A Guerra começa



“ Quando não houver saída

Quando não houver mais solução

Ainda há de haver saída

Nenhuma idéia vale uma vida”




Depois de muito dançarem, os quatro sentaram-se novamente à mesa, lá encontrava-se um Collin muito mau-humorado, foi Hermione quem perguntou primeiro:

- Ué, cadê a Gina, Collin?

- É o que eu também queria saber, ela me disse que ia tomar um pouco de ar lá fora e até agora não voltou.- respondeu irritado

Harry e Hermione se entreolharam:

- Se ela estiver com aquele desgraçado, eu acabo com os dois.- disse Rony entredentes fechando os punhos

- Calma Rony, isso não é hora pra brigas, contenha-se.- ponderou Mione

Mas, ele mal escutara já havia se levantado para sair do castelo, em seu encalço vinha Harry, Mione e Luna. Instantes depois, eles encontraram o corpo de Draco:

- Tem alguma coisa muito errada por aqui.- disse Harry olhando para os lados

- Cadê ela?- perguntou Rony enfurecido

- Espere.- disse Mione pegando sua varinha e reanimando o garoto

Draco acordou atordoado, demorou alguns segundos até ele assimilar o que tinha acontecido, quando se lembrou levantou-se assustado:

- Cadê ela? Cadê?- disse desesperado olhando todos os rostos que o encaravam

- Meu Deus, ele a levou, ele a levou, e eu não pude fazer nada. Ele a levou, Gina...- repetia para si transtornado

Rony não pôde se segurar, seu ódio só crescia e ele não ouviu a voz da razão, em sua fúria acertou em cheio a cara de Draco, que pareceu acordar do transe em que estava:

- Eu disse para você ficar longe dela.- bravejou Rony

Harry e Luna o seguraram, enquanto Draco se levantava e limpava o filete de sangue que escorria de sua boca, olhou Rony com desprezo:

- Malfoy, onde a Gina está? Quem a levou?- perguntou Mione tentando manter a calma

- Finalmente alguém sensato. Precisamos encontrá-la antes que seja tarde... eles não hesitarão em... matá-la.- explicou tentando encontrar uma calma inexistente

A notícia deixou todos paralisados:

- Quem a levou?- insistiu Mione aflita

Ele respirou fundo e respondeu amargurado:

- O meu pai.

Hermione ficou muda, refletindo, precisa pensar com clareza:

- Precisamos ficar calmos, e resolver o que fazer.- disse para todos, mas principalmente direcionando o olhar a Rony

- Você sabe sobre a poção?- Harry perguntou

- Pouca coisa, sei que ela se encontra numa gruta e que é necessário um ritual, um sacrifício.- disse seriamente

Depois de analisar o que tinha acabado de dizer, ele murmurou aflito:

- Oh meu Deus, a Gina.

- E onde fica essa droga de gruta?- Rony perguntou encarando Draco com frieza

- Eu não sei.- respondeu com raiva

Hermione raciocinou com agilidade:

- Bem, se foram os fundadores de Hogwarts que a esconderam, e se já há comensais por aqui, ela só pode se encontrar...

- Na floresta proibida.- Harry terminou a frase por ela

- Exatamente.- disse ainda pensativa – Malfoy, você sabe me dizer porque poucos a vêem?

- Bem, eu não sei, acho que é difícil encontrar a gruta, ou entrar nela.- respondeu incerto

Harry também parecia pensativo:

- Talvez, seja daí que Dumbledore tirou sua idéia.- ouviu-se dizer

- Do que você está falando?- perguntou Mione

- Você se lembra da pedra filosofal, de como a encontrei?

- É claro, Harry. Faz sentido, você a via porque você não pretendia usá-la.- analisou animada com a descoberta

- Exato. E além do ritual, talvez eles precisem da Gina pra encontrar a Gruta.

- Não adianta ficarmos discutindo, estamos perdendo tempo, eu vou procurá-la.- disse Draco decidido

- Você o quê?!? Isso é loucura, você não pode se embrenhar na floresta, é suicídio.- disse Mione incrédula

- Que seja, eu não vou ficar parado enquanto ela pode estar correndo perigo, além do que meu pai não vai pensar duas vezes em matá-la, porque desse jeito ele estará me castigando, ele vai usá-la pra se vingar de mim.- disse friamente

- Eu vou com você.- disse Harry com firmeza

- Eu também.- apoiou Rony

- Vocês ficaram malucos??? Harry, por favor!!!- implorou Hermione

- Mione, da última vez que Voldemort a pegou, se não tivessemos agido, ela teria morrido.- disse ainda firmemente

- Mas, podemos avisar a ordem.- argumentou a garota

- Pode ser tarde quando eles chegarem, e já está decidido.

- Potter, eu não quero ajuda, eu vou sozinho.- disse Draco ainda mais decidido

- Eu não vou discutir com você, façamos o seguinte: vamos nos dividir, se quiser vá sozinho, eu e o Rony seguimos pelo outro lado, quem achar a gruta primeiro solta fagulhas vermelhas para o alto, ok? Mione, avise alguém da ordem, peça ajuda o mais rápido possível, Luna vá com ela.- pediu Harry firme

Rony se aproximou de Draco:

- Se alguma coisa acontecer com a minha irmã, eu mato você, entendeu?

Draco não respondeu, não estava em condições de argumentar nada, na verdade estava se odiando, se sentindo extremamente culpado, angustiado, ainda mais depois de tratar Gina da forma como a tratara, e só de pensar que a vida dela corria perigo e por sua causa, sentia seu coração se apertar, e se alguma coisa acontecesse, ele iria atrás de seu pai, nem que fosse no inferno.


Antes de ir avisar alguém, Hermione tomou as mãos de Harry aflita, estava com lágrimas nos olhos:

- Harry, prometa pra mim que não vai fazer besteira, que não vai se arriscar. Prometa que vai voltar pra mim, por favor!!!

Harry a abraçou com força e sussurrou em seu ouvido para acalmá-la:

- Está tudo bem, Mione. Eu vou voltar, a gente ainda vai brigar inúmeras vezes, eu ainda vou ver você entrando na igreja vestida de branco, ver nossos filhos crescerem, e ainda vou ficar velho e ranzinza ao seu lado, ouviu?

Ela confirmou com a cabeça, e antes de ir, ele a tomou no braços e lhe deu um beijo carinhoso. Depois observou Rony se despedir de Luna e sumir com Harry e Draco para floresta.

- O que está havendo, Mione?- perguntou Luna enquanto entravam no castelo

- Não há tempo para explicações, Luna. Temos que correr, e acabar com os segredos de uma vez por todas.- disse mais para si do que para a garota ao seu lado

Hermione andava a passos largos, atravessou o centro do salão sem se importar com os olhares que atraía, foi decidida em direção a mesa dos professores, só encontrou Lara e Severo conversando:

- Lara, cadê o diretor? Preciso falar com ele com urgência.- perguntou ignorando Snape

- O que houve srta. Granger?- ouviu a voz branda do diretor perguntar atrás dela

Ela ficou mais calma ao encarar Dumbledore, respirou fundo, buscando forças:

- Diretor, aconteceu, os comensais levaram a Gina, eles a usarão para o sacrifício da poção, precisamos agir.- disse depressa

Todos a encararam preocupadamente:

- Me acompanhe, Hermione. Vocês também.- pediu Alvo enérgico indicando os professores

Ele a levou até uma sala reservada e fez a garota tomar um copo d’agua para se acalmar:

- Agora, me conte exatamente o que houve.

- Nós encontramos o Malfoy estuporado lá fora, e ele estava com a Gina, ele nos disse que o pai dele a levou e tudo leva a crer que eles a usarão para o ritual da poção Phoenix.- explicou rapidamente, afinal cada segundo era precioso

Olhares surpresos a encaravam:

- Como você sabe sobre a poção?- perguntou Snape

- Então, vocês já sabem?... Bem, eu andei fazendo umas pesquisas e descobri tudo. Pretendíamos contar depois que o baile acabasse.- explicou calmamente

- Você desvendou o anagrama?- ele perguntou de novo

- Sim.- respondeu simplesmente. Ela já estava ficando nervosa, afinal para que tantas perguntas

- Precisamos agir, eu não pude segurar o Harry, não podemos perder tempo.- disse ela nervosa

- O que você está dizendo, garota?

- Eu não pude impedi-los, o Draco e a Gina bem... eles se gostam, e ele estava se sentindo culpado pelo que aconteceu, e o Harry e o Rony foram com ele atrás da gruta. Eu não pude evitar.- explicou depressa

- Dumbledore, mas como é possível que eles tenham passado por todas as medidas de segurança do castelo?- perguntou Snape

- Isso não importa mais. Lara, Minerva, junte todos os alunos e os façam voltar a suas torres, depressa. Severo, avise o restante da ordem, vá a minha sala e ative o portal. Srta. Granger, volte a sua torre.- ordenou Alvo seriamente

Todos o obedeceram, exceto Hermione:

- Eu vou com vocês. E não tente me impedir.- disse decidida

O homem a observou cansado atrás dos oclinhos meia lua:

- E também, acho que já está na hora de vocês pararem de fingir que o Sirius está morto.- continuou seriamente

Dumbledore a analisou curioso:

- E o que te leva a crer que ele está vivo?

- Os fatos. Acho que seria prudente pra ordem e pra segurança do Harry mantê-lo afastado, e depois de consultar alguns livros, sei que há uma chance dele estar vivo, ainda mais depois da audiência e da conversa que ouvi no natal entre o Moody e a sra.Weasley.- despejou seriamente

- Você é muito perspicaz, Hermione. Você contou sobre sua teoria ao Harry?

- Claro que não. Eu apenas desconfiava disso, se não fosse verdade ele acabaria se decepcionando.- disse mais calma

Ele sorriu orgulhoso para a garota:

- Devo admitir que você é umas das alunas mais brilhantes que já tivemos aqui, srta. Granger.

Ela agradeceu tímida, antes de perguntar:

- Eu vou poder ir, não vou?

- Srta. Granger, entenda que sua segurança é responsabilidade minha.- explicou calmamente

- Mas, eu preciso ajudar o Harry, e os meus amigos.- teimou Mione

- Nós iremos ajudá-los, e creio que será mais útil aqui, quero que fique e ajude Minerva e Lara a protegerem o castelo.- pediu Alvo

- Tudo bem, então. Mas, me prometa que trará o Harry vivo.

- Farei o possível.- disse cansado antes de sair
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Draco seguiu rumo ao norte da floresta, enquanto Harry e Rony iam pelo leste. O garoto começou a andar decidido, aquela altura a floresta não o assustava mais, e estava se sentindo culpado e isso o motivava a encontrar Gina, enquanto caminhava agradeceu por a lua estar cheia, ela estava clareando o lugar e isso facilitava para desviar dos obstáculos que cresciam a cada passo, já que a luz da varinha já não era suficiente naquela área. Estava andando já havia algum tempo, quando ouviu um uivo que o fez estremecer, ele se encondeu entre as folhagens ao mesmo tempo que um grupo de centauros velozes passou por ele, tinha acabado de respirar aliviado quando escutou vozes ali por perto, ficou atento tentando distinguir os rostos na escuridão, mas concluiu que não conhecia ninguém, estava tentando chegar mais perto, quando alguém o imobilizou por trás e disse desdenhoso:

- Ora, ora se não é o filhinho do Lúcio.

Era Bellatrix Lestrange

Antes que ela pudesse tirar-lhe a varinha ele conseguiu soltar as fagulhas vermelhas:

- Tentando pedir ajuda garoto?

Ele não respondeu:

- Leve-o para o mestre, ele saberá o que fazer.- ordenou Bellatrix para os outros dois

Draco engoliu em seco ao ver a cena seguinte, ao entrar na gruta havia milhares de olhos se espreitando, havia ali milhares de aranhas de todos os tamanhos, mas nenhuma delas ousava se aproximar, como se obedecendo ordem de um superior. Enquanto era carregado, percebeu que a gruta ia descendo, ela era subterrânea, além de possuir várias passagens como num labirinto. Tomaram um caminho estreito e bem lá no fundo era visível uma luz, quando chegaram Draco procurou por Gina, ficou paralisado ao encontrá-la imobilizada numa espécie de altar de pedra, bem em frente a um grande cálice aquecido por chamas negras, e no centro ainda havia um pequeno lago de águas escuras, ao redor do altar estava um número considerável de comensais, todos encapuzados, e no centro encontrava-se a figura mais horripilante e odiável que Draco já vira:

- Milorde, temos visita.- disse um dos que seguravam ele

Todos se viraram para encará-lo:

- Veio se juntar a nós, Draco?- perguntou a figura normalmente

Ele o encarou, os olhos faiscando:

- NUNCA. Eu não sou pau mandado de ninguém, nem sirvo a ninguém, e não pretendo começar agora.- respondeu desafiante, sua intenção era ganhar tempo.

Voldemort deu uma fria gargalhada, enquanto Gina sorria pra ele orgulhosa e aliviada. Seu pai o analisava enojado:

- E o que pretende fazer? Lutar com todos e salvar a garota?- perguntou divertido

- Se for preciso.- respondeu indiferente

- Devo admitir que seu filho tem a coragem que lhe falta, Lúcio.- comentou Voldemort debochado

Lúcio se aproximou, olhou o filho com intenso desprezo e lhe deu um tapa na cara com força, fazendo abrir o corte que Rony começara:

- Cale a sua boca, garoto idiota e insolente. Você não é digno de ser um Malfoy. Como pode?Trocar todo esse poder por uma garota tão insignificante, me desafiar, eu sempre soube que você era um fraco mesmo.- disse Lúcio cheio de arrogância

Draco limpou o sangue que cismava em escorrer e fitou o pai com raiva:

- Eu odeio você.- disse entredentes

- E vai me odiar muito mais se não obedecer as minhas ordens. Venha, vamos fazer a marca negra.- ordenou Lúcio

- Nunca, eu não sou como você.- respondeu desafiante

Lúcio se irritou com a audácia do filho, pegou sua varinha apontou para Gina e gritou:

- Cruccio!!!

A garota começou a se contorcer e gemer de dor, Draco desesperado e sem saber o que fazer, foi na direção dela e entrou em sua frente, protegendo-a do feitiço,sentiu como se mil facas entrassem em seu corpo, a intensidade do feitiço foi tanta que ele caiu, e Lúcio cessou a maldição:

- Já chega, por favor!!!- suplicou Draco exasperado

O outro o olhou com superioridade e muita prepotência:

- Faça o que quiser comigo, mas não a machuque mais, por favor pai!!!- pediu com a voz fraca e encarando aquela figura que ele não reconhecia mais

- Você sabe o que tem que fazer.- respondeu o outro secamente

- Se eu fizer o que você quer, você a deixa em paz?- perguntou angustiado, não suportaria vê-la sofrer

Lúcio lançou um olhar rápido a Voldemort, antes de mentir:

- Está bem, filho.

Vendo que Draco se daria por vencido, Gina tentou desesperadamente impedir:

- DRACO, NÃO!!! É isso o que eles querem, e de qualquer maneira eles não vão me libertar mesmo.

O garoto se virou para encará-la e Lúcio interferiu:

- Cala boca, garota tola.

- Draco, me escuta. Há um minímo de dignidade que não se negocia, nem pelo poder e nem por liberdade.- Insistiu Gina, tentando se desvencilhar das cordas que a prendiam

- Draco, filho, ela está blefando. Você vai poder ter tudo o que desejar, e não vai ser uma Weasley que vai te impedir, não é? Lembre-se, a família dela te odeia, ela mesma te usou, ela não sabe quem você é, mas eu sei.Eu conheço você. E então, filho?

- Conhece? Você mal sabe quem é o seu filho, o que ele gosta. E eu posso garantir que aprendi mais sobre ele em um ano, do que você em 17. Você não faz idéia da pessoa maravilhosa que ele é, e se ele não é melhor, a culpa é sua. Eu posso ter errado sim, mas o que eu sinto é sincero e jamais o usaria como objeto da minha ambição.- disse corajosamente

- Bravo, belo discurso. Mas, eu conheço tipinhos como você, usando meu filho pra subir na vida, mas é compreensível, a pobreza é lamentável mesmo.- disse Lúcio debochado

- Você está muito enganado, eu não tenho vergonha de ser quem sou, e eu o amo pelo que ele é e não pelo que ele tem.- retrucou com firmeza

Draco a olhou cheio de admiração e carinho, e sorriu “ daquele jeito”, afinal nunca ninguém tinha enfrentado seu pai daquela maneira, mas antes que pudesse tomar qualquer atitude, Lúcio já tinha lançado a maldição cuciatus na garota novamente:

- Já chega Lúcio, ela não servirá de nada se estiver morta. E quanto ao seu filho, depois decidiremos o que fazer com ele.- interrompeu voldemort impaciente

Lúcio parou, e Draco foi furioso em sua direção, teria o acertado se não tivessem lançado a maldição nele também. Ele caiu de joelhos, não suportando mais aquela dor infernal:

- DRACO!!!!!- gritou Gina apavorada

Quando terminaram a tortura, o imobilizaram em uma rocha, ele já estava quase sem forças.

- Milorde, daqui a alguns minutos estaremos prontos para o ritual.- disse rabicho analisando o cálice

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Harry e Rony seguiam pela floresta sem sucesso, quando avistaram as fagulhas vermelhas um pouco ao norte de onde estavam, ficaram estáticos uns instantes:

- Será que ele está em perigo?- perguntou Harry

- Vai ver não, talvez ele tenha apenas encontrado o lugar.- respondeu Rony tentando ser otimista

- Vamos depressa, então.- disse Harry mudando de direção

Caminharam rapidamente em direção as fagulhas, como estavam em mata um pouco fechada, acabaram adquirindo cortes no rosto e nos braços, quando foram se aproximando do local diminuíram o passo e se enconderam atrás de um enorme tronco, observaram o lugar, e Rony comentou apavorado:

- Eu me lembro bem daqui. Eu quero ir embora.

- É a caverna do Araguogue.- obsevou Harry preocupado

- É claro que é, e se quer saber eu ainda tenho pesadelos com aquela noite horrível.- disse ainda apavorado

- Como a gente vai fazer pra entrar aí, sem ninguém nos ver e sem servir de jantar?- analisou Harry pensativo

- Entrar aí? Você tá brincando, né? Eu não vou entrar aí de jeito nenhum, eu não quero servir de aperitivo pra uma daquelas asquerosas.- disse Rony totalmente com medo

- Rony, a gente não pode ficar aqui. A Gina e o malfoy pode estar precisando de ajuda, a gente vai ter que entrar.- retrucou Harry decidido

- Tá, mas se eu morrer você pode dizer a minha família e a Luna que eu os amo muito.- disse amedrontado

Harry o olhou com vontade de rir:

- Deixa de besteira e vem logo.- disse o arrastando pra outra árvore

- Tem gente ali.- comentou Rony vendo os dois comensais de guarda

- Façamos o seguinte: você vai por um lado e eu vou por outro, depois os pegamos de supresa, ok?

Rony concordou e ao sinal de Harry seguiu pelo outro lado, os dois deram a volta cautelosamente ficando atrás dos comensais, e antes que pudessem reagir, disseram ao mesmo tempo:

- Estupefaça!!!!!

Dois corpos caíram desacordados com um baque no chão. Harry se aproximou pegando as varinhas, e jogando-as na mata:

- Agora podemos ir.- disse para Rony

Quando entraram na caverna, Rony sentiu seu corpo ficar trêmulo, iluminaram o lugar com as varinhas. Havia uma quantidade assustadora de aranhas de todos os tamanhos, mas nenhuma delas se mexeu, Harry concluiu que era efeito de algum feitiço poderoso, deram alguns passos e se depararam com várias entradas:

- Me lembre de agradecer a você-sabe-quem por deixá-las assim.- disse Rony aliviado

Harry lhe lançou um olhar sério

- Brincadeirinha. Mas, e aí, qual vai ser?- perguntou Rony depois de algum tempo

Harry analisou cada uma minunciosamente e depois respondeu:

- Essa aqui.- disse apontando para uma bem a sua frente

Rony apenas concordou e seguiu o amigo.

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Lara e Minerva irromperam no salão principal energicamente, Lara foi até o palco pediu licença aos músicos, pegou e microfone e disse seriamente:

- O diretor pede gentilmente que nos desculpem por isso, mas a festa está suspensa por motivos de força maior, agora quero que os monitores dirijam os alunos de suas casas até seus dormitórios e permaneçam lá, se encontrarmos algum aluno fora da cama, será descontado uma soma considerável de pontos, estamos entendidos?

Houve vários protestos, afinal a noite mal havia começado, muitos alunos insistiam em ficar ali, mas Minerva foi ágil e impassível, organizando-os rapidamente, logo todos estavam sendo encaminhados para suas respectivas torres. Assim, que o último aluno deixou o salão as duas foram ao encontro do diretor, o encontraram muito sério:

- Já terminaram?- perguntou Alvo pensativo

Elas confirmaram

- Ótimo, o pessoal da ordem já está chegando, e logo saíremos. Minerva, Lara quero que fiquem aqui e protejam o castelo, certifiquem se todos estão seguros. E que Merlin nos ajude.- terminou sério

Assim que o diretor saiu um clima tenso as envolveu, em seguida também saíam para tomar as providências necessárias.

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Harry e Rony andavam pelo corredor estreito em silêncio, já haviam entrado em alguns lugares sem saída e por sorte ainda não tinham se deparado com nenhum comensal, já era a quarta tentativa quando ouviram risadas ecoando de algum lugar próximo. Apreensivos, foram chegando mais perto, havia uma abertura naquela parte do túnel, ficaram estáticos com a cena , abaixo deles Gina estava amarrada, e com vários comensais em volta, mais adiante estava Draco largado de qualquer jeito e com um grande ferimento na perna. Precisariam de um tempo pra decidir o que fazer, afinal eles eram apenas dois. Mas, não houve tempo de decidir, em seguida levaram uma forte pancada na cabeça e desmaiaram.


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Draco estava quase desacordado, reunira todas as forças possíveis pra não desmaiar, precisava se recuperar rápido para tirar Gina dali antes que fosse tarde, mas a tortura a que fora submetido havia sido grande, seu pai não lhe poupara de sua raiva. Em umas das torturas havia caído batendo os joelhos numa pedra pontiaguda o que lhe causara um ferimento profundo, sua vista estava um pouco escura, mas ainda assim reconheceu a bela figura que se aproximou, segurando-lhe o queixo e analisando seu estado, queria poder estar em condições de matá-la:

- Eu disse que o queria vivo. Ele é meu, e eu o quero.- disse a garota com raiva

- Acalma-se Nick, no momento certo, ele será entregue a você.- respondeu Voldemort paciente

- Vo- cê, e-u não acre-di-to, foi vo-cê que con-tou ao meu pa-i, fal-sa, trai-dora.- bravejou Draco com extrema dificuldade

Ela sorriu triunfante

- É lógico que foi, ou você acha que eu deixaria você continuar esse namorico estúpido com a sem graça da Weasley? Tolinho, você merece mais, e eu o amo. Foi pelo seu bem, compreenda.- disse friamente

Ele a olhou com desprezo

- Então, foi você aquela noite nas masmorras, eu sabia que tinha visto alguém.- analisou Gina de repente

- Devo admitir que fiquei muito decepcionada ao encontrá-los lá, aos beijos, mas já superei e até posso te perdoar, Draquinho.- disse sorrindo falsamente para o garoto

Ele iria retrucar, mas no mesmo instante Dolohov chegou trazendo dois corpos:

- Milorde, olha quem veio nos fazer uma visitinha?- disse derrubando-os no chão

Voldemort olhou fascinado para Harry que acabava de despertar:

- Oh, que surpresa agradável!!! Você sempre metendo o nariz onde não é chamado, não é Potter? Mas, devo agredecer pelo trabalho poupado, nem pecisarei te procurar, você veio a mim por livre espontânea vontade, poderei acabar com você facilmente.- disse rindo cruelmente

Harry o olhou, a cicatriz queimando, a dor era insuportável.

- Você verá seus amigos morrer um a um, e por último matarei você, não é perfeito?

Todos riram, enquanto os quatro pensavam desesperadamente em achar uma maneira de sair dali.

- Milorde, estamos prontos.- interrompeu Rabicho

- Ótimo, eu acabo com você mais tarde.- disse para Harry

Gina, assim como Draco estava fraca, por ordem de Lúcio havia sido torturada mais, e as cordas que a prendiam já lhe causara ferimentos nos pulsos, deu uma olhada rápida no local, tentando pensar em alguma coisa, mas logo em seguida, aquela figura monstruosa se aproximou lhe causando calafrios, ele se prostrou em frente ao cálice erguendo as mãos para cima e segurando firmemente o punhal de prata de Salazar. Primeiro, disse algumas palavras indecifráveis o que provocou um leve tremor no local, em seguida começou a dizer:


Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,

Sofro, desde a epigênese da infância,

A influência má dos signos do zodíaco.

Quando eu pego as carnes do meu rosto

Pressinto o fim da orgânica batalha:

- Olhos que o húmus necrófago estraçalha,

diafragmas, decompondo-se ao sol posto...

Carne, feixe de mônadas bastardas,

Conquanto em flâmeo fogo ardas,

A dardejar relampejantes brilhos.

Já o verme- este operário das ruínas-

Que o sangue podre das carnificinas

Come, e a vida em geral declara guerra

Acostuma-te a lama que te espera!

O homem que nesta terra miserável,

Mora entre as feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera

Agora, o tempo que me roubaram será devolvido.

Das trevas, invoco o poder esquecido

Escravizar, matar, ordenar

Não hesitarei em fazê-lo

Ninguém será tão forte

Nem tão poderoso

Ofereço sangue de bruxo puro para o sacrifício

Purificação da raça...


Enquanto Voldemort falava incansavelmente Harry, Rony e Draco aproveitavam da distração de todos para trocar sinais, assim que o bruxo começou a falar Harry encontrou as varinhas jogadas próximas a Draco, o garoto havia entendido o recado e era preciso ser rápido. Com muita dificuldade, já que estava machucado e amarrado, Draco se movimentou para o lado tentando alcançá-las, com muito esforço ele segurou firmemente a de Harry e a fez rolar para o garoto, logo em seguida fez o mesmo com a de Rony. Instantes depois, para ganhar tempo, Harry lançou um feitiço nas rochas e elas começaram a despencar, interrompendo o ritual e atraindo a raiva e atenção de todos, mas antes de correr para pegá-los era necessário escapar das pedras. Rony, rapidamente desamarrou Draco com um feitiço, e o garoto correu para salvar Gina, a desamarrou com agilidade, e assim que terminou , ela o abraçou forte, aliviada. Estava se preparando pra fugir, quando seu pai surgiu:

- Pensando em fugir, filhinho?- disse irônicamente

Ele protegeu Gina com o corpo:

- Que cena patética, um legítimo Malfoy se sujeitando a isso.- disse com desprezo

- Nos deixe passar.- retrucou Draco com ódio

- Me entregue a garota.- ordenou Lúcio

- Só depois que você me matar.- disse determinado

- Se assim o deseja.- disse Lúcio com um sorrizinho nos lábios

- Draco, não!!!- pediu Gina

- Saia daqui, Gina.- ordenou ele

Pai e filho se fuzilaram com o olhar e começaram a duelar, Gina se afastou buscando uma saída, enquanto Draco resistia bravamente. Do outro lado, Rony lutava com Mcnair, Dolohov, e Bellatrix. Harry e Voldemort se encaravam:

- Finalmente, poderei acabar com você de uma vez por todas.

Enquanto ele falava, o garoto tentava pensar com clareza, estava sentindo que sua sorte acabara ali, tentou desesperadamente lembrar de algum feitiço poderoso que treinara na AD, mas nada lhe vinha à mente:

- Sua vida acaba aqui, Harry Potter. E dessa vez, não terá a sua mãe, tampouco, Dumbledore para lhe defender.- disse friamente

O bruxo ergueu a varinha, e Harry pôde ouvir bem ao longe, a voz dele dizendo Avada Kedrava ao mesmo tempo que gritava Impedimenta. Uma barreira se criou, mas logo se desfez e Voldemort investiu na maldição novamente, Harry tentou usar o feitiço Estupefaça e, assim como no quarto ano, os feitiços se chocaram, fazendo as varinhas vibrarem com intensidade. Contudo, o poder do bruxo era muito maior e Harry percebeu que não aguentaria por muito tempo, tentava manter a mente limpa, mas não foi o suficiente, sentiu os joelhos cederem e estava decido a desistir, afinal morrer não podia ser tão ruim, com sorte tudo acabaria rápido e logo. Quando estava se rendendo, a imagem de Mione sorrindo lhe veio à cabeça, e em seguida, dela lhe fazendo prometer que voltaria, se concentrando nisso ele reuniu toda força presente em cada célula do seu corpo e se ergueu, tentando ficar firme. Não saberia responder por quanto tempo permaneceu assim, a última imagem que se lembrou foi de Dumbledore chegando e de uma figura que se lembrava muito com o... Sirius. Quando a ligação se rompeu, Harry foi jogado para longe e sua varinha acabou se partindo.


N/A: Oi genti, e ae? oq estão achando? Me desculpem por esse capítulos, já q naum tenho o minimo talento pra escrver cenas de guerra e luta, mas fiz o melhor que pude, ok? Está uma porcaria, mas é essencial para o fim da história. Ah, desculpem tb a demora, é q minha vida anda uma correria só, final de terceirão é f..., e tb fiquei chateada de naum encontrar comentários novos e resolvi postar soh dp de ver os comentarios da Lilly, da Nathy e dani, minha leitora mais assidua... Valeu, brigadaum... Entaum eh isso... Ah, o discurso de Voldemort foi tirado de duas poesias de Augusto dos Anjos ( psicologia de um vencido e medo, acho eu), soh as ultimas palavras q foram de minha autoria. Espero que naum desistam de ler dp desse cap. Falow, T+

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