Malfoy
Os dias seguintes passaram todos do mesmo jeito. Rose estava sempre triste, e naquelas noites, ia sempre para a casa dos gritos. Ben se recuperava aos poucos, e na maioria do tempo ficava na enfermaria. E Albus não dormia direito, portanto não prestava atenção nas aulas. Eram dias cançativos.
Albus acordou cinco e meia da manhã no dia seguinte. Pegou suas vestes e se arrumou lentamente. Desceu para a sala comunal e ficou sentado, lendo seu livro de herbologia. Ele não havia contado direito, mas presumiu que duas horas haviam se passado, e se levantou da cadeira em direção ao salão principal.
O salão estava praticamente vazio, estavam apenas alguns estudantes de cada casa, comendo e conversando alegremente. Albus se sentou por alguns minutos, e logo em seguida Ben entrou pela porta. Ele se sentou e ficou encarando o chão por alguns minutos.
-Bom dia. -Falou Albus. -Dormiu bem?
-Pra falar a verdade não. Eu quase não dormi, pensei no que Rose me falou a noite inteira.
-O que ela te falou?
-Ela não te falou nada? -Perguntou Ben, surpreso.
-Ela não fala comigo direito desde que tudo aquilo aconteceu. E então, o que foi que ela te falou?
-Não sei se deveria te contar... Talvez ela não queira.
-Vamos lá, você é meu melhor amigo.
-Tudo bem. Ela acha que alguém invadiu a casa dos gritos, quando entrou lá estava tudo fora de ordem. E para mim, Rose parece muito assustada.
-Acho melhor descobrirmos sozinhos, não acha?
-Não sei se é uma boa ideia.
-Já sei! Podemos usar a capa da invisibilidade! Para ir na casa dos gritos em uma noite.
-Capa da invisibilidade?
-Eu nunca te mostrei?
-Nunca.
-Será uma grande chance para você ver. Por favor, assim podemos descobrir quem foi.
-Tudo bem. -Falou ele, não muito satisfeito com a ideia. -Mas não esta noite.
E naquele momento, Rose chegou. Ela se sentou e começou a comer, não abrindo a boca para falar nenhuma palavra. Albus a observou, incrédulo.
-Não vai falar nada?
Ela apenas o olhou, e voltou a comer.
-Rose? -Peguntou Ben.
-Oi Ben. -Ela falou.
Albus olhou, incrédulo.
-Então é assim, você fala com ele, mas vira a cara para mim?
-Oi Albus. -Ela falou em um tom irônico.
Ele se levantou, pegou seus livros e saiu estressado. Foi caminhando em direção a sala comunal, com os passos fortes, que faziam barulho cada vez que pisava no chão. Ele parou no meio do caminho e olhou para trás, estava com a impressão que alguém estava lhe seguindo. "Talvez tenha sido impressão minha" -Pensou. Continuou andando, mas uma mão o puxou para longe. Era o garoto de cabelos extremamente loiros, mas desta vez, não estavam penteados para trás.
-E então Potter, ouvi falar de você. Meu pai me contou tudo sobre seu pai. E que seu segundo filho viria para Hogwarts neste ano. Acho melhor não se meter em encrencas comigo.
-Acharia melhor se me soltasse. -Falou Albus. -Nem sei quem você é, não quero nada com você.
-Tudo bem, Potter. -Riu o garoto. -Meu nome é Scorpius Malfoy, já deve ter ouvido falar.
-Nunca na minha vida.
-Acho melhor começar a se lembrar então. -Falou ele. -Já que está aqui, do que é este corte no seu rosto? Fiquei curioso quando você e seus amiguinhos entraram todos machucados.
-Não foi nada. -Falou Albus, indo embora.
-Vamos lá. -Chamou Scorpius. -Não vai ser covarde como seu pai.
-Do que você chamou ele? -Falou ele, vindo com a varinha apontada para Scorpius.
-Calma Potter, eu também tenho uma varinha. -Falou, tirando a varinha do bolso. -Como disse, acho melhor não se meter comigo.
Em seguida, ele foi embora, guardando sua varinha no bolso. Albus ficou parado por alguns minutos, e sabia exatamente o que fazer. Foi correndo para a sala comunal e pegou a capa da invisibilidade. E apenas com sua varinha, colocou sua capa e foi andando até o salgueiro lutador.
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