Without You.




CAPÍTULO V


A semana toda se passou daquela forma: Marlene e Sirius se ignorando piamente. Ela estava cada dia mais próxima de Regulus, mas por mais que doesse admitir isso, ainda não sentia por ele algo tão forte quanto o que sentia pelo irmão do garoto. Finalmente, eles não teriam mais que esperar pelo tão anunciado Baile de Máscaras, pois o dia havia chegado.


Sirius iria com Megan, a menina que o acompanhara a Hogsmeade na segunda, e de quem agora ele sabia o nome; Marlene iria acompanhada de Regulus, já que alunos do sexto ano tinham autorização para irem caso convidados; Lily, Dorcas e Emmy estariam acompanhadas dos namorados: James, Peter e Remus, respectivamente.


_Estão todas prontas? Podemos descer? – perguntou Lily, enquanto as quatro se olhavam no espelho.


_Acho que sim. – sorriu Emmy.


_Prontíssima. – riu Dorc.


_Vamos logo... – Marlene revirou os olhos rindo.


As quatro estavam deslumbrantes: Lily usava um vestido verde, e a máscara era do mesmo tom de seus olhos, fazendo com que James ficasse ainda mais encantado com ela; Dorcas estava com um vestido roxo, e máscara lilás, ficando extremamente fofa; Emmy trajava um modelo branco assim como a máscara, e Remus ficou ainda mais apaixonado pela loira que parecia um anjo; Lene usava um tubinho preto e saltos cor-de-rosa absurdamente altos e lindos, e sua máscara era preta e branca, com detalhes em rosa choque.


Os meninos estavam quase babando nas garotas, e com razão. Sirius tinha se controlar para não encarar Marlene a cada dez segundos, pois a garota estava encantadoramente bela. O mesmo podia se dizer dos marotos, todos lindos, como sempre. E, por mais que Lene relutasse em admitir, Sirius estava ainda mais perfeito que o normal.


_Lene, vai ficar aqui? – perguntou Lily enquanto eles subiam as escadas para o salão principal, que estava todo decorado.


_Vou esperar o Regulus. – a morena sorriu e os amigos subiram, com exceção de Sirius, que estava esperando pela perua, digo, menina, que o acompanharia.


_Marlene... – ele a chamou, e Lene teve que se conter para não fazer uma careta: desde quando ele a chamava pelo nome? – Eu... eu não consigo ficar sem falar com você...


Marlene tentou ficar firme mais sorriu de canto.


_Não tem que ser assim, Sirius. – ela disse, sem encará-lo.


_Mas você ainda está com raiva de mim, não está? – ele disse, tristemente, olhando para o chão.


_Sinceramente? – Lene olhou para o moreno ao seu lado – Não.


_De verdade? – o rosto bonito de Sirius se iluminou de felicidade.


_De verdade. – ela sorriu.


_Mas você ainda vai à festa com o Regulus né? – ela fez uma careta.


_Vou, Sirius... – ela suspirou cansada – Não vamos discutir isso, por favor... – pediu.


_Tá, mas é que... eu não me controlo quando te vejo com ele! – Sirius fez um biquinho de criança mimada que, por mais que deixasse Marlene irritada, deixava-lhe com vontade de rir.


_Sirius, não é o fim do mundo. Eu só estou saindo com o seu irmão! – ela disse, rindo.


_Me dê uma definição melhor de fim do mundo do que ter a minha melhor amiga há anos sendo roubada pelo meu irmão ridículo e odiado com intuitos amorosos!


Neste instante, com um vestido vermelho e rodado que remeteu Marlene a um bolo de festa, vinha Megan. Sirius revirou os olhos, envergonhado, e Lene quase morreu de rir. Pelo menos essa semana que passou afastada de Sirius a fez perceber que sua vida não girava em torno dele, e que ela podia rir de situações como aquela.


_Acho que tá aí a resposta... – ela murmurou, rindo.


Sirius revirou os olhos e saiu dali com Megan, que lançava olhares mortais à garota morena que ficou por ali, esperando que Regulus aparecesse, o que não demorou muito tempo a acontecer.


_Boa noite, McKinnon... – escutou a voz do garoto dizer às suas costas.


_Será que nem hoje você vai me chamar pelo apelido? Você é meu parceiro para o baile, não meu professor... – ela riu, virando-se.


No momento em que a olhou, Regulus ficou um pouco sem reação; sempre a achara linda, mas naquela noite ela estava especialmente bela.


_Você está... – ele procurou a palavra certa – deslumbrante.


_Obrigada... – ela sorriu levemente envergonhada – Você também está muito bonito para um sextanista. – riu enquanto Regulus revirava os olhos e a abraçava de lado, para entrarem no salão – Adorei a máscara. – ela disse, referindo-se ao objeto, totalmente preto, combinando com o smoking que ele usava. "Igual à do irmão... será que até nisso os dois se parecem?", pensou ao perceber que as máscaras dos dois eram praticamente idênticas.


_A sua também. – ele sorriu de canto – Adoro sua irreverência.


Marlene riu e revirou os olhos. Sirius e Regulus eram tão parecidos em algumas coisas, mas naquele ponto eram totalmente diferentes: Sirius era completamente imprevisível para algumas coisas, e Regulus o era para outras totalmente opostas. Os dois entraram no salão e então surgiu a dúvida: aonde sentariam? Muito grata, Marlene ouviu à voz de Remus, que convidou aos dois que se sentassem junto a todos na mesa deles. Lene olhou para Regulus de canto, pensando que ele não aceitaria o convite, mas o garoto acenou para que aceitassem.


_Boa noite. – cumprimentou educadamente a todos que estavam sentados, sem encarar o irmão. Sirius mantinha uma expressão feroz, que Marlene censurava com o olhar.


_Cínico. – Sirius murmurou.


_Educado, ao contrário de você. – Regulus respondeu no mesmo tom.


_Os dois, querem parar, por favor? – pediu Lene, fazendo que os irmãos só se encarassem de cara feia, sem dizer mais nada.


Ficaram ali por um tempo, conversando trivialidades. Sirius logo saiu da mesa com Megan e os dois ficaram sem ser vistos por algum tempo. Uma música lenta começou, e os casais que sobraram decidiram dançar.


_Aceitaria o convite para uma dança, Srta. McKinnon? – Regulus levantou-se e estendeu uma mão para ela.


_Claro que sim, Sr. Black. – ela sorriu, mas estremeceu ao chamá-lo daquela forma dúbia.


Os dois andaram até a pista, e Regulus a abraçou, enquanto Lene deitava o rosto sobre o ombro dele. Dançaram por algum tempo em silêncio. Nenhum dos dois estava certo sobre o que dizer. Por um momento, se encararam firmemente e Lene teve certeza do que viria a seguir; sentiu Regulus se aproximando dela e sorriu. Estava na hora de tentar seguir em frente. Sentiu os lábios frios tocando os seus, e tentou não pensar nos sorrisos calorosos de Sirius. Impossível.


_Vamos lá pra fora? – ele perguntou, indicando os jardins do castelo.


Marlene, ainda aturdida, assentiu. Os dois andaram até um dos banquinhos instalados no jardim e se sentaram. Regulus a beijou novamente, e, mais uma vez, Sirius passou a ocupar a mente da morena. Lene sabia que estava fazendo errado ao iludir o Black mais novo, mas tinha que se curar do mais velho.


_Eu nunca imaginei isso, sabia? – ele sorriu.


_Nem eu... – Lene concordou, também sorrindo.


_Mas eu realmente espero que algo aconteça entre nós dois... Você me faz sorrir, Lene. – ele disse, sem encará-la.


_Você também me faz sorrir, Regulus. – ela sorriu para o uso do apelido, mas pensou dolorosamente "Não tanto quanto Sirius..."


Ele sorriu e a beijou novamente. Marlene conseguia sentir o conflito explodindo dentro de sua mente enquanto o beijava. Não tinha coragem de dizer a verdade, que amava o irmão de Regulus; tampouco tinha coragem de enganá-lo com falsas esperanças. Antes que pudesse se decidir, entretanto, uma voz irritada como nunca antes explodiu atrás dos dois.


_LENE! Não pode estar fazendo isso comigo! – Sirius bradava para quem quisesse escutar, ao ver Marlene beijando seu irmão. James, Remus, Peter, Emmy, Lily, Dorcas e Megan vinham logo atrás, tentando contê-lo.


"Era só o que faltava..." – pensou Lene, soltando Regulus.


Os dois se levantaram, olhando para Sirius, que já estava perto deles.


_O que você pensa que está fazendo, Sirius? – ela gritou da mesma forma que ele.


_Não se faça de boba! – ele disse, irritado.


_Sirius, não grita com ela! – disse James, segurando no braço do amigo – Lembra o que aconteceu da última vez.


Sirius respirou fundo e olhou para o casal mais uma vez.


_Lene, vem comigo. – chamou a menina, que sentiu a mão de Regulus segurando a sua.


_Sirius, - ela massageou a têmpora – o que pensa que está fazendo, pergunto eu! Onde já se viu? Desde quando preciso dar satisfações a você sobre o que eu faço ou deixo de fazer?


_Desde quando éramos amigos! Você não entende que ficando com ele, está virando as costas para mim? – ele dizia, se aproximando mais.


_Six, o que... – Megan começara a falar algo, mas o olhar que Sirius lançou-lhe não foi nada amigável, e ela se calou.


_Acho melhor você sair daqui, Megan. – disse Emmy, ao que a menina apenas olhou a loira de cima em baixo – AGORA. – ela soltou um silvo que fez com que Megan saísse dali imediatamente.


_Não estou virando as costas pra ninguém Sirius... – ela suspirou cansada – Por que você tem que ser tão infantil? – Lene começou a andar em para o lado oposto do jardim. Sentiu as lágrimas queimarem no seu rosto; droga, odiava chorar – Regulus, me deixa sozinha.


_Sirius, não... – pediu James, mas este não o escutou, saiu atrás de Lene. Estava furioso demais para escutar a razão.


Regulus sabia que ela não gostaria que a contrariasse, mas seguiu o irmão, vendo que este se aproximava de Lene.


_Marlene, eu estou te pedindo não faz isso! – ele gritava de novo.


_O problema é que você não pede, Sirius. – ela se virou para ele, as lágrimas marcando todo o seu rosto de boneca – Você exige. E se as coisas não são da forma como você quer, você se enfurece. O mundo não gira em torno de você! Há coisas que não dependem da sua vontade. – Marlene dizia, sentindo a raiva explodir. A cada palavra que proferia, sentia que mais e mais lágrimas caíam. Ela se afastava de Sirius, enquanto ele tentava se aproximar – Se você é realmente um amigo, devia pensar em mim e não nas suas vontades. Agora: ME DEIXA SOZINHA! – a garota gritou.


No entanto, Marlene, sem perceber, tinha andado demais. Sirius, cego pela raiva, também não percebera aonde eles estavam chegando. Apenas Regulus, que vinha alguns passos atrás, pode ver o que aguardava a morena.


Um dos galhos do salgueiro lutador acertou Lene com um estrondo. Tudo se apagou, e ela não se lembrava de mais nada, a não ser do grito desesperado de dois irmãos, que sentiam a dor de poder perder alguém muito querido ao coração.




N.a: Olá, pessoas lindinhas que têm paciência de ler isso aqui!


Bom, eu tô adorando escrever essa história, mas gente, POR FAVOOOR, deixem reviews!


Sério, se eu receber comentários eu prometo que posto rápido!


Beijooos! s2


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