Único

           Minha Monitora...

 Mais uma aula daquela insuortável da McGonnagall. Eu francamente acredito que cada Casa devia ser ensinada por seus próprios professores. Assim, eu não teria que assistir às lições daquela grifinória caquética. Para tornar meu péssimo humor vespertino ainda pior, estávamos dividindo a sala com os gatinhos metidos a leões da casa vermelho e dourado. Sim, eu já tinha vários motivos para estar irritado... Não precisava de mais.

            No fim de cinqüenta intermináveis minutos, juntei meus livros e os coloquei de qualquer jeito dentro da mochila, apoiando-a com desleixo no ombro. Queria sair dali o mais rápido possível.

            _Sr. Malfoy... – a voz da professora me travou a um passo da porta, meu paraíso de libertação, e respirei fundo três vezes antes de voltar.

            _Sim, professora. – respondi, ajeitando a mochila sobre os ombros para ocultar meu desagrado, afinal, um Malfoy pode ter maus pensamentos, mas nunca uma má educação ou postura. É tudo sobre aparência...

            _Preciso ter uma palavrinha com o senhor...

            Sério? Pensei que meu sobrenome tinha virado grito de socorro agora, por isso que voltei, professora! Às vezes eu tinha vontade de mandar aos ares a elegância.

            _Pois não... – respondi, controlando meu gênio.

            _Suas notas. – ela respondeu com uma expressão séria por cima dos óculos finos que a tornavam hilária, a meu ver.

            _Que tem elas...? – soltei um muxoxo de irritação. Sabia que estava mal naquela matéria... Mas que culpa eu tenho se a droga da professora não consegue ensinar nada? O problema é ela, não eu.

            _Caíram muito esse semestre. – ela esclareceu o que eu, por acaso, já sabia, já que as notas são minhas...

            _Eu sei. – respondi, irritado.

            _Pois então, pensei que, como o senhor é de fato um aluno que vai bem em quase todas as matérias, não há porque manter uma nota baixa em Transfiguração...

            Eu juro que não entendia o ponto aonde aquela mulher queria chegar, caso contrário, já teria dado minha escapada há muito tempo.

            _E...? – resondi, sem paciência.

            _Consegui alguém para monitorá-lo. Estudar com o senhor a minha matéria...

            _O que? Eu não preciso disso! – respondi no impulso.

            _Não é uma escolha, senhor Malfoy. – a expressão tornou-se mais rígida – Você pode se encontrar hoje à noite com a senhorita Granger nesta sala. Ela irá...

            _Hey, hey, hey, hey... – mandei pro espaço toda a polidez que tinha – Você quer que a Granger me ensine alguma coisa? Aquela... aquela... – o xingamento contra o seu sangue morreu na mminha garganta ao perceber que falava com uma professora que poderia facilmente me colocar em detenção.

            _Sim, com a Granger. – ela respondeu seca – Agora, queira se retirar, Malfoy, por favor.           

            Saí dali o mais rápido que podia. Eu não queria ter uma monitora. Muito menos se esta monitora fosse Hermione Granger. Pensar na sabe tudo da Grifinória me dando ordens chegava a me causar urticária. Melhor seria esquecer aquilo tudo durante o dia. Até a noite eu tinha que pensar em algo...

            Mas não pensei. Eram 7h da noite e eu estava parado em frente à Sala da Professora McGonnagall, a partir de agora conhecida como “a algoz de Draco Malfoy”, esperando que a garota Granger resolvesse dar o ar de sua graça. Cinco minutos. Dez. Ela iria mesmo se atrasar? Só podia estar zombando da minha cara. Consultei o relógio mais uma vez e decidi não desperdiçar mais nem um minuto da minha vida com aquela menina. Dei meia volta e já estava no meio do corredor quando ela chegou.

            _Malfoy? – ela parecia assustada, e vinha toda esbaforida, quase correndo, tentando conciliar a bolsa e os livros que carregava nos braços com a consulta do relógio.

            _Meio atrasada, não, Granger? – ergui uma sobrancelha, pegando alguns dos livros que ela trazia nos braços.

            _Eu estava estudando na Biblioteca, perdi a noção da hora e acabei me atrasando porque cheguei quando todos estavam entrando no Salão Principal e... – ela continuou a desfiar seu rosário de desculpas sem perceber que minha atenção se prendia muito mais a como ela estava linda toda nervosa, o rosto corado pela corrida, os cabelos desarrumados e a blusa branca levemente levantada. Draco Malfoy, foco!

            _Que seja... – dei de ombros – Só vim mesmo para avisar que não vou ser monitorado.

            _Ah não? – ela ergueu uma das sobrancelhas. Granger, Granger... Mesmo sendo quem você é, não deveria tentar assim um cara no meio de um corredor vazio... – Escute só, eu também não estou nem um pouco feliz com isso se é o que você pensa! – ela estava irritada, e passou por mim, bufando. Abriu a porta da sala e segurou-a com um dos pés – Entre.

            _Eu não vou estudar com você, já disse. – respondi tranquilamente. Não era mesmo a minha intenção.

            _Não me canse, Draco... – ela massageou as têmporas – Estamos perdendo tempo...

            _Que perca o seu então, eu estou indo... – respondi, indo até ela e lhe dando os livros que carregava.

            _Sabe o que eu acho? – escutei seu tom desafiador enquanto rumava para o outro lado do corredor, pretendend chegar às Masmorras – Que você está com raiva por ter que estudar com uma sangue ruim... – ela imitou meu modo de dizer aquelas palavras.

            _Você sabe como desafiar um homem, Granger. – entrei na sala, bufando, e me joguei numa cadeira, enquanto ela fechava a porta, triunfante.

            _A professora McGonnagall me disse que você andou tendo problemas esse semestre, certo? – ela disse, como se já não soubesse a resposta.

            _Creio que sim... – dei um sorriso cínico.

            _Pensei que deveríamos então trabalhar primeiro com a transfiguração de objetos, somente... Pelo menos por hoje. – ela ignorou meu cinismo, tirando de dentro da bolsa uma pedra, um relógio e um tinteiro.

            _Tanto faz. – respondi, estendendo as pernas sobre a cadeira ao lado da qual ela estava sentada. Ela olhou de canto e retorceu o canto dos lábios em desaprovação.

            _Enfim, você sabe os feitiços, não? – ela me perguntou e afirmei preguiçosamente com a cabeça – Então comece. – ela me estendeu a pedra – Transforme em uma pena.

            Dei três toques da varinha na pedra, pronunciei o feitiço e no lugar da pedra surgiu uma pena negra de corvo. Sorri, irônico, e ela se manteve impassível, me dando o tinteiro.            

            _Cálice de Água. – ordenou, e eu obedeci, fazendo surgir na frente dela um cálice prateado com o escudo da Sonserina incrustrado na base. Sorri novamente, bebendo um pouco de água, enquanto ela começava a se irritar. A McGonnagall realmente pensou que eu não sabia fazer aqueles feitiços idiotas? Eu só não tinha a mínima paciência pra fazer aquelas provas estúpidas dela. Muito menos as redações.

            _Pomo de ouro. – ela sorriu de canto, me entregando o relógio de bolso dourado. Olhei para o objeto por um instante, depois para ela. Seus olhos castanhos me examinavam com interesse, os cabelos loiro escuros caíam ondulando-se pelas costas, e o tom rosado já tinha deixado as bochechas. Ela estava muito, muito linda.

            Toquei o relógio com a varinha e fiz surgir uma rosa, que estendi para ela. Os olhos de Hermione se confundiram por alguns segundos, olhando do meu rosto para a flor.

            _Você fez errado, eu...

            _Cale a boca... – sorri de canto. Ela nunca sabia quando era melhor se calar.

            _Malfoy, eu disse que era pra fazer um pomo e...

            _E eu disse pra você parar de falar... – tomei seus lábios entre os meus esperando um protesto que não veio. Num primeiro momento ela vacilou, mas depois cedeu, entreabrindo a boca e passando os braços ao redor do meu pescoço, me trazendo pra perto. Senti que ela tirava da minha mão a rosa vermelha, segurando-a entre seus próprios dedos, e sorri. Depois de alguns segundos, comecei a escutar um tique taque irritante. Hermione riu alto, e me largou, olhando para a rosa.

            _Eu sabia que você faria algo errado... – ela riu da minha cara, e aquilo a deixou, se é possível, ainda mais atraente. Tomei a rosa das mãos dela soltei todas as pétalas, até que o barulho parasse.

            _Eu não acredito que fez isso! – ela olhou para as pétalas vermelhas no chão – Draco!

            _De onde veio aquelas, há muitas outras... – eu sorri, a abraçando novamente.

            _É? – ela riu, passando os braços em torno do meu pescoço e enlaçando minha cintura com as pernas.

            _Aham... – respondi depois de dar um selinho nela – E agora o que eu mais quero fazer é perder a noção do tempo aqui com você... – beijei os lábios dela de novo, sentindo um sorriso se abrir – O que você acha de ser minha monitora sempre...? – brinquei com a ponta dos cabelos dela.

            _Só se você me obedecer direitinho... – ela passou os dedos pelos meus cabelos, me causando um arrepio.

            _Manda... – sorri de canto.

            _Me beija. – ela pediu, sorrindo abertamente. E eu, é claro, não pude deixar de obedecer à minha monitora...

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N.A.: Oi gente!

Se alguém leu, peço desculpas por qualquer coisa, é a minha primeira DraMione. Espero que não esteja, de todo, ruim... :s

Mereço algum comment? PLEEASE!! hahaha

Beeijos, galeeere. Sério, n leva nem um minutinhooo! hahaha

s2

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