Capítulo Único

Post Scriptum – Parte 2

_Luke, atenda à porta, por favor! – o grito daquela conhecida voz se fez ouvido até do lado de fora da casa, assim que toquei a campainha. Eu era até mesmo capaz de imaginar Luke rolando os olhos, entediado, enquanto andava até a porta para atender ao pedido (ou eu deveria dizer "ordem") da irmã.

_Fala, seu cachorro... – ele riu de canto, me dando passagem. Às vezes até fico comovido com tanto amor.

_E aí? – dei um sorriso, entrando na casa – A Lene tá em casa? – perguntei, ao que Luke rolou os olhos vertiginosamente.

_Não, imagina. O berro que você escutou foi meu. – ele riu alto, e eu o acompanhei.

_Falando de mim pelas costas, meninos? - ouvi a voz de Lene às minhas costas e sorri de canto – Que coisa feia, Six... – ela disse se aproximando e tocando meu ombro.

_Sempre falando de você, minha patricinha. – ri de leve, ainda de costas, arrancando um novo rolar de olhos da parte de Luke.

_Eu mereço? De verdade? – Luke riu, se afastando.

Só então eu me virei para olhar Marlene. Por alguns segundos, eu a encarei com um sorriso malicioso que a fez gargalhar e me dar um tapa bem forte no ombro.

_Ai ai, mocinha! – eu ri de canto – Assim perde o namorado!

_Sirius Black, você não presta. – ela rolou os olhos e se aproximou de mim, abraçando minha cintura – Sabe o que eu percebi? – sussurrou muito perto do meu rosto – Que até agora eu não ganhei nem um beijo.

Depois do grande sorriso que se desenhou no rosto dela, acabei com a distância que nos separava, atendendo ao pedido com muito gosto.

_Hã hã. – fomos interrompidos por um pigarro teatral de Luke. Nós dois reviramos os olhos antes de o olharmos.

_Lenezinha, meu bem, por favor, poupe seu querido irmão de cenas como estas. – ele disse, divertido.

_Luke, meu anjo, - ela sorriu inocentemente – se não quiser ver, tampe os olhos.

_Não é como se eu realmente me importasse... – sorrimos um para o outro enquanto meu melhor amigo e cunhado ciumento saía da sala bufando.

_Eu colei chiclete na cruz, não foi? – Lene riu, subindo as escadas de mãos dadas comigo – Ou joguei guaraná no mar vermelho, só pode... – ela resmungou divertidamente.

_Você inventa cada uma, Lene... – eu dei uma gargalhada. Essa era a nova: colar chiclete na cruz.

Entramos no quarto dela e Marlene fechou a porta com um sorriso.

_Paz, finalmente. – ela riu, enquanto eu sentava na cama – Olha como vem chegando e pegando intimidade... – ela riu de canto, sentando-se ao meu lado.

_Intimidade é o que não falta. – eu ri – Passo mais tempo aqui do que na minha casa há uns 5 anos!

_Mas agora você deveria ser menos espaçoso, Sirius! – ela brincou, com o semblante sério e os olhos divertidos.

_É? – sorri, beijando o pescoço dela lentamente – Devia?

_Claro! – ela riu, encolhendo o pescoço para que travássemos um diálogo, algo que acabou com a minha diversão - Se continuar assim espaçoso, te troco por outro... – ela disse sorrindo, sabendo que me irritaria.

_Ah é? – eu disse, erguendo uma sobrancelha – E eu posso saber onde você acharia um namorado tão lindo quando eu?

_Ai, ai, ai! – ela fez uma carinha de dor e por um segundo me preocupei – Seu ego tá me amassando, Six! – ela deu uma sonora gargalhada enquanto eu revirava os olhos categoricamente.

_Palhaça... – eu ri, deitando-a na cama, fazendo cócegas enquanto ela se retorcia e gargalhava – Diz logo... Diz...

_Nem morta! – ela se debatia, sorrindo.

_Marlene McKinnon! – eu me fingi de bravo – Confesse.

_Então confesse: Você me ama, Six... – ela me encarou, sorrindo, e parei de fazer cócegas nela.

_Eu amo você. – eu disse, beijando sua boca em seguida. Depois de algum tempo, desci os beijos para o pescoço: o ponto fraco.

_Sirius, não me provoque... – ela murmurou, mas percebi um sorriso em sua voz. Imaginava perfeitamente como estava a expressão dela agora: olhos fechados, misto de nervosismo e divertimento – Pescoço é covardia.

Dei uma risada e parei de beijá-la, encarando os olhos azuis que agora eram divertidos.

_Eu já fiz a minha parte, agora você faz a sua. – sorri torto.

_Ok, Six, você é o cara mais gato do mundo. – ela revirou os olhos, sorrindo – E MEU namorado.

Dei uma risada e beijei o rosto dela levemente.

_Eu te amo, idiota. – ela riu, me puxando pela camisa para um novo beijo.

Parei por um segundo, sem conseguir conter minha risada. Era incrível como havíamos nos tornado completamente conhecidos um do outro.

_Que foi? – ela inquiriu e eu sorri, pegando um pedaço de folha de caderno amassada de dentro do bolso da calça.

_Você não esperava que eu fizesse isso em um diário, não é, querida? – ri de canto– Eu ia te entregar mais tarde, mas você, em menos de meia hora, fez o favor de demonstrar como eu te conheço melhor do que ninguém.

A expressão de Lene era de incompreensão, mas quando entreguei a ela o papel, ela deu uma sonora gargalhada.

As 10 frases mais "Marlene – namorada do Sirius – McKinnon" de todos os tempos.

1. Sirius Black, você não presta!

Pode dizer, minha Lene, aposto que você adora isso não é? Acho que essa é a frase que eu mais escutei desde que namoramos, porque será?

2. Luke, não quer ver? TAMPE OS OLHOS!

Um dia seu irmão ainda enfarta por causa da gente, te digo isso! Você sabe que essa é uma das minhas preferidas não sabe, sua cabecinha dura? Nunca vi mais geniosa...

3. Não me provoque...

Não sei porque você insiste nesse pedido, se sempre faz o mesmo comigo, querida...

4. Ok, Six, você é o cara mais gato do mundo.

Adoro quando você diz isso, sabia? Porque é, de verdade, a única opinião que me importa, minha linda...

5. MEU NAMORADO.

Eu simplesmente amo suas mini-crises de ciúmes, sabia? Você faz um biquinho muito engraçado.

6. Eu colei chiclete na cruz, não foi?

Marlene McKinnon e seu dicionário de expressões desconhecidas... Só internando, viu?

7. Seu ego tá me amassando, Sirius!

Sem comentários. Meu realismo faz parte da minha personalidade, Lenezinha... Só faço exercitá-lo.

8. Confessa, Six, você me ama...

Você sabe que eu amo. Mais que tudo. Sempre.

9. Pescoço é covardia...

Adoro ouvir você dizendo isso... Covardia é ter que escutar...

10. Eu te amo, idiota.

Saiba que eu também, patricinha. E é por isso que agora eu ajo como o idiota mais feliz do mundo.

Lene terminou de ler, e ergueu os olhos pra mim, com os olhos cheios de lágrimas.

_Eu não acredito que você me fez chorar... – ela riu, encostando a testa na minha antes de me beijar – Eu te amo, idiota. Mesmo. E foi por sua causa que eu virei essa idiota apaixonada.

_Tenho direito a um PS antes que a gente volte a discutir a questão do pescoço? – eu sorri de canto – Idiotas apaixonados são os seres mais felizes do planeta...

 

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n.a.: No outro site onde eu posto as fics, o pessoal pediu que eu fizesse a versão do Sirius da Lista, então aqui está. :D Espero que tenham gostadooo! Por favor, deixem comentários! Beijooos, Belle.

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