Encontros



   Ela estava sentada na poltrona fitando o fogo na lareira quando seus amigos chegaram.


   - Katherine! Onde você estava? - Perguntou Hermione ao ver a amiga sentada ali.


   - Aqui. Bom, primeiro eu fui na biblioteca, mas depois eu vim pra cá.


   - Eu já estava preocupado. - Disse Harry ao puxar uma poltrona e sentar-se também.


   - Eu também. - Disse Rony ao fazer o mesmo que Harry.


   - Mas por que você voltou da biblioteca tão cedo?


   - Não foi tão cedo, Harry. Eu fiquei mais de uma hora lá.


   - Então por que voltou?


   - Por que eu não achei nada realmente interessante lá.


   - Então tá. Eu vou buscar uma coisa ali no dormitório.


   - Vou com você. - Rony e Harry entraram no dormitório e Hermione se sentou onde antes estava Rony.


   - O que houve?


   - Nada.


   - Foi ele denovo?


   - Foi.


   - E o que ele queria?


   - A mesma coisa da primeira vez.


   - E o que você fez?


   - Tentei arrancar dele que o Draco era quem estava mandando ele fazer aquilo.


   - E o que ele disse?


   - Não sei o que ele quis dizer... pode ser o Draco por trás disso ainda... ou não.


   - Mas o que ele disse?


   - Ele disse que queria me beijar.


   - Só faltava essa.


   - Essa o quê?


   - E se ele estiver... sabe...


   - Nem vem!


   - Não é tão ruim assim.


   - Você diz isso por que não é com você. Ele não é um ser capaz de se apaixonar.


   - Você é quem sabe. - Nesse momento os meninos saíram do dormitório.


   - Voltamos. - Disseram os dois ao mesmo tempo.


   - Por que a demora? - Perguntou Hermione.


   - Harry não estava achando o que ele queria pegar. - Explicou Rony


   - Vamos descer? Daqui a pouco começa a próxima aula.


   - Advinhação. Depois dois tempos de Herbologia e depois dois tempos de Feitiços.


   - Olha, você leu o horário, Rony.


   - Vamos logo, Katy. Prometemos um para o outro que não iríamos mais brigar.


   - Vamos.


   Eles se levantaram e foram em direção à sala de Advinhação. Somente Hermione não foi, pois tinha Aritmancia. A aula foi chata como sempre: Com previsões de acidentes graves, mortes, etc. Quando a aula acabou, eles foram direto encontrar Hermione e depois seguiram para as estufas.


   - Eu odeio Herbologia!


   - Você odeia todas as matérias, Rony.


   - Tá, isso é verdade. Mas tinha que ser uma aula conjunta? E ainda por cima com a Sonserina? Se eu ver aquele tal garoto denovo, eu parto a cara dele.


   - Para com isso! Ele não vai fazer aquilo comigo de novo.


   - Quem garante?


   - Eu. Agora vamos.


   Eles se dirigiram às estufas e lá encontraram todo o pessoal da Sonserina. Como tinham que ficar em duplas, Harry e Rony formaram uma dupla e Hermione e Katy, outra. Durante a aula eles tiveram que cuidar de plantas estranhas, que pareciam girassóis, mas tinham um veneno incrível no seu interior. Ao final da aula, eles estavam se dirigindo para a sala de feitiços, quando Draco, Crabbe, Goyle e Zabini vieram ao encontro deles.


   - E aí, Potter? Soube que perdeu sua menina pro Blás aqui.


   - Minha menina? Se você tá falando da Katy, eu nunca tive nada com ela.


   - Não tente me enganar, Potter. Todos sabem que você gosta dela.


   - É... é verdade, Harry? - Perguntou Katy, muito confusa.


   - Claro que não!


   - Potter, você não me engana! Eu sei que você gosta da minha priminha!


   - Você não sabe do que fala, Malfoy! - Rony tinha chegado.


   - Weasley! Eu sei sim do que eu falo e tenho até uma fonte de informações.


   - Claro que não sabe do que fala! Nós já somos amigos há 6 anos! Se o Harry gostasse de mim eu perceberia!


   - Então abra os olhos, prima!


   - Ah, cala a boca, Draco! Me deixe em paz! Não é por que ninguém te ama que você tem que descontar tudo encima do Harry!


   - Olha como fala comigo, Katherine!


   - Vai cuidar da sua vida! Me deixa em paz!


   - Sua sorte é que eu tenho aula agora!


   Eles se viraram e foram embora para a aula.


   - Harry? Tudo bem? - Perguntou Hermione.


   - Claro.


   - É verdade que você... sabe... gosta da...


   - Se você for acreditar em tudo o que o Malfoy diz, não vai sobreviver por uma semana.


   - Eu sei que você não gosta de mim. Se gostasse eu perceberia. Assim como eu percebi que você gostava da Cho a um tempo atrás.


   - Porque gostava?


   - Por que agora eu sei que não gosta mais.


   - E como é que você sabe?


   - A conversa de hoje. Se você gostasse dela ainda, tentaria puxar assunto e conversar com ela durante o almoço inteiro.


   - As meninas são malucas!


   - Não somos nada. Vamos logo para a aula.


   Eles se dirigiram para a aula de Feitiços, onde, mais uma vez, revisaram tudo o que tinham aprendido nos outros anos. Após a aula, Harry, Rony e Hermione foram para a sala comunal e Katy se dirigiu para a biblioteca.


   - Harry, você acha que a Katy fez bem em ir pra biblioteca? - Perguntou Rony preocupado.


   - Claro que sim!


   - Sozinha?


   - Por que você não vai lá então? - Sugeriu Hermione.


   - Por que eu iria?


   - Você tá aí se matando de preocupação! Vai lá ver se ela está bem, cara! - Falou Harry com a maior tranquilidade do mundo.


   - Então tá. To indo! - Ele saiu da Sala Comunal e foi para a biblioteca. Chagando lá, não achou a garota e começou a procurar por entre as prateleiras. Quando chegou na última prateleira, encontrou Zabini a beijando e esta lutando para se livrar dele, o que ela sabia que era inútil, pois ele era mais forte. Quando ele percebeu já estava apertando o pescoço do garoto.


   - Rony! Pare com isso! - Gritou Katy.


   - Katherine, tem certeza que não quer que eu o mate?


   - Claro que tenho! Não vale a pena, Rony!


   - Ah, vale sim! E como vale!


   - RONALD! Se você não parar eu juro que nunca mais falo com você!


   - Tá bom! - E soltou o pescoço do garoto, que saiu correndo - Mas é só por que eu não suportaria ficar um dia sem falar com você. Não mesmo.


   - Ah, Rony, não precisa matá-lo! Eu sei me defender!


   - Mas ele é mais forte e...


   - Eu sei que ele é mais forte. Mas o que é que você faz aqui?


   - Eu estava... vindo aqui te chamar.


   - Me chamar pra quê?


   - Para ir lá no lago comigo, mas esquece... acho melhor nós voltarmos para a Sala Comunal.


   - Não! Vamos no lago!


   - Então tá bom! - Eles foram até a árvore perto do lago e se sentaram um ao lado do outro.


   - Eu amo esse lugar! Me faz lembrar de quando nós nos conhecemos... eu estava andando por aqui e esbarrei em você e no Harry.


   - Aí você gritou: "Meu Merlin! Harry Potter! E... quem é você?" Eu me senti muito excluido.


***** Flashback *****


   Rony e Harry estavam indo em direção à cabana de Hagrid quando esbarraram em uma menina de cabelos pretos, longos e lisos e olhos incrívelmente azuis.


   - Me... me desculpe... eu não vi vocês - Disse a garota se abaixando para pegar um livro que tinha daixado cair.


   - Não, foi tudo culpa minha. Eu é que não te vi. - Disse Harry, se abaixando també para ajudar a garota. - Acho que ainda não nos conhecemos...


   - Claro, eu sou Katherine Mason. E você é... Meu Merlin! Harry Potter! E... quem é você?


   - Ronald Weasley. Prazer, Katherine.


***** Fim do Flashback *****


   - Se você soubesse quantas pessoas já tinham feito a mesma coisa... Paravam, gritavam "Harry Potter" e me ignoravam completamente.


   - Ah, não fica assim! Isso foi passado. Ninguém te ignora agora! - "Podem não me ignorar, mas ignoram o que eu sinto" pensou Rony.


   - Tem certeza?


   - Bom, pelo menos eu não te ignoro.


   - Isso é importante.


   - Claro que é! Você é o meu melhor amigo! - Disse ela ao abraça-lo.


   - Você também é minha melhor amiga. Apesar das brigas... eu te amo.


   - Eu também te amo. E ninguém vai estragar a nossa amizade. Nem o Draco, nem o Zabini, nem ninguém.


   - O que é isso? Uma conspiração?


   - Que foi?


   - Draco e Zabini.


   - Eu acho que é. Mas não tenho certeza.


   - Provavelmente.


   - Eu penso a mesma coisa. Mas olhe o lado bom: não tem Draco nem Zabini aqui, só eu e você. E, enquanto estivermos juntos, nenhum dos dois vão aparecer sem sair daqui com algum machucado.


   - Você é incrível. Nem parece prima do Malfoy.


   - Isso não é uma das coisas de que eu me orgulho.


   - E eu poderia saber quais são?


   - Eu me orgulho de ter você, o Harry e a Mione como amigos, de já ter machucado gravemente o Draco e, principalmente, de estar aqui com você. E você?


   - Eu me orgulho de muitas coisas. Principalmente de ter uma amiga que sempre está do meu lado.


   - Eu... eu nem sempre... nem sempre eu estou do seu lado. - Eles agora estavam próximos.


   - Está sim.


   - Mas teve uma vez que... - Mais próximos.


   - Não me importa. Você está aqui agora.


   - Você também. - Mais próximos ainda.


   - Eu sempre achei você...


   - Eu...?


   - Eu sempre achei você incrível. Como amiga, como pessoa, como... como tudo. - Agora estavam a poucos centímetros um do outro.


   - Mas... Rony... eu...


   - Você...? - Os centímetros agora eram milímetros.


   - Eu não... eu não quero que isso atrapalhe nossa amizade. - Disse ao se afastar dele.


   - Tudo bem. Você tem razão. O que deu em mim?


   - Mas isso não quer dizer que eu não te ame. Eu só não... não quero que você sofra por minha causa.


   - Eu te entendo... você se importa muito com as pessoas... isso faz de você uma pessoa mais especial.


   - Não. Isso faz de mim uma completa idiota.


   - Não diz isso. Você é tão... tão...


   - Rony, me responde uma coisa?


   - Claro.


   - Por que você tem tanta dificuldade em terminar uma frase?


   - Porque eu estou com você.


   - Acho melhor nós voltarmos.


   - É... antes que eles sintam falta de nós...


   - Bom... acho que podemos continuar aqui mais um pouquinho.


   - Tem razão. Aqui está tão bom...


***** Enquanto isso *****


   - O que aconteceu com aqueles dois? - Perguntou Harry preocupado.


   - Deixa eles pra lá.


   - Mione... você sabe que eu me preocupo muito com eles. Eu já perdi meus pai e o Sírius... se perder mais alguém eu nunca mais vou sorrir na vida!


   - Você ainda vai ter a mim.


   - Mesmo assim... eu não suportaria perder mais ninguém.


   - Se isso te deixa menos preocupado, eles estão lá fora, perto do lago.


   - Eu não acredito... eles vão...


   - Não. Eu conheço a Katherine, ela não vai fazer isso com medo do Rony ficar bravo com ela.


   - Você prevê o futuro?


   - Não, eu tenho lógica.


   - Eles estão tão...


   - Próximos?


   - É. Próximos até demais.


   - Harry Potter! Você está com ciúmes da sua melhor amiga?


   - Não!


   - Então o Draco tem razão... por mais que isso seja horrível de se admitir.


   - Tá, ele tem razão. Eu gosto da Katy. Mas não conta pra ela que eu disse isso.


   - Harry, Harry... por que você não vai lá e faz o mesmo que o outro fez?


   - Você está maluca?!


   - Claro que não. Estou te dando o que você sempre me pede: conselhos.


   - Então tá. Me deseje sorte.


   - Sério?


   - Sim.


   - Boa sorte, então.


   - Obrigado.


   Harry saiu da Sala Comunal e foi descendo até o lago, onde se sentou do lado de Katy.


   - Oi, Katy. Oi, Rony.


   - Se você tentar alguma coisa contra mim eu... ah, oi Harry.


   - Oi. Vocês estão fazendo o que aqui?


   - Conversando. - Disse Rony.


   - Por que não voltamos para a Sala Comunal?


   - Claro... estávamos mesmo pensando em voltar. - Disse Katy se levantando e ajudando os outros dois. Eles foram para a Sala Comunal, mas antes de entrar lá, Harry chamou Katy para ir a um lugar. Ela aceitou e eles foram correndo até a sala onde antes ficava o espelho de Ojesed.


   - Faz tempo que eu não venho aqui. - Disse Harry.


   - E onde seria aqui?


   - É a sala onde ficava o espelho de Ojesed.


   - Nossa... que legal.


   - O que você veria se você se olhasse no espelho?


   - Não sei. Realmente não sei.


   - Eu sei o que eu veria.


   - O quê?


   - Meus pais e Sírius.


   - Ah, Harry... eu sinto muito...


   - Não foi culpa sua.


   - Se eu pudesse me olhar no espelho, seria uma surpresa para mim o que eu veria.


   - Então você não sabe qual é seu maior desejo?


   - Na verdade, não.


   - Eu sei qual é o meu o meu nesse exato momento.


   - E qual é?


   - Você.


   - Mas eu já estou aqui. Eu existo e eu sou sua amiga.


   - Mas... não só você minha amiga...


   - Harry, eu não quero te magoar.


   - E não vai. Eu te garanto.


   - Mas.. e se... e se acontecer alguma coisa...


   - Se acontecer, nós dois superamos isso numa boa.


   - Mas e se...


   - Sem e se. Quando acontecer nós resolvemos.


   - Então... tudo bem. Tem certeza de que é isso mesmo que você quer?


   - Nunca tive tanta certeza na minha vida.


   - Ah, Harry, eu... - Antes que ela terminasse a frase, Harry a beijou. Foi um beijo muito longo.


   - Você... você quer ser... ser...


   - Quero. Quero sim. - Eles se beijaram denovo, dessa vez com mais intensidade.


   - Eu te amo.


   - Por que você não adimitiu isso para o Malfoy?


   - Porque eu não queria dar essa satisfação pra ele.


   - Você sabe que ele vai ficar sabendo disso.


   - Agora eu não me importo. Eu tenho você.


   - Eu não acredito que eu fiz isso.


   - Muito menos eu.


   - Vamos?


   - Verdade. Temos que ir. - Eles deram as mãos e foram para a Sala Comunal, onde encontraram Rony e Hermione conversando perto da lareira.


   - Atrapalho? - Perguntou Harry.


   - Claro que não. Onde vocês estavam?


   - Por aí, Mione.


   - Vocês... - Começou Rony olhando para as mãos dadas.


   - Meu Merlin, Harry! Não pensei que ia ser tão rápido assim!


   - Nem eu, amiga... Ele simplesmente... - Disse Katherine, mas foi interrompida por Rony.


   - Mas... eu não entendo... Katherine!


   - O que foi?


   - Você... ah, esquece! Sejam felizes! - Ele saiu da Sala Comunal após olhar furiosamente para Katherine e depois pro Harry.


   - Mas o que deu nele? - Perguntou Harry.


   - Não sei, mas eu vou lá tentar descobrir. - Disse Katherine, que em seguida saiu atrás de Rony. Ele estava sentado ao pé da escadaria de mármore. Ela se sentou ao lado dele. - O que foi?


   - Você disse que... que me amava!


   - Eu sei, Rony... mas eu te amo. E amo muito. Só que não do mesmo jeito que você.


   - Mas e o Harry?


   - Rony, eu...


   - Você gosta dele, não é?


   - De verdade?


   - É.


   - Promete que não conta pra ninguém?


   - Prometo.


   - Não.


   - Como assim?


   - Ele está passando por um momento muito difícil, e eu não queria magoá-lo ainda mais. Eu nunca me perdoaria se fisesse isso.


   - Então... você não gosta dele?


   - Não.


   - E de quem você gosta?


   - Por enquanto...


   - Não vai dizer que é daquele tal de Zabini?


   - Claro que não! Por enquanto eu não gosto de ninguém.


   - Então... eu ainda tenho alguma chance?


   - Tem sim.


   - Que ótimo!


   - Só me promete uma coisa.


   - O quê?


   - Você não vai brigar com o Harry por minha causa.


   - Tudo bem. Promete uma coisa pra mim também?


   - O quê?


   - Você nunca mais vai me falar que me ama até o dia em que me amar de verdade, entendeu?


   - Claro. Então... você me ama de verdade?


   - Sim. E por mais que isso seja forte, eu vou te deixar em paz. Cuide do Harry.


   - Pode deixar. Mas não precisa me deixar em paz.


   - Jura?


   - Sim. Então vamos, eles já devem estar preocupados.


   - Vamos.


   Eles subiram a escadaria de mármore e entraram na Sala Comunal abraçados.


   - Prontinho. Aqui está ele.


   - Ronald Weasley, você pode me explicar o que foi aquilo? - Perguntou Hermione.


   - Um ataque?


   - Não brinque comigo!


   - Mas foi um ataque. Um momento de raiva, sei lá porque.


   - Ainda não me convenceu.


   - Tá bom! É que eu queria sair um pouco. Eu tava com raiva porque me lembrei de uma cena que eu presenciei na biblioteca hoje e queria andar por aí pra tirá-la da cabeça. E não, eu não vou te contar o que foi.


   - Tudo bem. Não me importa, eu só quero que você peça desculpas ao Harry.


   - Tá bom, mas aonde é que ele está?


   - Lá no dormitório.


   - Então eu vou lá falar com ele. Daqui a pouco nós descemos de novo.


   - Até mais, Rony. Se ele não quiser descer fala com ele que fui eu que chamei. - Disse Katy.


   - Tá bom. - Ele disse e logo em seguida entrou no dormitório.


   - O que ele tinha?


   - Foi o que ele disse, Mione.


   - E que cena foi essa?


   - Se ele não quis te contar, por que você acha que eu vou contar?


   - Por que você é minha amiga?


   - Sem chance, Mione. O Rony tá bem.


   - Então por que vocês entraram abraçados aqui?


   - É proibido por acaso?


   - Não, só é... estranho.


   - Por quê?


   - Primeiro vocês quase se beijam de frente para o lago, agora entram aqui abraçados e mais sorridentes do que nunca!


   - É que o Rony... sabe... ele...


   - Ele gosta de você. Sim, eu sei.


   - Que estranho... dois garotos gostam de mim ao mesmo tempo e esses garotos são melhores amigos! E meus melhores amigos também!


   - Enquanto isso, aqui estou eu, sozinha.


   - O Rony é uma boa pessoa, Mione. Por que você não...


   - Eu já tentei fazer isso. Foi aí que ele me falou que gostava de você.


   - E por que você nunca me contou isso?


   - Porque ele me pediu pra não contar.


   - Ele é meu amigo há seis anos... eu nunca imaginaria que ele gosta de mim.


   - O Harry também é. E ele gosta de você.


   - Está vendo como isso é estranho?


   - E o Blás Zabini é seu inimigo declarado há seis anos. Ele também gosta de você.


   - Agora são três: meus dois melhores amigos e meu inimigo declarado. Que ótimo! - Ela disse e se jogou na poltrona perto da lareira. - Eu queria que isso tudo acabasse. Que eu acordasse e tudo isso fosse só um sonho.


   - Mas não é. Você tem sorte de ser tão amada assim. Quem me dera que três meninos gostassem de mim!


   - Já vi que, se você pudesse, trocaria de vida comigo.


   - Sim, eu trocaria.


   - Teríamos uma hora.


   - Você não está falando da...


   - Poção Polissuco? Exatamente.


   - Mas isso é quase impossível de conseguir!


   - Tem certeza?


   - Não vai dizer que você tem aí?


   - Tenho. No meu malão. Vem, vamos lá. - Elas se levantaram e foram para o dormitório, onde Katy abriu seu malão e pegou a poção. Elas colocaram um fio de cabelo de cada uma em cada taça e tomaram. Após alguns instantes, Katherine era Hermione e Hermione era Katherine. Elas desceram e foram para a Sala Comunal e se sentaram perto da lareira. Rony e Harry desceram e se sentaram ao lado delas.


   - Pronto, voltamos. - Disse Rony.


   - O que você queria falar comigo, meu amor? - Perguntou Harry.


   - Eu só queria que você voltasse para cá. - Disse Hermione (que agora era Katy)


   - Rony, eu posso falar com você um instante? Lá fora? - Perguntou Katy (como Hermione)


   - Claro, Mione. Vamos. - Eles saíram pelo buraco do retrato.


   - Enfim, sozinhos.


   - E o que você quer fazer, Harry?


   - Não sei... me diz você o que quer fazer.


   - Te beijar?


   - Boa escolha. - Hermione (disfarçada de Katy) se sentou no colo de Harry e estes se beijaram longa e apaixonadamente.


***** Enquanto isso *****


   - O que foi? - Perguntou Rony.


   - Eu queria te perguntar uma coisa.


   - Bom, pergunte.


   - Você seria capaz de esquecer a Katherine? Pelo menos por um minuto?


   - Acho que não.


   - Por que não? Ela está com o Harry!


   - Por que eu a amo. Com o Harry ou sem o Harry.


   - Quer uma dica?


   - Sim. Seus conselhos geralmente são bons.


   - Ciúmes. Deixe-a com ciúmes de você.


   - E isso envolve você?


   - Só se você quiser.


   - Bom, não tem nenhuma outra garota que eu conheça tão bem.


   - Então combinado. Vamos lá pra dentro. Ignoramos os dois. Finge que eles não estão nem ali.


   - Tudo bem. - Eles entraram novamente na Sala Comunal e quando chegaram lá, viram Harry e Hermione (como Katy) se beijando. Sentaram na poltrona de frente para eles. Katy (como Hermione) sentou-se no colo de Rony e eles começaram a conversar baixinho.


   - Quando você quiser, Rony.


   - Calma aí, Mione!


   - Tudo bem.


   - Tá bom. Agora. - Harry e Hermione (que estava disfarçada de Katy) pararam de se beijar e ficaram olhando para os outros dois. Estes agora começaram a se beijar.


   - Que estranho. O que será que deu nela?


   - Não sei. Isso não importa.


   - Na verdade importa sim. E se eles começarem a namorar também?


   - É até bom. Assim a Mione não fica sozinha.


   - Tem razão. Acho melhor nós pararmos com isso, Harry.


   - Tudo bem. - Nesse momento, Rony e Katy (disfarçada de Hermione) pararam de se beijar.


   - Uau! - Exclamou Katy.


   - Uau digo eu! - Agora foi Rony quem falou.


   - Bom, acho que nós incomodamos o outro casal. Vamos parar.


   - Verdade. Podem continuar vocês dois. Eu vou para o dormitório.


   - Eu também. - Disse Hermione.


   - Eu vou com você, Katy.


   - Então eu vou com o Rony.


   - Até amanhã. - Disseram as meninas.


   - Até! - Responderam os meninos. As meninas subiram para o dormitório feminino e os meninos foram para o masculino.


   - E aí? - Perguntou Katy a Hermione.


   - E aí o quê?


   - Como foi ficar se agarrando com o Harry?


   - Pra que você quer saber? Aposto que você já fez isso com ele no lugar pra onde ele te levou.


   - Não, ele não fez. Ah, conta, vai!


   - Você não parece estar com um pingo de ciúmes, sabia?


   - E eu não estou. Tecnicamente era eu lá.


   - Até que você tem razão. E o Rony?


   - No começo ele achou muito estranho, mas depois ele foi se entregando. Já dei o primeiro passo, agora é só você continuar.


   - Isso é uma coisa boa?


   - Acho que sim. A não ser que você não goste dele.


   - Eu não gosto.


   - Então é melhor você não fazer de novo. Sinto muito.


   - Sem problema.


   - Então, vamos dormir?


   - Vamos.


***** Meninos *****


   - O que deu na Mione, cara?


   - Realmente não sei, Harry.


   - Ela não ia sair te beijando do nada!


   - Eu sei. Ela estava... diferente.


   - E você ainda parece chocado com o que aconteceu.


   - Eu estou chocado. Mas me esquece. Como foi com a Katy?


   - Ótimo. Ela também estava meio estranha, mas foi muito bom.


   - Que ótimo. Bom, eu vou dormir.


   - Eu também vou. Até amanhã.


   - Até.

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