Revelações
Nota: infelizmente nenhum dos personagens e lugares reconhecíveis aqui citados me pertence, ou seja, não fui eu que criei Hogwarts, os hipogrifos ou o Sevie Gatão. É tudo da J.K.Rowling e eu não quero nem vou ganhar dinheiro com esse texto, até por que, se eu fosse criadora de Harry Potter, eu não assassinaria metade dos personagens ou chamaria uma criança de Alvo Severo...
OoOoOoOoOoOoO
Tudo estava em paz. Até agora. De repente sua cicatriz doeu. A princípio, Harry achou que tinha batido a cabeça, mas não. Sua cicatriz ardeu como da última vez que Harry e o Lorde das Trevas se encontraram. Ele ouvia uma voz familiar, que repetia constantemente: “O Lorde das Trevas não foi destruído”, “A oitava Horcrux, Harry, a oitava Horcrux”.
Ele acordou sobressaltado na manhã seguinte. Gina estranhou o comportamento do marido.
- Querido, o que ouve?
- Gina, eu... Tive um sonho estranho e... Minha cicatriz doeu.
- Você tem certeza de que não bateu a cabeça?
- Não... doeu de verdade, como na batalha final.
Um silêncio mórbido invadiu a casa, e o casal ficou se olhando meio sem jeito. Quando Gina disse que ia ao banheiro, ele deitou-se novamente, mas com os olhos abertos. Aquilo que a voz lhe dissera ainda ecoava em sua cabeça. “O Lorde das Trevas não foi destruído”, “A oitava Horcrux , Harry, a oitava Horcrux ”. Como Voldemort poderia estar vivo se no sétimo ano Harry o matou?
No trabalho, ele só conseguiu pensar nisso. Não prestou a mínima atenção no que os outros aurores diziam sobre a localização de Lúcio Malfoy.
Chegando em casa, Harry resolveu escrever a Rony e Hermione.
Queridos Rony e Mione,
Não sei o que está acontecendo comigo. Mas essa noite eu tive um sonho estranho, e minha cicatriz ardeu. No sonho eu não via nada, mas tinha uma voz que falava: “O Lorde das Trevas não foi destruído” e “ A oitava Horcrux , Harry, a oitava Horcrux ”. O que eu achei mais esquisito é que a voz era do Dumbledore. Aguardo resposta.
Afetuosamente,
Harry
Depois do jantar, ele deixou Gina e Lílian na sala, alegando que estava muito cansado e precisava dormir o que não era nenhuma mentira deslavada. Deitou-se na cama e logo adormeceu. Sonhou que tinha dezoito anos, e andava por uma Hogsmead fantasma. Não havia ninguém nas ruas, e as lojas estavam fechadas. Somente o Três Vassouras tinha a porta entreaberta. Tomado pela curiosidade, Harry resolveu entrar. O pequeno pub que havia conhecido sempre cheio e limpo estava completamente abandonado. Havia algumas cadeiras e garrafas quebradas e rastros de algo que Harry achou que era sangue manchavam o chão do bar. Ele já ia saindo quando notou um homem parado à porta que o observava. O homem tinha cabelos negros e lisos, que iam até a altura de seus ombros, emoldurando seu rosto. Ele usava um casaco preto e comprido muito surrado e um cachecol da mesma cor, que escondia uma cicatriz em seu pescoço feita por Nagini, a cobra de Voldemort. Harry conhecia muito bem aquele homem, era Severo Snape, seu ex-professor. Ele esquadrinhou Harry de alto a baixo, para depois se dirigir a ele.
-Vejo que nos encontramos de novo, não é, Potter?- disse desdenhosamente.
-Acho que sim, Snape, digo, professor. – respondeu Harry, num misto de raiva e arrependimento.
-Não sou mais seu professor. – rebateu Snape, em seu habitual tom rascante.
-Certo, mas, o que o senhor faz aqui? Quer dizer, ano passado, na batalha final, eu vi o senhor, anh, morrer. O senhor é um... Fantasma? – perguntou Harry, com certa apreensão
-Acho que eu já te disse que não sou mais seu professor, não é mesmo, Potter? Será que eu vou ter que desenhar? –disse Snape, com uma raiva suprimida na voz.
-Não
-Muito bem. Mas voltando a sua pergunta, não. Eu não sou um fantasma, afinal eles são transparentes não é?
-São, mas como você está vivo? O veneno daquela cobra é letal!
-Oh, sim, a lendária curiosidade grifinória está aflorando não é? Bom, creio que o seu querido Dumbledore já deve ter te falado sobre a oitava Horcrux. - disse Snape num tom estranhamente calmo.
-Oitava Horcrux? Não, isso é impossível, Dumbledore me disse, Voldemort criou sete Horcruxes, e todas foram destruídas ano passado!
-Potter, quando você vai aprender a NÃO PRONUNCIAR O NOME DO LORDE DAS TREVAS! – berrou Snape, agarrando Harry pela gola e suspendendo do chão.
Harry ficou sem reação, simplesmente observou Snape recuperar a compostura antes de dizer:
-A questão, Potter, é que quando o Lorde das Trevas soube que você e seus amiguinhos estavam procurando as Horcruxes, ele criou mais uma, e disse somente a mim, e essa oitava Horcrux , está inteira, num lugar que somente eu e o Lorde das Trevas podemos entrar. É por isso que eu estou vivo, Potter.
-Eu não entendi como você está vivo.
-Eu não esperava que você entendesse, afinal, você puxou a arrogância do seu pai, não a inteligência da sua mãe.
-MEU PAI NÃO ERA ARROGANTE!- berrou Harry, com os punhos fechados, prontos para dar umas boas bofetadas na cara de Snape se fosse preciso.
- Ah, era sim Potter, muito arrogante, prepotente e metido a besta também.
Dessa vez Harry não se controlou. Brandiu seu punho direito contra o rosto de Snape, mas este, com muita agilidade agarrou o braço de Harry antes de acertar sua cara. Snape tinha tanta força que Harry pensou ter quebrado o pulso. Ele despertou de seus devaneios ao ouvir a voz de Snape mais gélida do que nunca:
-Graças a você, Potter, eu sou um vampiro. – e dizendo isso, tirou o cachecol, que ocultava não somente uma, mas duas cicatrizes em seu pescoço. De um lado, a feita pela cobra, e do outro, uma mordida feita por um “humano”.
Harry não sabia com que cara estava no momento, mas Snape simplesmente disse, com um sorriso cínico nos lábios:
-Sim, Potter, você fez isso.
-Mas como, eu não sou um vampiro!
-Ainda não, Potter, mas você será um e descobrirá que tudo isso que eu te disse é verdade, então você vai voltar no tempo usando o vira-tempo da sua amiguinha sangue-ruim e salvará minha vida.
-Não chame a Mione de sangue-ruim!
- A chamo do que eu quiser. Agora, se me dá licença, eu estou atrasado.
-Não! Espere! Aonde você vai?
-Não é da sua conta, Potter. A propósito, Lúcio Malfoy está escondido na França, perto da fronteira com a Espanha.
E Snape aparatou.
Harry olhou à sua volta quando sentiu alguém o sacudir.
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