A Descoberta
Era uma manhã muito fria em Londres, e quem passasse pela área mais pobre da cidade poderia ter presenciado a aparição repentina de um velho com um ar muito bondoso, de oclinhos meia lua, e uma barba grisalha bem comprida. Sem duvidas, aquele era Alvo Dumbledore, Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Caminhava tranquilamente entre os becos cheios de lixo e gatos vadios, até que finalmente encontrou seu destino. Um prédio imponente em meio a outros mais baixos, de tons de cinza e traços marcantes. Parecia uma caixa cinza de proporções gigantes, pronta pra intimidar aqueles que se aproximassem. Dumbledore tocou a campainha e uma voz tediosa o permitiu que estrasse.
_ Procuro a Dra. Farb. – Disse o Diretor a mulher. Ela respondeu que esperasse na sala a direita.
Em pouco tempo, que Dumbledore se manteve a admirar um aquário na sala de espera, surge uma mulher baixa de ar severo e cabelos presos em um coque bem preso.
_ Ela não está muito bem hoje. Mas certamente está mais calma. Vou encaminhá-lo até o quarto em que se encontra.
_ Obrigado, ficaria satisfeito de ter um momento a sós com a menina, preciso convencê-la de aceitar uma proposta para que se transfira para outro local.
_ É muito estranho o senhor aparecer, sabe. Nunca tem visitas aqui e ela definitivamente não se entrosa com mais ninguém aqui...
_ Talvez uma mudança de ares a faça sentir mais confiante. – Disse o esperançoso diretor, já entrando em um corredor mal ilumidado onde podia se ver uma porta ao fundo com uma janelinha de vidro na altura dos olhos.
Ao adentrar o aposento, não havia realmente muito a reparar, o quarto era de tamanho médio, possuía uma armário pequeno, mas que ia até a altura do teto, uma mesinha de cabeceira com uma foto e um abajur e uma cama, onde encontrava-se uma menina encolhida, murmurando algumas palavras.
_ Com licença? Desculpe se a atrapalho mas gostaria muito de conversar com a senhorita.
Vagarosamente, a menina fez o sinal da cruz, e Dumbledore pode perceber que rezava, tinha um terço nas mãos e a aparência de alguém que não dormia a dia e que chorava bastante. Fora isso, parecia que tivera muita beleza a não muito tempo atrás.
_ Vou deixá-los a sós. – disse a Dra. Farb. E abaixando o tom de voz, de modo que a garota não os esutasse, susurrou – Qualquer problema, não tema em apertar esse botão próximo a porta. – um botão vermelho, próximo a porta, indicava que a paciente poderia ter um ataque psicológico. – Assim poderemos vim socorrê-lo.
- Obrigado, mas não creio que será necessário.
_ Certo, estarei em minha sala para conversarmos mais tarde.
E assim, Dra. Farb saiu deixando os dois a sós.
_ Senhorita Wendel, me chamo Alvo Dumbledore e sou diretor de um colégio interno muito bem conceituado no interior da Inglaterra. Estamos muito interessados em sua presença para o nosso próximo ano letivo e quem sabe para o forme s próximos ate que se.
- Desculpe mas não tenho condições de estudar em qualquer lugar que seja. – A garota possuía uma voz suave, mas firme, e Dumbledore notou que possuía uma presença que sem duvidas preenchia o vazio do quarto, tornando-o instantaneamente aconchegante.
- Não é necessário pagamentos para que se freqüente a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
- Desculpe?
- Ah me perdoe. Talvez não tenha sido muito claro. Sou o diretor de uma escola de Magia, uma das melhores se me permite dizer, e lá estudam apenas meninas e meninas dotados de poder desde o seu nascimento.
- Não estou interessada, e não sou uma, uma b-bruxa. – Os olhos azuis da menina de repente marejaram e saltaram ao ouvir tamanho absurdo.
- Ora, se não é, o que faz aqui? Pelo que soube ainda não conseguiram encontrar explicações satisfatórias para o trágico ocorrido que a trouxe para essa clinica psiquiátrica.
- NÃO FOI MINHA CULPA! EU JURO QUE NÃO PUDE CONTROLAR!
- Então não nega que partiu de você? – Era incrível como Dumbledore conseguia manter a mesma face serena de quando ahavia adentrado o quarto. A menina começou a chorar e cobriu a face com as mãos, recomeçando a murmurar uma oração.
- Escute, não quero atrapalhá-la - a menina parou, mas manteve as mãos no rosto – muito menos acusá-la. Mas jovens bruxos as vezes não conseguem controlar seus poderes. Acidentes acontecem. – A garota soluçava, mas pareceia ouvi-lo. – Em Hogwarts poderá aprender a controlar sua magia, e ocorrências como essa poderão nunca mais acontecer.
- É possível controlar isso? Posso ir a esta, esta escola para controlar essas coisas que acontecem comigo e ser uma pessoa... Alguém normal? – os olhos da garota brilhavam e sua face estava levemente ruborizada.
- Sim, é para isso que existe a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, para que os jovens aprendam a controlar e a utilizar seus poderes.
- O senhor.. O senhor também possui poderes?
- Gostaria de uma pequena demonstra..
- NAO! Não, desculpe. Desculpe mas não gostaria de nada extraordinário por hoje, por favor.
- Sem problemas. A senhorita ainda vai aprender a lidar muito bem com seu talento. A propósito, se considerar minha proposta, Hogwarts oferece uma quantia de dinheiro para que possa comprar seus materiais. A Senhorita irá precisar de um uniforme completo, alguns livros, ingredientes de poções e uma varinha.
- Não acho que vou precisar de uma varinha, senhor. Não pretendo fazer magia, e sim aprender a controlá-la.
- Desculpe, mas uma varinha é artigo essencial para nossa Escola.
- Certo.
- O nosso guardião das chaves e guarda-caça Rúbeo Hagrid poderá acompanhá-la até o beco diagonal para que a senhorita possa comprar seus matérias necessários. E quem sabe se interessar mais um pouco pelo mundo da magia. – Dumbledore deu um piscadinha e se levantou. – Hagrid é muito amável, será uma ótima companhia. Ele virá dia 10 de agosto, às nove da manhã. Esteja na porta principal o esperando. Foi um enorme prazer conhecê-la.
- Igualmente, diretor.
Dumbledore se dirigiu a sala da Dra. Farb, situada na ala norte da clinica. Pelo caminho concluiu que aquele definitivamente não era um bom local para servir de residência a uma menina com habilidades tão incríveis, pelo que soube do ministério.
- Entre, por favor.
- Obrigado. Dra. Farb, esta tudo acertado. Um homem de minha confiança a levará para a compra de livros e uniforme dia 10 e gostaria que alguém a deixasse na estação de King Cross no dia primeiro de setembro as nove horas.
- Essa sua escola por acaso se mantém aberta durante o Natal? E Nas ferias de verão?
- Ah sim, temos vários alunos que permanecem na escola durante os feriados de Natal e Páscoa, mas lamento informar que fechamos no verão. Mas ainda estamos trabalhando em outro local para que podemos enviar a senhorita Wendel durante sua ausência de Hogwarts.
- Caso não encontrem a manteremos aqui. E caso haja muitos problemas pode mandá-la de volta para cá. Sabe, ela precisa de uma série de remédios para se acalmar.
- Garanto que uma temporada conosco a fará livre de qualquer medicamento. – Dumbledore sorriu. A doutora fez uma cara de que não acreditava muito, mas o que quer que pudesse tratar aquela menina de apenas quinze anos e abandonada pela família parecia ser reconfortante de certa forma.
- Muito bem senhor Dumbledore, há algo mais que posso fazer pelo senhor?
- Ah não, não pretendo tomar mais seu tempo. Muito obrigado por me receber e pela confiança.
- De nada. Espero que cuide bem de nossa paciente.
Em algum lugar daquela área pobre e decadente de Londres, uma garota sentiu um calorzinho no peito, talvez aquilo fosse a tal da esperança que ouvira uma vez.
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