Capítulo IV
Eu estava falando mais sozinho do que o normal. O mais incrível é que eu sempre fui capaz de perceber e estranhar minhas próprias manias. Eu perdi o foco.
O que me fez acordar para a vida foi um fato muito curioso. Um dos meus elfos mais velhos veio me entregar as correspondências – que não chegavam a meses. Uma delas era do Ministério. Eu fiz questão de colar está carta aqui no meu diário – sim, pois agora isto é um diário.
‘Senhor, Honoris.
Temos o prazer de enviar-lhe está carta para solicitar-lhe presença em uma reunião com seu antigo departamento de atuação no Ministério da Magia (Departamento de Acidentes Mágicos e Catástrofes Mágicas, Seção de Aurores para Processos Administrativos, Equipe Temporária de Controle de Criaturas Sombrias e Semi-Vivas). Poderá comparecer ao Ministério em horários de sua disponibilidade para agendar sua reunião, caso aceite. Envie-nos uma coruja se preferir.
Atenciosamente.’
Não preciso dizer que me desatei a rir. O Ministério nunca soube ser sutil, até oferecer flexibilidade de horários fazem agora. Fui tomado pelo desprazer de escrever-lhes uma coruja, embora não me fugissem da mente os momentos odiosos. Isso me trouxe de volta a realidade.
É uma pena que eu tenha resumido esses pensamentos durante uma viagem de trem na companhia de trouxas muito mal encarados. E é uma tristeza maior ainda que este seja o último papel que trago comigo, a menos que eu escreva em um guardanapo ou lenço de bolso.
Logo chegarei a meu destino para saber o que se sucederá nesta reunião a qual aceitei comparecer. Mas ainda tenho algumas tristezas para compartilhar e alegrias para registrar. Esse é o máximo que posso resumir sobre o que relatarei quando for possível. E mais uma vez eu pergunto aos céus se sobreviverei. Isso nunca vai passar?
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