Olhos de Mistério
Repentinamente minhas pernas bambearam, não conseguia ouvir nada que fizesse sentido, sentia frio, tive um enjôo e um sono incontrolável. Todos olhavam espantados para mim, meros borrões, até que senti alguém me segurar, tão fortes eram aqueles braços! – Hermione! – Uma mera sonoridade longínqua e um véu negro cobriram meus sentidos de morte.
Uma figura desdenhosa me mirava fixamente, seu olhar era penetrante, olhos de fogo, como eu gostaria de mergulhar nestes olhos! – A Srta. Cortou-se. – Falou com uma voz severa e rouca me acordando de devaneios. – Me desculpe. – Minha voz saiu como um sussurro. – Está se desculpando pelo que? – Perguntou o diretor entrando na enfermaria.
O Diretor era de uma alegria contagiante e de uma oratória única. Usava vestes formais,. Sua pele estava mais clara do que o habitual, seus cabelos cacheados e longos e os olhos azuis.
- Por ter me cortado, eu... – Somente por isso? – Perguntou com uma piscadela se sentando na beira da cama. – Sim. – Afirmei segurando uma lágrima. – Bem, então depois teremos uma conversa. – Falou sério se levantando. – E o Senhor... Na minha sala. – Disse com cara fechada. O outro me fitou e se virou farfalhando a capa negra. Não foi um olhar de desaprovação ou ódio, foi um olhar de apreensão.
Eu desabei me afogando em lágrimas. Uma luz calma e quente invadiu a enfermaria, revelando uma pequenina mariposa que voou graciosamente ao meu redor e quando finalmente consegui tocar tal criatura ela se transformou em um broche de mesma forma. – Gostou? – Perguntou o diretor aparecendo ao meu lado. – Sim. - Falei desviando o olhar que recebi. – Eu conversei com ele. – Disso eu sei. O que significa? – Respondi no mesmo tom seco.
- significa que eu sei o que está ocorrendo entre vocês dois, e não vou admitir isso! E a mariposa é nada mais nada menos que a Srta. – Falou dando uma piscadela. – Não sei do que o senhor está falando. – Sabe, você sabe muito bem Srta. Granger – Falou olhando para o lado como se quisesse demonstrar que havia alguém atrás da porta. – Eu, eu gosto dele. – Continue... – Disse fazendo o sinal que eu deveria continuar a defender esse amor.
- É verdade! Eu gosto dele sim e não irei desistir pouco me importa se o senhor gostou ou não! A vida é minha e eu tenho o direito de amar quem eu quiser, e ele nem é meu professor mais então se contente em nos ver juntos de agora em diante! – Falei com um teatrinho em quanto segurava minha varinha para ele (Snape) que estava ouvindo.
- Eu terei que tomar medidas drásticas, senhorita. Passar bem – Falou com um sinal de desaprovação seguido de uma piscadela marota. Eu bufei alguma ofensa e me deitei de lado segurando o broxe. Me virei e caí no sono, estava segura, eu sentia os olhos de mistério.
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