AULA DE DCAT
Com uma quantidade cada vez maior de deveres escolares para fazer, Charlotte quase não teve tempo para ler o livro que pegou da biblioteca. Sem Olívio no time, a Grifinória perdeu de lavada para a Lufa-Lufa. A Sonserina já cantava vitória, pois sem a Grifinória na competição, com toda certeza Sonserina era favorita. Carlinhos lia e relia táticas de quadribol todo o tempo no Salão Comunal, sem Olívio para o auxiliar e como Angelina estava sem falar com ele, ele estava um pouco perdido. Os alunos da Sonserina aos montes paravam os grifinórios nos corredores com piadas cada vez mais sem graça sobre quadribol. Jeremias Springle não podia ficar de fora, pouco antes da aula de Defesa Contras as Artes das Trevas, o garoto abordou Charlotte com um sorriso malicioso no rosto:
- Então, Adams, parece que sem o seu namoradinho no time a Grifinória foi para o brejo.- ele falou fazendo Gabriele e George urrarem alto de tanto rir.
- Cala a boca, Springle. - falou Charlotte olhando para ele com desprezo.
- Você está corajosa demais, Adams, já que agora o seu namoradinho não esta aqui para te proteger. - falou ele com o sorriso aumentando em seu rosto.
- Mas ela ainda tem quem a proteja! - falou Jorge sacando a varinha e apontando para Jeremias.
- Uuh, parece que você trocou de namorado rápido, hein, Adams? - falou Gabriele com sua voz irritante fazendo um grupinho de garotas da Sonserina darem risinhos baixos.
Quando Charlotte ia responder, a porta da sala abriu, de onde saiu a Srta. Frost que parecia novamente cansada e abatida. Olhou a pequena confusão sem interesse e apenas falou com a voz monótona:
- Menos dez pontos da Grifinória pela confusão, Sr. Weasley, e menos dez pontos por ser o alvo da discussão, Srta. Adams. Guarde a varinha, Sr. Weasley e entrem todos na sala.
Charlotte pisou duro para dentro da sala onde se sentou e colocou seu material na mesa, tirando o exemplar de “Seres Malignos Entre Nós” da biblioteca da bolsa e colocando por debaixo da mesa para ler na aula. Depois de algum tempo, Charlotte finalmente achou o que queria. No capitulo treze, estava lá o que procurava: “Sugadores de Energia Vital Entre Nós”. Após descartar a possibilidade de vampiros e passando por vitassugas, que não possuem dentes, Charlotte parou em aramintas e começou a ler:
“ Aramintas ou ainda Aramaintas, são sugadores de energia vital, ‘primos’ dos vampiros. Sua forma física é muito parecida com um humano, podendo assim se misturar com os seres humanos sem serem percebidos. As aramintas possuem normalmente a forma feminina com uma beleza extraordinária, usando sua beleza para seduzirem homens inocentes que, atraídos por uma cantoria belíssima, se aproximam delas mas são capturados logo em seguida. Elas sugam a energia vital para parecerem sempre jovens. As aramintas não matam como os vampiros podem vir a fazer, apenas sugam a energia vital de suas vitimas deixando-nas com uma aparência tristemente senil. As aramintas só matam se tentam se reproduzir com a vitima, mas elas evitam isso porque podem vir a morrer, e elas só se reproduzem com quem acham que podem lhes oferecer um filho saudável.
Como identificar se alguém foi atacado por uma araminta?
As aramintas normalmente deixam uma marca parecida com a do vampiro no pescoço da vítima, tendo a marca levemente menor do que a de seu ‘primo’ pois possuem dentes menores do que estes. Possuem dois dentes frontais pequenos e caninos desenvolvidos.
Como curar uma vitima de uma araminta?
A única forma de cura conhecida é matando a araminta que atacou a vitima.
Como reconhecer uma araminta entre nós?
A araminta é sempre uma mulher bonita de pele clara.”
Charlotte parou nesse momento observando a Srta. Frost que dava sua aula fazendo um gráfico no quadro.
“ Normalmente com longos cabelos negros, seus olhos gelados causam arrepios intensos em quem os observa por muito tempo. Os homens sempre são atraídos pela beleza desse ser. Se sentem ameaçadas por mulheres que possuem uma beleza muito grande tornando-se ríspidas com estas. Não saem na luz do sol, pois seus olhos brilham como rubis. Na lua minguante, suas energias vitais se tornam escassas, então as aramintas se vêem na necessidade de procurar uma vitima para repô-las.”
Então, como em um filme, Charlotte viu a Srta. Frost.“seus olhos gelados causam arrepios intensos em quem os observa por muito tempo.” Isso explicava os arrepios intensos que tinha quando a professora a olhava.“Os homens sempre são atraídos pela beleza desse ser” Os alunos sempre prestavam atenção na aula dela...Se sentem ameaçadas por mulheres que possuem uma beleza muito grande Ela sempre foi ríspida com Charlotte. “Não saem na luz do sol” Ela não estava no jogo de quadribol... “Na lua minguante, suas energias vitais se tornam escassas”. Pouco depois da lua minguante Olívio foi atacado. Era tudo tão obvio! Como alguém que conhecia todas aquelas informações bem não podia reparar que a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas era na verdade um ser das trevas? Como Dumbledore deixou isso escapar?
- A Srta quer compartilhar algo, Srta Adams? - perguntou a Srta. Frost ao lado de Charlotte que escondeu o livro rápido na bolsa.
- Na verdade, professora, tenho sim. Como eu reconheço uma araminta? - perguntou a garota observando a professora. A Srta. Frost pareceu ficar nervosa de repente e perguntou rispidamente:
- De onde a senhorita conhece esse termo? - a professora então não parecia mais tão bonita como sempre.
- Li em algum livro. - respondeu Charlotte dando de ombros.
- Que livros a senhorita anda lendo? - perguntou a professora fuzilando Charlotte com os olhos.
- A senhorita não sabe do que se trata? - perguntou Charlotte inocentemente.
- Claro que sei. - e se virou para o quadro. - As aramintas podem ser reconhecidas pela sua pele perolada e suas pupilas de fendas. É só isso, Srta. Adams? - a professora perguntou como se quisesse colocar um ponto final na questão.
- Sim, Srta. Frost. - falou Charlotte docemente.
- Então preste atenção na aula em vez de fazer perguntas aleatórias.- respondeu a professora duramente.
Charlotte já tinha todas as respostas que queria, era só olhar a atitude da professora ao revirar suas anotações para ter uma confirmação.
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