- Prólogo
ㅤㅤㅤ O vento cortava a noite gélida e preocupada. Os habitantes do vilarejo de Godric’s Hallow dormiam inquietos, com medo de ser a sua vez. A pequena família estava abrigada em uma das pequenas casas da vila, encoberta de medo e terror. O moreno abraçava a mulher, de forma protetora, transmitindo todo o seu amor, reunindo as mágoas do passado e a paixão do presente.
Lily sentia algo descomunal, sentia um aperto no peito.
- Tiago. Acho melhor sairmos hoje. Levarmos Harry junto sabe. Irmos para outro local, sinto que algo não vai dar certo aqui. – ela murmurou, olhando de relance para o marido e depois para o filho, que estava brincando com uma de suas vassouras. – Não Harry, não pode ir aí, querido.
- Tudo bem Lílian, aonde iremos? Caldeirão Furado? Largo Grimmauld? Ir visitar meus pais? – Tiago perguntou, divertido, observando a mulher correr atrás de um pequenino garoto montado em uma vassoura.
- Acho que o Largo Grimmauld é uma boa idéia. Vamos. – Ela finalmente conseguiu pegar um Harry relutante. Ajeitou-o em seus braços e pegou a varinha. Subiu cautelosa para o patamar do segundo andar. – Venha Tiago! – o homem subiu, encontrando Lily, acenando com a varinha para as malas se ajeitarem. – Tudo pronto. Vamos lá. Segure minha mão Ti. Um, dois, três e...
Seus corpos foram engolfados pela a escuridão da Aparatação Acompanhada, sugando-os para um buraco negro sem fim. O choro de Harry ecoou. Não era fã de Aparatação. Vindo da rua, os três subiram os degraus de pedra bem gastos que levam a uma porta pintada de preto, desbotada e cheia de arranhões. A ruiva girou a maçaneta em forma de serpente e um cheiro de mofo invadiu a noite, provocando espirros dos dois adultos.
- Almofadinhas? Você está ai? – Tiago perguntou, encostando as malas nas paredes gastas. – Homenum Revelio! – o moreno detectou o sinal de uma pessoa no andar de cima, mas apenas uma, e esta pessoa adormecia. – SIRIUS! – berrou e passos apressados eram ouvidos.
- POR MERLIN PONTAS! QUE DROGA! NÃO SE PODE DORMIR EM PAZ MAIS? Ah, olá Harry, Lilys! – Sirius desceu enfurecido. – Posso saber o motivo da visita tão... Tão agradavelmente silenciosa? – seu sarcasmo era de longe percebido.
- Lilian teve um pressentimento, dos maus. – Pontas respondeu, sorrindo pela premonição da mulher.
- Pois eu não acho isso nada legal, Tiago. Algo muito mal sabe. – a ruiva abraçou com força o filho, que adormecia.
- Mas Lilys, sinto lhe lembrar, que a “Mui antiga e Nobre casa do Blacks” não está nas melhores condições, e que a senhora, como mulher da casa, terá que ajeitá-la. – Sirius comentou, com um ar debochado. Tiago riu da careta da esposa, que por fim cedeu. Entregou Harry a ele e pegou um livro denominado “Como ser uma boa bruxa de casa” e foi tirar o que lhe podia. – Pelo menos ela não te bateu com o livro, não é cara?
- Não, mas ela trocou o livro pelo Harry. Agora ela o influencia a bater em mim! – exclamou Pontas, indignado. O bebê que estava dormindo, acordou risonho. – E você ri não é, cabeça de nabo? Vamos ajudar Lily a limpar a casa.
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Lilian suspirou pesadamente. As cortinas estavam infestadas de fadas mordentes, que não saiam de jeito nenhum.
- TIAGO! – berrou ela, passando a mão pela testa, limpando o suor.
- Sim?
- Pode vir aqui, por um minuto? – Lily questionou, com as mãos na cintura, olhando autoritária a escadaria tenebrosamente decorada com cabeças de elfos. – Pode me fazer um favor, amorzinho?
- O quê? – ele desceu os degraus e bufou.
- Pegue Fadicida para mim? E onde está o Harry? – o tom da ruiva virou doce e meigo.
- Está bem. Ta dormindo no quarto do Sirius. – a esposa aparatou no quarto do amigo e observou o filho dormir calmamente.
- Oi amor! – ela falou feliz, vendo o filho erguer-se da cama, com os olhos verdes bem abertos.
- Cabeça de Nabo! – exclamou Harry alegre. Lilian riu.
- Quem te chamou assim, querido?
- Papai! – o filho que queria ver a mãe brigar com Tiago, deu um sorriso sem dentes. Lily riu do apelido do filho.
- Vou falar com ele. Depois! – acrescentou ela ao ver o sorriso do filho se expandir, e logo murchar. – Harry, olha para a mamãe. – o filho ergueu os olhos idênticos da mãe, e a olhou. – Harry, nosso mundo está sofrendo um grande perigo, e não temos como protegê-lo adequadamente. Nós não vamos desgrudar do senhor em nenhum minuto, está me ouvindo? – o moreno assentiu medroso. – Te amamos muito. – ela ergueu-se da cama do amigo e deu um beijo estalado na testa do garoto, que fez apenas uma careta e logo adormeceu nos braços da mãe.
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- TIAGO, VENHA AQUI, RÁPIDO! SIRIUS, VOCÊ TAMBÉM. – Lily chamava com o pouco de voz que tinha. Chorava. Logo o marido e o amigo estavam presentes, segurando um Harry mal-humorado. – Olhem isso. – ela apontou para o jornal bruxo em suas mãos. – ATACARAM NOSSA CASA TIAGO! Olhe, olhe! A Marca Negra! – ela chorava copiosamente. – Harry, querido vem aqui. – ela abraçou o pequeno. – Temos que sair do país. Temos que sair do país com nossos pais, nossos amigos. Sirius, tudo bem para você?
- Lilian, não dá! Não posso largar os aurores assim. Eles capturaram Belatriz e Lúcio. Narcissa fugiu com o filho pequeno. Estamos evoluindo! Não dá para simplesmente jogar tudo para o alto. – Tiago explicou, mas Almofadinhas discordou.
- TIAGO! VOCÊ ESTÁ LOUCO? TEMOS QUE SAIR DO PAÍS! ELES ESTÃO NOS CAÇANDO! OLHE! SE VOCÊ NÃO QUISER IR, TUDO BEM PARA MIM, MAS PENSA NO SEU FILHO E NA TUA ESPOSA! IRRACIONAL CARA! O REMO VAI TOPAR, EU TENHO QUASE CERTEZA. Não iremos chamar Pedro, iremos Lilys? – Sirius berrou, assustando Harry.
- Não mesmo! Ele nunca foi com a minha cara. – a ruivinha falou, tentando acalmar o filho. – Sirius está certo, Ti. Temos que agir.
- TA BEM! Vou para o Ministério para eles prepararem nossa ida. Para onde querem ir?
- Hogwarts!- Harry falou, lembrando de uma conversa que teve com a mãe.
- ISSO! Hogwarts! – bradou Sirius, excitado. – O lugar mais seguro de todo o mundo bruxo, depois de Gringotes. Isso Harry! Bate aqui! – ele ergueu a mão para Harry, que deu um leve tapa, unindo suas mãos pequeninas com a do padrinho. Lilian riu.
- Vou mandar uma coruja para Dumbledore, está bem? Ti, me empresta a Agatha?
- Pode pegar. – respondeu o marido. – Vou passar lá no Ministério, ok?
- Tenha cuidado. Sirius me ajuda aqui? Segura o Harry, por favor. – murmurou Lilly e escreveu em um papel, com a letra caprichada.
“Querido Alvo, tudo bem com você?
Bom, conosco está tudo ótimo. Como a nossa casa foi atacada, nós nos hospedamos no Largo Grimmauld, mas eu estava pensando, como Voldemort e seus comensais estão atrás de nós três, será que podíamos nos hospedar em Hogwarts? Nós estamos muito preocupados com o Harry, e se você der um jeito, nós agradeceríamos muito. Estamos com medo pelo Harry, afinal, ele é só um bebê. Mande um beijo para a Minerva. O Sirius acha que ele deve ir junto e o Remo, não sabemos.
Um beijo Lilian Potter “
- Acha mesmo que isso vai dar certo? – perguntou Sirius, brincando com Harry, com uma das mãos.
- Não tenho tanta certeza. – respondeu Lilly, amarrando o bilhete na perna de Agatha e acariciou seu dorso.
N/A: E aí, o que acharam? É a minha primeira fic aqui na Floreiros, e eu não sei se está ficando boa. Comentem (: Esclarecendo um pouco. Bom, esse prólogo ficou meio confuso certo? Mas ele ainda não aconteceu, é só uma premonição da Lily, vocês vão entender melhor no próximo capítulo. A geração é marota, ou seja, o Harry ainda não nasceu. Eles ainda estão em Hogwarts, no 7º ano. Comentem, por favor, se não eu desisto da fic T.T
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