçoso que sempre mandava os mais inteligentes ajudarem os mais burros.
-Sente-se ao lado do Malfoy – ele falou sem tirar os olhos do livro que estava lendo.
Eu olhei pro Scorpius. Ele estava andando na minha direção.
-Quer ajuda pra levar o caldeirão? – ele perguntou.
-Quero sim, valeu – respondi. Ele pegou o caldeirão e eu peguei os ingredientes. E nós andamos até a mesa que ele estava sentado.
-Então, qual é a sua dúvida? – ele falou. Ops, eu não tinha pensado nessa parte.
-Na verdade, eu não tenho muita dúvida, apenas não sou muito boa em cortar, picotar, ou qualquer uma dessas coisas – falei. O que era uma mentira, porque eu sou muito boa nisso.
-Acho melhor começarmos de novo – ele falou pra mim – Professor McLinney, posso ajudar a Weasley recomeçando a poção?
-Pode, Malfoy – ele falou sem tirar os olhos do livro novamente.
O Scorpius foi até o fundo da sala e pegou um novo caldeirão.
-Então, vamos começar – ele falou – primeiro a urtiga.
Então eu e ele ao mesmo tempo colocamos a mão em cima da urtiga e nossas mãos se tocaram. Foi uma sensação estranha, mas boa. Acho que demorou uns 5 segundos, até eu finalmente tirar a mão.
-Você consegue cortar sozinha? – ele perguntou.
-Não tenho tanta certeza – falei.
-Eu te ajudo – ele falou pegando meu braço – É só você segurar com esses dedos e cortar com esses.
Eu fingi que ainda não conseguia pra ele me ajudar de novo. Ele estava pegando nos meus braços para me ajudar a cortar, quase que me abraçando.
-Tente fazer sozinha – ele falou.
Peguei uma faca e uma urtiga e tentei fazer sozinha, então de propósito, a faca escorregou, mas sem querer, ela me machucou e a palma da minha mão começou a sangrar.
-Rose, acho eu te levar até a Ala Hospitalar – ele falou examinando minha mão que estava sangrando. O corte não tinha sido grande mas não sei porque, sempre que me corto sai muuuito sangue.
-Não, não precisa – falei – não se preocupe, eu vou no fim da...
-Com licença, Professor McLinney – o Scorpius me interrompeu – a Weasley sem querer se cortou com uma faca, posso acompanhá-la até a Ala Hospitalar?
-Pode, Malfoy – o Professor McLinney continuou sem tirar os olhos do livro.
-Vamos logo – o Scorpius falou quando saímos da sala – sua mão tá sangrando muito.
-Não se preocupe – falei – toda vez que me corto, sai muito sangue desnecessário.
-Tudo bem então – ele falou e nos ficamos em silêncio.
-Rose? – o Scorpius falou.
-Oi? – falei olhando nos olhos dele.
-Quer is estudar na biblioteca esse sábado? – ele falou – eu posso lhe ajudar em poções.
-Claro – falei – eu posso lhe ajudar em alguma matéria que você esteja tendo dificuldades.
-Eu não sou muito bom em Trato das Criaturas Mágicas – ele falou meio envergonhado olhando pro chão.
-Então eu posso te ajudar – falei – eu adoro Trato das Criaturas Mágicas.
Enfim chegamos a Ala Hospitalar.
-Madame Crawley? – o Scorpius falou entrando – temos um pequeno ferimento aqui.
Na mesma hora a Madame Crawley saiu de trás de um cortinado que parecia ter alguém deitado dentro e foi pra perto de nós.
-Qual é o problema? – ela perguntou.
-A Rose se feriu com uma faca durante a aula de Poções – o Scorpius falou – eu só estava acompanhando ela até aqui.
-Muito obrigada, mas já pode ir - a Madame Crawley falou pegando minha mão e examinando o corte bem no meio da palma.
-A gente se vê, Rose – ele falou saindo.
-Tchau – falei. Tentei acenar, mas uma mão estava machucada e a outra estava sendo puxada pela Madame Crawley para a cama mais próxima.
Quando eu me sentei ela me deu um chazinho para aliviar a dor, mas aquela altura não estava doendo. Mas o chazinho era gostoso. Ela fez um curativo na minha mão.
-Fique aqui descansando até a hora do almoço – a Madame Crawley falou – mais tarde falarei com o William sobre isso. Pode dormir um pouco, na hora do almoço eu lhe acordarei, não se preocupe.
William era o primeiro nome do Professor McLinney.
Fiquei lá deitada por um tempo e sem querer, adormeci.
N/A: Oi gente, gostaram do capítulo? Por favor comentem!! E eu decidi continuar com essa fic. Mas como minha aulas começam amanhã, não sei se vou conseguir postar muitos capítulos. Laís_Malfoy e Marcela Prince Snape, obrigada pelos comentários. É muito bom saber que estão gostando. Beijoos
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