Potter Vampiro



Harry acordou três dias depois do ocorrido. Sua cabeça doía, e ele não se lembrava de nada que tinha acontecido e por que ele estava naquela floresta.


Levantou-se e, caminhando vacilante, dirigiu-se até um laguinho que havia na clareira. Olhou para o espelho d’água e quase caiu para trás. Sua imagem não se refletia nela. Ele olhou para as próprias mãos. Estavam brancas como leite.


As suspeitas de Harry se confirmaram.  Ele era um vampiro. Levou a mão ao seu pescoço e ali estava uma alta cicatriz em forma de ferradura. “Era só o que me faltava”, pensou ele, ainda com a mão no pescoço. Mas o pior de tudo era que estava com uma súbita e inexplicável vontade de beber o sangue de alguém. Não. Ele não ia se tornar um predador. Não ia matar pessoas para beber seu sangue. Tinha que haver outro jeito.


Pensou durante horas, estava atordoado, com vontade de xingar o mundo. Foi isso que ele fez. Xingou Merlin, os fundadores de Hogwarts, as mães dos cinco e sugeriu alguns lugares onde Thor poderia enfiar o seu martelo. Já era a quinta vez que ele mandava o ministro da magia ir à merda, quando uma ideia lhe passou pela cabeça. Se ele tinha que beber sangue para se alimentar e não queria que fosse de humanos, a única saída era se alimentar de animais. Sim, ele seria “vegetariano”, não deveria fazer muita diferença. Era uma boa solução.


Ele ainda não tinha testado seus novos “poderes”, e aquela era a hora perfeita para isso. Levantou-se e começou a correr. Era incrível em como num piscar de olhos ele já havia corrido uns 450 metros. Parou. Resolveu testar sua força. Escalou uma árvore muito rapidamente, como se ele fizesse isso há anos. Lá no alto, agarrou um galho com uma das mãos e arrancou-o, o que espantou todos os passarinhos das árvores próximas. Harry estava maravilhado. Aparentemente ser um vampiro não tinha só lados ruins. Mas ele ainda estava com fome. Lançou o galho longe, e resolveu buscar alimento. Ao pé da árvore em que estava, havia um cachorro do mato aninhado em um oco do tronco. “Por que não?”, pensou Harry.


Deu um sorrisinho maquiavélico e saltou da árvore, encurralando o cão. O bicho ganiu e tentou fugir, mas não era páreo para um vampiro. Em minutos, o cachorro estava estirado no chão, com uma mordida estranha no pescoço e Harry ao lado dele, um filete de sangue escorrendo de seu queixo e uma expressão satisfeita no rosto.


Mesmo com a transformação, Harry não havia mudado muito. Na verdade, ele não mudava muito desde seus dezessete anos. Continuava o mesmo homem magro, não muito alto, com cabelos castanhos e muito rebeldes, óculos fundo-de-garrafa no rosto e um projeto de barba no queixo. A única coisa que mudara um pouco foram seus olhos. Antes, eles eram de um verde muito vivo, iguais aos de sua mãe. Hoje eles eram vermelhos, mas ainda assim, lindos.


Levantou-se novamente e olhou à sua volta. Devia voltar para casa. Procurou sua varinha, e assim que a encontrou perto da clareira onde estava deitado, aparatou em casa. 


 


 


 

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