Intimidantes Weasley's
CAPÍTULO 27 – Intimidantes Weasley’s
Oito segundos para cumprir o que prometera para minha mãe.
- SETE!
Seis segundos para contar para Rose que ela, na verdade, me odeia.
- CINCO!
- QUATRO!
- Eu na verdade...
- TRÊS!
- DOIS!
- Na verdade eu sou...
-UM!
Os fogos de artifício subiram ao céu com estrondo, iluminando toda à noite gelada que o inverno trouxera, iluminando todo o quarto em que estávamos. Ela olhou para mim, viu-me através da claridade que o céu proporcionava na virada do ano. O grito de alegria entrava pelas portas e janelas fechadas. Rose Weasley olhou dentro dos meus olhos, só conseguiu dizer uma única coisa...
- Malfoy?
*
Beijei seus lábios como nunca havia beijado. Estava aliviado, satisfeito, feliz e – a razão de todos os meus atos seguintes – BÊBADO! Gostaria de pensar que por estar bêbado, fingia não perceber suas mãos me empurrando. Mas tudo que eu conseguia pensar é que se essa era a minha última chance, tentaria até o último segundo.
- Eu te amo! – Falei sem ar, no mesmo instante que nossos lábios se soltaram. – Scorpius, Jack, ou quem quer que eu tenha que ser! Eu te amo! - Ela me fitava, a claridade dos fogos iluminava seu rosto quando alcançavam o céu, e eu sabia que ela me via da mesma forma. – Eu te amo! – Ela precisava acreditar. – Eu te amo desde a primeira vez que eu te vi! – Certo, isso não era inteiramente verdade. – Eu te amo desde o momento em que percebi que você é tudo o que eu quero!
Silêncio. Essa era a sua resposta. Meu corpo ainda estava sobre o dela. Ela não se mexia. Quem sabe ela não queria, quem sabe, ela não conseguia se mexer.
- Eu te amo. – Não desistiria de uma resposta. – Eu amo tudo em você.
Silêncio. Seu olhar era de desespero. Eu não sabia dizer se o que ela precisava era apenas de um tempo para entender o que eu dizia.
- Eu te amo, Rose. – Falei, pelo o que seria a última vez. – Fala alguma coisa, por favor.
- Eu devia ter falado antes...– Ela me analisava com o olhar.
Que raio de resposta é essa? Eu devia ter falado antes? Antes do que? Antes de declarar o que eu sentia por ela? Antes de ela descobrir quem eu sou? Antes de eu despi-la e beijá-la? Antes de ambos estarmos naquela situação, onde nem eu e nem ela sabíamos o que fazer?
- Eu devia ter falado antes. – Ela repetiu. – Eu devia ter falado quando você era Jack Daniel’s. Eu devia ter falado quando te conheci em Wiltshire. Quando você não passa de um desconhecido estranho. Quando eu estava naquele último trem. Quando a Sonserina ganhou da Grifinória. – Ela tomou uma pausa rápida. – Quando eu descobri, eu devia ter te falado. Você deveria ter sido o primeiro a saber!
Um som de desentendimento saiu dos meus lábios, involuntariamente. Ela respirou fundo, tampou o rosto com as mãos.
- Eu te... – Tentei mais uma vez.
- Não fale mais isso! – Ela suplicou. – Nunca mais fale isso pra mim!
- Mas é verdade!
- É agora! – Ela retirou suas mãos do rosto, para me encarar. – Mas quando eu te contar, vai deixar de ser!
- Eu nunca vou deixar de te...
- Não fale mais isso, Scorpius, por favor! – Ela não tentou me empurrar para longe de si. Soube nesse instante que nem tudo estava perdido.
- O que foi? – Podia sentir seu desespero.
- Eu sou um monstro... Entendo o chapéu seletor, agora. Nunca entendi, mas ele tinha razão!
- O que o chapéu seletor tem haver com isso?
- Eu poderia ter sido da Sonserina! – Ela falou com um pouco de repulsa a idéia, uma certa histeria na voz. – Eu não meço conseqüências para conseguir o que quero!
- Por que você está falando desse jeito difícil? – Perguntei angustiado. – Eu não estou entendendo nada.
- Certo... – Ela respirou fundo, tentando encontrar um modo de falar o que a atormentava. – Esse é o momento, Scorpius. Nunca estive tão certa na minha vida! Esse é o momento onde eu deveria estar sendo sincera com você... – Os fogos diminuíam a intensidade, o ambiente ficava cada vez mais escuro, mal podia enxergar Rose agora. – Esse é o momento de te contar a verdade!
- Mas?
- Sem, mas. – Seu rosto era indecifrável. – Eu apenas não quero!
- Você tem ciência que está me deixando louco, não é? – Pude ver ela confirmar levemente com o rosto. – Pode perceber que eu não estou entendendo nada?
- Posso. Sei que você não está entendendo. – Ela respirou fundo mais uma vez. Meu corpo em cima do dela, meus braços começando a doer por sustentar o peso do meu corpo. – Mas eu não quero contar para você! Não agora! Amanha? Quem sabe amanha eu consiga dizer alguma coisa?
- Porque não agora? – Perguntei nervoso.
- Porque eu sou egoísta. – Podia sentir suas palavras envergonhadas, mesmo sem poder ver, sabia que seu rosto corava. – Sei que amanha você vai me odiar duas vezes mais do que o necessário, mas eu preciso terminar isso agora.
- Terminar o que? – Nunca ficara tão assustado por causa de uma palavra.
- Antes que você me odeie de mais. Eu preciso aproveitar meus últimos segundos. São os únicos que eu tenho!
- Rose, eu não sei do que você está falando! – Pude ouvi-la arfar em desespero. – Mas se você quiser, se você permitir, a minha vida vai ser sua. Não precisaremos pensar em segundos.
- Scorpius? – Ela chamou, pedindo pela minha atenção. – É egoísta querer você agora? Mesmo que eu sabia que você não vai querer isso amanha?
- Eu não vou deixar de te querer amanha. – Garanti a ela. – Eu te amo, não me importa o que você está escondendo! Tenho certeza que não vale sua preocupação, conhecendo você, tenho certeza que está fazendo uma tempestade em copo d’água...
- Acho melhor eu ir embora... – Falou, tentando sair debaixo de mim.
Fui um idiota, ela praticamente implorou para que eu não falasse em amor, e mesmo com aviso, voltei a encher sua cabeça com minhas palavras impensadas.
Perdi a minha chance? Mesmo com um aviso claro de que a odiarei amanha? Porém, mesmo que eu quisesse, sabia que não conseguiria odiá-la, não o suficiente para que esse fosse o motivo de perdê-la. Preferiria me odiar a odiá-la. Talvez por isso, a beijei mais uma vez. Ela avisou entrelinhas que essa seria a última vez, o último momento, os últimos segundos. Prometi em silêncio que aproveitaria minha última chance.
Não deixei que Rose se levantasse, com a ponta dos dedos acariciei sua face. Ela me encarava confusa, provavelmente com mil pensamentos rolando solto, como acontecia comigo, naquele exato momento. Eu queria dizer o que eu sentia, dizer que meu peito estava dolorido como se tivessem me dado um soco na boca do estomago, dizer que nunca antes, fora tão difícil respirar.
Ela me beijou, ela tomou a iniciativa! Por mais que a minha memória fosse fraca, naquele momento, tinha certeza de que essa era à primeira vez que Rose me procurava. Eu sabia que estava sendo difícil para ela, talvez importasse o fato de eu ser um Malfoy e ela uma Weasley?
Que nunca daríamos certo por sermos o oposto um do outro?
Ela era perfeita, qualquer um que a conhecesse diria a mesma coisa sobre ela, e embora cometesse erros, sua perfeição se destacaria a cada momento. Já eu? Eu era o errado da história! Não precisava que ninguém me apontasse como culpado, pois sabia que nunca seria suficientemente bom para ela.
Ela cometia erros e eu era tudo o que havia de errado na vida dela. Será que ela percebera isso? Será que esse era o motivo para as lágrimas?
Por mais perfeita que ela fosse, ela tinha a dádiva de conseguir me tirar do sério. Se eu pensasse em minha saúde mental, nunca ficaria com ela! Mas a verdade era inegável, eu era louco por ela!
E ela sabia disso, tinha certeza. Com uma palavra, um gesto, Rose fazia com que eu saísse da linha. Por causa dela eu perdia o sono, sonhando acordado. Ela tinha o poder sobre mim, por ela eu desistiria de tudo, lutaria por qualquer causa. Incansavelmente, por ela.
Ela era quem eu queria, quem eu precisava, era tudo o que jamais poderia ter, porque eu nunca seria bom suficiente. Por ela, o meu ser transbordava. Com um toque, um cheiro, um olhar. Meu anseio por seu gosto. E eu deixaria de ser quem eu sou se pudesse ouvi-la dizer que sente o mesmo.
Para um cara que é romântico, isso seria pouco, insuficiente. Para um Malfoy? Isso só significava uma coisa: eu estava perdido nela.
** ALERTA DE INÍCIO DE NC 16/17 **
** TA BEM FRAQUINHO, SE ACHAREM NECESSIDADE EU ARMAZENO NO OUTRO ENDEREÇO **
Ela chorou enquanto eu a beijava, e embora não tenha durado muito tempo, aquilo fez com que pensasse duas vezes antes de continuar o que estávamos prestes a fazer. Seu choro, por mais silencioso que fosse, e por mais rápido que tenha sido, fez com que eu pensasse se era aquilo mesmo que ela queria.
Não precisava perguntar seus motivos, saber seus segredos, pois por mais difícil que fosse admitir, sabia que ela chorava porque essa era a nossa despedida, nosso último momento. E por mais receios que tivesse, sabia que aquilo era certo para nós dois.
Abandonei todo e qualquer pensamento que me assombrava naquele instante. Ela não precisa de um trato, não precisava ser pega de jeito. Ela precisava ser amada e foi exatamente isso que fizemos, nos amamos.
Por mais desesperado que estivesse para tê-la, acalmei todos os meus sentidos, distribui beijos por todo o seu corpo, e me mantive calmo, essa era a coisa certa a fazer.
Sabia que ela pensava o mesmo. Suas mãos não tremiam sem receios, não me apertavam com desespero.
E nossa sintonia em cada movimento, fazia com que, internamente, eu pedisse por mais.
Terminei de despi-la lentamente embaixo das cobertas. Ela arranhou minhas costas enquanto beijava sua cintura nua, ela puxou meus cabelos até que eu voltasse para a sua boca.
A pouca claridade no quarto, devia-se aos poucos fogos filibusteiros perdidos na noite.
Não fiz juras de amor, não era necessário.
Suas bochechas estavam quentes quando terminei de beijá-la. E não que seus atos fossem surpresa, mas ela devolvia todos os carinhos que eu dava a ela. E nesse momento eu percebi, ela sabia que eu também precisava daquilo.
Quando penetrei seu corpo, já estava em êxtase. Ela apertou meu tórax para junto do seu, e por menos sentido que fizesse, sabia que deveria esperar para fazer qualquer movimento. Suas mãos me seguravam com força, e apenas quando o aperto afrouxou, soube que poderia continuar.
Suas pernas tremeram a cada investida, sons abafados saíram de seus lábios, e me deliciei por ser eu, o sortudo a escutá-los. Não estava em silêncio, tampouco. Tive que me segurar para que aquilo não terminasse. Continuei a penetrá-la, e só pararia quando ela proferisse meu nome. Aquilo só terminaria quando ela implorasse.
Foi quando aconteceu, não conseguiria mais me segurar, precisava acabar com aquilo. Suas mãos, que insistiam em arranhar minhas costas faziam com que meu corpo se arrepiasse.
Até que ela me apertou com força, e dessa vez eu soube, ela estava em sintonia comigo, no mesmo ponto que eu. Por mais que seus murmúrios não fizessem sentido, por mais falha que sua voz estava, eu escutei!
“Scorpius!” – Ela balbuciou meu nome e não precisei mais me conter.
Não tirei meu corpo do dela, continuamos abraçados, nos beijando, trocando carícias, sentindo nossa respiração voltar ao normal a cada puxada em busca de ar.
O quarto estava escuro, um breu perdido na noite. Seu corpo arfava junto com o meu. Nossa respiração se acalmando lentamente.
Fizemos amor e continuamos nos amando. Não sei quanto tempo ficamos assim, poderiam ter sido horas, minutos ou até mesmo segundos. O suficiente para durar para sempre.
** ALERTA DE FIM DE NC 18 + **
*
- Eu te amo. – Sua voz entrou suavemente em meus sonhos, se misturando com meu sono atormentado. Quando acordei, ela não estava mais lá.
*
Um estalo fez com que eu despertasse, de canto de olho confirmei o desaparecimento de Rose. Um Elfo dobrava as roupas que encontrava jogadas pelo chão. Podia vê-lo sumir com as garrafas vazias da noite passada. Um copo estava cheio ao lado do criado mudo. O Elfo terminava de arrumar toda a bagunça, mas ao invés de se retirar, sentou-se na cadeira ao lado da escrivaninha, esperando.
“Eu te amo” tinha certeza que a escutei dizendo isso, antes de sair de fininho nas pontas dos pés. Seu cheiro, ainda impregnado nos lençóis faziam com que eu quisesse voltar a fechar os olhos e quem sabe, dormir novamente.
De canto de olho podia ver o Elfo aguardando, suas pernas balançavam ritmadas, sem conseguirem alcançar o chão. Ele esperava, provavelmente possuía um propósito.
- Pois não... – Não conseguia me lembrar de seu nome, sabia que este era o Elfo que me servira na noite anterior. Tinha vagas lembranças dele andando pela mansão deixando arrumado e limpo os cômodos por onde passava. – É...
- Roman, senhor, é assim que me chamam. – Ele falou acanhado, arrumando seus trapos que usava como roupa.
- Pois não, Roman? – Perguntei, tentando não dar uma ordem expressa para que ele saísse do meu quarto.
- Minha senhora, antes de sair, pediu para que trouxesse isso. – Falou, apontando de longe para o copo sobre o criado mudo. – Disse que o senhor poderia estar com sede.
- Minha mãe saiu? – Perguntei abrindo os olhos.
- Não, minha senhora está em seus aposentos. – Ele falou baixando o braço fino. – Minha outra senhora pediu para que lhe trouxesse algo para beber.
- Sua outra senhora? – Perguntei confuso. – Você está falando de quem, Roman?
- A senhora que saiu de seu quarto agora a pouco.
- Rose? Rose pediu que me trouxesse o copo?
- Pode ser, Roman não sabe o nome da minha senhora. – Ele balançava as pernas calmamente. – Ela disse que o meu senhor poderia estar com sede quando acordasse, então Roman trouxe suco para o meu senhor.
- Minha senhora? Rose é sua senhora? – Estava confuso. Um Elfo não tinha o costume de “tomar posse” de donos, tinha? Ele agia como se Rose tivesse algum domínio sobre ele. Como se ela tivesse direitos dele. E ele estava... – Você está sentado! – Constatei. Elfos costumavam se sentar?
- Minha senhora mandou que Roman se sentasse e esperasse que meu senhor se levantasse. – Ele sentou em cima das mãos, as pernas no ar, no mesmo balanço ritmado. – Minha senhora disse que Roman não precisava sentar se não quisesse, mas que ela ficaria feliz se Roman estivesse confortável.
- E você está confortável? – Perguntei achando graça nas ordens que ele recebera.
- Roman não está desconfortável. – Ele respondeu, o que achei ser seguido de uma risada. Será que o Elfo era dela? Não, o Elfo é da família Malfoy. Os Weasley’s não tinham Elfos! Então...
- Porque chama Rose de sua? – Perguntei curioso. Queria entender aquela criatura estranha.
- Porque a senhora é minha. – Ele respondeu balançando os pés. – Ela possui uma ligação muito forte com o senhor, senhor Scorpius.
- Uma ligação muito forte?
- Sim, a ligação é forte e Roman consegue sentir. – Ele olhou para a janela e voltou a me olhar. – Todos os Elfos da mansão sentiram a ligação ontem à noite.
- Ontem à noite?
- Sim, Roman sentiu a ligação quando o homem aparatou com ela no jardim. – Ele voltou a se remexer na cadeira, provavelmente tentando permanecer confortável. – A minha senhora não se apresentou para Roman. Roman esperou que ela se apresentasse, mas ela teve que ir embora.
- O nome dela é Rose. – Falei vendo, o que acreditava ser um sorriso.
- Os Elfos estão muito agitados na cozinha. – Informou.
- Arrumando as coisas?
- Não. Roman acha que eles ficaram preocupados.
- Preocupados com o que?
- Com o que isso pode significar.
- Que isso o que pode significar?
- Roman não sabe.
- O que você sabe, Roman?
- Roman só sabe que existe a ligação, mas Roman não conhece a ligação. – Ele falou me explicando.
- O que seria uma ligação?
- Você. – Roman falou apontando para mim. – O meu senhor é uma ligação.
- Eu sou a ligação de Rose?
- Não, meu senhor. O senhor é uma ligação, mas não é a ligação da minha nova senhora.
Muitos bruxos dizem que Elfos estão sempre prontos para nos ajudar. Bem, isso porque ninguém nunca conheceu Roman, meu Elfo Doméstico. Se você acha que eu sou louco, espere até poder conhecê-lo! Ele diz que eu sou uma ligação, mas não a ligação que transformou Rose na senhora de Roman e dos outros Elfos da mansão... O que só posso traduzir com um pensamento: nunca, repito, nunca dê ouvido a um Elfo Doméstico!
- E a sua nova senhora pediu mais alguma coisa, Roman?
- Ah, sim, ela pediu, meu senhor.
- E o que foi?
- Pediu para Roman cuidar do senhor.
- E você já não faz isso?
- Não, meu senhor. Roman obedece a ordens que seus senhores dão.
- Certo. – Falei me espreguiçando. – Mas não preciso de seus cuidados Roman, obrigado. – Não sei por que o agradeci, nem pelo que agradecia, mas parecia certo tratá-lo de forma educada, já que Rose obviamente o fizera sem nenhuma obrigação. – Pode ir embora, agora.
- Roman precisa esperar o senhor se levantar. – Ele avisou ainda sentado, despreocupado, sem estar desconfortável. Que tipos de ordens ele recebera? Precisava ensinar Rose a dar ordens a Elfos!
Eu o encarei, achei engraçado o modo como ele agia. Esse foi o primeiro Elfo com quem gastei tempo conversando. Reparei que minha vida inteira ele deve ter estado por perto, e só ali, naquele instante, descobrira seu nome, pelo menos sabia que nunca mais esqueceria dele. Roman, o Elfo que não fala nada com nada, coisa com coisa, e balança as pernas em um ritmo constante.
- Preciso que você feche os olhos, Roman. – Ele fechou, não perguntou o porque, por quanto tempo, apenas fechou. Aproveitei a remota privacidade para me vestir. – Pode abrir, Roman. – Ele abriu, sem hesitar.
- Precisa de mais alguma coisa, senhor? – Ele perguntou se levantando e indo arrumar minha cama.
- Hum. – Pensei. Como perguntar a ele o que estava me incomodando? – Que horas ela saiu?
- Quando o homem chegou para buscá-la. – Ele respondeu esticando os lençóis, nada mais justo que ajudá-lo, pensei. Comecei a arrumar o quarto também, coisa que nunca havia feito na vida. – O mesmo homem que a trouxe... Foi há alguns minutos, quem sabe uma hora?
- Você sabe que homem era esse? – Perguntei ainda mais curioso.
- Roman não sabe, senhor. Mas ele já veio aqui antes, ver o senhor...
- Alvo. – Falei em voz alta, sabia que era ele.
- Como ela estava? – Perguntei tomando o conteúdo do copo na escrivaninha.
Para meu espanto e total desespero, Roman começou a chorar. Sem saber o que fazer, atrevi a dar leves batidas em suas costas, como isso não adiantou, fiz com que ele se sentasse na cadeira mais uma vez, entregando meu copo de suco para ele.
- O homem falou que ela precisava ir embora, meu senhor. – Roman falou respirando fundo. – Falou que todos estavam preocupados. – Ele tomou um gole do suco e me encarou. – O meu senhor acha que minha senhora voltará?
- Se depender de mim, Roman, fique tranqüilo que ela voltará. – Ele se acalmou e levantou-se constrangido, pelo menos era assim que eu imaginava que ele estivesse. – Roman, antes de ir, ela disse mais alguma coisa?
- Disse para o homem que precisava conversar com o senhor! – Ele parou de arrumar meu quarto e me olhou intrigado. – Mas o homem falou que não dava tempo, que perceberiam a ausência da minha senhora se ela se demorasse...
- Roman, preciso que faça uma coisa por mim...
...
Ele desaparatou ali mesmo, sem perder um minuto se quer. Aproveitei sua saída para tomar um longo banho. Distraído, tentava recordar tudo o que havia sido dito naquela mesma noite.
- Rose me ama! – Era como se eu cantasse embaixo do chuveiro, satisfeito por saber que essa era uma verdade, e que por mais contestável que fosse... Para mim? Simplesmente incontestável! – Rose Weasley me ama! – Falei para as paredes enquanto passava a toalha pelo corpo encharcado. – E ela sabe que sinto o mesmo!
Então porque não daria certo? Teríamos um ao outro... Se tudo desse certo, Sebastian aceitaria... A opinião dele seria a única que ela levaria em conta. Não precisávamos da aprovação de sua família!
Meus pais apoiariam nossa relação, minha mãe, não, meu pai... O que estou dizendo? Ambos apoiariam e não contestariam isso! Talvez levasse um tempo para meus avós aceitarem, os paternos pelo menos, mas não se intrometeriam em minhas decisões. Rose ajudou meu pai a se livrar da prisão, eles seriam gratos por isso!
Talvez a família dela fosse um problema... Não! Alvo ajudaria, tenho certeza! Lílian! Se ficasse do nosso lado, a prima de Rose poderia ser útil... O que estou pensando? Lílian nunca convenceria a prima a ficar longe de mim. Se Rose me ama, se realmente me ama, a prima dela sabe disso! Hermione? Ela era a mais sensata da família, sem problemas. Ronald?
- Oh, Mérlin, estou literalmente f*!
“Sei que amanha você vai me odiar duas vezes mais do que o necessário, mas eu preciso terminar isso agora.” – Que motivos teria para odiá-la? Será que ela não entendeu que eu e Jack Daniel’s somos a mesma pessoa?
- Besteira!
“Você deveria ter sido o primeiro a saber!” – Esse era o problema, não era? O que ela escondeu de mim?
Será que ela não ficaria comigo em hipótese alguma? Por eu ser um Malfoy, e ela uma Weasley? Não! Sorri feliz me encarando no espelho enquanto secava meu cabelo. Pelo menos a minha autoconfiança ainda estava comigo.
Vesti uma calça larga, uma camiseta preta meio rala, do jeito que estava frio, não tiraria meu sobretudo por nada nesse mundo. E minha roupa não importava... Passei um perfume importado e discreto. Estava pronto para esperar Roman voltar.
Abri a porta do banheiro confiante, Phillip estava na cadeira da escrivaninha, onde um dia antes Alvo sentara, horas atrás Roman ficara (não desconfortável, diga-se de passagem) e o lugar que até então eu não sabia, passaria um bom tempo “me curando”.
- Priminho! – Phillip falou me encarando. – Como você está? – Perguntou em falsa curiosidade.
- Phillip. – Falei secamente, a raiva subindo pelo meu corpo. – O que você quer?
- Oras, quanta bravura! Só quero conversar com você, é claro. - Não respondi, esperei que ele continuasse. – Me convida para uma festa, e nem faz questão de aparecer...
- Fiquei a maior parte do tempo no meu quarto. – Porque estava me justificando? Ele não precisava saber da minha vida! – Não estava passando bem!
- Sei. – Ele falou girando na cadeira, distraidamente. – E a garota ruiva que saiu agora só estava oferecendo seus cuidados...
- Não fale dela, Phillip, não ouse falar sobre ela! – Fechei meus punhos tentando me controlar. Raiva era pouco agora, sentia ódio.
- Ela beija bem, aquela Weasley... – O sangue subiu a cabeça, minhas mãos preparadas para alcançar a varinha. – Da próxima vez que você me socar, Scorpius, eu te mato! – Seu rosto ficou homicida, ele se levantou para sair, e viu o ar de desentendimento que havia deixado. – Você não é o único dotado de legilimência na família.
- Você não se atreveu a...
- Eu não vou chegar perto dela, Scorpius. – Ele garantiu, e por menos sentido que fizesse, essa frase conseguiu com que eu me acalmasse um pouco. – Mas ensine sua namoradinha a fechar a mente dela... Um livro aberto, dificílimo de se entender, mas muito interessante mesmo assim...
- Você se atreveu!
- Engraçado, sempre tive inveja de você, mas agora tenho até pena da situação que ela te colocou...
- Ficar com alguém que você já “pegou”?
- Pode considerar isso também... Mas não vá tão feliz assim ao encontro dela, você vai se arrepender!
- SAIA.DO.MEU.QUARTO! – Foi um urro de raiva, a pressa para que o que eu desejava se realizasse.
E ele saiu. Ironicamente eu queria que ele voltasse e explicasse o que estava acontecendo... Um estalo encheu o quarto, segundos após meu primo fechar a porta atrás de si.
- E então?
- Ninguém viu Roman, meu senhor.
- Ótimo! E ela estava lá?
- Sim, minha senhora estava na residência dos Weasley, como o meu senhor disse.
- E?
- Roman não entendeu o que estava acontecendo. – Ele falou se sentando, quando involuntariamente fiz um gesto para que ele o fizesse. – Minha senhora estava chorando...
- Chorando?
- Roman acha que era felicidade, meu senhor. Alguém vai se casar!
- Mais alguma coisa?
- Havia um homem ruivo, nervoso, discutindo com minha senhora!
- E?
- E Roman viu a ligação meu senhor... Meus parabéns! – E a louca história sem sentido voltou em pauta. Elfos existem para te tirar do sério!
- Quais as chances de eu não ser visto?
- Poucas meu senhor, são muitas pessoas!
- E o que é que eu faço? – Perguntei em voz alta, era uma pergunta para mim mesmo, eu deveria respondê-la com o primeiro plano que surgisse. Não foi a toa que me surpreendi quando Roman trouxe a solução.
- Se o senhor for agora, a porta da frente esta destrancada! – Ele respondeu balançando as pernas do jeito hipnótico e ritmado. – Todos estão na sala, a frente da casa está vazia...
Olhei mais uma vez para o Elfo Doméstico que estava sentado como se fosse gente, despreocupado e preocupado ao mesmo tempo, não confortável, mas não desconfortável sentado na cadeira com seus pés que balançavam. Por mais louco que ele fosse, era útil como nunca achei que um Elfo poderia ser.
- Deseje-me sorte, Roman. – Falei correndo para os jardins, pude escutar sua voz, agora distante, fazendo exatamente o que eu mandara, mas gostava de pensar que o fazia porque queria, por acreditar que eu conseguiria ter Rose na minha vida.
Aparatei no Beco Diagonal em segundos, o local vazio. Era o primeiro dia do ano, e eu era o único louco correndo nas ruas desertas, eu fazia isso por ela, seria louco por ela, até que não tivesse mais motivos para tentar.
*
Minutos se passaram quando encarei a casa geminada, a porta visivelmente destrancada, encostada para ser mais direto, como Roman garantira que estaria. Fiquei parado ali, sem saber o que fazer.
O que adiantava ninguém me ver se Rose não estava me vendo? Se eu tocasse a campainha alguém viria abrir a porta. Mas quem? Se entrasse, sem mais nem menos, aí sim poderiam me internar no St. Mungus, por doenças incuráveis da magia.
Encarava, ora a maçaneta, ora a campainha.
O que eu estava fazendo ali? O que eu queria indo até Rose Weasley? Uma explicação, óbvio. Mas não era ela que deveria me procurar? Mas e se ela não fosse?
Optei pela campainha e esperei, pronto para enfrentar quem quer que fosse. E a porta se abriu... Tive que olhar para baixo, Sebastian era da altura da maçaneta...
Entrei em pânico! E agora? Por isso eu não esperava! O que eu falaria para ele? “Olá, tampinha, sou o Jack Daniel’s”? Sem fala, encontrei os olhos do garoto, seus olhos cinzas, um tanto prateados, tão parecidos com os meus. Ele devolvia meu olhar, intensamente. Eu estava sem voz, estava mudo. Onde estava Ronald Weasley para me mandar embora a vassouradas?
Sebastian abriu a porta um pouco mais. O que ele estava fazendo? Eu sou um completo estranho para ele, e ele abre a porta assim? Quem está cuidando dele? Eu poderia ser um seqüestrador, poderia ser um assassino, poderia ser um maníaco adorador de Você-sabe-quem. Por Merlin, a maior parte da família é auror e não ensinaram essas coisas para ele?
Sebastian continuou me encarando, a mão na maçaneta. Em dúvida se abria a porta de vez ou se a fechava na minha cara. “Feche a porta e saia correndo!” - Tive vontade de dizer. “Nunca mais ouse abrir uma porta para estranhos!” – Mas assim, eu o assustaria, e não queria fazer isso.
“Ronald!” – Essa seria minha melhor chance. Ele me mandaria embora antes de passar vergonha por ter ido até aquela casa. Isso não assustaria o tampinha, me mandaria para o hospital mais próximo, mas Sebastian não me odiaria por isso.
Sebastian respirou fundo, percebi que ele fazia isso há um bom tempo. Ele estava assustado? Eu ainda não encontrara nada para dizer a ele. “Droga!”. Continuávamos nos encarando. Pânico! Estava suando a bicas.
- Ainda bem que você chegou! – Ele falou escancarando a porta. Todos estavam lá, na outra sala, todos os Weasley’s e Potter’s, incluindo todos os primos e primas, e patriarcas da família. Lílian e Richard estavam em pé brindando o noivado, e ninguém percebeu que eu estava na porta. Rose estava afundada no sofá ao lado da prima.
- Lílian não está grávida, Rose! – Ronald falou erguendo a taça para a sobrinha. – Sua prima está fazendo tudo certo, devia aprender com ela!
Pela cara de Sebastian, os insultos já haviam sido ditos de todas as formas possíveis. Todos repreenderam o pai de Rose quando ele terminou de falar, mas o velho parecia achar que aquilo era um incentivo para continuar. - RONALD! - Os mais velhos falaram. Seguido de vários - TIO! - De todos os sobrinhos, e um solitário, mas forte - PAI! - Vindo de Hugo. Todos olhavam para o homem, indignados com as palavras dele...
- Esquece! – Rose falou jogando-se de vez no sofá e encarando-o. – Ele é incapaz de me perdoar! – Ela falou como se o pai não estivesse ali, cruzava os braços como uma criança fazendo birra.
- Eu não tenho que te perdoar de nada, Rose! – Ronald falou se levantando. – O Sebastian é o neto que eu pedi a Merlin!
- Então qual o seu problema? – Hugo perguntou entrando na frente da irmã.
- O meu problema? – Ronald levantou de sua cadeira, aparentando ter bebido bastante. – Ela não dormiu em casa, esse é meu problema, provavelmente jogou o futuro pelo ralo mais uma vez...
- Eu estou fazendo o melhor que posso! – Rose falou nervosa. – Você é cego demais para perceber isso?
- O melhor que você pode? – Ronald perguntou nervoso. – O melhor que você pode fazer foi ter um filho sem se casar? Sem terminar a escola? Sem...
- SIM! Foi o melhor que eu poderia ter feito!
- Eu poderia dizer para as pessoas que tenho uma filha que trabalha no Ministério, ou então que trabalha no St. Mungus... Inteligente como a mãe... Mas não, tenho uma filha que é garçonete, mas não se preocupem... – Ele brindava para todos. - Ela faz o melhor que pode!
- A quem você quer enganar? – Hugo perguntou segurando a irmã que avançava ferozmente para o pai. – Você nem fala que tem uma filha... quando perguntam você muda de assunto!
- É claro! – Ronald falou como se fosse óbvio. – Para eles me perguntarem depois se ela está casada?
- Eu estou com vergonha de você Ronald! – Hermione falou indo de encontro aos filhos. – Rose está namorando agora, você deveria apoiá-la, e não...
- Namorando? – Ronald perguntou sorrindo, fazendo todos revirarem os olhos. – É mesmo filha?
- AHHHHHHH – Rose gritou tentando se soltar dos braços do irmão. – Me solta, Hugo.
- Depois de tantos anos, filho, você deveria ter deixado seu orgulho de lado. – O senhor Arthur falou olhando para o filho. – Sebastian só trouxe alegria na sua vida, qualquer um sabe disso!
- Mas o coitado vai viver a vida toda sem uma figura paterna porque a sua neta...
- Porque a minha neta cometeu um erro com dezessete anos, isso mesmo! – Molly falou de onde estava. – Tenho certeza que não cometeu mais nenhum ontem a noite, não é?
- Como se todo o Ministério não soubesse que Rose tem um filho, Ronald. – Hermione falou olhando para o marido. – Como se o fato de você andar com o Sebastian de um lado para o outro não significasse nada!
- Eu amo o meu neto! – Ronald falou olhando para todos, e pela voz dele aquilo era uma verdade incontestável.
- Mas é incapaz de perdoar a sua filha? – Rose perguntou histérica.
- Eu já disse que não tenho do que te perdoar! – Ronald falou alterado. – Você que devia fazer melhor do que está fazendo e correr atrás do futuro que você desperdiçou por causa de um marmanjo que não teve a cara de pau de assumir os erros dele!
- Você não vai chamar o meu filho de erro! – Rose falou tentando se soltar dos braços do irmão mais uma vez. – E você não pode culpar o pai do Sebastian por nada!
- E porque eu não posso culpar o desgraçado? Cadê ele para se defender? Depois de seis anos você ainda vai defender o cara, como se...
- Porque o desgraçado não sabe que tem um filho! – Lílian falou indo até a prima. – Porque eu não deixei ela contar!
- Que brilhante idéia a sua Lílian! – Ronald falou para a sobrinha. – E porque o sem nome não poderia saber que é pai? Por um acaso é o Richard? – Richard começou a rir da idéia, assim como alguns primos e os tios de Rose, mas logo se silenciaram, ao verem a cara homicida do pai da garota.
- Porque eu não aceitava o cara, tio. – Lílian falou se jogando no sofá. – E eu me arrependo disso... Porque ele teria sido um ótimo pai!
- Teria sido? E como você sabe disso? – Ronald falou tomando mais um pouco da bebida âmbar.
- Como você sabe disso? – Rose perguntou para Lílian, ignorando o pai. – Ou melhor, desde quando você sabe disso?
- Eu descobri no Natal, Rosie, desculpa, mas não achei certo te contar...
Todos ficaram em silencio, varias rugas se ergueram no meio de tantas testas... Foi quando eu olhei para baixo e vi Sebastian ainda com a mão segurando a maçaneta, seus olhos arregalados tentando assimilar tudo o que era dito... A discussão continuou na outra sala, mas eu parei de prestar atenção quando vi as lágrimas se formando no rosto do tampinha, sem dúvida ele estava assustado e não sabia como reagir. Peguei ele no colo sem pensar duas vezes e o levei para o jardim na frente da casa. Ele me olhou por um tempo sem dizer nada, apenas me fitando confuso.
- Isso é porque eles te amam. – Tentei acalmá-lo, o que não deu muito certo.
- Eles estão brigando por minha causa, Jack? – Ele perguntou ainda chorando.
- Eles não estão brigando, Sebastian, eles estão apenas se perdoando...
- Se perdoando? – Ele perguntou tentando entender.
- Eles demoraram muito tempo pra ter essa conversa... – Falei me sentando na neve. – E agora existem muitos sentimentos em conflito...
- Sentimentos em conflito? – Me peguei aninhando ele no colo, aquilo era bem estranho e reconfortante ao mesmo tempo. – Porque você mudou a cor dos seus cabelos? – Ele perguntou de repente. – Você é que nem o tio Teddy?
- Estou mais para o seu tio Alvo...
- É... A cor do seu olho mudou também! – Ele falou me encarando por um tempo antes de me abraçar.
- Como você sabia que era eu? – Perguntei confuso. – Eu mudei toda a minha aparência...
- O jeito que você me olhou! – Ele respondeu como se fosse óbvio. – E você vai ficar assim agora ou está disfarçado?
- Esse sou eu sem disfarce...
- Prefiro você assim! – Ele falou sorrindo, como se achasse que eu precisava de um incentivo. – Você vai ficar assim agora?
- Vou, vou ficar exatamente assim agora! – Falei sorrindo de volta. – Você está mais calmo, tampinha? – Perguntei o analisando, ele apenas balançou a cabeça afirmando.
Levantei com ele ainda no meu colo e fui até a porta da casa, tudo estava mais calmo agora, podia escutar algumas pessoas pedindo para ver a aliança de noivado de Lílian, escutava outras pessoas rindo de alguma piada e ao longe as vozes do pai de Rose e dela mesma, trocando palavras que há muito tempo não deviam trocar um para o outro. Eles estavam se acertando no fim das contas...
- Onde está Sebastian? – Pude escutar a voz de Hugo ao longe.
- Eu achei que ele estava com você! – Lílian respondeu preocupada.
- Ele está com o Alvo! – O senhor Arthur falou calmo.
- Comigo ele não está! – Alvo respondeu assustado. Uma confusão começou a surgir lá dentro.
- Sebastian? – Várias vozes perguntaram juntas.
- Aqui! – Ele respondeu calmo, ainda no meu colo. Foi o que bastou para a família inteira aparecer na sala de entrada e me encarar, e que família grande, diga-se de passagem!
- Malfoy? – Várias vozes perguntaram ao mesmo tempo. Parte da família tinha um ar de “mistério resolvido” em suas expressões. Eu não era um homem tímido, mas aquilo era bem intimidante...
N/A:
- Lumus!
Comentários??
Um voto na fic???
Bjs
- Nox!
Ana CR
Comentários (16)
Maravilhoso!!!!!!
2012-05-24Anaaaaaaaaaaaaaaaa OMG, estou totalmente apaixonada pelo capitulo.Eu já estava morrendo de saudades da fic, nossa o capitulo foiiiii OMG tô passada demais nem sei o que pensar. Muiiiito bom. Acho que se eu fosse dar uma nota a esse capitulo seria milll, foi o melhor capitulo da fic na minha opinião o que me deixou mais nervosa que me fez rir muiiito e que nos deixou no suspense aqui. Odiei o Rony insultando a Rose, mas amei a familia defendendo ela, ainda bem que o Ron caiu em si e parou. Nossa senti maior raiva dele nesse capitulo, mas felizmente ele parou com a loucura. Nossa eu chorei muito aqui. Roman é uma ondaaaaa meu Deus, acho que foi uma das partes que mais ri, ele balançando as pernas sentado despreocupadamente *-* muiiiito bom.Tô falando aqui, mas tô totalmente sem palavras o capitulo me surpreendeu muito mesmoooo. Já quero saber o que vai acontecer no próximo ahhhhhhhhhhhhhh que loucura esse capitulo flr, Sebastian reconheceui ele *-* que fofo...Agora o primo dele é um grande idiota ahhhhhh que raiva dele ainda bem que a Rose não se meteu com ele no passado!Ameiiiii o capitulo flr, foi ótimo e estou esperando pelo próximo ancisamentebjooooos!
2012-05-21Cara!!! Que capítulo!Adorei, adorei, adorei! Foi d+, o Scorps sabe ser percistente em...Adorei tudo, quase achei que no final ele descobriria que o Seb era filho dele, mas acho que vai ficar para o prox neh. E pelo menos a família e o Ron finalmente percebram quem é o pai do Seb.Bjs, teh o prox., e saiba que já estou mega ansiosa pra saber o que vai acontecer, imagina a cara do Scorps quando saber do filho?!
2012-05-21Foi muito bafão pra um capítulo só!Ri muito!O pior é q só o Scorpius ainda está boiando totalmente!HAHHAHAHAHAHA!
2012-05-20Ficou muitoooooo bom, sério, estou amando essa fic!!!! A briga entre a Rose e o Ron foi muito tensa... rsrsrsrs mas ficou ótima do mesmo jeito, deu pra perceber bem os sentimentos dos dois. O Roman também! Adorei ele, só achei que ele fala várias coisas um pouco ambíguas ou contraditórias, então fica um pouco difícil de entender completamente o que ele fala...Mas ficou muito bom mesmo! O Scorp parecia um pouco desesperado no começo do capítulo, mas quem não ia ficar, numa situação daquelas? O Sebastian no final também foi muito legal. Depois de Rose/Scorpius, eu acho ele o melhor personagem da fic, ele é muito fofo e tals...Beijoooos e até o próximo! :D
2012-05-20Não revisei o capítulo, então qualquer erro gramatical, favor avisar!Bjs!(;Ana CR
2012-05-20