O Julgamento de Sirius Black



- Meus pais – disse com a voz falhando – não, eles não... eles... eles estão bem não estão? diz que estão Katie ... diz que eles estão a salvo, que estão protegidos...


Katie abaixou a cabeça e disse:


- Infelizmente, não posso te dizer que eles estão protegidos Hermione.


- O que... o que aconteceu com eles? Eles não estão... não estão...


Ela não tinha coragem de terminar


- Não, não estão mortos – falou Dumbledore pacientemente – eles foram capturados pelos comensais de Voldemort.


Hermione começou a chorar descontroladamente, Rony foi a confortar. Ele olhou de Katie para Dumbledore e perguntou:


- Capturados? Mas ... e os bruxos que estavam os protegendo? O que aconteceu com eles? não podem ter simplesmente...


- O número de comensais foram maior que os bruxos que estavam em guarda Sr Weasley – respondeu Dumbledore - fizemos o que foi possível, lutamos até o final, mas não adiantou... eles os levaram...


- E o que faremos agora? – perguntou Harry a Dumbledore


- Não faremos nada


Hermione levantou a cabeça imediatamente


- Como assim nada? – perguntou chorando


- Não há nada que possamos fazer agora Srta Granger


- Não... não é verdade... – respondeu encarando o diretor – podemos fazer sim! Podemos ir atrás deles, sei onde eles podem estar, com certeza estão naquela casa... onde os monitores foram mantidos, tenho certeza de que estão lá!


- Podem até estar, mas não vamos sair daqui.


Ela olhou para Dumbledore aterrorizada


- Como assim? – perguntou incrédula – Meus pais correm perigo nas mãos daquele monstro e vocês não vão fazer nada?


- Eles não correm perigo Hermione – respondeu Katie finalmente - Eles só foram levados para te afetar, ele viu que só assim você finalmente iria atrás dele. Esse era o plano. Ele viu que a mantíamos aqui protegida e como ele não pode entrar em Hogwarts ... usou seus pais para finalmente ter você.


- Ótimo plano! – concluiu ela – pois é exatamente isso o que eu vou fazer, ir atrás dele!


- Você não pode!


- Claro que posso! Não vou ficar aqui de braços cruzados enquanto ele esta lá com os meus pais e sabe lá o que pode acontecer com eles!


- Eu já te disse que eles estão seguros até ter você!


- E você acha que Voldemort vai agüentar quanto tempo? Se eu demorar muito aí sim ele acaba com eles!


- Isso não deve demorar, vamos arrumar um jeito, o Ministério está arru...


- Eu não vou ficar esperando o ministério resolver Katie! Até esse dia chegar os meus pais podem estar mortos há muito tempo!


- E o que você quer fazer? Ir atrás dele e estragar tudo? Hermione, isso é extremamente sério , o mundo dos bruxos corre perigo! Eu não vou deixar isso acontecer por causa de ...


Ela parou e encarou Hermione que disse:


- De dois trouxas idiotas não é? Não é isso o que vc ia dizer?


- Não, não era...


- Quer saber – cortou ela furiosamente - Eu não estou nem aí para o que você ia dizer ou não, na verdade isso pouco me importa!


Hermione estava descontrolada, Rony tentou acalmá-la mas não conseguia.


- Mione, não precisa falar desse jeito com a Katie, ela é nossa...


- Tudo bem Rony, deixe-a... eu compreendo a situação dela.


 - Não, você não compreende! – respondeu ela alto – Não está fazendo nem um esforço para compreender, mas eu entendo... não é os seus pais que estão com Voldemort não é? Não é por sua culpa que eles estão lá, não é você que é a escolhida nesse momento, não é a sua vida que está desmoronando!


- Mione, chega! – pediu Rony – por favor


Ela olhou fixamente para Katie, os olhos cheio de lágrimas, com o olhar rancoroso disse:


- Eu não vou arriscar a vida dos meus pais por minha causa... eu vou até ele


- Não, você não vai! – respondeu muito séria - Você não sai daqui Hermione...


- Você não pode me impedir Katie!


- Posso sim, e vou! Nem que eu tenha que te enfeitiçar ou te prender a força, você não vai sair daqui ... isso é uma ordem...


- Ordem de quem?


- Minha... em nome do ministério da magia! – respondeu severamente


Hermione a encarou com profundo rancor. Katie ainda disse:


- Eu realmente sinto muito, sei que é muito duro para você mas ... eu não posso deixar você sair, não posso deixar você estragar tudo agora...


As lágrimas escorreram sobre o rosto de Hermione, ela fechou os olhos, com profundo sentimento de raiva, ódio, culpa e tristeza ao mesmo tempo. Se virou furiosamente e deixou a sala. Rony logo foi atrás dela. Harry ficou ali ainda, com Dumbledore e Katie.


Ela abaixou a cabeça e disse:


- Ah Dumbledore, por que as coisas tem que ser assim...


- Você fez o correto Katie – respondeu ele pacientemente


- Ela está passando por tantas coisas, eu não passei nem 1 terço disso... imagine, os pais nas mãos de Voldemort e ela sem poder fazer nada.


- Sei exatamente o que ela está passando Katie, mas temos que esperar o ministério resolver, ele nos deu total apoio.


- Você acha que Fudge vai correr atrás das soluções? Eles são trouxas Dumbledore, você sabe o que Fudge pensa a respeito deles!


- Eu sei, mas não podemos deixar de acreditar nele, se Fudge disse que encontraria solução pode ter certeza de que ele vai achar.


- Só espero que não seja tarde – respondeu ela baixinho


- Tarde ou não, ele vai resolver o problema, o que temos que nos preocupar agora professora é com a Srta Granger, não podemos deixá-la  tentar resolver o problema, sabemos o que ela quer fazer, temos que ficar de olho nela


Dumbledore se virou para Harry, ele estava com a cabeça baixa, tentando absorver ainda aquilo tudo.


- Harry...


Ele levantou a cabeça


- Temos que cuidar da Srta Granger, está me entendendo? Não podemos deixá-la tomar decisões precipitadas...


- Certo – respondeu ele


- Agora, avise a Srta Weasley, ela é uma grande amiga da Srta Granger, tenho certeza de que ela vai ajudar e muito.


- Certo – respondeu Harry um pouco desnorteado.


Ele saiu da sala e foi atrás de Gina.


  


 


- Mione espera! Me espera por favor!


Rony foi correndo atrás dela. Ele a segurou pelo braço


- calma! – disse ele


- Se eles pensam que vão conseguir me impedir de fazer alguma coisa estão completamente enganados


- Hei, fica calma... vamos conversar


- Eu não quero conversar! Já sei exatamente o que vou fazer!


-  Sei, estragar o enorme trabalho da professora Katie... do ministério...


- De que lado você está? – perguntou ela furiosa - Você acha que eles é que estão certos?


- Estou do seu lado! Sabe muito bem disso. E eu não acho que eles estão certos, quero dizer, em uma parte estão... eu só quero que você não faça uma besteira e ponha mais alguma coisa em risco além dos seus pais...


- O que por exemplo?


- Você mesma...


- Eu não vou m...


- Me escuta...


- Eu não vou ficar de braços cruzados Rony e esperar que eles resolvam isso! eu sei que isso não vai acontecer! Sei que o ministério não vai fazer absolutamente nada! Meus pais são trouxas, eles não estão nem aí para o que vai acontecer com eles, estão mais preocupados com  a porcaria do mundo deles!


- Que é o nosso mundo também - lembrou ele


Ela o encarou


- Me escuta – disse ele carinhosamente – vamos dar um tempo para eles ...


Ela ia abrir a boca para responder mas ele a impediu


- Um tempo curto - completou - Se eles não acharem uma solução aí sim nós faremos alguma coisa ok?


- Nós? - perguntou


- É... Você e eu ...e o Harry também - lembrou - Tenho certeza de que ele vai entrar nessa também, vamos fazer o seguinte então, vamos dar um tempo para eles resolverem e caso isso não aconteça em alguns dias aí sim entraremos em ação ok? Um tempo curto certo?


- Bem curto Rony – respondeu


- Bem curto – confirmou ele limpando as lágrimas dela – Agora, sem choro... isso... vamos para o salão comunal... Ele passou um braço por volta da cintura dela e a levou. Quando chegaram lá ela seguiu para o dormitório. Disse que iria descansar mas Rony sabia que essa era a última coisa que ela faria.


**********


No dia seguinte Hermione não falava com ninguém  a não ser com Rony, mesmo assim com ele ela falava muito pouco. Além disso, Hermione ainda não comia.


- Coma alguma coisa Mione – pediu Gina pela décima vez. Hermione mechia com sua colher dentro de um prato farto de mingau que Rony havia lhe servido mas não comia nada, Rony já havia pedido isso a ela mas não conseguira convencer a menina de comer, pelo visto, Gina não teria nenhum sucesso.


Uma coruja entrou no salão e foi seguindo pela mesa da Grifinória, ela pousou quase em cima do prato de mingau de Hermione, ela nem deu atenção ao pássaro. Rony desatou o nó da pata da coruja e pegou a carta.


- É para você Harry – disse entregando a carta ao amigo.


Harry pegou a carta e logo a abriu.


- É do Sirius!  - exclamou baixinho  e terminando de ler a carta  – já marcaram o dia do julgamento ...  vai ser na semana que vem!


- Que legal!


- Ele diz que teremos quer ir... eu, você e a Hermione ...


Harry, Rony e Gina olharam para a garota, ela desviou o olhar.


Harry continuou a ler a carta.


- Dumbledore vai ser o seu advogado, Cornélio Fudge vai ser a acusação ...


Rony deu uma gemida de insatisfação


- Hum... ele diz também que esta super nervoso mas ao mesmo tempo ansioso para que o dia chegue logo ... hum... o dia, a data ... e é só.


Ele fechou a carta e olhou para Rony


- O que você acha disso? – perguntou ao amigo – Sirius tem chance contra Fudge?


- Bem... ele vai tentar de tudo para ferrar o Sirius já que está  do ladinho do pai do Malfoy mas ... sim,  acho que ele tem chances sim ...


- E você Mione? O que acha?  – perguntou


Ela não respondeu.


Harry suspirou.


- Bem – disse Gina cortando o clima chato – Não sou muito boa nisso mas você quer saber a minha opinião?


- Claro que quero!


- Acho que Sirius já ganhou essa


- Você acha? – perguntou sorrindo


- Tenho certeza! – respondeu


Harry que estava ao lado dela, chegou bem mais perto e a beijou.


Hermione se levantou e saiu do salão Principal, Rony fez a mesma coisa


 ***************


A medida que os dias iam se passando, Hermione ficava mais apreensiva, nenhuma medida fora tomada pelo ministério até então e isso a estava deixando louca. Ela já voltara a falar com Harry e Gina, mas os estudos e os deveres  ela tinha deixado de lado. Rony não tinha gostado nada disso mas Katie conversou com ele e disse que  isso era passageiro e que ela voltaria logo a sua atividade normal com o tempo. Rony aceitara até então e desistiu de brigar com a namorada mas isso foi até o dia em que ele descobriu no café da manhã que Hermione abandonara o cargo de Monitora e a vaga fora ocupada por Parvati Patil.


- Ah não -  disse ele se levantando assim que soube pela própria Parvati – agora ela foi longe demais!


- Rony, o que você vai fazer? – perguntou Gina


- Vou resolver isso de uma vez! Ela já passou dos limites!


 


Ele foi em direção a torre da grifinória, mal entrou e encontrou Hermione sozinha, num sofá com bichento.


Ele foi para a frente dela e disse:


- As aulas, os deveres tudo bem... até aceitei a pedido da Katie...


 - O que? – perguntou ela não entendendo


- Agora o cargo de monitora??  - continuou


- Ah...


- Vem cá, qual vai ser a próxima coisa que você vai fazer? O que  vai ser agora que você vai dispensar? Não, por que os estudos já foram para o brejo...


- Rony ... 


- Agora o cargo que você tanto adorava também foi... O que você esta querendo fazer agora? Eu juro que estou fazendo de tudo para conseguir entender mas não está dando! Agora só falta você me dizer que não me quer mais, que já está cansada de mim e que acha melhor nos afastarmos um do outro, agora só falta você fazer isto!


Hermione o encarou, empurrou bichento no chão e se levantou. Rony a encarava também. O silêncio pairou por alguns segundos.


- Bem – falou ela finalmente – já que você não me entende e só aceitou eu abandonar tudo por causa da Katie, considere essas suas últimas palavras feito então.


Essas palavras o fizeram ficar mudo durante alguns segundos. Não acreditando no que acabara de ouvir ele perguntou:


- O que você disse?


- considere certo o que você acabou de dizer!


- Você... você está querendo me dispensar?


- Estou querendo não, já estou dispensando...


- Não - respondeu ele - você não pode fazer isso.


- Eu já fiz Rony!


- Não... não Hermione, não... o que você ... olha, me desculpe por ter sido um pouco duro com você mas...


- Esqueça Rony - respondeu ela - Na verdade eu queria fazer isso antes... desde quando abandonei as aulas... eu só não sabia como fazer isso sem te magoar...


- Como é que é? Eu... eu ouviu direito?


- Ouviu sim...


- Não pode ser... não, não pode... você, você não pode me dispensar assim como fez com os estudos... você por acaso não gosta mais de mim?


- Não é questão de gostar Rony, e sim de ser o melhor para nós...


- Melhor para nós??? Mas isso não é o melhor ... isso não é... você não - As palavras estavam completamente desorganizadas em sua boca -  você não pode fazer isso comigo Hermione...  eu te amo! eu não posso ficar longe de você!


- Mas vai ficar, e muito longe Rony...


- Você não está falando sério... não pode estar, olha, vamos conversar...  vamos...


- Não vamos conversar mais Rony, está acabado!


Ele ficou imóvel a fitando. Não podia ser verdade. Ela não queria realmente aquilo, ele tinha certeza disso. Talvez estava dizendo aquilo por que Rony a irritara por causa da entrega de cargo de Monitora ou então por causa das aulas que ela não estava mais freqüentando, era isso – pensou ele. Tinha que ser. Ela o fitava também, se Rony não a conhecesse bem atenderia o pedido dela, mas ele a conhecia, era amigo dela havia mais de 4 anos, e ainda por cima era seu namorado. Ele sabia exatamente o modo de pensar e agir da menina. Sabia quando ela era sincera ou não, um brilho nos olhos dela a denunciou. Ele teve a certeza na hora que as palavras dela não eram verdadeiras. Depois de alguns segundos de silêncio ele respondeu olhando diretamente em seus olhos:


- Se você quer terminar comigo tudo bem, mas não pense que fazendo isso vai conseguir se livrar de mim. Eu vou continuar do seu lado mesmo não querendo.


Hermione ficou muda durante alguns segundos. Rony sorriu por dentro, tinha conseguido o que queria, Hermione tinha vacilado. Logo respondeu:


- Eu... eu não quero você do meu lado!


- Eu sei que não quer. E sei até o motivo disso... é esse capricho bobo de querer me proteger!


- O que? Isso... isso não é um capricho! – respondeu


- É um capricho sim, você está sendo egoísta demais, só se importa com o que você pensa, não esta nem aí para o que eu penso!


- O que você pensa não me importa nem um pouco, eu sei que deve ser uma coisa realmente estúpida.


Ela forçava a dizer essas palavras, um dor invadia seu coração e ficava cada vez mais forte a cada palavra que dizia. Rony estava pulando por dentro.


- Será que é uma coisa estúpida amar você? - perguntou


O brilho que Rony viu nos olhos dela foi aumentando, lágrimas brotavam nos olhos de Hermione, mas ela estava decidida a não deixá-las cair sobre seu rosto, ela lutava, não podia deixar Rony vê-las. Tinha que falar alguma coisa logo:


- É sim - respondeu - É uma estupidez me amar agora!


- Agora? Ora... não seja boba Hermione, voc...


- Eu não quero que você me ame! – disse interrompendo - Não quero que me proteja, que se preocupe, que se importe, que se arrisque ... a única coisa que eu quero é que você  fique bem longe de mim... que me esqueça! Não quero me sentir culpada pelo resto da minha vida se alguma coisa acontecer com você!


Rony  deu um breve sorriso. Ele conseguira, Hermione se espantou com a reação dele.


- o que v...


- Não disse que era por causa disso? De querer me proteger?


- Rony, por favor, não torne as coisas mais difíceis, se afaste de mim enquanto é tempo.


- Eu não vou me afastar de você Hermione - insistiu


- Rony... – tentou ela mais uma vez mas foi interrompida por ele.


- Olha, me escuta - Ele colocou uma mão sobre o rosto dela e continuou : -Não sabemos o que vai acontecer daqui para frente, não sabemos o que pode acontecer com os seus pais e até mesmo com você, tudo pode acabar bem como também pode acontecer uma desgraça, sei que está sendo muito difícil isso tudo e está te afetando inteiramente, sei também que teme de que algo muito ruim venha acontecer e que não suportaria ver alguém “ferido” por sua causa, mas o que você não pode Hermione é impedir de que eu te ajude, que eu fique do seu lado, por que assim como você teme, eu também temo! Eu não suportaria se alguma coisa acontecesse com você e que eu não pudesse fazer nada para impedir... eu morreria Hermione, eu te amo demais e pior do que eu ser morto para te proteger é você me dizer que não me quer do seu lado...


As lágrimas com que ela lutava para não deixar cair havia ganho, ela olhou intensamente para os olhos daquele ruivo que ela tanto amava. Os olhos dele pareciam estar com algum tipo de brilho também, parecia que ele  prestes a deixar uma lágrima cair. Instantaneamente ela se jogou nos braços dele em um apertado abraço, ele afagou os seus cabelos enquanto ela soluçava.


- Me ajuda Rony, por favor, eu não sei mais o que faço...


Ele a abraçou mais forte ainda. Ele estava triste e feliz ao mesmo tempo, triste por vê-la sofrer daquele jeito, ele não suportava vê-la assim, mas também estava feliz por que finalmente convencera de que o afastando dela poderia ser bem pior.


  


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Passaram-se 3 dias, finalmente era o grande dia para Harry, o julgamento de seu padrinho. Ele acordou particularmente cedo, era certo de que ele nem ao menos dormira direito, estava bastante excitado em saber se o padrinho seria livre ou não. O nervosismo era intenso, levantou-se da cama, Rony ainda estava dormindo. Foi ao banheiro.


 


Rony sonhando...


 


Ele estava dormindo, alguém entrou em seu quarto, ele pode perceber,passos se aproximavam para onde ele estava, sentiu alguém sentar em sua cama, ele não conseguia abrir os olhos mas tinha certeza de que esse alguém era Hermione.


Ele pode sentir uma de suas delicadas mãos passarem sobre o rosto dele, logo a mão se afastou e ele sentiu os lábios dela agora tocarem seu rosto. Ele tentou de qualquer jeito abrir os olhos mas não conseguia, eles pareciam estar grudados. Ele escutou a voz suave da menina dizer:


- Eu te amo tanto Rony...


Ele tentou dizer “Eu também te amo” mas não conseguiu.


Ele ouviu ela dizer novamente:


- Eu sinto muito, mas eu tenho que fazer isso...


Rony não entendeu. “Isso o que?” tentou dizer mas novamente as palavras não saiam.


- Não tente nada, não venha atrás de mim por favor... – ela disse


O coração dele deu um salto “não venha atrás de mim? Para onde você vai? Hermione...” tentou dizer pela terceira vez


Mais uma vez ele sentiu os lábios dela os tocarem, agora não em seu rosto mas em seus lábios, depois sentiu que ela se levantara e já caminhara em direção a porta. Tentou desesperadamente gritar “Hermione!”, mas não obteve sucesso. A porta se fechou e foi aí que ele finalmente conseguiu acordar.


  


- Hermione! – foi a primeira coisa que ele falou quando pulou da cama. – Hermione!


Ele não chegou a gritar, então não acordara os outros garotos, apenas Neville se mecheu mas somente virou de lado, Harry saiu do banheiro segurando sua escova de dentes. Ele olhou para o amigo que estava pálido.


- O que foi que aconteceu cara? - perguntou


- Hermione, preciso vê-la! – disse se movendo em direção a porta


- Não dá para esperar até ela acordar? – perguntou Harry depressa.


- Acordar? – perguntou parando e se virando para o amigo


- É acordar, são 5 horas da manhã, Mione costuma acordar ás 6.


- 5 da manhã? - Ele olhou para a janela, ainda estava escuro.


Harry fitava o amigo. Rony o encarou, viu que o amigo esperava alguma palavra dele. Logo disse:


- Eu sonhei com ela...


Harry entendeu e respondeu:


- Perfeitamente normal sonhar com a namorada...


- Você não entendeu, ela estava se despedindo de mim, ela entrou aqui e falou que me amava e que sentia muito em fazer uma coisa e...falou para eu não ir atrás dela ...


- Hermione veio aqui? – perguntou ele confuso


- eu, acho que sim, eu não sei, não consegui acordar!


- Não, não, ela não veio aqui, se viesse eu escutaria, estava no banheiro escovando os dentes, e mesmo que ela viesse veria que eu não estava na cama e não iria falar com você, caso realmente fosse para algum lugar.


- Eu não sei...


- Foi só um sonho Rony


- Só vou ter certeza de que foi se eu ver a Hermione na minha frente!


Ele tomou o seu caminho, Harry foi atrás.


- O que você vai fazer? – perguntou


- Vou ver se ela está lá!


- Rony, você não pode entrar no dormitório feminino! – disse Harry em alerta


- Não posso, mas vou!


Ele abriu a porta que dava acesso aos dormitórios mas não conseguiu abrir.


- Droga! Trancada! – disse


Ele tentou forçar a porta a abrir


- Por que você não espera ela acordar? – pediu Harry


- Talvez ela não acorde, talvez ela não esteja mais lá!


- ora que isso, é claro que ela est...


- Varinha – disse ele abruptamente – vou buscá-la


Quando ia se virar para ir ao dormitório masculino a porta se abriu e alguém saiu de lá.


- Gina? – perguntou Harry


- O que vocês estão fazendo aqui a essa hora?


- É o Rony, ele...


- É sou eu, que bom que abriu a porta Gina, agora me dê licença – disse pedindo espaço para ela.


- O que você pensa que vai fazer? - perguntou


- Vou ver a Mione


- Não! Você não pode entrar aqui!


- Mas eu tenho que entrar, preciso ver a Mione...


- A Mione? A essa hora ... Para que???


- Não tenho tempo para explicar agora Gina – disse Rony nervoso - Me dê licença!


- Não vou dar enquanto não me explicar o que está acontecendo!


Rony suspirou furiosamente, Harry explicou em poucos segundos a Gina.


- Ah, então é isso – disse respirando aliviada - Que susto Rony, pensei que era algo realmente ...


- Não termine sua mente poluída, vou me lembrar de contar isso para a mamãe, agora me dê licença – pediu impacientemente.


Gina o segurou pelo braço.


- Já disse que você não pode entrar!


- Mas...


- Deixa que eu vejo para você... Harry, segure o Rony, não deixe ele entrar.


- tudo bem.


 


 


Gina voltou em menos de 2 minutos.


-Dormindo como um anjo – disse ela a Rony – Satisfeito?


- Eu não te disse! – falou Harry


- Mas... tem certeza de que é ela que está lá?


- Claro que tenho Rony, tá pensando que eu sou burra? – disse Gina irritada


- Mas, meu sonho... foi tão...


- Você só está preocupado com ela, é normal ter sonhos de vez em quando... Olha, por que não vai se trocar, olhe como está – disse Harry o apontando.


Ele ainda estava de pijamas e descalço. Logo subiu para o dormitório enquanto Gina e Harry ficaram no salão comunal, ambos com roupas já trocadas.


Ele olhou para a namorada e disse:


- O que faz acordada a essa hora?


- Bem – começou ela se sentando – Eu sabia que você não conseguiria dormir direito e desceria bem cedo, eu programei o relógio com magia, para “me” acordar e te fazer companhia. Ela sorriu para ele que foi até o sofá onde ela estava e sentou ao seu lado a abraçando e dizendo ao mesmo tempo:


- Você é uma namorada mais perfeita do mundo! - disse sorrindo


 


Rony desceu 20 minutos depois e se juntou a eles.


- Está melhor? – perguntou Gina ao irmão.


- Acho que sim...


- Ainda está preocupado? Gina já falou que ela está lá!


- Eu sei, só estou meio ... ah, deixa para lá, olha, acho melhor não contar a Mione sobre o sonho...  vocês prometem que não contam?


- Prometido! – disse Gina e Harry juntos, ainda abraçados.


 


 


Quando deu 6 horas em ponto a porta do dormitório feminino se abriu.


- E aí está ela Rony – disse Gina cuja a cabeça estava apoiada no peito de Harry – Mate a saudade...


Hermione apareceu logo após a porta se abrir, ela olhou para os três com as sobrancelhas erguidas


- Madrugaram? – perguntou se aproximando


- Empolgação com o julgamento de Sirius – comentou Harry


Ela sorriu, deu um beijo em Rony e sentou ao seu lado.


- Eu já devia imaginar – comentou


Rony ficou olhando Hermione, ela o olhou também e ajeitou o cabelo do namorado que estava meio bagunçado. Ele olhava fixamente para ela.


- O que foi? – perguntou ela percebendo o olhar dele


- Eu também te amo – ele disse


- O que? – perguntou ela não entendendo


- Eu te amo, e você, me ama? – perguntou


- Claro que sim – respondeu - Por que você está me perguntando isso agora?


Ele ainda a olhava fixamente e ao invés de responder a pergunta de Hermione ele fez outra:


- Você me abandonaria? Quero dizer, me deixaria para trás?


- Rony, por que você está fazendo essas perguntas? – perguntou confusa


Ele viu que estava começando a deixá-la preocupada, logo respondeu


- Por nada... por nada.


Gina ergueu a cabeça para olhar Harry, ele a olhou também.


Rony deu um beijo em Hermione e depois a abraçou, ela olhou para Gina não entendendo


- O que deu nele? – perguntou a amiga mexendo os lábios, sem produzir som algum.


- Carência - Foi o que ela conseguiu ler nos lábios de Gina. 


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- Anda logo com isso Rony, senão vamos nos atrasar! – disse Harry saindo do salão comunal e deixando Rony se despedir novamente de Hermione


- Certo – respondeu ele


O retrato se fechou, ele se virou para Hermione e disse:


- Você vai ficar bem?


- Já disse que vou, Rony, vai logo!


- Eu tenho... você não ... você promete que...


- Fique tranqüilo, eu não vou sair daqui se é o que você quer saber...


- O que vai ficar fazendo?


- Vou ficar no dormitório, vou retomar os meus estudos...


- Fico feliz por isso – disse carinhosamente. Ele deu um suspiro e falou novamente:


 - Eu queria tanto ficar mas ...


- Você não pode – cortou Hermione - Vai depor a favor do Sirius, e já está atrasado! Vá logo antes que você perca essa chance de ajudá-lo!


- Tá bom... eu vou


- E quando voltar passe no meu dormitório, ainda estarei lá, são tantos deveres...


Ela disse isso sem olhar para ele.


- tá certo – respondeu ele – vou indo então.


Ele deu um beijo nela e quando deu meia volta ele sentiu a mão dela segurar o seu braço. Ele se virou e ela disse:


- Eu te amo...


- Por que ... por que você está dizendo isso agora? – perguntou desconfiado


- Me deu vontade de dizer, só isso!


- Tem certeza?


- Ora, tem hora agora para se dizer que te amo?


- Claro que não – disse agora sorrindo, a desconfiança indo embora - Eu também te amo... e muito.


Ele ia beijá-la novamente mas foi interrompido pela voz de Harry que havia entrado novamente no salão comunal


- Rony se perdermos a hora eu juro que te mato! – disse nervoso


Ele lançou um último olhar a Hermione e sorriu para ela, que retribuiu.


- Até daqui a pouco – disse dando um selinho na namorada e finalmente saindo com Harry.


 


 


A porta se fechou e Rony pareceu um pouco perturbado.


- O que foi? Preocupado com ela? – perguntou o amigo


- Muito... eu não queria deixa-la aqui sozinha...


- Eu sei, por isso resolvi o seu problema...


- Como?


Harry olhou para baixo com um sorriso maroto, Rony olhou também. Ele nem notou mas tinha mais alguém ali com eles.


- Dobby?


- Oi Sr Wheezy de Harry Potter!


- Pedi um favor para Dobby... Ele vai  ficar de plantão aqui no retrato da mulher gorda. Se a Hermione sair ele vai ver e vai atrás dela! Isso te deixa mais tranqüilo?


- Você não sabe como...


- Ótimo! Dobby, você entendeu tudo o que eu disse não?


- Sim Harry Potter meu Senhor! A srta amiga Hermione não fará nada com Dobby atrás dela!


- Obrigado Dobby! – agradeceu Rony


- é um prazer ajudar Harry Potter meu Senhor e amigo dele!


- Agora vamos embora Rony, já estamos mais que atrasados... todos estão nos esperando faz um tempão lá embaixo.


Logo, Harry, Rony, Gina, Katie, Dumbledore e Lupin foram para o Ministério.


 


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Hermione estava no seu quarto com vários livros em cima da cama, mas nenhum estava aberto. Ela bem que tentou estudar mas não conseguia, seus pais não saiam de sua cabeça. “E se eles estivessem agora mesmo sendo torturados por Voldemort?” ela não agüentaria, uma série de coisas passaram pela sua cabeça, logo ela decidiu fazer alguma coisa, não podia ficar parada, tinha que se distrair, levantou-se da cama e  saiu do dormitório. Passou pelo salão comunal e quando ia sair dele pelo retrato da mulher gorda deu de cara com Dobby.


- O que vc está fazendo aqui Dobby? – perguntou ela


Ele sorriu e respondeu


- Dobby está fazendo um favor para Harry Potter meu senhor! Dobby está de olho em amiga Hermione, para impedi-la de fazer alguma coisa realmente estúpida!


- Eu já devia saber... – murmurou


- Onde a Srta amiga de Harry Potter ia?


- Eu? Bem... eu ia... ia ... até a biblioteca! Eu estava fazendo um dever e precisava de um livro para tirar uma dúvida...


- Ahhh, então Dobby acompanha Srta Hermione até a biblioteca! Será um prazer enorme!


- Ahn... não precisa Dobby! Eu vou rapidinho lá, talvez eu até vá fazer uma visita ao Hagrid!


- Não! Dobby prometeu não desgrudar os olhos de Srta Hermione a Harry Potter meu senhor, então dobby não vai desgrudar! Dobby vai a biblioteca e em seguida acompanha Srta amiga Hermione até cabana de Hagrid.


Contrariada e sem chances, ela foi com Dobby até a biblioteca primeiro, em seguida voltaram para o salão Comunal, Hermione desistira de visitar Hagrid, se fosse conversar com o amigo, não ia querer que Dobby ouvisse o que tinha para dizer.


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 - Damos inicio ao julgamento de Sirius Black ...


Essas foram as palavras iniciais de um bruxo de porte, extremamente elegante. Ele leu o relato completo do caso, apresentou o juiz e o júri que eram compostos por 10 bruxos, entre eles estavam os conhecidos... Remo Lupin, Percy Weasley e Katie Parker. A sala estava cheia, vários bruxos estavam esperando ansiosos dentre eles, Harry, Rony e Gina.


Finalmente entrou Sirius, acompanhado de dois fortes bruxos, Harry percebeu que ele estava algemado, logicamente impossibilitado de pegar qualquer varinha para poder usá-la. Defendendo Sirius estava Dumbledore e ao contrário dele estava Fudge.


Ele foi o primeiro a interrogar sirius. Perguntou várias coisas a ele mas antes pediu que descreve-se o que aconteceu no dia do crime. Sirius teve que explicar 2 vezes. Fudge riu quando sirius afirmou que Pedro estava vivo, ele perguntou como poderia estar e foi aí que começou:


-Ele é um animago! – respondeu Black – Um animago clandestino!


- Um animago clandestino? – perguntou Fudge rindo-se – Francamente Sr Black, há outras histórias mais convicentes...


- Pettigrew é um animago, assim como eu sou...


- Você? Um animago!


- Clandestino – acrescentou ele – Sim eu sou.


- Um outro crime sr Juiz – acrescentou ele – outro crime de Sirius Black! Acrescente mais esse em sua lista não esquecendo é claro de saber como ele conseguiu fugir de Azkaban...


- Fugi de azkaban por ser um animago! – respondeu - Se consegui isso sem ao menos alguém desconfiar, com certeza eu afirmo de que Pedro matou aqueles trouxas e colocou toda a culpa sobre mim por que fez todos acharem que ele morreu!


- Sr Black, isso tudo é irrelevante, Pedro Pettigrew está morto por que o Sr o matou!


- EU NÃO MATEI NINGUÉM! – gritou


- Sr Black, eu peço que por favor, não aumente o seu tom de voz – pediu o Juiz


- Me desculpe – pediu – Mas eu continuo afirmando que não matei ninguém!


- Dizer é uma coisa Sr black, quero ver é provar! Prove que não matou aqueles trouxas, prove que Pedro está vivo, prove que ele é uma animago!


- Temos muitas provas de que Pedro é um Animago Fudge! – disse Dumbledore se levantando


- Pois eu quero ver você provar Dumbledore!


- Muito bem – disse ajeitando mais uma vez o seu óculos de meia lua – o Sr Juiz me dá o direito?


- claro – respondeu


- Pois bem... chamo a Depor o Sr Ronald Weasley ...


Todos olharam para Rony, ele super nervoso levantou e seguiu a frente do tribunal.


- Sente-se Sr Weasley – pediu Dumbledore bondosamente


- Uma criança... – comentou Fudge em desdém - vc chamou uma criança para depor Dumbledore!


- Uma criança sim, e uma peça muito importante na minha opinião...


- Pode ser na sua opinião, mas creio que na do juri não cause tanto efeito... acharia melhor poupá-lo já que o júri não vai nem levá-lo em consideração...


- Não cabe a você decidir isso Cornélio, creio que o juri deva ...


Ele olhou para a mesa dos jurados que falavam entre si. Katie se levantou prontamente e comunicou:


- O juri não se importa em ouvir o depoimento do Sr Weasley


Fudge ficou desapontado.


- Pois bem – continuou Dumbledore. Ele se virou para Rony e perguntou:


- Sr Weasley, diga-nos sobre o seu antigo rato de estimação, perebas não era?


- Sim...


- Sr Juiz – interrompeu Fudge – O que um rato de estimação tem a ver com o julgamento de Sirius Black?


- É o que eu quero saber Sr Fudge – respondeu o Juiz – por isso deixe o garoto falar e fique quieto


As orelhas de Fudge ficaram vermelhas.


- Pois bem... continue – disse ele desconcertado


- Sr Weasley – disse Dumbledore – há quanto tempo seu rato de estimação ficou com vocês?


- Hum... eu não sei ao certo, nunca perguntei a minha mãe... ele era do meu irmão Percy, a única coisa que eu sei é que eu era um bebê quando ele ganhou...


- Um bebê... interessante não é Sr Juiz? – perguntou Dumbledore a ele


- Posso saber por que é interessante isso Dumbledore? – perguntou Fudge


- Bem, Fudge, se vc não sabe... ratos não vivem por mais de... quantos anos tem agora Sr Weasley?


- 15 ...


- Hum... 15, deixa eu ver... 13 anos Sr Fudge quando Perebas sumiu...


Fudge ficou calado.


- Bem, creio eu que para um rato viver tantos anos assim basta ser um...


- Animago – respondeu Sirius prontamente – Eu disse, um animago Clandestino!


- Se quer mais provas sobre isso Fudge, basta chamar-mos Harry para confirmar que ele não só viu Rabicho como também viu Voldemort ano passado quando Cedrico Digorry foi morto!


As pessoas presentes ali ao ouvirem o nome “Voldemort” se inquietaram, muitos ficaram chocados, outros assustados, mas a minoria nem se incomodara pelo fato de dizer o nome verdadeiro de você-sabe-quem, que no caso foi, Harry, o próprio Dumbledore, a professora Katie, Lupin, Sirius e por uma grande surpresa, Rony


- Esse caso já foi encerrado Dumbledore! – exclamou


- Encerrado? Para mim foi apenas abafado Cornélio!


- Ora! Mas...


- Quero deixar bem claro que este julgamento é sobre Sirius Black e não sobre Voldemort – disse o Juiz seriamente – se quiserem discutir sobre isso façam em outro hora e em outro lugar! Agora Cornélio, por favor, fique calado senão vou ser obrigado a esquecer a sua autoridade e te dispensar desse julgamento!


Fudge profundamente irritado e contrariado se sentou.


- Dumbledore – pediu o juiz - por favor, prossiga fazendo perguntas ao sr Weasley.


- Pois bem... Sr Weasley...


- Sim...


- Descreva o seu antigo rato. Como ele era?


- Bem... era muito velho, seus pelos eram destratados, não que eu os destrata-se, ele já estava assim quando eu o ganhei...


- Prossiga


- Era um rato meio grande, quero dizer, fora do padrão normal de um rato comum sabe... e também não tinha um dedo, o da pata dianteira...


- Vc chegou onde eu queria chegar Sr Weasley – disse dumbledore calmamente. Logo ele se virou para o juiz e disse:


- As únicas palavras que temos são as nossas palavras Sr Juiz, mas leve isso em consideração, a única parte que foi encontrada de Pedro no dia da explosão foi um dedo, um único dedo, nada mais que isso, e esse rato ... além de não ter um dedo e ainda por cima ter vivido muito mais que um rato comum, nos leva a crer que...


- Não é tão convincente – desdenhou Fudge


- Isso não é uma prova concreta Dumbledore! – cortou Fudge - São apenas palavras...


- Palavras sim... mas a mais pura verdade,  aposto o meu cargo de diretor que se você fizer a proposta tanto ao Sr Weasley, ao Sr Potter ou até mesmo a sirius Black de tomar uma poção da verdade, eles não exitariam em não aceitar!


- Ah claro! – debochou Fudge – claro que aceitariam... tente isso Dumbledore!


- Pois eu aceito! – disse sirius se colocando em pé e todos olharam para ele surpresos - não tenho nada a esconder mesmo... é só Dumbledore e o Sr Juiz pedirem que eu faço!


Harry naquele momento sentiu um grande orgulho pelo padrinho, ele mesmo não sabia se aceitaria ou não tomar a poção da verdade.


- Agradeço a vontade em querer tomar a poção Sr Black – disse Fudge em profundo deboche -Mas, infelizmente isso é proibido em qualquer julgamento...


- Proibido só no caso de o réu não aceitar Sr Ministro – lembrou o juiz – Se Sirius Black quiser perfeitamente tomar a poção ele pode... claro que em circustâncias devidamente secreta, somente eu, o juri e o próprio réu podem permanecer no julgamento...


- Esqueceu de dizer que o ministro da magia também participa desse julgamento!


- Fudge, eu sei o seu cargo é bastante importante no ministério mas devo te lembrar que quem está encarregado de julgar e questionar esse caso sou eu! – disse o juiz impacientemente.


- Pois bem – disse entre dentes.


- Sr Dumbledore – disse o juiz – existem mais pessoas para depor a favor de sirius Black?


- Sim... na verdade tem mais duas... Remos Lupin e Harry Potter...


- Harry Potter! – disse Fudge nervoso - outra criança!


O juiz ignorou o comentário de Fudge. Dumbledore continuou:


- Não é simplesmente uma seção de perguntas mas sim algo que aconteceu a 2 anos atrás e gostaríamos de deixar o Sr Juiz a par disso...


- Pois bem, e vc Fudge? Alguma pessoa contra Sirius Black além de você?


Harry por um momento fugaz notou um tom de ironia na voz do Juiz.


- Não...


- Muito bem... então vamos fazer o seguinte, vc vem comigo Dumbledore, juntamente com Harry e Remus Lupin, e o juri.


- Mas e eu? – perguntou Fudge


- O Senhor fica aí, quando eu terminar com eles eu chamo o Sr.


Deu para notar que o Juiz já estava bastante irritado com Cornélio. Ele entrou dentro de uma sala que tinha dentro mesmo do tribunal, juntamente com Sirius, Dumbledore, Harry, Lupin e as 10 pessoas que faziam parte do juri.


 


Os 30 minutos passados deixaram as pessoas que estavam ali esperando do lado de fora da sala super nervosos, gina não parava de ruer as unhas e Rony que estava sentado não parava de bater os pés. Fudge andava de um lado para o outro.


Logo Harry e Lupin saíram da sala e Lupin pediu para que Fudge entrasse. Assim o fez.


E aí? Como foi? – perguntou Rony ao lado de Gina para Harry quando ele se juntou a eles.


- Contamos tudo o que aconteceu na casa dos gritos...


- E o juiz acreditou?


- Eu não sei, temos que esperar a decisão dele agora...


Passados mais ou menos 5 minutos, Fudge saiu da sala nada satisfeito. A porta se fechou e permaneceram ali na sala, o Juiz, Sirius e o juri.


- O que será que vai acontecer agora? – perguntou Rony nervoso


- Sirus deve tomar a poção...


- Mas eles tem a poção lá para isso?


- Eu não sei, deve ter... tem alguns armários dentro daquela sala... de qualquer forma, Katie está lá entre os juris... e também se não tivessem eles marcariam outro dia.


- Mas tem também o feitiço veritas... sabe, o que Mione usou em mim...


- É, tem isso também...


 


Eles ficaram dentro da sala exatas 30 horas , logo a porta se abriu, todas as pessoas que estavam lá fora esperando ficaram apreensivos. O juri saiu primeiro e logo se postaram em seus lugares, depois saiu Sirius acompanhado do juiz, sirius com as mãos ainda presas se sentou onde estava antes, o juiz se colocou diante de seu lugar e começou a dizer:


- Diante das provas e dos depoimentos apresentadas, quais quer, contra ou em defesa, os juris dessa audiência finalmente chegaram a uma sentença...


Harry tentou olhar para o padrinho, mas Sirius abaixou a cabeça para ouvir a sua ou feliz ou dolorosa sentença. Cornélio Fudge se colocou de pé para ouvir.


O juiz, Aurélio Larter mecheu em alguns papéis e escreveu alguma coisa neles, logo se pos de pé e disse sem embolação:


- Comunico a todos que estão presentes aqui, que a sentença foi dada devido a 6 votos contra 4 do nosso juri...


O coração de Harry parecia sair pela boca a qualquer momento, ele pensou que Sirius deveria estar assim também, ou até pior. Ele ouviu a voz do juiz dizer:


- O Ministério da Magia, retira todas as acusações contra Sirius Black, devolvendo-lhe a sua total liberdade e declarando-o Inocente.


Sirius levantou a cabeça imediatamente ao ouvir um inocente. Procurou logo por Harry, este já estava abraçando Gina super feliz. Algumas pessoas batiam palmas frenéticas, Rony pulava e gritava, Harry e Gina logo se juntaram a ele.


O juiz pediu silêncio. Todos se calaram.


- Porém há um novo crime pendente Sr Black, o de ser um animago clandestino, de fato você será condenado por isso.


Harry olhou para sirius que por sua vez não tirava os olhos do Juiz


- Serviços prestados ao Ministério são mais do que suficientes - completou ele - por um  período de 1 ano... declaro este julgamento encerrado.


A balbúrdia foi geral, foram ouvidos algum tipo de "Serviços prestados ao Ministério? ... Serviços prestados ao Ministério? Francamente!" de Fudge mas foi só. O que era válido era que  Sirius Black estava finalmente "livre".


 ***********************


Hermione a essa altura já estava de saco cheio de Dobby a olhando a todo o momento, ele estava agora no salão comunal junto com ela, o tempo havia mudado, as nuvens negras que estavam no céu ainda claro se transformaram num temporal assim que anoiteceu. Hermione folheava um livro mas, não estava prestando atenção. Na verdade ela estava bolando um jeito de se livrar de Dobby, já estava a mais de 2 horas com ele que calculou se ficasse mais meia hora com o elfo ela jogaria todos os seus distintivos do F.A.L.E fora e desistiria de vez em apoiar os elfos. Ela olhou para o relógio, já eram 8 e meia, pensou que talvez Harry, Rony e Gina já deviam estar voltando. Não podia mais perder tempo, Logo...


- Hum... Dobby?


- Sim Srta Hermione?


- Hum... eu não estou muito a fim de descer para jantar... estive pensando se... Ahn, você poderia trazer alguma coisa para eu comer? Estou faminta!


Dobby não pensou duas vezes:


- Claro que sim Srta Hermione! Dobby vai imediatamente pegar algo para a srta!


Ele deu um salto da cadeira onde estava ao chão e suas últimas palavras antes de sair pelo retrato da mulher gorda foi:


- Dobby volta em um instante.


Hermione suspirou aliviada, finalmente se livrara de Dobby, pelo menos durante alguns minutos, ela olhou para a janela, a chuva castigava lá fora, um minuto de silêncio e então, ela juntou seu material rapidamente e subiu com eles para o dormitório, apressada. Não demorou muito para descer, segurava alguma coisa na mão e não eram livros, estava bastante decidida.


 


******************


 - Eu não estou acreditando ainda!  – disse Harry mais do que feliz entrando no salão Comunal pouco tempo depois – Eu não estou acreditando que o Sirius foi Inocentado!


- Acredite meu amor, ele foi – respondeu Gina alegremente.


- Foi um julgamento e tanto hein? Dumbledore é realmente fantástico!– comentou Rony


- É – concordou Harry com um sorriso de orelha a orelha - Sirius, sirius, siris – falou abobado – Agora sim eu posso falar para todo mundo o nome dele! E ainda falar que ele é o meu padrinho! Meu padrinho!


Harry parecia mais uma criança. Gina e Rony riam da cara de bobo de Harry. Rony logo parou de rir quando lembrou de alguma coisa.


- Harry, não era para o Dobby estar lá fora?


- Era sim... ele não estava?


- Não, ele não estava... Ond...


Rony não terminou de falar, fora interrompido pelo retrato da mulher gorda se abrindo, Dobby entrou por ele segurando um avantajado prato cheio de guloseimas.


- Harry Potter meu Senhor você já voltou!


- Sim Dobby – respondeu - o que é tudo isso?


- É para a srta Hermione... ela me pediu  algo para comer, onde está ela? Foi guardar o material?


- Eu não sei, acabamos de chegar!


- Obviamente foi... coitadinha, tantos deveres, se Dobby soubesse ajudaria pobre Hermione a fazer...


Harry e Gina sorriram. Sabia exatamente que mesmo que Dobby soubesse, Hermione recusaria a ajuda dele mesmo assim.


- Hum... já que Harry Potter meu senhor e seus amigos já voltaram, Dobby pode voltar a fazer seus afazeres na escola?


- Claro Dobby! – respondeu Harry – Muito obrigado pela ajuda!


- Dobby fica extremamente feliz em poder ajudar Harry Potter meu senhor! Será que o amigo Ronald, pode entregar isso a menina Hermione? – perguntou estendendo o vasto prato cheio de doces, sanduíches e pastéis para Rony


- Pode deixar! – disse pegando-o


- Até logo então – despediu-se dobby e saiu


Rony olhou para o prato e disse:


- Eu vou chamá-la, assim podemos contar tudo enquanto come.


Ele colocou o prato sobre a mesa mais próxima e foi em direção as escadas.


- Isso vai alegrá-la bastante – respondeu Gina


- Com certeza! – respondeu Rony já na escada.


Ele subiu, Harry ficou ali com Gina


- Nunca vi você tão feliz . – disse ela ao namorado


- Também, Gina, o meu padrinho foi absolvido! Você tem idéia do que isso é pra mim? A felicidade completa, minha liberdade! Eu finalmente vou morar com ele e os Dursley nunca mais existirão na minha vida! Eu nunca mais vou ter que aturar o chato do tio Valter e o porco do Duda... O inferno acabou Gi, acabou!


Ao terminar de dizer isso, ele colocou suas mãos sobre o rosto dela e lhe deu um beijo.


Ainda com as mãos sobre o rosto da menina, e agora com o seu próprio rosto quase colado no dela comentou:


- Acho que nada pode tirar a minha alegria hoje...


Mal ele disse, Rony desceu correndo as escadas, ele estava com uma cara de pânico, segurava um pedaço de papel.


- Rony o que foi? – perguntou Gina preocupada


Ele abriu a boca várias vezes tentando dizer mas parecia que a voz não queria sair


- O que houve? – perguntou agora Harry, se levantando


Com grande esforço a voz saiu quase que inaudível


- Ela ... ela não está no dormitório ... ela se foi ...


- O que? – perguntou Harry incerto


- Ela foi atrás dele Harry... Hermione foi atrás de Voldemort!


 

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