Único



 


Eu não conseguia dormir, a imagem do Rony junto com ela me atormentava. Resolvi que não adiantaria ficar me remexendo na cama, peguei um livro e desci para a Sala Comunal da Grifinória, que deveria estar vazia, uma vez que o relógio marcava três horas da manhã. Sentei-me em um dos sofás e abri o livro, mas não conseguia ler. Era quase impossível me concentrar e quando percebi, lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. Nunca quis admitir nem mesmo para mim que gostava do Ronald, mas ao vê-lo com outra não tinha mais como me enganar, era óbvio que eu sempre fora apaixonada por ele, e demorei tempo demais para perceber isso. Estava tão ocupada relembrando momentos que passamos juntos e chorando que só percebi que mais alguém tinha chegado na sala quando ouvi a voz de Harry me chamando.

- Hermione? - perguntou verificando se era eu mesma - O que está fazendo aqui à esta hora? Você está chorando? - acrescentou ao olhar meu rosto. Tentei negar com a cabeça, mas era claro que estava chorando, meus olhos estavam vermelhos e um pouco inchados, sem contar as marcas das lágrimas pelas minhas bochechas. Ele simplesmente sentou-se ao meu lado no sofá e me abraçou.

- Aconteceu alguma coisa? 

- Não. - respondi com a voz falha. Novamente era claro que eu estava mentindo. Depois de algum tempo apenas me abraçando ele falou de novo.

- É por causa do Rony, não é? - não consegui me conter e desatei a chorar em seu ombro. Ele provavelmente entendeu meu choro como uma afirmação e passou a acariciar os meus cabelos. 

- Ele ainda vai se tocar de que está com a pessoa errada, Mi. Não fique assim. - Era a primeira vez que o Harry me chamava daquele jeito, mas eu não me importei, achei até legal, para ser sincera. 

- Como você sabia que era isso?

- Eu sou seu melhor amigo, oras. Posso ser um pouco lerdo, mas eu consigo te entender pelo menos um pouco. - respondeu risonho. Era bom saber que pelo menos ele prestava atenção em mim.

- Mas é bobagem eu ficar assim, eu sei que ele nunca iria me preferir se comparada à ela.

- Como não? Você é a garota mais inteligente, mais bonita, mais meiga, mais bondosa e mais esforçada dessa escola.

- Não sou, não. Tem muitas outras meninas mais bonitas e legais por aí. Eu sempre serei a amiga nerd dele. 

- Ele vai ser um idiota se não perceber que você é mais especial que todas elas. 

De repente um silêncio constrangedor se instalou no ar. Eu sabia que o Harry só estava falando aquelas coisas para que eu me sentisse melhor, afinal eu sabia que ele sentia algo pela Gina, mas naquele momento foi inevitável vê-lo de uma forma diferente. Ele estava ali, do meu lado, me apoiando, ouvindo as minhas lástimas e secando as minhas lágrimas, não parecia se importar com o fato de que eu tinha praticamente encharcado o pijama dele e estava me falando coisas tão fofas e carinhosas que eu desejei que ele me beijasse. Parecia que ele estivera pensando a mesma coisa, porque o rosto dele estava se inclinando vagarosamente em direção ao meu. Era meio louco, eu estava prestes a beijar meu melhor amigo, que momentos antes estava me consolando por causa de outro cara, que era por acaso, o melhor amigo dele e o amor da minha vida. Mas não havia tempo para pensar. Simplesmente estava acontecendo. Sentir os lábios dele no meu, de forma tão doce e carinhosa foi extremamente reconfortante. 

Ficamos naquele sofá por horas, ou pelo menos foi o que pareceu. Por mais que aquilo parecesse errado, no momento sentíamos como se fosse certo. Eu estava em um momento de carência, ele também. Tínhamos uma conexão muito forte devido aos anos de amizade. Algum tempo depois, percebemos o que estávamos fazendo. Uma de suas mãos estava na minha nuca e a outra na minha cintura, e as minhas envolviam o pescoço dele. Paramos, nos olhamos e começamos a rir. Apenas com um olhar entendemos que aquilo não significava nada demais. Eu continuava apaixonada pelo Ron e ele, pela Gina. Era apenas um momento entre amigos, tentando esquecer do Mundo e dos problemas que nos cercavam. Foi apenas um momento, nunca mais mencionado, presenciado apenas por nós dois e as paredes da Sala Comunal da Grifinória. 


Eu não conseguia dormir, a imagem do Rony junto com ela me atormentava. Resolvi que não adiantaria ficar me remexendo na cama, peguei um livro e desci para a Sala Comunal da Grifinória, que deveria estar vazia, uma vez que o relógio marcava três horas da manhã. Sentei-me em um dos sofás e abri o livro, mas não conseguia ler. Era quase impossível me concentrar e quando percebi, lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. Nunca quis admitir nem mesmo para mim que gostava do Ronald, mas ao vê-lo com outra não tinha mais como me enganar, era óbvio que eu sempre fora apaixonada por ele, e demorei tempo demais para perceber isso. Estava tão ocupada relembrando momentos que passamos juntos e chorando que só percebi que mais alguém tinha chegado na sala quando ouvi a voz de Harry me chamando.


- Hermione? - perguntou verificando se era eu mesma - O que está fazendo aqui à esta hora? Você está chorando? - acrescentou ao olhar meu rosto. Tentei negar com a cabeça, mas era claro que estava chorando, meus olhos estavam vermelhos e um pouco inchados, sem contar as marcas das lágrimas pelas minhas bochechas. Ele simplesmente sentou-se ao meu lado no sofá e me abraçou.


- Aconteceu alguma coisa? 


- Não. - respondi com a voz falha. Novamente era claro que eu estava mentindo. Depois de algum tempo apenas me abraçando ele falou de novo.


- É por causa do Rony, não é? - não consegui me conter e desatei a chorar em seu ombro. Ele provavelmente entendeu meu choro como uma afirmação e passou a acariciar os meus cabelos. 


- Ele ainda vai se tocar de que está com a pessoa errada, Mi. Não fique assim. - Era a primeira vez que o Harry me chamava daquele jeito, mas eu não me importei, achei até legal, para ser sincera. 


- Como você sabia que era isso?


- Eu sou seu melhor amigo, oras. Posso ser um pouco lerdo, mas eu consigo te entender pelo menos um pouco. - respondeu risonho. Era bom saber que pelo menos ele prestava atenção em mim.


- Mas é bobagem eu ficar assim, eu sei que ele nunca iria me preferir se comparada à ela.


- Como não? Você é a garota mais inteligente, mais bonita, mais meiga, mais bondosa e mais esforçada dessa escola.


- Não sou, não. Tem muitas outras meninas mais bonitas e legais por aí. Eu sempre serei a amiga nerd dele. 


- Ele vai ser um idiota se não perceber que você é mais especial que todas elas. 


De repente um silêncio constrangedor se instalou no ar. Eu sabia que o Harry só estava falando aquelas coisas para que eu me sentisse melhor, afinal eu sabia que ele sentia algo pela Gina, mas naquele momento foi inevitável vê-lo de uma forma diferente. Ele estava ali, do meu lado, me apoiando, ouvindo as minhas lástimas e secando as minhas lágrimas, não parecia se importar com o fato de que eu tinha praticamente encharcado o pijama dele e estava me falando coisas tão fofas e carinhosas que eu desejei que ele me beijasse. Parecia que ele estivera pensando a mesma coisa, porque o rosto dele estava se inclinando vagarosamente em direção ao meu. Era meio louco, eu estava prestes a beijar meu melhor amigo, que momentos antes estava me consolando por causa de outro cara, que era por acaso, o melhor amigo dele e o amor da minha vida. Mas não havia tempo para pensar. Simplesmente estava acontecendo. Sentir os lábios dele no meu, de forma tão doce e carinhosa foi extremamente reconfortante. 


Ficamos naquele sofá por horas, ou pelo menos foi o que pareceu. Por mais que aquilo parecesse errado, no momento sentíamos como se fosse certo. Eu estava em um momento de carência, ele também. Tínhamos uma conexão muito forte devido aos anos de amizade. Algum tempo depois, percebemos o que estávamos fazendo. Uma de suas mãos estava na minha nuca e a outra na minha cintura, e as minhas envolviam o pescoço dele. Paramos, nos olhamos e começamos a rir. Apenas com um olhar entendemos que aquilo não significava nada demais. Eu continuava apaixonada pelo Ron e ele, pela Gina. Era apenas um momento entre amigos, tentando esquecer do Mundo e dos problemas que nos cercavam. Foi apenas um momento, nunca mais mencionado, presenciado apenas por nós dois e as paredes da Sala Comunal da Grifinória. 

N/A: bom, é isso aí. se gostar, não gostar, odiar ou achar um lixo, posta nos comentários e da próxima vez que eu escrever alguma coisa tentarei melhorar.



 

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